Indicações e resultados das intervenções percutâneas em artérias carótidas (original) (raw)

Experiência inicial utilizando a via radial no tratamento percutâneo de doença coronária

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, 2009

Introdução: A via radial é objeto de interesse crescente para procedimentos diagnósticos e terapêuticos, por possuir diversas vantagens, como comodidade para o paciente no pós-procedimento imediato, diminuição do tempo de internação com consequente redução dos custos hospitalares e menor índice de complicações no sítio de punção, quando comparada à via femoral. Método: Realizada análise retrospectiva de 2.027 pacientes consecutivos submetidos a intervenção coronária percutânea eletiva no período de junho de 2006 a janeiro de 2008. Comparamos os pacientes tratados pelas vias radial e femoral (grupos VR e VF, respectivamente) em relação a características clínicas, angiográficas e do procedimento, e evolução tanto hospitalar como tardia. Resultados: Angioplastia coronária por via radial foi realizada em 27% dos pacientes. O grupo VR mostrou maior número de pacientes do sexo masculino (75% vs. 63,8%; P < 0,001) e com lesões uniarteriais (45,1% vs. 37,3%; P < 0,001). Não encontramos diferença em relação a disfunção do ventrículo esquerdo, tipo de lesão tratada ou uso de inibidor da glicoproteína IIb/IIIa. O sucesso angiográfico foi maior na via radial (99% vs. 97,3%; P = 0,046). Houve menor número de eventos cardíacos adversos maiores com a via radial nas fases tanto hospitalar (0,7% vs. 2%; P = 0,043) como tardia (11,3% vs. 16,3%; P < 0,005), em virtude da menor complexidade clínica e angiográfica dos pacientes. Conclusão: A técnica radial, na curva inicial de aprendizado dos operadores e em pacientes selecionados, mostrou excelentes resultados clínicos quando comparada à femoral. Sua incorporação à prática clínica poderá ser uma opção adicional na abordagem de pacientes com perfil mais complexo.

Avaliação da espessura do complexo médio-intimal da artéria carótida como marcador de aterogênese acelerada secundária a dano vascular na esclerose sistêmica progressiva

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2012

RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Avaliar a espessura da camada médio-intimal da artéria carótida comum em pacientes com e sem esclerodermia e verificar possível associação com sua gravidade. Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Em estudo caso-controle, foram selecionados 30 pacientes com esclerodermia e 30 sem a doença e pareados de acordo com a idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito e hipercolesterolemia. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação das artérias carótidas pela ultrassonografia vascular de alta resolução e realizada a medida do espessamento da camada médio-intimal das carótidas comuns a 2cm da bifurcação carotídea. Em toda a análise foi considerado o maior valor da camada médio-intimal nas artérias carótidas direita e esquerda. Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: A amostra foi composta de 30 pacientes estudados, sendo 29 (96,67%) mulheres e um homem (3,3%) com idade de 17 a 79 anos (média de 48 anos). Nesta amostra existiam 11/30 (36,67%) com hipertensão arterial, 5/30 (16,67%) com diabete melito, 6/30 (20%) com dislipidemia e 2/30 (6,67%) fumantes. Ao comparar a medida do maior risco (espessura máxima entre o lado esquerdo e o lado direito), obteve-se média de 0,77mm para o grupo esclerodermia e valor de 0,70mm para o grupo controle (p=0,212). Ao avaliar a associação entre gravidade da doença e a camada médio-intimal da carótida, não se encontrou associação significativa (p=0,925). Conclusão Conclusão Conclusão Conclusão Conclusão: Encontra-se discreto aumento do espessamento da camada médio-intimal da artéria carótida comum em pacientes com esclerodermia, mas sem significância estatística. Com relação à gravidade da doença e o espessamento da camada médiointimal da carótida comum, não foi verificada diferença.

Trajeto aberrante das carótidas comum e interna e suas implicações cirúrgicas: um relato de caso

Revista Brasileira De Otorrinolaringologia, 2021

m sua anatomia habitual, a artéria carótida comum (ACC) e origina no tronco braquiocefálico à direita e diretaente do arco aórtico à esquerda.1 A ACC então ascende o pescoço, até o bordo superior da cartilagem tireoide, o qual se bifurca. Na região cervical, as artérias carótidas omuns situam-se uma de cada lado anterolateralmente no escoço, relacionam-se posteriormente com a cadeia simática cervical e com as apófises transversas das vértebras ervicais e são recobertas pelos músculos pré-vertebrais e ela aponeurose cervical profunda.2 Na bifurcação da ACC origina-se a artéria carótida interna ACI), que apresenta trajeto ascendente, em direção à base o crânio, sem emitir ramos. No entanto, são relatadas iversas variações anatômicas no seu trajeto. Estatísticas

Enxerto subclávio-carotídeo como método de tratamento na obstrução da artéria carótida comum

Jornal Vascular Brasileiro, 2010

A oclusão isolada da artéria carótida comum (ACC) é uma lesão relativamente incomum (0,5 a 5%). A maioria dos pacientes com obstrução da ACC tem lesão concomitante na artéria carótida interna (ACI) e na artéria carótida externa (ACE) ipsilaterais, sendo que, ocasionalmente, a circulação colateral da ACE pode preservar a perviedade da ACI via fluxo retrógrado. Relatamos o caso de um paciente sintomático com oclusão da ACC e perviedade das ACI e ACE tratado cirurgicamente com enxerto subclávio-carotídeo.

