Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência (original) (raw)

A Experiência Do Lugar

PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade

Este artigo aborda como temática, a experiência do lugar associada ao planejamento urbano e turístico, buscando uma maior conservação das características dos lugares frente aos processos de globalização. O objetivo é evidenciar a importância da valorização das características identitárias, relacionais, históricas e culturais do lugar na experiência dos indivíduos. Os estudos de caso adotados são Ametista do Sul (RS) e Iraí (RS), pequenas cidades caracterizadas por valores identitários, pedras preciosas e fontes de água mineral termal, porém, suscetíveis a se tornarem não-lugares, devido à falta de planejamento urbano e turístico. A metodologia é baseada nos conceitos de turismo, lugar e experiência, aliados a análises qualitativas, por meio de pesquisa de campo e entrevistas semiestruturadas. Os resultados obtidos evidenciam a importância do valor do lugar na experiência turística e a relevância de um planejamento urbano e turístico associado a conservação ambiental dos lugares.

O não lugar como lugar da experiência

Vol. 40, 2, 2017

O não lugar como lugar Artigos / Articles O nãO lugar cOmO lugar da experiência Izilda Johanson 1 resumO: Um dos principais temas postos pela filosofia bergsoniana, no âmbito da subjetividade, é o da distinção entre consciência interior e exterior, entre uma interioridade, um eu interior, profundo, e uma exterioridade, um eu superficial, periférico. Ainda que o lugar seja, em princípio, algo pertinente apenas a um dos dois polos do eu-a saber, aquele relativo à exterioridade, à extensão e ao espaço-, a discussão acerca da natureza própria da interioridade reconfigura a ideia de lugar, no pensamento bergsoniano, pois, na medida em que é duração, também o eu interior se apresenta como uma região muito particular da experiência e da vida. A amplitude e os limites da existência, posta então como efetiva experiência do indivíduo em meio a esses dois lugares extremos, irredutíveis e de naturezas absolutamente distintas, e também, por isso mesmo, a relação entre temporalidade e intencionalidade, é o que pretendemos abordar neste ensaio.

Do Espaço e do Lugar do Acontecimento

Documentos de Arquitectura #2, 1999

Propõe-se aqui a translação para a arquitectura, o urbanismo ou o paisagismo (ou outros processos de intervenção espacial) do conceito de acontecimento. lmpregnado de intencionalidade mas transmitindo a liberdade necessária à improvisação, numa procura flexível de evolução. 0 accionar do acidente desestabilizador que engendra uma percepção renovada da realidade. Trata-se de uma valorização do existente (e da existência) pela provocação de uma inteligibilidade recriadora do espaço real.

Espaço e Memória: Conexões e Possibilidades Pelo Viés Da Categoria Lugar

2015

O presente artigo resulta de reflexões acerca das possibilidades de articulação entre as categorias espaço ememória pelo viés da categoria lugar. O exercício empreendido busca apresentar autores que estabelecem um diálogo entre as categorias mencionadas e que podem representar perspectivas desafiadoras de análise do espaço geográfico. Tal iniciativa decorre da necessidade de apresentar alguns apontamentos que possibilitem aos interessados nessa articulação teórica vislumbrar possibilidades de realização de pesquisas no âmbito da ciência geográfica partindo do suposto de que a memória e os elementos simbólicos a ela vinculados também contribuem para o processo de produção do espaço geográfico.

Tempo e espaço como experiência no museu

Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília , 2018

O artigo discute como a categoria historiográfica do tempo se manifesta em espaços expositivos. O estudo de duas instituições - o Museu Histórico Nacional (MHN), localizado na cidade do Rio de Janeiro, e o Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte - analisa a interposição entre a concepção do desenho espacial expositivo e o conceito narrativo, focalizando a representação temporal em ambas as exposições de longa duração. Por meio do processo de espacialização de acervos orientado pelo conceito curatorial, as representações de tempo ganham materialidade como imagens e se oferecem à experiência sensível do público. O artigo é resultado da pesquisa "História, herança cultural e temporalidade: conhecimen-to e imaginário museológico", desenvolvida com o apoio da Fapemig-Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais. 2 Professora Adjunta da Escola de Ciência da Informação da UFMG, atuando especialmente no Curso de Graduação em Museologia.

