Poder e Resistência: Um Ensaio Sobre a Dimensão Conceitual do ‘Império’ (original) (raw)

1379) Poder imperial, análise conceitual (2005)

Desafios do Desenvolvimento, 2005

Brasília, 24 jan. 2005, 3 p. Resenha do livro organizado por José Luis Fiori, O Poder Americano (Petrópolis: Editora Vozes, 2004, 456 p.; ISBN: 85-326-3097-9). Publicado, sob o título “O Império Americano”, na revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA-PNUD, a. 1, n. 7, fev. 2005, p. 77); sob o título “O Poder Americano”, em Meridiano 47 (Brasília: IBRI; n. 58, mai. 2005, p. 18-19); na revista Plenarium (Brasília: Câmara dos Deputados, a. II, n. 2, nov. 2005, p. 347-349); e no site Parlata. Relação de Publicados ns. 540, 557, 605 e 615.

Exercício Filosófico sobra a Obra “O Império do Efêmero”, de Gilles Lipovetsky

2009

Poucos pensadores tem se dedicado a reflexao sobre o fenomeno moda. O presente texto se propoe a exemplificar a possibilidade do exercicio filosofico tambem nesse âmbito, testificando, assim, sua relevância. Reproduzindo, inicialmente, os apelos ja registrados por esses poucos pensadores reconhecidos, levando a uma reflexao mais seria sobre o que seria esse tao peculiar fenomeno, o exercicio propriamente dito se dara sobre a obra “O Imperio do Efemero”, de Gilles Lipovetsky, no intuito de demonstrar em que medida uma reflexao filosofica mais aprofundada poderia enriquecer o que ali ja se encontra enunciado. Ao final, serao propostas algumas questoes pertinentes ao mundo academico da moda no Brasil, cujas respostas, aparentemente, ainda nao foram suficientemente discutidas.

Panorama do Segundo Império, “Laivos Reacionários” e projeto moderno de história

Oficina do Historiador

O objetivo deste artigo é avaliar as estratégias utilizadas por Nelson Werneck Sodré na elaboração de Panorama do Segundo Império, publicado originalmente em 1939. Como primeiro trabalho de Sodré dedicado aos estudos históricos do Brasil, esse livro é anterior a seu alinhamento com os marcos teóricos do marxismo, quando o autor publicou suas obras mais conhecidas. Por esse motivo, Sodré não reeditou aquele trabalho nas décadas seguintes, assim como aposentou grande parte de sua bibliografia lançada até a década de 1940. No caso de Panorama do Segundo Império, as principais referências utilizadas por Sodré são intelectuais que pertencem ao campo autoritário do pensamento político e social brasileiro, como Azevedo Amaral e Oliveira Viana. Ao mesmo tempo, percebe-se que os conceitos apreendidos naqueles autores são empregados para analisar o período sem se limitar às cronologias lineares e ações dos personagens políticos da época, aspecto em que as reflexões de Reinhart Koselleck nos a...

A Construção De Uma Nova Normatividade “Imperial” e O Papel Do Constitucionalismo No Contexto Do “Império”

Novos Estudos Jurí­dicos

O presente trabalho propõe analisar o lugar do constitucionalismo no contexto do “Império” frente à normatividade “imperial” que se constrói a partir das normas técnicas e de gestão (standards e indicadores) que passam a instituir novas ordens normativas para além do Estado e da normatividade estatal (constitucional). Assim, procura-se desvelar o surgimento de novos atores privados e de novos centros de produção e aplicação de normas, bem como, de uma pluralidade normativa, trazendo à luz as suas características ocultas. Dessa forma, se objetiva compreender o processo de interação dessas normatividades com a normatividade constitucional (estatal), respondendo à pergunta sobre o “como” dessa interação, se por meio do diálogo ou da concorrência normativas, apontando o papel e a importância do constitucionalismo para a garantia e concretização dos direitos humanos face à esta normatividade “imperial”.

Império e governo representativo: uma releitura

Caderno CRH, 2008

Este artigo analisa o governo representativo no Brasil, no decorrer do século XIX, de modo a apontar como a monarquia constitucional brasileira não se afastou dos modelos de representação política então vigentes na Europa. Com esse objetivo, o artigo examina o Poder Moderador, os critérios de cidadania e a legislação eleitoral.

Império – lezione brasileira. TEXTO DE ANTONIO NEGRI - APRESENTADO POR ELE NA FFLCH USP NO EVENTO DIÁLOGOS COM NEGRI - 25 a 27 de out de 2016. Tradução liminar de Homero Santiago.

