VASCONCELLOS, Pedro Lima. Missão de guerra: capuchinhos no Belo Monte de Antonio Conselheiro (original) (raw)

Para o futuro e para o fim: horizontes do Belo Monte de Antonio Conselheiro

Reflexão

O artigo discute as atribuições de “milenarista” e “messiânico” dadas, desde Euclides da Cunha, passando por boa parte da tradição acadêmica do século XX, ao vilarejo edificado sob a liderança do líder sertanejo Antonio Conselheiro (1893-1897). E, por meio da avaliação de fontes pouco conhecidas e mesmo ignoradas, propõe uma compreensão distinta dos valores, princípios e expectativas que animavam os habitantes de Belo Monte: tratava-se da terra prometida, semelhante à dos antigos hebreus; pela solidariedade experimentada no cotidiano, em obediência aos dez mandamentos, abrir-se-iam as portas do céu a quem buscasse a salvação; esta era a promessa do Conselheiro a sua gente. Palavras-chave: Antonio Conselheiro. Belo Monte. Milenarismo. Salvação. Terra prometida.

Antonio Conselheiro, comunista

Lampião, 2021

O artigo discute a qualificação de “comunista” atribuída a Antonio Conselheiro e ao Belo Monte que liderou: tal caracterização jogou papel importante na criação da caricatura que justificaria a “guerra de Canudos” e o massacre dela decorrente. Mostra como o termo ganhou força no país por obra dos debates em torno da escravidão e da sua abolição, na segunda metade do século XIX.

VASCONCELOS: a história social de um prato

Cister no Douro, 2015

CITE: NP: sende, Nuno - Cister no Douro. [s.l.]: DCRN/Museu de Lamego/Vale do Varosa, 2015. - VASCONCELOS: a história social de um prato. ISBN: 978-989-98657-9-2 APA 6th: Resende, N. (2015). VASCONCELOS: a história social de um prato. In N. Resende, coord. ed. & L. Sebastian, coord. ed. (Eds.), Cister no Douro (pp. 126-134). [s.l.]: DCRN/Museu de Lamego/Vale do Varosa.

A MISSÃO MILITAR CHEFIADA PELO BRIGADEIRO VASCO DE CARVALHO A MARROCOS EM 1942

A Missão Militar, que produziu o “Relatório” em estudo, foi chefiada pelo brigadeiro Vasco de Carvalho ao Protectorado espanhol de Marrocos. Segundo o “Relatório” da Missão Militar Portuguesa, os interesses portugueses estariam muito bem representados, no entanto, destaca que não existia representação consular em Ceuta, visto que o interesse histórico de Portugal nesta Cidade, talvez fosse motivo bastante para justificar a criação de um lugar de Cônsul em Ceuta. Para o brigadeiro Vasco de Carvalho «[…] a tomada de Ceuta pouco adiantou. Era um ponto apenas isolado no Estreito, cujo domínio exigia a posse simultânea do famoso triângulo: Ceuta, Tânger e Gibraltar. O Infante D. Henrique, o grande animador da nossa empresa africana, verificou a breve trecho que Ceuta não só bastava» . Palavras-Chave: Marrocos, Ceuta, Portugal e Espanha.

Achas na Fogueira: Estudo antracológico do Castro de Guifões

Achas na Fogueira: Estudo antracológico do Castro de Guifões, 2020

Esta dissertação apresenta o estudo antracológico de 31 amostras sedimentares recolhidas entre 2016 e 2019 no Campo da Ponte, no Castro de Guifões (Matosinhos). A análise debruçou-se sobre unidades estratigráficas enquadráveis no Período Augustano e Antiguidade Tardia com deposições primárias (lareiras) e secundárias. São apresentados os resultados, que revelaram o predomínio de carvalho-alvarinho e giestas/tojos, sendo que na Antiguidade Tardia o táxon predominante é o castanheiro, seguido daqueles. Compreendeu-se que a recolha de combustível se repartia entre bosques caducifólios e galerias ripícolas, os quais proporcionavam madeira de maior calibre, e formações subseriais que garantiam elementos arbustivos para iniciar a combustão. A presença de algumas das espécies identificadas poderá resultar de práticas de silvicultura, tais como o castanheiro, figueira, videira e loureiro. A presença deste conjunto, juntamente com a identificação de fragmentos de madeira podada, é reveladora de um quadro romanizado. A coerência entre os artefactos e os ecofactos exumados permite afirmar que se está perante um espaço de receção de produtos importados, nomeadamente do Mediterrâneo. Os resultados deste estudo antracológico permitiram compreender que, apesar de haver uma similitude na seleção e uso de espécies autóctones silvestres, como o carvalho de folha caduca e leguminosas arbustivas, há também a adoção de novas práticas de gestão florestal.

Amílcar Guerra; Carlos Fabião – A ocupação romana do cabeço do Crasto de S. Romão, Seia.

Ophiussa, 0, , 1996

Abstract The surface collected data from Cabeço do Crasto, S. Romão, Seia, strongly suggests a very prolonged setting, from late Bronze Age to late Roman period. Nevertheless the excavations from 1984 to 1987 were not sufficient to make a good characterization of other periods than late Bronze Age; despite some found evidence wich this paper gives full information. A late roman stone fortification was found in sector B, which was built up with reused materials (a roman ara among them). Despite the lack of other sort of dating evidence, an epigraphic monument was found in a similar stone fortification of sector MAS, which dates from 217 AD, giving a clue to a chronology. Near the fortification of sector M, some structures were dug up. Again, scarce dating evidence was found besides a few sherds of late olive-green glasses and the mentioned latin inscription. The structures seemed to be built up in the period between Fourth and the Fifth centuries AD. Some sections of the fortification, some structures and the stratigraphic units 8 and 42 points to an Iron Age occupation.

COVOLAN PINHEIRO CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO UNICHRISTUS

Revista Opinião Jurídica, 2019

Esta pesquisa dedicou-se ao estudo dos campos de concentração brasileiros na Era Var-gas e do sistema legal que o amparou, para compreender de que maneira tais institutos se organizaram e encontraram legitimação no país. Inicialmente, buscou-se compreender o contexto histórico e os primeiros campos brasileiros, organizados para conter a migração em uma época de seca, para serem incrementados a partir da mudança de postura do governo Vargas diante dos imigrantes, que deveriam, então, ser nacionalizados. Na sequência, viu-se que o confi namento de italianos, alemães e japoneses, ou seus descendentes, nos campos de concentração, atendia não apenas às pretensões varguistas para o Estado nacional, mas também agradava aos parceiros internacionais na guerra, em especial os Estados Unidos. Por fi m, esta pesquisa demonstrou como a ditadura iniciada em 1937 com o Estado Novo, em * Doutoranda em Direito Político e Econômico pelo Mackenzie com bolsa Capes; professora titular de His-tória do Direito no Unasp campus Engenheiro Coelho; coordenadora de Iniciação Científi ca em História do Direito na mesma instituição.