Desmame precoce: implicações para o desenvolvimento motor-oral (original) (raw)

A influência do desmame precoce no desenvolvimento de hábitos bucais deletérios

ConScientiae Saúde, 2007

Os benefícios que o aleitamento materno proporciona à saúde do bebê são indiscutíveis, incluindo desde fatores nutricionais, devido às suas propriedades protéicas, até o crescimento adequado do sistema estomatognático. Neste estudo, teve-se como objetivo avaliar a associação entre desmame precoce e instalação de hábitos de sucção não-nutritiva. Foram aplicados questionários a 705 pais de crianças, de 6 a 36 meses de idade, de ambos os sexos, cadastrados pela Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas (SUSAM), no Centro de Atenção Integral a Criança (CAICs) Dr. Moura Tapajós, Dr. Paulo Xerez e Dr. Gilson Moreira. Observou-se que das crianças que tiveram o desmame precoce, 76,2% não desenvolveram o hábito de sucção digital, e 52,4%, de sucção de chupeta. No que diz respeito ao desmame precoce e ao uso de mamadeira, 82,5% fizeram uso da alimentação artificial. Após análise estatístico-descritiva e teste Qui-quadrado, constatou-se que existe diferença significativa entre o desmame precoc...

Análise de variáveis biopsicossociais relacionadas ao desmame precoce

Paidéia (Ribeirão Preto), 2005

Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar alguns fatores que influenciam a ocorrência do desmame precoce, incluindo uma avaliação da influência do estresse vivenciado pela mãe na interrupção da amamentação natural. O estudo envolveu 40 mães cujos filhos eram atendidos pelo Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais -Cepae -FOP/UNICAMP. Como critério de inclusão no estudo, a mãe deveria ter realizado o desmame antes do sexto mês de vida da criança. A inclusão da mãe e coleta de dados ocorreu, no máximo, um mês após a interrupção da amamentação natural. As participantes foram entrevistadas individualmente, utilizando-se roteiro específico, e em seguida, foi aplicado o Inventário de Sintomas de Estresse (ISS). Os resultados mostraram uma relação positiva entre o retorno da mãe à sua rotina de trabalho, a manifestação de sintomas de estresse e a redução da produção de leite com o desmame precoce.

Desmame precoce: uma revisão sistemática

Revista Eletrônica Acervo Saúde

Objetivo: Investigar os principais fatores que levam ao desmame precoce em crianças menores de 6 meses de idade. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com abordagem qualitativa, baseada nas “Diretrizes Metodológicas: Elaboração de revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais comparativos sobre fatores de risco e prognóstico” disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Foram selecionados 14 artigos principais que seguiam os critérios de elegibilidade estabelecidos. Para compor a discussão foi necessário extrair os dados dos 14 artigos em questão, através de uma ficha de extração de dados Resultados: Dentre os fatores encontrados após análise, obtiveram-se: mãe acreditar que possuí leite fraco ou insuficiente; trauma mamilar; voltar ao trabalho ou estudos; interferências externas sejam elas por conta de algum profissional da área da saúde ou familiar; depressão pós-parto; questões socioeconômicas; etnia e baixo peso da criança. Conclusão: A pesquisa foi de suma im...

Evolução motora oral na função de alimentação em crianças prematuras

2022

pela oportunidade que me ofereceu para desenvolver este Doutoramento. Agradeço às Dras. Fernanda Chiarion Sassi, Fabiola Juste e Ana Paula Ritto pelo apoio incondicional para a realização desta pesquisa. Sou grata a todos os profissionais e professores que passaram pela minha vida, pelo incentivo e pelas valiosas contribuições:

