Limiares urbanos para uma política da solidão (Dissertação de mestrado) (original) (raw)

Cidade de Limiar: notas teórico-metodológicas acerca dos arrabaldes metropolitanos brasileiros

A proposta de discutir a cidade de limiar parte do pressuposto metodológico, escalar e socioterritorial que possibilite construir um novo olhar sobre as periferias, mirados das margens, dos arrabaldes e dos subúrbios pauperizados – dimensão escalar libertária –, um olhar dos de baixo, dos subalternos, dos insubmissos e oprimidos – a dimensão socioterritorial da emancipação.

Notas sobre a política e as políticas do urbano no Brasil

Este artigo trata de um tema de grande importância, mas que curiosamente não foi estudado de forma direta no Brasil – a política (politics) das cidades e em especial das grandes cidades. É até certo ponto surpreendente que o Brasil tenha 84% de sua população vivendo oficialmente em áreas urbanas (em 2010), mas não tenha desenvolvido um debate substantivo dedicado à política das cidades. Esse tema tem sido analisado apenas indiretamente pelos estudos urbanos, como uma dimensão derivada de processos societais, assim como pela ciência política como um assunto menor, derivado de dinâmicas políticas de outras escalas. Esse artigo pretende trazer o tema para o centro da análise, refletindo sobre as especificidades da política do urbano, discutindo criticamente as várias tradições presentes nos debates nacionais e internacionais sobre a política e as políticas urbanas e sugerindo caminhos para a construção de tal enfoque para as cidades brasileiras.

Limiares e fronteiras de uma cidade que ainda vive

Interação em Psicologia, 2018

O artigo discorre sobre as articulações entre subjetividade e experiência urbana à luz das categorias de limiar e fronteira de Walter Benjamin. Enquanto a fronteira designa uma linha que tem por princípio de funcionamento conter e manter algo, evitando seu transbordamento e definindo limites, o conceito de limiar se inscreve noutro registro que se notabilizaria por permitir que se transite, com considerável facilidade, de um lugar a outro diferente e, por vezes, mesmo oposto. Ainda que também separe dois territórios, diferente da fronteira, o limiar permite transitar por entre eles. Dessas categorias são ressaltados os sentidos peculiares de tempo e de espaço produzidos pela história, assim como os desafios políticos ensejados por elas para a problematização das práticas de poder sobre a alteridade no capitalismo contemporâneo. Como conclusões, a modulação entre fronteiras e limiares no espaço urbano nos serve de indicativo para afirmar que, latejante por meio dos seus poros, mediante as passagens que a faz respirar, a cidade ainda vive.

POLÍTICA URBANA BRASILEIRA: EM BUSCA DE CIDADES SUSTENTÁVEIS

INTRODUÇÃO política urbana brasileira é muito bem estruturada. A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 182 dispõe que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: CAMINHO PARA UMA CIDADE SUSTENTÁVEL

O presente estudo tem por objetivo versar sobre os elementos que devem compor a cidade sustentável, com enfoque no saneamento ambiental. Com base nisso, será abordado os problemas decorrentes da má gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e a necessidade de investimentos em políticas públicas, em projetos de educação ambiental e em pesquisas em tecnologias que atendam aos princípios do desenvolvimento sustentável, bem como ações que priorizem a redução, o reúso e a reciclagem dos resíduos, a fim de diminuir os impactos sociais e ambientais causados no ambiente urbano. Por fim, será analisada a nova lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n° 12.305/2010, com particular atenção à responsabilidade pós-consumo e a logística reversa como instrumento para implementação da responsabilidade compartilhada, um aspecto inovador que poderá contribuir para o encontro de soluções na atual problemática enfrentada pela sociedade contemporânea.