Quando Império foi concebido, mais ou menos em 1995, estávamos no meio de duas crises maiores: a do horizonte geopolítico e a das formas-de-vida e da organização social do trabalho que nos eram costumeiras. Com relação ao primeiro ponto: a " guerra fria " tinha acabado; o Muro de Berlim tinha caído, o ciclo do " socialismo real " , ou seja, o " breve século " aberto em 1917, tinha acabado. Dava-se com isso uma transição do mundo moderno e de seus paradigmas ao " pós-moderno " , uma verdadeira fratura que certamente se originara a partir das descolonizações dos anos 60 e da crise do fordismo nos anos 70, mas que agora se afirmava plenamente com a queda da União Soviética e a instauração do mercado único global. Eis o ponto de ruptura do horizonte geopolítico. A tensão entre a quase total ausência de limites (espaciais e temporais) à circulação do capital em escala global e o limite à soberania moderna originava então uma crise das " estatalidades " nacionais, hoje não mais capazes de apresentar-se como estruturas fundamentais de referência para o capital. A crise dos Estados-nação punha a urgência teórica e a necessidade de abandonar a doutrina do imperialismo, baseada numa subdivisão espacial que não era mais útil para analisar dinâmicas e desenvolvimentos do capitalismo contemporâneo. À categoria política de " imperialismo " se podia e se devia contrapor a de " império " , entendida como novo modelo de governança, ideia de uma soberania pós-moderna capaz de governar a acumulação de capital na era da financeirização e da instantaneidade tecnológica. Agora, portanto, a crítica do conceito de soberania era fundamental para a compreensão da nova condição internacional. Na modernidade, a expansão das fronteiras do Estado-nação implicava, com efeito, a ampliação da sua soberania fora e além do espaço já submetido à sua organização. Mas aqui, a soberania dos Estados-nação, concebida segundo o ordenamento westfaliano próprio da idade moderna, encontra-se numa fase de crise: a pós-modernidade se apresenta como o momento em que a máquina do Estado-nação dá passagem a outros dispositivos de governança, mais eficazes no ordenamento dos mecanismos de produção, reprodução e acumulação de capital no espaço global. Considerada do ponto de vista da globalidade dei comércio, a " pós-modernidade " nos mostra um mundo " liso " e o Estado-nação, uma vez sujeito, torna-se ele mesmo objeto da globalização. Esse é o elemento decisivo e constitutivo da pós-modernidade, analisado em Império. O Estado é por assim dizer internacionalizado. Isso não significa que os Estados-nação e as fronteiras desaparecem. Simplesmente, com o avanço do processo de globalização, a soberania dos Estados-nação, embora ainda efetiva, progressivamente declina. A soberania dos Estados-nação não desapareceu mas mudou e está mudando. O processo imperial está em curso e o Império se apresenta como uma tendência, em parte realizada, mas ainda completamente in fieri. Do mesmo modo, a percepção de um declínio da soberania dos Estados-nação deve ser entendida como percepção de sua crise: isso significa que a soberania se transfere do Estado-nação e vai para alguma outra parte. O problema é definir onde, e é um problema que resta aperto. La " nova " soberania imperial é ainda a construir. Em Empire non se tratou nunca de dar substância a uma nova soberania que é ainda a construir. Não se tratou nunca de pôr um aut/aut entre soberania " moderna " e soberania " imperial " (pós-moderna), mas de analisar uma passagem, uma crise da primeira em relação às pressões da segunda, uma tendência num campo ainda aberto a possibilidades diferentes. Depois que a ordem Westfália caiu, na medida em que não é

Entre a República e o Império: apontamentos sobre a amplitude desta fronteira, seguido de dossiê com comentários de (generosos) colegas e um comentário final.

RESUMO: O presente trabalho se propõe a pensar os processos de integração e desintegração na Grécia no final da Idade do Bronze e no início da Idade do Ferro. Assim sendo, pretendemos analisar a unidade cultural estruturada durante o período micênico e suas relações comerciais bem como a desintegração de ambas no final do segundo milênio e a configuração de um novo modelo baseado na distinção regional. PALAVRAS-CHAVE: Idade do Bronze, Idade do Ferro, Grécia, unidade cultural, regionalização. ABSTRACT: It is the intent of this work to investigate the connections and disconnections in Greece in the Late Bronze Age and Early Iron Age through the analysis of the cultural unity and the commercial relationships built during the Mycenaean period, the collapse of both by the end of second millennium, and the emergence of a new model based on regional traits.