Amamentação e desmame precoce

Moutinho, K., Roazzi, A., & Gouveia, E. L. (2001). Amamentação e Desmame Precoce. Pediatria Moderna, 37(8), 394-398. A literatura tem destacado incisivamente o grande número de benefícios que o ato de amamentar proporciona à mãe, ao bebê, à família e até mesmo ao meio ambiente. Alguns achados apontam que o leite materno é rico em substâncias, como água, vitaminas, sais minerais, dentre outras, que fortalecem o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra vírus, bactérias, infecções e alergias. É um alimento de fácil absorção orgânica e, quando ministrado com exclusividade, pode diminuir os riscos de anemia nos primeiros seis meses de vida do bebê. Em contrapartida, quando este é alimentado com leite artificial os problemas de saúde são mais freqüentes, não somente em função da ausência dos componentes supramencionados (o leite artificial não possui, por exemplo, efeito protetor contra alergias e infecções), como também, em muitos casos, em virtude de a mamadeira ou água utilizada não ser higienizada adequadamente, procedimento muito comum em famílias de baixa renda (Unicef, 1995; Wagner, Anderson & Pittard, 1996; Coutinho, 1996; Wagner, 1999). Os benefícios da amamentação também são evidenciados no campo da psicologia. A comunicação e a linguagem entre mãe e bebê, que ocorrem durante a amamentação, são reconhecidos como intrinsecamente relacionados ao desenvolvimento social e afetivo do bebê. Através de sorrisos, choramingos, balbucios e jogos se tem a criação e o fortalecimento de vínculos entre o bebê e a sua mãe. Tomando-se como referencial teórico os estudos de Eric Erickson, a amamentação é uma situação que favorece o estabelecimento da confiança do bebê: "Amamentação como alimentação torna-se amamentação por reafirmação e conforto [...]" (Riordan, 1993, pág. 462). O desmame precoce Diante do reconhecimento da importância da amamentação no início da vida, inúmeros programas têm sido desenvolvidos em todo o mundo e se inscrevem em uma tendência internacional de proteção à maternidade e à infância (Javorski, 1997). Entretanto, a despeito das recomendações preconizadas nos programas de incentivo à amamentação, o desmame precoce - ou seja, o abandono, total ou parcial, do aleitamento materno antes de o bebê completar seis meses de vida - ainda é uma problemática bastante comum em diversos países. Segundo Humphreys e cols. (1998), a média de amamentação das mulheres norte-americanas de nível socioeconômico baixo permanece aproximadamente 35 pontos percentuais abaixo do nível recomendado. Em estudo realizado por Vasconcelos (1999) foi identificada a duração do aleitamento materno no Estado de Pernambuco, no ano de 1997. Foi investigada uma amostra de 852 crianças, de 0 a 24 meses, residentes na região metropolitana do Recife (36,1%), no interior urbano (32,2%) e no interior rural (31,7%). Neste estudo, a autora considerou três tipos de aleitamento materno: Aleitamento Materno Exclusivo: a criança se alimenta apenas de leite materno, com exceção de gotas de xarope, remédios ou sais minerais. Observou-se que, no primeiro mês de vida, 31,7% das crianças recebiam este tipo de alimentação; no terceiro mês 13,7%; e no sexto mês 7,4%; Aleitamento Materno Predominante: o leite materno é a principal fonte de alimento da criança e podem ser introduzidos outros líquidos, como chá, água e sucos. No primeiro mês de vida 58,2% recebiam aleitamento materno predominante; no terceiro mês 32,6%; e no sexto mês 14,9%; Aleitamento Materno Total: além do leite materno, a criança se alimenta com outros líquidos, incluindo o leite artificial. No primeiro mês 74,3% das crianças recebiam este tipo de alimentação, no terceiro mês de vida 46,7% e no sexto mês 37,9% das crianças recebiam aleitamento total. Observa-se que em todos os tipos de aleitamento, progressivamente, um número cada vez menor de crianças recebe o leite materno. No caso do aleitamento exclusivo os números são ainda mais alarmantes, tendo em vista ter sido este o tipo de alimentação menos observada, embora seja, com freqüência, recomendada pelos profissionais de saúde. O que interfere na realização de um comportamento? Diante deste quadro, várias pesquisas se têm colocado frente a seguinte questão: quais fatores influenciam o comportamento materno em relação à amamentação de seu bebê? Neste intuito, o conceito de intenção, ou seja, a disposição para realizar um comportamento, tem sido bastante utilizado para melhor esclarecer esta problemática. Para Wagner e Wagner (1999), as intenções comportamentais são reconhecidas por vários pesquisadores da atualidade como as mais importantes preditoras do comportamento. A este respeito, Stein e cols. (1987; citado em Barnes e cols., 1997) destacaram que manifestações pré-natais da intenção de alimentar o bebê estão altamente relacionadas à prática da alimentação do bebê posteriormente adotada pela mãe. Objetivando identificar os fatores que contribuem para uma amamentação bem-sucedida, Kuan e cols. (1999) realizaram estudo com 522 mães, residentes em Ohio (EUA). As participantes foram questionadas sobre sua intenção quanto ao período que pretendiam amamentar. Dentre as entrevistadas, 70% estimou que amamentaria por 1 a 2 meses, 15,1% estimou de 4 a 6 meses e 6,5% planejou amamentar por um período superior a 12 meses. Os resultados indicaram que 76,4% das entrevistadas amamentaram pelo tempo que planejaram inicialmente. Valendo-se desta relação entre intenção e comportamento, alguns estudos já se interessaram pela seguinte questão: que fatores influenciam a intenção de amamentar? O que contribui para que uma mãe pretenda ou não realize o comportamento de amamentar seu bebê?