Políticas de Solidão Demasiadamente Cotidianas

Revista Subjetividades

O presente artigo tem por objetivo problematizar as políticas de solidão do contemporâneo. Para tanto, debruça-se sobre algumas linhas de composição dos dispositivos que operam na transição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle. Os campos problemáticos são, principalmente: a constituição das cidades modernas; o desenvolvimento do liberalismo econômico e o governo de individualização. Utiliza-se a metodologia genealógica para elucidar aspectos da problemática em questão. Encerra-se com uma reflexão sustentada nos modos de existir solitário, à luz das leituras de Deleuze e Foucault. Evoca-se uma solidão fundamental, conceito-chave para se perspectivar a experiência urbana solitária para além da lógica do individualismo.

SIMULAÇÃO DE CRESCIMENTO URBANO E BORDAS DA CIDADE: EXCLUSÃO E CONCENTRAÇÃO SIMULTÂNEAS

Simulações de crescimento urbano realizadas com cidades de pequeno porte têm mostrado diferenças das bordas de expansão em relação às demais partes da cidade, sendo que o potencial de crescimento se concentra nas interfaces do urbano com o não-urbano e do mais urbanizado com o menos urbanizado. Essa concentração tende a demarcar frentes de expansão em forma de linha, determinando uma borda com comportamento diferenciado do resto do sistema, onde podem ser observadas concentração e exclusão simultâneas, com células de elevado potencial de transformação e baixa centralidade. Essas frentes estão sendo estudadas em simulações com cidades do sul do Brasil, utilizando técnicas de autômato celular, através do software CityCell, desenvolvido pelo Laboratório de Urbanismo da UFPel. Sendo assim, este trabalho apresenta uma síntese sobre as simulações de crescimento e os resultados que vêm sendo alcançados.

Cidade resiliente (estratégia no espaço urbano)

Este texto foi elaborado para o seminário internacional Virada Sustentável, organizado em Porto Alegre nos dias 1 e 2 de abr. 2016. O texto compareceu no jornal Correio do Povo no dia 26 de março de 2016.

Estratégias para cidades mais verdes e silenciosas

2019

Em primeiro lugar, quero agradecer a um Amigo que esteve sempre comigo e o qual me concedeu ferramentas para superar os obstáculos. Apesar dos nossos pontuais desentendimentos, quero que saibas, meu Deus, que Te quero continuar a ter comigo. Quero agradecer aos meus pais, Fernando e Cristina, que me concederam a oportunidade de estudar, confiando nas minhas capacidades. A eles quero dizer: conseguimos! Agradecer de uma forma especial a uma pessoa que para mim é uma referência. Uma pessoa de armas, corajosa, com uma força notável e que se desdobra em mil partes para que nada nos falte. Falo da minha mãe: Cristina Manuela das Neves Portela. Mulher, que apesar de levar o mundo às costas, de pouco se queixa, e na sua simplicidade, tem sempre um sorriso para oferecer. Quero aproveitar também para deixar uma palavra de muito apreço aos meus avós, Francisco e Júlia, em especial à minha avó, que por obra das circunstâncias, nunca deixou de educar. Tal como a filha, é também uma Mulher com M grande. Uma palavra de agradecimento aos meus "manos", Filipe, Rui e Rodrigo, com os quais partilhei e partilho momentos de irmandade e pura cumplicidade. Eles deixam-me orgulhoso. De uma forma especial, agradecer, aquela que de perto me tem acompanhado: à minha namorada, Eliana, companheira de jornada, uma rapariga com uma personalidade e garra invejáveis, que me deixa orgulhoso a cada dia que passa. Aos amigos da Cáritas Jovem, que nos nossos momentos de amizade, me fizeram passar momentos de fraternidade e cumplicidade. Aos amigos da Tertúlia PdC, os amigos do curso, com os quais partilhei momentos de fraternidade e de pura masculinidade. Que possamos crescer na nossa atividade profissional, olhando sempre uns pelos outros, tal como fizemos até agora. Por fim, mas não menos importante, ao Justiça e Paz de Coimbra, uma casa que muito bem me acolheu e me pôs no caminho vários amigos que levo comigo no pensamento.