O público, o comum e o privado na dinâmica dos Jogos Olímpicos (original) (raw)
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Revista Linguagem em Foco, 2021
Considerando o contexto do ensino remoto, o objetivo deste ensaio é refletir acerca das novas formas de organização do trabalho no âmbito educacional tratando especificamente das instâncias pública e privada aqui entendidas como espaços sociais e historicamente constituídos: a casa/o lar, a escola/a sala de aula. Tomo como conhecidos fundamentos teóricos da Pedagogia dos Multiletramentos, proposta pelo Grupo de Nova Londres (1996), acerca da educação necessária a estudantes num mundo globalizado e em constante transformação tecnológica, para dar atenção ao mundo do trabalho do professor, lançando um olhar para as implicações da inserção das tecnologias como ferramenta de trabalho no contexto educacional, decorrentes da adoção do ensino remoto. Explorando os sentidos do par opositivo público e privado, destaco, como conclusão, que a ruptura das fronteiras dessas duas instâncias estão provocando a uberização do trabalho docente com o autofinanciamento de recursos para ministrar aula, ...
O público e o privado nas assembleias de Ítaca
2014
Na Odisseia sao descritas duas assembleias em Itaca. A primeira e a que foi convocada por Telemaco, por conselho da deusa Atena . Nela, ele clamou para que os pretendentes abandonassem sua casa e solicitou que lhe fosse fornecido um barco para que pudesse sair em busca de informacoes sobre seu pai, Odisseu. A segunda e a que os parentes dos pretendentes se reuniram para clamar por vinganca contra Odisseu. Neste artigo discute-se o papel dessas duas assembleias como instâncias organizativas da sociedade de Itaca figurada no poema. Sera abordado, principalmente, como nelas se articulam as ideias expressas pelos vocabulos d ēmion (publico) e idion (privado, particular) e, em que medida, o espaco representado pela agora (assembleia) relaciona-se com os modelos organizativos da polis grega.
O privado e o público numa sociedade mediática
Acta Pharmaceutica Sciencia
Neste artigo discutimos a definição do espaço público e privado nas sociedades em que a mediatização é muito forte. Por um lado, assistimos à erosão e invasão do espaço privado, propiciada pelas virtualidades da grande panóplia de meios de comunicação disponíveis. Por outro, verifica-se também uma invasão do espaço público, que vai perdendo dignidade e funcionalidades. Mas, por paradoxal que pareça, a sociedade mediática está a motivar, em paralelo, uma retração no espaço privado. Estas alterações funcionais dos espaços, público e privado, desafiam-nos a ponderar os prós e os contra de cada mutação e a procurar perspetivar o que melhor servirá os nossos valores de democracia e cidadania, bem como o indispensável equilíbrio entre os interesses individuais com os coletivos. Mas, em particular, levanta-se um repto educacional, que convém enfrentar.
Das tragédias em disputa: o comum, o privado e o despossuído
Revista Angelus Novus, ano X, n. 15, p. 121-130, 2019
Resenha de MOTTA, Márcia; PICCOLO, Monica (orgs.). O domínio de outrem. 2 vols. São Luís: EDUEMA; Guimarães: Nósporcatudobem, 2017. Palavras-chave: História agrária; Direito à propriedade; Lutas sociais.
Entre o público e o privado.pdf
Nas vilas como nos condomínios verticalizados, os espaços livres são de uso restrito aos condôminos e ficam ocultos na paisagem, por trás dos muros e portões -barreiras físicas que acentuam a segregação espacial e social e alteram a paisagem urbana. O que se pretende é apresentar esses espaços livres de edificação de conjuntos de casas e edifícios situados na capital paulista, caracterizando-os e levantando questões referentes à sua utilização pelos moradores e ao papel que têm na cidade. Pretende-se, também, analisar as conseqüências que os pátios, "praças" e jardins privativos (ou semiprivados) têm sobre os espaços livres públicos, particularmente aqueles situados nas proximidades desses conjuntos, considerando-se que sua existência contribui, em alguns casos, para o esvaziamento das praças, ruas e calçadas, enquanto espaços de recreação e lazer.