Desenvolvimento do sistema sensório motor oral e motor global em lactentes pré-termo

Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 2007

Background: development assessment of preterm infants. Aim: to evaluate the association between the gestational ages (GA) of premature infants with the global motor development as well as with early signs of sensory oral motor development delay, and to verify a possible association between them. Method: an exploratory study that assessed the development of 55 infants with corrected chronological ages between four to five months, born preterm at the Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP) and who were followed at the Kangaroo Mother Program Clinic between March and August of 2004. The assessment of the sensory oral motor development was performed through preselected indicators and of the global motor development through the Alberta Infant Motor Scale (AIMS). Results: infants with lower GA (29 to 34 weeks) presented a higher median of risk signs in the sensory oral motor development assessment when compared to those with higher GA (35 to 36 weeks). Regarding the global motor development, infants born with lower GA presented a higher number of scores in the AIMS below percentile 10 (26%) when compared to those with a higher GA (4%) (p=0.009). The median index of the risk signs for the sensory oral motor development were significantly higher among infants with total AIMS scores below percentile 25 when compared to those with scores equal to or above percentile 25. Conclusion: the gestational age of infants at birth influenced the sensory oral motor and global motor development -infants with lower gestational ages presented worse performances. These findings suggest a possible association between both aspects of infant development.

Desmame precoce: fatores associados e percepção das nutrizes

Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, 2019

O desmame precoce é considerado um problema de saúde pública por gerar grandes repercussões na saúde da criança, necessitando então da assistência de profissionais da saúde para seu esclarecimento e prevenção. O estudo teve objetiva descrever os fatores associados ao desmame precoce do aleitamento materno e a percepção das nutrizes frente a este processo. Tratou-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados LILACS e BDENF. Foram incluídos artigos publicados nos anos de 2014 a 2018, disponíveis na íntegra, no idioma português, perfazendo uma amostra composta por 9 artigos. Os resultados foram categorizados em: instabilidade emocional; crenças na lactação insuficiente; intercorrências mamárias; Situação socioeconômica, grau de instrução e condições de trabalho materno; a importância do enfermeiro no aleitamento materno. É necessário que os profissionais proponham intervenções, desde o pré-natal até o puerpério, com a finalidade de prevenção e manejo dos principais proble...

Dificuldades do aleitamento e o desmame precoce

Enfermagem Brasil

O estudo tem como objetivo conhecer os problemas que levam a interrupção do aleitamento materno. A abordagem metodológica utilizada foi a revisão sistemática. As bases de dados eletrônicas utilizadas para a coleta foram Lilacs e Scielo. Do total de publicações encontradas, entre os anos de 1983 a 2005, foram selecionados 12 estudos para constituir a pesquisa. Os resultados evidenciaram que o profissional de saúde deve estar habilitado a preparar a mulher para o aleitamento, respeitando seus valores sócio-culturais, percebendo a importância da comunicação como instrumento de trabalho. Sugerimos que seja feita a utilização do diagnóstico da NANDA com o objetivo de direcionar as ações de enfermagem para uma resolução ou intervenção dos possíveis problemas.

Desmame precoce do filho de mãe adolescente

Research, Society and Development, 2022

Com base no problema do desmame precoce em filhos de mães adolescentes, esse trabalho tem por objetivo apontar o aumento de incidências, esclarecer importância e vantagens do aleitamento materno exclusivo para o bebê até o 6º mês de vida, e também que a amamentação é diversificada de acordo com vários fatores como socioeconômico, psicossocial, cultural e crença. Dependendo das características dessa mãe adolescente e o nível de conhecimento sobre as vantagens que o aleitamento materno exclusivo proporciona. Cabe aos profissionais de enfermagem saber identificar os problemas que tem causado o aumento dessa incidência, e a frequente ocorrência desse problema e proporcionar uma educação continuada desde o pré-natal até o pós parto dessas mães adolescente com seus familiares, os estimulando com evidências de mães que amamentaram exclusivamente até o 6º mês de vida, e os benefícios que proporcionaram a seus filhos. Trata-se de uma pesquisa, com abordagem quantitativa, realizada na clínica...

A prática do aleitamento materno e os fatores que levam ao desmame precoce: uma revisão integrativa

Journal of Health & Biological Sciences, 2018

Introdução: o aleitamento materno exclusivo é a melhor fonte de alimentação e proteção do bebê até o sexto de mês de vida, não necessitando de nenhum outro tipo de alimento ou líquido. Objetivo: identificar os fatores que interferem na prática do aleitamento materno e analisar os motivos que levam ao desmane precoce. Método: trata-se de um artigo de revisão integrativa da literatura mediante os descritores: aleitamento materno, lactente e desmame precoce, com um recorte temporal de 2012 a 2016. Resultados: entre os fatores que dificultam a prática do aleitamento materno destacam-se: leite fraco/insuficiente, pouco incentivo dos profissionais de saúde para a prática de aleitamento materno exclusivo, falta de conhecimento da mãe sobre a importância do aleitamento materno. Já entre os fatores causadores do desmame precoce, destacam-se: uso de chupeta, volta ao trabalho ou ao estudo, trauma mamilar e dor, baixo nível de escolaridade da genitora, e o aumento da idade da criança. Consider...