Crise Global: reflexões sobre a Sociedade do Espectáculo ao Ritmo do Capital (original) (raw)
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Fragmentos Contra O Kapital Ou Um Post-Scriptum a Sociedade Do Espetáculo
Polem Ca, 2012
Não é nada complicado, todos o sabem: uma informação é um conjunto de palavras de ordem. Quando nos informam, nos dizem o que julgam que devemos crer. Em outros termos, informar é fazer circular uma palavra de ordem. As declarações da polícia são chamadas, a justo título, comunicados. Elas nos comunicam informações, nos dizem aquilo que julgam que somos capazes ou devemos ou temos a obrigação de crer. Não nos pedem para crer, mas para nos comportar como se crêssemos. Isso é a informação, isso é comunicação; à parte essas palavras de ordem e sua transmissão, não existe comunicação. O que equivale a dizer que a informação é exatamente o sistema de controle. Isso é evidente, e nos toca de perto hoje em dia. (...) Qual a relação entre a obra de arte e a comunicação? Nenhuma. A obra de arte não é um instrumento de comunicação. A obra de arte não tem nada a ver com a comunicação. A obra de arte não contem, estritamente a mínima informação. Em compensação, existe uma afinidade fundamental entre a obra de arte e o ato de resistência. Isto sim. Ela tem algo a ver com a informação e a comunicação, a título de ato de resistência. (...) a arte é aquilo que resiste, mesmo que não seja a única coisa que resiste (...) Todo ato de resistência não é uma obra de arte, embora de uma certa maneira ela faça parte www.polemica.uerj.br
Observações sobre a sociedade do espetáculo
2010
Em A Sociedade do Espetaculo, cumpre ressaltar, o que esta em jogo nao e a descricao puramente fenomenologica da crosta visivel da ilusao midiatica que cintila diante da percepcao do espectador inerte, mas a explicacao desde principios do desenraizamento do humano e suas consequencias para a vida do homem moderno. Nao uma analise particularista das manifestacoes imediatamente apreensiveis do espetaculo, coisa obvia a que os leitores de manuais, de fontes indiretas e equivocadas acostumaram-se, mas uma deducao consequente e necessaria de suas origens e articulacoes como fenomeno ligado a logica da producao e reproducao global do sistema capitalista.
Cultura De Massa Versus Cultura Popular Na Cidade Do Espetáculo e Da “Retradicionalização”
2007
MASS CULTURE VERSUS POPULAR CULTURE IN THE SPECTACLE AND “RE-TRADITIONALIZATION” CITY THIS ARTICLE IS BASED IN EMPIRIC STUDIES OF THREE CULTURAL MANIFESTATIONS IN POPULAR DISTRICTS IN SALVADOR-BAHIA TO UNDERSTAND THE PROCESS THAT MAKES THEM SPECTACLES AND LOOKS FOR THERE NEW INSERTION IN TRADITION, WHILE THEY ARE TRANSFORMED IN GOODS TO MASS CULTURE CONSUME. IT ARGUES AND DEEPENS THE FOLLOWING QUESTIONS: WHY SEVERAL MANIFESTATIONS APPARENTLY ARE MORE “ABLE” TO THESE PROCESSES? WHO ARE THESE PROCESSES’ AGENTS? DID THESE MANIFESTATIONS LOOSE THEIR ORIGINAL CHARACTERISTICS WHEN THEY ARE INCORPORATED TO MASS CULTURE? ON THE OTHER HAND, IT ALSO INTENTS TO ANALYSES HOW THESE MANIFESTATIONS MAY BE SEEN AS ALTERNATIVE PARAMETERS TO THE HOMOGENEOUS LOGIC OF CITIES THAT ARE ORGANIZED TO CULTURAL AND TOURIST CONSUME, MOREOVER ONE REFLECTION ABOUT THE FESTIVALS FUN SENSE IN THE MORE AND MORE “TRANSVERSAL” TOURIST SPACES. THE SEARCHES RESULTS ALLOW THE CONCLUSION THAT AT LAST INSTANCE THE MARKET...