Comum urbano: a cidade além do público e do privado
Esta pesquisa teve como objetivo superar a dissociação teórica entre o comum e o urbano. De modo geral, o comum refere-se aos bens, espaços e recursos que são compartilhados, usados e geridos coletivamente por meio de práticas gestadas pela própria comunidade, fora do âmbito do Estado e do mercado. Em diferentes metrópoles ao redor do mundo, o comum tem sido invocado politicamente por movimentos sociais, ativistas e pesquisadores tanto em resistência aos cercamentos, privatizações e despossessões associados ao capitalismo neoliberal, quanto em experiências de construção de espaços autônomos. Entretanto, os teóricos do comum não se propuseram, salvo raras exceções, a discutir mais detidamente como seria olhar para a urbanização contemporânea a partir do comum, e vice-versa. Portanto, para urbanizar teoricamente o comum, fez-se necessário, primeiramente, investigar os contextos de emergência, os sentidos e as histórias do comum, assim como expor e avaliar as principais abordagens críticas sobre o mesmo, destacando suas relações com os direitos de propriedade. A literatura mais recente que versa sobre o comum urbano foi também debatida, abarcando os estudos que vão desde os recursos comuns na cidade, com seus arranjos coletivos de propriedade e comunidades diversas, àqueles que tratam a própria cidade como comum. Ademais, foram ressaltados aqueles estudos que reconhecem espaços periféricos do Sul global por sustentarem práticas informais de comunalidade e cooperação. Para fazer frente aos desafios teóricos de se conceber o comum em sua dimensão urbana, propus uma elaboração ancorada no pensamento de Henri Lefebvre. O urbano lefebvriano, caracterizado pelo seu caráter de centralidade, mediação e diferença, e acrescido da promessa emancipatória da cidade, passa a ser entendido como espaço contraditório de cercamento e produção do comum. De modo mais amplo, é a própria produção do espaço, tornada central no mundo contemporâneo à reprodução das relações sociais capitalistas, que implica cada vez mais a luta pela apropriação do próprio espaço como comum. Por fim, as potências e impasses deste comum urbano na periferia da metrópole brasileira foram ilustrados pela experiência recente das ocupações por moradia em Belo Horizonte, particularmente no que diz respeito à contradição entre a riqueza de práticas de produção do comum que questionam a hegemonia da propriedade privada e as pressões da ordem proprietária. Destarte, o comum urbano que emerge da pesquisa aponta para experiências de produção do espaço que, gestadas na vida cotidiana e baseadas em relações e práticas de cooperação, apropriação coletiva, uso e autogestão, convergem para a realização do direito à cidade, além do público e do privado.
Poliética - revista de Ética e Filosofia Política (vol. 3, nº. 1, 2015), e Working Paper (nº. 45, 2014), 2015
"A dicotomia público-privado é o fundamento das ideias liberais, da conceção filosófica histórica de tolerância, e das ideologias políticas partidárias. O objetivo deste artigo é a análise dessa dicotomia sob o ponto de vista concetual, e mostrar que existe uma falta de consistência em si própria enquanto dicotomia, devido ao significado ambíguo dos conceitos nela presentes. Começa-se por falar das ambiguidades das dicotomias em geral, com o objetivo de contextualizar a dicotomia aqui examinada. Depois, são analisadas as ambiguidades dos conceitos de público e privado, cada um deles analisado de forma individual, na multiplicidade das suas aplicações. Finalmente, são analisadas as ambiguidades de cada um desses conceitos na relação com o seu par (entre público e privado), mostrando-se que existe uma dificuldade de distinção entre eles. Em consequência, não se consegue definir o que é público e privado em si mesmos, enquanto não se conseguir fazer a relação em que se distinga espaço público de privado, mas por outro lado não se consegue fazer a relação de distinção entre eles, enquanto não se conseguir definir o que é público e privado. PALAVRAS-CHAVE : posicionamento dicotómico, público, privado, ambiguidade, relatividade ABSTRACT : The public-private dichotomy is the foundation of the liberal ideas, of the historical philosophical conception of tolerance, and of the partisan political ideologies. The goal of this paper is the analysis of this dichotomy from the point of view of this concept, and to show that there is a lack of consistency on her own while dichotomy, due to ambiguous meaning of its concepts. We start by talking about the ambiguities of dichotomies in general, in order to contextualize the dichotomy here studied. Then we analyze the ambiguities of the concepts of public and private, each one of them individually. Finally, we analyze the ambiguities of each of these concepts not in themselves, but in relation to its pair (public and private), showing that there is a difficulty of distinction between them. the partisan political ideologies As a result, we can’t define what is private and public, due to the fact that we can’t define the boundaries between public and private life, and on the other hand we can't define the boundaries between public and private life, due to the fact that we can’t define what is public and private. KEYWORDS : dichotomies, public, private, ambiguity, relativity "