Cidade de Limiar: notas teórico-metodológicas acerca dos arrabaldes metropolitanos brasileiros (original) (raw)
Related papers
Limiares urbanos para uma política da solidão (Dissertação de mestrado)
Português: A presente dissertação de mestrado pergunta-se sobre as relações entre solidão e cidade. Defendendo a coemergência das metrópoles modernas e de determinada experiência de solidão, aposta na intensificação dos paradoxos urbanos para engendrar a ideia de uma solidão povoada, desconfiando tanto do isolamento hermético do eu quanto da redenção na impermeável comunidade dos iguais. Aliada a Michel Foucault, Walter Benjamin, Charles Baudelaire e Roland Barthes, utiliza-se do recurso ensaístico para gestar um espaço de crítica onde solidão e cidade possam indagar os impasses e escapes do presente, dando passagem a uma invenção de si e do mundo. Palavras-chave: Solidão; cidade; experiência; ensaio. English: This dissertation enquires about the relationship between solitude and the city. Defending the co-emergence of the modern metropolises and of determined solitude experience, it bets in the intensification of the urban paradoxes to manage a populated solitude, that does not lose nor to the hermetic isolation of the self, nor to the impermeable community of the equal ones. Supported by Michel Foucault, Walter Benjamin, Charles Baudelaire and Roland Barthes, it uses the essayistic resource to manage a critical space where solitude and the city can inquire the impasses and escapes of the present, giving way to an invention of the self and of the world. Keywords: Solitude; city; experience; essay.
A Din�mica Urbana das Regi�es Metropolitanas Brasileiras
2001
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o padrão de crescimento das regiões metropolitanas brasileiras com base nos fatores aglomerativos e desaglomerativos urbanos, que possibilitam analisar as fragilidades e vantagens destes centros urbanos nodais na estruturação do sistema de cidades da rede urbana do país. O trabalho está organizado em quatro seções, além da introdução e da conclusão. A primeira seção discute os aspectos teóricos de sustentação deste estudo no que se refere ao tratamento da dinâmica urbana a partir dos fatores aglomerativos e desaglomerativos. A segunda seção analisa a evolução recente da desenvolvimento desigual das regiões metropolitanas brasileiras. A terceira seção apresenta o método de análise multivariada de tratamento dos dados a partir dos indicadores construídos com base nas variáveis do modelo de renda fundiária urbana da primeira seção. Os resultados são discutidos na quarta seção em que propomos uma tipologia de agrupamento das RMs brasileiras. As conclusões sugerem algumas diretrizes de políticas públicas visando uma desenvolvimento urbano mais equilibrado e menos desigual dessas regiões no contexto macro-espacial brasileiro.
Aportes conceituais de referência ao planejamento metropolitano no Brasil contemporâneo
Novos Cadernos NAEA, 2016
A reestruturação das cidades do final do século XX é marcada por determinantes interurbanos e intraurbanos. A dinâmica das redes técnicas tende a substituir a estática dos lugares construídos, condicionando mentalidades e comportamentos urbanos; a interação dos indivíduos passa a ser reduzida e deslocalizada; o pertencimento a comunidades de interesses diversos não se funda mais nem sobre a proximidade nem sobre a densidade demográfica local. Nesse cenário, ocorre a aprovação do Estatuto da Metrópole, em janeiro de 2015, colocando as Regiões Metropolitanas (RMs) e Aglomerações Urbanas (AUs) brasileiras em lugar de destaque na agenda das ações sobre o urbano, exigindo uma maior compreensão sobre as novas lógicas de ocupação do território e suas relações com as atividades econômicas e sociais marcadas por redes e fluxos de alcances variados. A realidade metropolitana contemporânea nos conduz à necessidade de rever o conceito de região, bem como de pensar as novas centralidades urbanas.
Cidade média: apontamentos metodológicos e tipologia
O objetivo central deste artigo é o sistematizar contribuições metodológicas de autores que se preocupam com o estudo das cidades médias a partir das relações regionais e dinâmicas espaciais na rede urbana. Para isso, foi desenvolvida uma proposta de classificação das cidades médias destacando a especialização espacial dos processos urbanos, em nove tipos, que são: centro de serviços, centro administrativo, polo econômico, centro turístico, canal de comunicação, centro de fronteira, centro regional, centro de drenagem e consumo de renda fundiária, centro especializado. Nesse sentido, tão importante como definir preteritamente a escala de abordagem da investigação é a não definição do centro urbano como cidade média antes da realização da pesquisa, uma vez que a cidade deve ser primeiramente analisada para depois ser definida como média, considerando, para isso, a importância que ela possui no sistema urbano.
A dinâmica urbana das regiões metropolitanas brasileiras
Economia Aplicada, 2003
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o padrão de crescimento das regiões metropolitanas brasileiras com base nos fatores aglomerativos e desaglomerativos urbanos, que possibilitam analisar as fragilidades e vantagens destes centros urbanos nodais na estruturação do sistema de cidades da rede urbana do país. O trabalho está organizado em quatro seções, além da introdução e da conclusão. A primeira seção discute os aspectos teóricos de sustentação deste estudo no que se refere ao tratamento da dinâmica urbana a partir dos fatores aglomerativos e desaglomerativos. A segunda seção analisa a evolução recente da desenvolvimento desigual das regiões metropolitanas brasileiras. A terceira seção apresenta o método de análise multivariada de tratamento dos dados a partir dos indicadores construídos com base nas variáveis do modelo de renda fundiária urbana da primeira seção. Os resultados são discutidos na quarta seção em que propomos uma tipologia de agrupamento das RMs brasileiras. As conclusões sugerem algumas diretrizes de políticas públicas visando uma desenvolvimento urbano mais equilibrado e menos desigual dessas regiões no contexto macro-espacial brasileiro.
