INSISTÊNCIA: Caminhar na marca do próprio gesto (original) (raw)

Cartografia da invenção: desaprender no caminhar

Revista NUPEM

O presente estudo aborda aspectos do processo de desterritorialização de um educador-pesquisador, vivenciados entre 2017 e 2023, período em que passou a cartografar seus processos e devires. Utilizou-se, para tanto, uma metodologia pensada com Deleuze (2011) e Guattari (1990), sempre aberta ao novo. Retrata singularidades de uma pesquisa-experimentação, na qual não apenas a pesquisa foi atravessada, mas também o pesquisador, o grupo de pesquisa, seu ambiente de trabalho e suas relações sociais. É uma proposta de perambulação, assim como carrega em seu objetivo um exercício de deslocamento do centro de gravidade, um desertar, deslocar, abrir fissuras, não só como reflexões acerca da experiência do autor, mas também como provocação aos leitores. Trata-se de uma pesquisa-criação com base em uma experiência do caminhar aberto aos acontecimentos, que verifica nas inconclusões novas formas de se produzir educações menores, a partir de possibilidades inventivas que marcam os trajetos desse...

Aprendendo a Caminhar

Revista PET Interdisciplinar e Programa Conexões de Saberes On-Line, 2017

O presente texto trata do memorial sobre a trajetória escolar de Glauciane Pinheiro Lima, ex-integrante do Programa Conexões de Saberes. Tem como objetivo apresentar os passos percorridos desde o início da educação básica até a entrada à UFPA e quais os principais entraves de estudantes das comunidades populares adentrarem o ensino superior público. A memória foi usada como principal referência para construção do material. Em seus resultados, apresenta os esforços individual e coletivo para que de fato a educação seja uma questão de direito e não de privilégio de poucos.

Começar também é um gesto

Pós: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA_UFMG, 2022

RESUMO:O artigo averigua o lugar da gestualidade no pensamento de Vilém Flusser a partir daexperiência de trabalho remoto vivenciada durante a pandemia de Covid-19. Para tanto,associa o vídeo realizado pelo artista Fred Forest e por Vilém Flusser em 1974 com o livroGestos, analisando as várias versões publicadas em diferentes línguas, com foco nasingularidade da versão brasileira. O texto não é conclusivo, mas uma análise crítica em processo das questões atuais suscitadas pela teoria. Palavras-chave: Gesto. Vilém Flusser. Vídeo. Fred Forest. ABSTRACT:The paper examines the place of gestures in Vilém Flusser's thinking from the experienceof remote work during the Covid-19 pandemic. To this end, it associates the video made bythe artist Fred Forest and Vilém Flusser in 1974 with the book Gestures, analyzing thevarious versions published in different languages and focusing on the uniqueness of theBrazilian version. The text is not conclusive, but a critical analysis in process of the curren tissues raised by the theory. Key words: Gesture. Vilém Flusser. Video. Fred Forest

CARTOGRAFIA: reflexões acerca de uma caminhada

Revista Brasileira de Educação em Geografia

O presente artigo expõem-se algumas diretrizes para a elaboração de Mapas Temáticos, com as devidas anotações para se trabalhar no campo da Cartografia Temática no contexto da Cartografia como um todo. Nesse empreendimento aponta-se a opção de se considerar a Cartografia como uma linguagem, a linguagem da representação gráfica e os cuidados a serem levados em conta na sua elaboração. Focaliza-se, correlativamente, a Cartografia Escolar que além dos ensinamentos sobre o ensino do mapa destaca-se aquele sobre o ensino pelo mapa, onde interfere seguros conhecimentos da Cartografia Temática na didática da Geografia. PALAVRAS-CHAVE Cartografia. Cartografia Temática. Representação gráfica. Cartografia Escolar. CARTOGRAPHY: reflections about a walkABSTRACTThis article presents some guidelines for the elaboration of Thematic Maps, with the appropriate annotations to work in the field of Thematic Cartography in the context of Cartography as a whole. In this endeavor the option is chosen to c...

Caminhar como contributo metodológico do cocriar cidade

CES CONTEXTO, 2019

A reflexão discute e propõe uma abordagem do ato de caminhar como método integrado e interdisciplinar para captar a experiência territorial das pessoas e, no campo do urbanismo, perspetivar a cidade. Atenta aos amplos benefícios do uso caminhado da cidade, às virtualidades do incrementar espaços caminháveis, ao caminhar como ato de resistência e assimilação estético-sensorial da cidade, o objetivo aqui é, todavia, abordar o caminhar como recurso metodológico de apreensão compreensiva, cocriativa e mais responsiva da cidade. A acuidade do caminhar advém aqui, por um lado, de um percurso etnográfico de investigação que, por outro lado, tem colaborado para insinuar sobre o interesse de uma maior ingerência didático-pedagógico que, em defesa de que se caminhe mais antes de intervir na cidade, assuma efetivamente o caminhar como um potencial método cocriativo do captar e fazer o espaço urbano.

Caminhar: Um relato das cinestesias e das experiências sinestésicas

Lecturas: Educación física y deportes, 2006

Este estudo, de natureza qualitativa, tem por objetivo investigar as experiências subjetivas e corporais sentidas, durante uma caminhada longa. Por meio de um depoimento pessoal, foi pesquisado o trajeto conhecido como "Caminho da Fé", que liga as cidades de Tambaú à Aparecida, ambas em São Paulo. Durante o percurso de quatorze dias, perceberam-se alterações cinestésicas, ligadas aos fusos musculares, aos órgãos tendinosos e aos receptores cutâneos, assim como, a construção de experiências que envolviam duas sensações simultaneamente ou de sensações secundárias, chamadas por Stoddart (1926) de sinestesias. Através desse depoimento pessoal, pode-se notar, em diversos níveis, como a interação com o grupo e com os moradores locais, foi importante para motivar a finalização do trajeto.

Três anúncios de um movimento avassalador: A traição de si mesmo

Clayton Rodrigo da Fonseca Marinho, 2018

RESUMO Os três textos que seguem abordam a ideia de que, mais do que trair o outro, trair a si mesmo, o seu próprio movimento pode resultar naquilo que comumente denomi-namos "mentira". Aqui, por uma espécie de associação, aplicamos ao que chama-mos de filmes "ruins". O que seria um filme "ruim"? Um problema de conteúdo? Os "furos" na trama, a falta de empatia, a má atuação? Pensar um filme "ruim" de tal perspectiva significa apenas elaborar os problemas de um ponto de vista dos elementos que a integram, mas não do movimento fundamental, que é o próprio "pensamento" do filme, aquilo que ele aparentemente defende, funda ou pelo qual existe. De certa forma, significa isto: um filme que elabora sua própria verdade e não vive conforme o que estipula para si, trai-se no mais íntimo, poderia ser chamado de filme "ruim". A seguir apre-sento três filmes cuja inverdade consigo mesmo sobrepujam qualquer elemento "exterior" à sua própria verdade. No entanto, como se vê no último deles, a posição que adota na linguagem pode levá-lo a trair sua posição, mas não por força do próprio filme, e sim por uma imposição exterior. Por tal ponto de vista, poderíamos pensar uma possibilidade de reconhecer o que faria um filme "ruim" para além do nosso "gosto", mas não sem atravessar por ele. Palavras chave: Crepúsculo. Alice. The Happening. Filme. Traição.