Carajás (original) (raw)
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Carajás: desenvolvimento ou destruição
In: Maria Célia Nunes Coelho; Raymundo Garcia Cota. (Org.). Dez anos da estrada de ferro Carajás. Belém: UFPA / NAEA / Supercores, 1997, 1997
O principal objetivo desta iniciativa política, que hoje denomina-se Forum Carajás, é construir instâncias democráticas de amplo e livre debate, que possibilite a abertura do diálogo entre diferentes atores sociais, abordando as políticas públicas e as iniciativas privadas e abrindo caminho para o exercício da fiscalização e do acompanhamento pela sociedade civil, tanto dos recursos que vêm sendo aplicados na região quanto daqueles que dela vêm sendo extraídos. Nosso trabalho está baseado nas pesquisas e discussões apresentadas pelos sindicalistas durante a preparação da Mesa-Redonda, e para o objetivo deste texto limitaremos nossa análise à área de relações de trabalho. Iniciaremos o texto fazendo uma análise de como o Projeto Carajás foi implantado, destacando os aspectos das condições de trabalho dos terceirizados pela CVRD, dos metarlúrgicos e carvoeiros. Na segunda parte iremos descrever o processo de exploração mineral e as suas implicações sociais sob o ponto de vista jurídico. Acreditamos que é importante fazer a discussão sobre a “nova” vocação de desenvolvimento da região, que segundo a propaganda oficial é a mineral, principalmente agora que o governo federal pretende privatizar a principal e mais influente estatal que atua na região, a Companhia Vale do Rio Doce - CVRD.
Amazônia: a região de Carajás, 2023
It is a collective book, organized into 32 chapters, through which the structures, conjunctures, logics, relationships, agencies and processes historically placed in the social space in permanent construction in the region of Carajás are explained and revealed. Thus, the actions and decisions of subjects, agents and social actors are identified and mapped, which, based on the clash of forces and their concrete and situated struggles, shape space and produce a specific and dynamic built environment in the Amazon. Distinguishing and opposing the action of hegemonic forces and subalternized and unfeasible subjects on a regional scale and building an argument of structural and conjunctural spatialities and temporalities in an Amazon region strongly impacted by the growing incorporation into the global space.
Alteridades e Outridades na região de Carajás
Novos Cadernos NAEA
O artigo tem o objetivo de abordar a região de Carajás como uma zona de contato na produção de alteridades. Metodologicamente ele está apoiado na abordagem arqueogenealógica foucaultiana, permitindo visibilizar a região fora da homogeneidade que o discurso hegemônico faz circular, delimitando-a como espaço de conflito e interação entre sujeitos diversos. Realizou-se um olhar problematizador sobre a ideia de regionalização de Carajás na perspectiva da: i) existência de vida e história na região com os povos que habitam originalmente esse espaço, tomando o caso dos Irã amrayré (um grupo Mebêngôkre-Kayapó); ii) migração como reflexo do plano de desenvolvimento para a região e seus desdobramentos na produção de outridades; iii) resistência dos povos originários e quilombolas contra os processos de dominação local por meio da formação no ensino universitário, ampliando as formas de luta com as ferramentas do conhecimento acadêmico-científico.
Rota Dos Escravos Nas Caraíbas
Revista Internacional de Educação, Saúde e Ambiente
O presente trabalho intitulado Rota dos escravos nas Caraíbas tem por objetivo perceber que a escravidão é um fenómeno universal e que a sua origem é testemunhada na mais antiga literatura universal. Num segundo momento, dá-se a conhecer o contexto em que se inscreve a rota dos escravos que na sequência dos descobrimentos animou o comércio triangular: Europa, África e América, no tempo da colonização. O contexto histórico da escravatura nas Caraíbas é objeto de análise deste trabalho. Num momento final, tentarei apreender a reação na atualidade de duas “filhas da escravidão” Marlene Nourbese Philip e Jamaica Kincaid: um testemunho na primeira pessoa de duas mulheres de origem africana a viverem no Canadá.
Formação do Herbário de Carajás - HCJS
Acta Botanica Brasilica, 1988
Descreve-se a formação e o conteúdo do Herbário de Carajás, sediado no Parque Botânico de Carajás, km 85 PA-275, com funcionamento a partir de fevereiro de 1987 e cuja área de abrangência é a Serra dos Carajás. A montagem do Herbário envolveu investimentos em reformas prediais, compra de material e climatização do espaço físico, recebendo-se doações de alguns equipamentos pelo PNUD. O treinamento de pessoal em coletas e preparo de exsicatas foi totalmente realizado em Carajás. A coleta de material fértil é realizada nos ecossistemas existentes: campos rupestres, área de transição e floresta. A identificação a nível de família Botânica é realizada no próprio laboratório do Parque e a metodologia em implantação é o envio de material botânico para especialistas de cada família de diferentes instituições, interessados no recebimento deste material. O Herbário vem atingindo seu objetivo principal que é coexistir, dentro de um programa de estudos ambientais, com a atividade mineradora, fo...