Os orientes de Fernando Pessoa (original) (raw)

Os Orientes de Fernando Pessoa: Adenda

Pessoa Plural , 2016

Resumo: Apresentam-se aqui documentos do espólio de Fernando Pessoa e da sua biblioteca particular referentes a padrões antropológicos, espirituais e estéticos das tradições asiáticas. Alguns deles integraram um dossiê publicado pela primeira vez na revista Cultura Entre Culturas. O contributo resgatado, precedido por um conjunto de novos testemunhos, alguns inéditos, permite traçar uma cartografia mais completa de nomes e obras de poetas, filósofos e mestres espirituais, descobertos por Pessoa em virtude do seu fervoroso " vício " pela leitura. Abstract: This selection of documents from Pessoa's archive and private library deals with anthropological, spiritual and aesthetic issues from the Asiatic traditions. Some of these documents first appeared in the journal Cultura Entre Culturas. Accompanied by a set of new documents, both published and unpublished, this selection offers a more complete array of works by poets, philosophers and spiritual masters that Pessoa discovered throughout a life deeply devoted to the art of reading.

Observações sobre o Oriente nas obras de Fernão Mendes Pinto

«Observações sobre o Oriente nas obras de Fernão Mendes Pinto», Estudos Orientais, volume III, O Ocidente no Oriente através dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, Instituto Oriental / Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 1992, p. 65-78.

Abordagem de alguns aspetos dos textos escritos por Fernão Mendes Pinto sobre algumas terras por onde viajou no Oriente em que se destaca sobretudo a articulação de informações expressas em cartas com a forma como as apresentou de uma maneira mais elaborada na sua obra prima que é a Peregrinação.

A vertente utópica-milenarista do pensamento de Fernando Pessoa

O pensamento profético-utópico de feição milenarista prossegue, desde as mais remotas origens da civilização e da cultura ocidentais, uma resoluta e respeitável linha de continuidade ideológica, assente na intuição/noção de tempo futuro, canonizado como tempo de glória e de salvação da humanidade, não só pela tradição religiosa judeo-cristã, mas também pelas filosofias seculares da história concebidas, mesmo que de modo inconsciente, segundo um modus operandi mental

A representação do oriente na obra poética de Alberto Osório de Castro

The present work aims to investigate how the Orient is represented in the poetic works of Alberto Osório de Castro (1868-1946). Its main axis is the dialog established between his poems and the topics and poetic forms found in the eastern tradition, especially in the Indian. This is intended in order to outline the Orientalist that can be found in the works of the Portuguese poet, assuming that Osório de Castro creates his own Orient. We seek to ascertain the specificity of this creation, identifying his strategies and possible intentions.

Estéticas de Vangarda: Fernando Pessoa

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O Ocidente e seus orientes

Revista Sísifo, 2015

Pensar o "Ocidente" que se forja como imaginário em contraponto ao "Oriente" (ou aos orientes) e a relação de espelhamento que se produz nestas relações.

Fernando Pessoa e António Ferro

Comunicação ao II Congresso Internacional Fernando Pessoa, Lisboa, 23-25 Novembro, 2010

Fernando Pessoa e o sete anos mais jovem António Ferro ligaram-se de amizade, através do amigo comum Mário de Sá-Carneiro, por volta de 1912. Pessoa tinha 24 anos e Ferro era um rapaz de 17. Em 1915, pouco depois da publicação do segundo número do Orpheu, romperam relações por razões políticas. Mais tarde reatariam contactos e cortesias (algumas raras cartas, dedicatórias em livros oferecidos), mas mantendo sempre uma grande distância entre si. Eram personalidades muito diferentes, por vezes nos antípodas um do outro: Pessoa era de espírito confessadamente "enrolado para dentro", cerebral, elitista, misantropo e misógino, escrevendo mais por compulsão do que para a tipografia. Ferro era igualmente elitista, mas extrovertido, frívolo, charmeur, mundano, exímio na autopromoção. Nos seus percursos viriam a registar-se algumas convergências, nomeadamente no plano do pensamento político. São duas figuras, uma maior, outra menor, do modernismo português, além disso "modernistas" de feição e espírito muito diferentes.

Do orientalismo de António Lopes Mendes nos escritos sobre O Oriente e a America

2020

The writings of Antonio Lopes Mendes (1835-1894) reveal how Portuguese orientalism was experienced during the nineteenth century. His texts – from A India Portugueza: breve descripcao das possessoes portuguezas na Asia, first published in Lisbon in 1886, to his various writings about America and especially Brazil – should be read having in mind the ways the concept of empire and its evolution were understood. Exactly four years after the release of India Portugueza, Lopes Mendes issued in the same publisher (Imprensa Nacional) his work O Oriente e a America: Apontamentos sobre os Usos e Costumes dos Povos da India Portugueza Comparados com os do Brazil. This narrative is the connecting link of his views. We examine the century-old concept of imperial memory in the light of Lopes Mendes’ ways of conceiving it in the context of his time and manipulating the ethno and ideo-landscapes in the imperial spaces he describes.