Metaficção Nos Romances De Machado De Assis (original) (raw)

A Metaficção nos Romances Os Irmãos Karamázov, de Dostoiévski, Ulysses, de James Joyce, e Guerra e Paz, de Tolstói

RUS (São Paulo), 2014

Este artigo apresenta uma breve análise sobre os aspectos metaficcionais presentes em três grandes romances da literatura universal: Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoiévski, Ulysses, de James Joyce, e Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Para realizar tal análise, utilizamos como principais fundamentos teóricos Narcisistic Narrative: The Metafictional Paradox, de Linda Hutcheon, e Metafiction, de Patrícia Waugh. O estudo apresentado consiste em destacar alguns dos elementos metaficcionais dos romances e analisá-los a partir da teoria. Nesse sentido, foram analisados principalmente o narrador da obra de Dostoiévski, a paródia no Ulysses de Joyce e a discussão apresentada por Tolstói no que diz respeito à relação entre a narrativa e a história.

A Metaficção nos Romances Os Irmãos Karamázov, de Dostoiévski, Ulysses, de James Joyce, e Guerra e Paz, de Tolstói | RUS v. 3 n. 3 | jun.2014

A Metaficção nos Romances Os Irmãos Karamázov, de Dostoiévski, Ulysses, de James Joyce, e Guerra e Paz, de Tolstói, 2014

Este artigo apresenta uma breve análise sobre os aspectos metaficcionais presentes em três grandes romances da literatura universal: “Os Irmãos Karamázov”, de Fiódor Dostoiévski, “Ulysses”, de James Joyce, e “Guerra e Paz”, de Leon Tolstói. Para realizar tal análise, utilizamos como principais fundamentos teóricos “Narcisistic Narrative: The Metafictional Paradox”, de Linda Hutcheon, e “Metafiction”, de Patrícia Waugh. O estudo apresentado consiste em destacar alguns dos elementos metaficcionais dos romances e analisá-los a partir da teoria. Nesse sentido, foram analisados principalmente o narrador da obra de Dostoiévski, a paródia no “Ulysses” de Joyce e a discussão apresentada por Tolstói no que diz respeito à relação entre a narrativa e a história. (continua na p. 1)

O Conceito De Metaficção Historiográfica No Romance Caim (2009), De José Saramago

Movendo Ideias, 2020

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise interpretativa acerca do romance Caim, publicado em 2009, por José Saramago. A análise focalizará os aspectos da metaficção historiográfica, termo criado por Linda Hutcheon para designar um novo subgênero que relaciona história e literatura. Nessa obra, Saramago nos apresenta uma nova ótica acerca do Antigo Testamento, refinando com ironia e crítica a história original. Ainda que a Bíblia não seja tida como um documento histórico, ela é considerada como um livro sagrado para a tradição judaico-cristã, devido ao seu poder simbólico e ideológico. Desse modo, mesmo não se tratando de um documento histórico, a análise utilizar-se-á dos aspectos da metaficção historiográfica para conduzir as discussões. O trabalho será alicerçado nos pressupostos teóricos acerca da Teoria do Romance, com autores como Hutcheon (1991), Roani (2003), Arnaut (2011) entre outros.

A Metaficção Revisitada: Uma Introdução

Signótica, 2012

Considerando os diversos estudos realizados nos últimos quarenta anos sobre a noção de metaficção e de formas vizinhas, e considerando ainda as diferentes posições dos críticos e teóricos sobre essa questão, bem como a multiplicidade de termos utilizados para designar esse tipo de narrativa, este artigo constitui uma introdução a uma revisão dessa problemática, a partir do exame de alguns de seus pressupostos básicos, de alguns dos referidos termos e, inclusive, da relação metaficção-pós-modernidade. PalavRas-chave: metaficção, ficção autorreflexiva, ficção e crítica, metaficção e pós-modernidade. "[...] it would be foolish to deny that metafiction today is recognized as a manifestation of postmodernism." linda hutcheon "[...] the lowest common denominator of metafiction is simultaneously to create a fiction and to make a statement about the creation of that fiction."

Metafísica e Metamorfose n'A paixão segundo G.H.

O interesse desse artigo será o de situar uma série de aspectos da linguagem d’A paixão segundo G.H em relação à questão da “coisa”. Partirei da afinidade entre a problemática da metafísica em Kant e a da procura da coisa na obra de Clarice Lispector. A caracterização da escrita de Clarice como tendo uma preocupação de ordem metafísica, irei sugerir, pressupõe essa afinidade. No entanto, ela também se afasta decisivamente, como se verá. No romance A paixão segundo G.H em particular um ponto central de interesse é a conexão feita ali entre a questão da “coisa” com a da metamorfose. Por fim, dado esse percurso do artigo, irei propor uma visão alternativa para uma observação muito comum na literatura crítica sobre Clarice Lispector: a de que seus romances seriam “desarticulados”.

Metamorfose na literatura maxakali

Em Tese, 2013

Uma investigação sobre o processo da metamorfose presente na produção literária escrita e/ou oral dos Maxakali – também chamados tikmû’ûn – povo indígena que habita quatro territórios no estado de Minas Gerais, falam sua língua ancestral – o maxakali – e já publicaram mais de uma dezena de livros bilíngues (em maxakali e português).

A metaficção na obra de Guel Arraes: uma análise do filme Romance

Significação: Revista de Cultura Audiovisual, 2014

O presente artigo aborda o filme Romance, de Guel Arraes, investigando suas particularidades metaficcionais. Interessa-nos examinar as peculiaridades estéticas do diretor também a partir de outros de seus trabalhos, como Lisbela e o prisioneiro. Para tanto, nos apoiaremos nos estudos de Robert Stam (2000; 2006); Alexandre Figueirôa e Yvana Fechine (2008); e Gustavo Bernardo (2010).

A Metaficção Na Poética De Rosa e Pessoa e O Artifício Das Máscaras Anagramáticas e Heteronímicas

Revista Anpoll, 2014

A ficção literária cria um campo de encenação, onde todos os elementos se condicionam ao jogo do como se. As representações do real são transpostas para um plano de fingimento e a realidade do mundo vivencial é desmanchada, pelo que se omite e pelo se explicita, no texto literário. Do ponto de vista da teoria ficcional, as máscaras não conseguem realizar o ocultamento pleno. Como tais, devem indicar o fingimento. O estudo comparativo dos dois ícones da literatura intercontinental se baseia na teoria do efeito estético de Wolfgang Iser, com ênfase nos atos de fingir e em seus efeitos no receptor, para além da simples projeção ou da identificação com a realidade.