Sobre Lugares: da identidade no espaço ao espaço na identidade

Anais do X Seminário Internacional de Demandas Sociais e Políticas Públicas na Sociedade Contempoânea e VI Mostra de Trabalhos Jurídicos Científicos, 2013

O presente artigo tem o objetivo de trabalhar a relação entre identidades individuais e coletivas e produção do espaço. Analisa-se, em um primeiro momento, as formas pelas quais diversas manifestações identitárias produzem determinados tipos de espaços, o que geralmente acarreta a seletividade de sua ocupação; após, são abordadas algumas das maneiras pelas quais os espaços exercem forte influência na formação da identidade das pessoas e dos coletivos neles inseridos. Argumenta-se que esses espaços são, ao mesmo tempo, produtos e produtores de identidades, em um circuito que funciona de forma retroalimentante e “centrípeta”. Sustenta-se que essa lógica, por promover uma seletividade no acesso aos espaços, é relevante facilitador da essencialização do outro. Por fim, são apontadas algumas práticas sociais “centrífugas”, que se constituem em possibilidade de fratura nessa lógica e ruptura desse ciclo. This article intends to work on the relation between individual and collective identities and the production of space. In a first moment, we analyze the forms by which diverse identitary manifestations produce determinate kinds of spaces, what usually implies a selectivity in its occupation; afterwards, we treat some of the ways by which spaces influence the formation of the individual and collective identities of those inserted in them. Our contention is that these spaces are, concomitantly, products and producers of identities, in a circuit that works in a “centripetal” way. We argue that this logic is a relevant factor in the process of essentialization of the other, for it promotes a selectivity in the access to spaces. At last, we point some “centrifugal” social practices, which are possibilities of fracturing this logic and rupturing this cicle.

Espaço, tempo e lugar

Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2008

pós n.23 • são paulo • junho 20 08 Resumo O presente artigo explora e discute as características mediadoras dos referenciais: espaço, tempo e lugar, assim como suas influências nos processos de construção social. Aborda a decorrência da relação homem/espaço/tecnologia na conformação da identidade dos espaços de domínio e na caracterização deles, ao mesmo tempo, como herança e patrimônio culturais de seus usuários. Explora também, de forma sucinta, a interferência do modelo capitalista vigente e sua predominância, por intermédio das classes hegemônicas, na definição das estratégias de intervenção, qualificação e apropriação dos espaços. Finalmente, aponta para a possibilidade/necessidade de buscar-se fórmulas não-excludentes para a conformação/requalificação de espaços de plena fruição como instrumentos de redução das diferenças e de reconciliação social. Palavras-chave Espaço, lugar, tempo, construção social, contradições do espaço, espaços de consumo, espaços de produção.

Lugar, paisagem e experiência / Place, landscape and experience

2020

Lugar, paisagem e experiencia sao apresentados aqui sob uma perspectiva de uma Geografia que se faz no dia a dia, o que pode revelar camadas mais profundas na banalidade do cotidiano trivial e corriqueiro, se estivermos atentos as maneiras e modos como criamos e produzimos espaco. Parte-se da premissa de que produzimos e reproduzimos espaco no cotidiano atraves de relacoes sociais e sociabilidades de toda ordem, pois temos um corpo, percebemos paisagens, habitamos lugares, nos refugiamos em nossos territorios intimos e, afinal, somos humanos. Busca-se distinguir, na argumentacao, os processos de lugarizacao e territorializacao, sublinhando-se o lugar (frente ao territorio) como uma base para o pensar (e o agir) em escala, ampliando suas possibilidades para alem de uma perspectiva localista. Finalmente, e a guisa de conclusao, afirma-se que a escala e o “pensar em escala” sao tambem condicoes primeiras, como o “se localizar” e o “se situar”, para a constituicao dessa Geografia do dia...