Crescimento Urbano Fragmentado: Dinâmica Nas Cidades Brasileiras
Revista Geografica De America Central, 2011
Resumo As cidades se consolidaram ao longo do século XX, como o palco da vida humana, formando aglomerações, regiões metropolitanas, cidades médias, pequenas ou núcleos urbanos, pelos fenômenos de dispersão e concentração, acarretando modificações profundas nas estruturas dos tecidos históricos, especialmente no Brasil. Nesse processo, constata-se que as cidades não se moldaram ao espaço que a envolve, percebe-se que há uma inversão na escala intra-urbana: o centro e a periferia assumem papeis diferentes, evidenciando os tempos de constituição da cidade, de forma fragmentada ou reforçando estruturas anteriores. Os limites iniciais das cidades são superados, com a consolidação das áreas mais periféricas em contraposição à degradação ou destruição das áreas históricas. Há um prolongamento da área urbanizada, o que modifica as relações com o suporte físico, pela inserção de redes e fluxos que se organizam e ampliam fronteiras, fragmentando ou definindo cidades regiões urbanas. Na produção urbana capitalista, onde se manifesta claramente a compressão do espaço-tempo, a reprodução material nas cidades se reestrutura constantemente, fragmentando, redesenhando espaços, ao mesmo tempo em que consolidam novas áreas que vão sendo apropriadas pelos agentes sociais urbanos. Entender esse processo é fundamental para que as ações de planejamento urbano e ambiental considerem a dinâmica de transformação constante das cidades, tanto nas suas relações internas como externas. Palavras-chave: cidade; dinâmica urbana; aglomerações urbanas; gestão urbana.
OLHARES SOBRE A CIDADE E AS NARRATIVAS FÍLMICAS DO ESPAÇO URBANO
A prática de documentar e/ou ficcionalizar a cidade significa construir uma reflexão que compreenda as diferentes referências históricas, simbólicas e artísticas relacionadas a fenômenos políticos, econômicos ou espaciais da cidade. Com relação a esse fato, torna-se implícita nas narrativas fílmicas mesclar as perspectivas acerca de um determinado tema contextualizado em tempos e espaços específicos. O olhar sobre a cidade, nesse caso, é uma corrente de análise por meio do qual o indivíduo que " assiste " a cidade, também distribui sentidos afetivos do espaço urbano de convivência durante a produção de um filme. Nesse contexto, é objetivo deste trabalho identificar a cidade a partir de algumas obras cinematográficas que apresentam o espaço urbano através das narrativas documentais e ficcionais dos espaços por onde ocorrem dinâmicas, trajetos, conflitos e associações entre os atores sociais na construção dos lugares e dos sentidos simbólicos da cidade moderna. Conclui-se que ambas as narrativas possibilitam representar a cidade por meio de um " olhar " estético no fazer cinematográfico.
O presente artigo tem como objetivo uma breve análise acerca do desenvolvimento da cidadania no Brasil a partir do final do século XX, notadamente a partir das reivindicações dos movimentos sociais que surgiram na época em torno da questão urbana, e a introdução da Teoria do Municipalismo Libertário como modelo viável para emocratização do território brasileiro. Referidos movimentos, de influência direta no processo constituinte que deu origem à Constituição Federal de 1998, traziam consigo uma concepção de cidadania carregada de um teor político claro e profundamente democrático. No entanto, as décadas que prosseguiram à positivação desse ideário na Constituição Federal assistiram também ao florescimento do neoliberalismo, de modo que a própria noção de cidadania se tornou objeto de disputa entre dois projetos políticos distintos: o democrático e o neoliberal. Assim, a partir das investigações do antropólogo James Holston e da obra de Murray Bookchin, por meio de pesquisa bibliográfica, conclui-se que o Municipalismo Libertário pode servir como norte para uma organização político-administrativa capaz de possibilitar uma democratização radical apta a resgatar o sentido político de cidadania inaugurado por aqueles movimentos sociais.
ARTIGO Metamorfoses da Ordem Urbana da Metropole Brasileira o caso do Rio de Janeiro
Sociologias , 2016
Este artigo utiliza como base as teses propostas no livro "Rio de Janeiro: Transformações na Ordem Urbana" para formular uma síntese interpretativa que elucide as mudanças ocorridas na metrópole do Rio de Janeiro no período compreendido entre 1980 e 2010. Para tal, retomam-se alguns elementos históricos, teórico-metodológicos e analíticos que funcionaram como referências contextuais e pontos de partida para a consolidação da obra e desta síntese. Um desses elementos é a construção do conceito de ordem urbana e como este se expressa na organização do território da metrópole do Rio de Janeiro. Mostra-se que resultam das relações específicas de poder social, econômico e político que sustentam sua ordem urbana padrões de segregação baseados na "distância social/proximidade territorial, distância social/distância territorial" entremeados pela manutenção da escassez urbana e relativa.