Correlação clínico-radiológica na artéria carótida interna aberrante: relato de caso

Radiologia Brasileira, 2001

A artéria carótida interna aberrante é uma anomalia na embriogênese da porção vertical da artéria carótida interna, caracterizada pela projeção desta artéria no ouvido médio, adjacente ao promontório coclear. Os autores relatam um caso no qual a tomografia computadorizada contrastada e a angiorressonância foram decisivas, caracterizando adequadamente a anomalia e evitando intervenção instrumental ou cirúrgica, que poderia ter conseqüências fatais.

Detecção De Calcificações Na Artéria Carótida Em Radiografias Panorâmicas: Revisão Da Morfologia e Patologia

Alguns estudos mostram que as imagens obtidas com a técnica radiográfica panorâmica podem evidenciar ateromas calcificados na artéria carótida em pacientes assintomáticos que estão em tratamento odontológico. A aterosclerose na bifurcação da artéria carótida é uma causa comum do infarto e, quando calcificadas, podem ser identificadas nas radiografias panorâmicas, desde que a bifurcação da carótida se encontre dentro da área comumente exposta nestas técnicas. Os fatores de risco para a formação do ateroma incluem: obesidade, hipertensão arterial, fumo, diabetes mellitus, altos níveis de colesterol e triglicérides no sangue, sedentarismo e idade avançada. Homens apresentam maior predileção para seu desenvolvimento quando comparados às mulheres. O cirurgião-dentista deve, após a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas compatíveis e encaminhar estes pacientes para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para a confirmação do diagnóstico e tratamento adequados. Este trabalho ilustra um caso com imagens sugestivas de ateroma na artéria carótida e discute imagens de outras calcificações que auxiliarão o cirurgião-dentista no diagnóstico diferencial.

Impacto do tabagismo nos resultados da intervenção coronária percutânea

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, 2010

Background: Smoking is an important atherothrombotic risk factor, observed in one third of patients undergoing percutaneous coronary intervention (PCI) at our service. The objective of the present study was to analyze the clinical angiographic profile and the results of the procedure in this population. Method: From January 2002 to October 2009, 5,466 PCI procedures were carried out, of which 1,745 in smokers and 3,721 in non-smokers. All data were prospectively obtained and patients were followed-up during hospitalization. Results: In the group of smokers, there was prevalence of males (75.2% vs. 62.1%; P < 0.001), younger patients (56.4 years vs. 64.5 years; P < 0.001), acute myocardial infarction (AMI) with ST-segment elevation (37.5% vs. 19.5%; P < 0.001), single-vessel disease (56.5% vs. 47%; P < 0.001), long lesions (14.7% vs. 12%; P < 0.001), bifurcations (5.6% vs. 3.9%; P = 0.002), thrombotic lesions (15.4% vs. 9%; P < 0.001), total occlusions (18.2% vs. 11.2%; P < 0.001) and greater use of IIb/IIIa inhibitors (2.5% vs. 1.6%; P = 0.04). Clinical success (96.5% vs. 96.1%; P = 0.5) as well as the need of emergency surgical revascularization (0.06% vs. 0.05%; P = 0.22), AMI (0.74% vs. 1.02%; P = 0.32) or death (0.63% vs. 0.73%; P = 0.69) were similar in both groups. Smokers, however, showed a trend towards a greater number of strokes during hospitalization (0.11% vs. 0.05%; P = 0.07). Conclusion: Smokers undergoing coronary angioplasty are eight years younger than non-smokers, present AMI with ST-segment elevation more frequently and have greater angiographic complexity.

Desfechos cardiovasculares em pacientes tratados com intervenção percutânea coronária primária em hospital geral terciário

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, 2016

Existem poucos dados nacionais a respeito dos resultados da intervenção coronária percutânea (ICP) primária, e os registros são uma ótima ferramenta para a avaliação do perfil dos pacientes e dos desfechos pós-procedimento. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos pacientes com ICP primária em um hospital geral terciário, bem como avaliar os desfechos cardiovasculares hospitalares e em 30 dias. Métodos: Foram incluídos todos os pacientes submetidos à ICP primária entre 2012 a 2015. Trata-se de um registro prospectivo, no qual os desfechos clínicos analisados foram a ocorrência de morte, infarto ou acidente vascular cerebral, e eventos cardiovasculares e cerebrovasculares maiores (ECCAM). Resultados: Foram incluídos 323 pacientes, com idade 60 ± 12 anos, sendo 66,7% do sexo masculino, 28,5% diabéticos. Na admissão, 13,5% dos pacientes apresentavam-se em Killip III/IV. O tempo dor-porta foi de 4,4 ± 2,5 horas e o tempo porta-balão foi 68,0 ± 34,0 minutos. A mortalidade hospitalar foi de 9,9%, e 18,3% dos pacientes apresentaram ECCAM em 30 dias. Conclusões: Os pacientes submetidos à ICP primária apresentaram taxas elevadas de ECCAM, que podem ser atribuídas à apresentação clínica mais grave e a um longo tempo de isquemia. Um atendimento mais rápido destes pacientes, variável modificável, demanda uma atenção imediata do sistema de saúde.