Sobre a possibilidade de um terceiro Wittgenstein (original) (raw)
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Dois Sentidos do Problema da Vontade no Segundo Wittgenstein
Resumo: Este artigo tem a intenção de apresentar programaticamente duas coisas: a) o modo de presença do problema da vontade no horizonte das Investigações Filosóficas em seus dois sentidos fundamentais, enquanto pseudoproblema filosófico e enquanto autêntico problema gramatical; e b) indicar a perspectiva geral pela qual um delineamento mais preciso de uma Gramática do Querer em Wittgenstein pode ser obtido. [palavras-chave: Wittgenstein; gramática da psicologia; vontade gramatical; terapia gramatical do eu; pragmática filosófica.] Abstract: This paper have as aim to make two programmatic points: a) to show the way in wich the problem of the will is present in the horizon of the Philosophical Investigations in its two basic senses, as a philosophical pseudo-problem, and as an authentic grammatical problem; and b) to indicate the general perspective by wich a most precise delineation of a Grammatics of the Will in Wittgenstein can be done. [key-words: Wittgenstein; grammar of the psychology; grammatical will; grammatical therapy of the self; philosophical pragmatics.]
Considerações acerca do debate em torno do argumento do terceiro homem no Parmênides de Platão
The Third Man Argument found in the Parmenides is a formidable objection to the Theory of Forms, and it is well known that Plato left us no explicit answer to it. In recent decades the argument was scrutinized by commentators, becoming commonplace to divide it into some logical steps: the principles of self-predication, non-identity and " one over many ". Since the infinite regress arises from the combination of these three principles, those who want to defend that the argument is not a definitive objection to the Theory of Forms cannot accept that these three principles integrate Plato's philosophy simultaneously. As such, in this paper we undertake a critical examination of the contributions of some leading Platonists regarding the problem at hand.
AINDA SOBRE POSSESSIVOS DE TERCEIRA PESSOA NO PORTUGUÊS
Caderno de Squibs: Temas em estudos formais da linguagem, 2020
A expressão das relações de posse por pronomes de terceira pessoa no português brasileiro está em processo de variação, que ainda não é adequadamente representada nas gramáticas: a forma seu, em certas situações continua sendo produtiva. Examinamos uma amostra de fala de universitários e encontramos a mesma distribuição de PP3 do NURC. Os resultados de uma análise de regressão condicional de PP3 corroboram a hipótese da dominância pronominal e a da distribuição complementar de Müller (1997), de que seu age como variante presa e dele expressa correferência.
3 O Primeiro Wittgenstein e sua obra - TCC FILOSOFIA
À todos, que direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho, em especial aos professores do curso, Bruna, Sérgio Zan, Marislei, Ademir, Vera, Marcelo, Frei Dudu, com seus corações voltados ao fazer filosófico, que lutam para que nós não nos desanimemos em nossa caminhada.
Heidegger e a possibilidade do novo
O novo permeia a filosofia heideggeriana, no horizonte de seu questionamento filosófico como um todo. Isso se mostra desde seus estudos sobre o tempo kairológico numa fenomenologia da religião, na interpretação da phronesis aristotélica como compreensão do “a cada vez” da vida fáctica, na abordagem da abissalidade da existência humana em Ser e tempo, no pensamento cada vez mais voltado à noção de origem, na possibilidade de instauração de um “outro começo” não-metafísico com o acontecimento-apropriador nas Contribuições para a Filosofia, dentre vários tópicos pensados por Heidegger. Na medida em que o ser se encobre, no mais das vezes, esses temas estão relacionados com a concepção da verdade como uma irrupção do ser, um acontecimento que se dá ao mesmo passo de uma incisividade temporal. Apesar de ser possível a verificação de diversas formas de abordagem da questão do ser no percurso do pensamento heideggeriano, há um modo de se pensar o novo que se mantém subjacente a todas elas, muito embora, de uma maneira velada. O novo ocorre como abismo inaugurador na incisividade do instante, repetindo e antecipando o possível que permaneceu retraído metafisicamente, isto é, trata-se da tarefa de se recuperar o originário num salto apropriador, de modo que o “mais antigo que o antigo” possa se manifestar como “novo”.