O Melhor Espetáculo da Terra Crise e Regulação no Carnaval de Rua do Rio de Janeiro
52, 2021
O artigo discute de que forma o carnaval de rua pode ser pensado como resultado de disputas e negociações entre diferentes agentes do Estado e, ao mesmo tempo, como produtor de práticas e territorialidades urbanas. Para isso, parte-se da identificação de uma crise no âmbito da economia e da segurança pública, com o intuito de desenvolver uma discussão sobre o processo de regulação do carnaval de rua no Rio de Janeiro. Baseado em trabalho etnográfico realizado junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro, o artigo tem como foco analítico os desdobramentos da construção da narrativa de crise, pensados em relação com os quadros de valores morais acionados no processo de ocupação dos espaços da cidade e no fornecimento de serviços públicos. Nesse sentido, são analisadas formas de classificação utilizadas por diferentes atores no processo de organização da festa, numa reflexão que coloca o uso do espaço urbano no centro da discussão sobre a ordem e a segurança pública.
Renovar Paradoxos: Pintura Contemporânea na “Sociedade do Espetáculo”
In Ponte, Sofia (Ed.), Loureiro, Domingos & Torres, Sofia (Revs.). (2017). Sobre Pintura (pp. 91-107). Porto: i2ADS. - Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade & FBAUP - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, 2017
PT O presente artigo reflete acerca de uma ideia de Pintura, capaz de desmistificar e combater a noção de “Sociedade do Espetáculo” na Contemporaneidade. Neste sentido, convoco as obras “A Sociedade do Espetáculo” (1967) de Guy Debord e “O Espectador Emancipado” (2010) de Jacques Rancière, para problematizar de que forma é que este conceito e os seus produtos sociais, culturais e políticos podem, por um lado, ser agentes perpetuadores de uma “espetacularização” e, por outro lado, como é que a Pintura pode adquirir uma dimensão política sem ser simplesmente um produto instrumentalizado. Palavras-chave: Pintura Contemporânea; Arte & Política; “Sociedade do Espetáculo”; Desinstrumentalização da Arte. EN This article reflects on an idea of Painting, capable of demystifying and fighting the notion of “Society of the Spectacle” in Contemporaneity. In this sense, I invoke the works “The Society of the Spectacle” (1967) by Guy Debord and “The Emancipated Spectator” (2010) by Jacques Rancière, to discuss how this concept and its social, cultural and political products can, on the one hand, be perpetuating agents of a “spectacularization” and, on the other hand, how painting can acquire a political dimension without being simply an instrumentalized product. Keywords: Contemporary Painting; Art & Politics; “Spectacle Society”; De-instrumentalization of Art.
Entidades performáticas e desestabilização: o desenvolvimento local para além do mainstream
Entidades performáticas e desestabilização: o desenvolvimento local para além do mainstream Performing entities and destabilization: local development beyond mainstream Performatif entité et déstabilisation: le développement local au-delà de mainstream Entidades performativas y desestabilización: el desarrollo local más allá del mainstream Resumo:A partir da identificação de um contexto particular na porção noroeste de Minas Gerais, caracterizado por relativa efervescência artístico-cultural, buscamos, neste artigo, analisar os usos estratégicos do patrimônio cultural imaterial. Inscrevem-se nessas estratégias o apelo performático à literatura e a adesão persuasiva ao discurso da economia criativa. A observação sugere reflexão acerca da autoria e da autenticidade das ações locais. Palavras-chave: Literatura. Economia criativa. Contra-tendência. Abstract: After identifying a particular context in the northwestern portion of Minas Gerais, State in Brazil characterized by relative artistic-cultural effervescence, we seek with this article to analyze the strategic uses of intangible cultural heritage. The performative appeal to the literature and the persuasive adherence to creative economy's discourse take part on these strategies. Our observation suggests some reflections on the authorship and authenticity of local actions. Résumé: A partir de l'identification d'un contexte spécifique dans la région nord-ouest de Minas Gerais, qui se caractérise par une effervescence artistico-culturelle relativement importante, nous cherchons, dans cet article, à analyser les utilisations stratégiques du patrimoine culturel immatériel. Le recours performatif à la littérature et l'adhésion au discours de l'économie créative en vue de convaincre comptent parmi ces stratégies. L'observation invite à une réflexion sur la responsabilité et l'authenticité d'actions locales. Mots-clés: Littérature. Économie Créative. Contre-tendance. Resumen:Desde la identificación de un contexto particular en el noroeste del Minas Gerais en Brazil, que se caracteriza por la relativa efervescencia artístico-cultural, buscamos, en este artículo, el análisis de los usos estratégicos del patrimonio cultural inmaterial. Se inscriben en estas estrategias la apelación performativa a la literatura y la adhesión persuasiva al discurso de la economía creativa. La observación sugiere una reflexión sobre la autoría y autenticidad de acciones locales.