Alguns Pensamentos a Respeito de Wittgenstein e Educação
Educação & Realidade
Resumo: A finalidade deste artigo é apresentar um conjunto de oito discussões diferentes sobre o tema da educação no escopo de uma crítica wittgensteiniana da linguagem. Para tanto, adoto como temas relevantes não apenas o desenvolvimento e as peculiaridades do pensamento de Wittgenstein sobre a linguagem, mas também as dificuldades de suas metodologias, sua noção de “terapia” e a literariedade de seus escritos durante o amadurecimento de sua obra. Espero que este breve encadeamento sirva como introdução à leitura dos textos de nossa seção temática, pois todos abordam estes mesmos pontos de uma maneira ou de outra, seja concordando, seja divergindo.
Sobre a existência de outras mentes na epistemologia de Hume
Hume mostra que a questão de saber se os objetos do conhecimento, paixões e, mais em geral, juízos, existem exterior e independentemente da mente, é indecidível por meio de raciocínios (probabilísticos e demonstrativos). Porém, não coloca a questão de saber como se explica a atribuição de uma mente a outros eus, dos quais apenas o corpo-que só se distingue de outros objetos pela sua semelhança com o meu próprio corpo-é apreensível pelos sentidos externos. Ao abordar esta questão, o meu principal objetivo é tentar apontar elementos da epistemologia de Hume que permitem uma reconstrução da explicação dessa crença. No presente trabalho, pretendo: i) apontar observações de alguns comentadores que se ocuparam da questão da identidade pessoal em Hume que mencionam-sem abordar diretamente-a questão da crença na existência de outras mentes (designadamente, K. Smith, A. J. Ayer, J. Passmore e D. Garrett); ii) apresentar a abordagem de T. Penelhum-que se aproxima consideravelmente da questão da crença na existência de outras mentes-explicando a sua relevância para o meu propósito; iii) iniciar uma possível contribuição para o tratamento da questão da existência de outras mentes, procurando acrescentar algumas observações à abordagem de Penelhum. Abstract: Hume shows that the answer for the question of whether the objects of knowledge, passions and, more in general, judgment, exist exterior and independently of the mind, is not obtained by means of reasoning (probabilistic nor demonstrative). However, he doesn’t raise the question of how to explain the attribution of a mind to other selves, whose body – that is distinguished from other objects exclusively by its resemblance with my own body – is apprehensible by the external senses. I approaching this question, my main aim is to try to point elements of Hume’s epistemology which allow a reconstruction of an account of that belief. In the present work I intend: i) to point observations of some commentators who were concerned with the question of personal identity in Hume that mention – without directly approach – the question of the belief in the existence of other minds (namely, K. Smith, A. J. Ayer, J. Passmore and D. Garrett); ii) to present T. Penelhum’s approach – which is considerably close to the question of the belief in the existence of other minds – explaining its relevance to my purpose; iii) to start a possible contribution to the approach of the question of the existence of other minds, trying to add some observations to Penelhum’s approach.
Os Dois Sentidos Do Problema Da Vontade No Segundo Wittgenstein
Intuitio, 2009
Ao argumentarmos Por Uma Gramática do Querer em Wittgenstein 1 , quisemos com isso colocar em cena não apenas uma interpretação do assunto (o problema da vontade) e de seu método de tratamento (o das descrições gramaticais "perspícuas" dos contextos de uso e aprendizagem de palavras através de exemplificação e comparação), mas também colocar * Professor de filosofia do DFL/UFS desde 1996, mestre em filosofia fenomenológica pela UFRJ (1996) e doutor em filosofia da linguagem pela Unicamp (2004). Membro do grupo de pesquisa "Filosofia da Linguagem e do Conhecimento"-Capes/Cnpq. Contato: