AGAMBEN; MARRAMAO; RANCIÈRE; SLOTERDIJK. Política.pdf (original) (raw)

O CONCEITO DE DEMOCRACIA EM GIORGIO AGAMBEN E SLAVOJ ŽIŽEK

The article has as central theme the concept of democracy in the political philosophies of Slavoj Žižek and Giorgio Agamben. The diagnoses presented in this article were possible in the light of the research originated by the following problematic: What is the conception of democracy in the political philosophy of Slavoj Žižek and Giorgio Agamben? The general objective of the text is to identify the concept of democracy in the political philosophy of Slavoj Žižek and Giorgio Agamben. The results obtained in the researches were possible by the bibliographical reviews. The database is structured with the primary dynamics, having a qualitative, historical and philosophical approach, since it is a conceptual research, incompatible with numerical statements. As a philosophical current of research, the Dialectical Historical Materialism was used for the investigations on Žižek's thinking and Archeology and Genealogy for investigations of de Agamben's conceptual course. The research reveals a critical diagnosis about the notion of democracy in the contemporary world. Governments that call themselves democratic are illegitimate and unrelated to any practices of democracy simply because of the antinomy of the needs and longings of individuals and populations. Democracy is in this context conceived as a technique of government, as a discourse legitimizing illegitimate governments at the service of contractual guarantees required by the dynamics of the global financial economy.

PETER SLOTERDIJK TREMORES DE AR, ATMOTERRORISMO E CREPÚSCULO DA IMUN IDADE

Vásquez Rocca, Adolfo, “Peter Sloterdijk: Tremores de ar, atmoterrorismo e crepúsculo da imunidade”, En SABERES, Revista Interdisciplinar de Filosofia e Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Brasil, Vol.. 2, Nº .3, dezembro 2009, 2009

Resumo: Indaga-se a partir da análise de Tremores de ar de Peter Sloterdijk as origens e natureza do terrorismo moderno, dando conta de uma certa racionalidade do terror a qual se articula sob a lógica do pânico como argumento central da política . Reflete-se em torno da originalidade da nossa época a partir da prática do terrorismo, cons iderando o conceito de desenho produtivo no implícito, particularmente a manipulação do meio ambiente como dispensador de um novo estilo de morte: o modelo atmoterrorista. Para finalmente dar conta da constituição hipercomunicativa e da deflagração dos explosivos na mutação do terrorismo, entendido este como a arte de fazer falar de si próprio.

MONOGRAFIA. SILVIO ALMIRANTE.2016.pdf

Monografia Científica elaborada para a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de Filosofia. Discute-se O Significado Liberalismo Político de John Rawls face as actuais outras teorias contratualistas, com pensadores tais como: Robert Nozick, Michael Sandel, Habermas, Michael Walzer, etc.

GRAMSCI, CROCE E A HISTÓRIA POLÍTICA DOS INTELECTUAIS.

Revista Brasileira de Ciências Sociais , 2019

Um dos projetos desenvolvidos por Antonio Gramsci consiste em uma ampla crítica das ideias do filósofo Benedetto Croce. Inicialmente concebida como parte de uma pesquisa sobre a teoria da história e da historiografia, essa crítica desloca-se, gradativamente, em direção a uma história política dos intelectuais italianos da qual Croce seria um dos protagonistas. Este artigo reconstrói o percurso dessa pesquisa no interior dos Quaderni del carcere, cotejando-os com a correspondência que seu autor manteve com Tatiana Schucht e, por intermédio dela, com Piero Sraffa. Essa reconstrução permite jogar novas luzes sobre o próprio método de investigação de Antonio Gramsci, o qual assume como princípio a identidade entre filosofia, história e política. Palavras-chave : Intelectuais; História dos Intelectuais; Antonio Gramsci; Benedetto Croce.

GRAMSCI E PARETO: ITINERÁRIOS DE CIÊNCIA POLÍTICA

Embora o fenômeno das minorias dirigentes tenha sido tratado por diferentes autores, foi na Itália em finais do séc. XIX, por meio de Gaetano Mosca (1858-1941) e Vilfredo Pareto (1848-1923), que encontrou sistematização suficiente para alcançar status de teoria política. Antonio Gramsci (1891-1937), nos Quaderni del Carcere estabelece importante diálogo com a teoria das elites, externando confluências e distanciamentos. Em comum com os autores elitistas possui a tradição maquiaveliana dos estudos políticos, isto é, o realismo maquiaveliano, que é responsável por algumas extraordinárias continuidades temáticas e afinidades nas formulações gerais de conceitos políticos entre estes autores. Contudo, existe uma discussão subjacente à teoria das elites, que, apesar de ser menos aparente, nem por isso é menos importante – o debate acerca da possibilidade de formulação de uma ciência das realidades políticas. Por meio deste debate o realismo maquiaveliano adquire diferentes feições. Pareto reivindica uma ciência livre de ideais fictícios, calcada na observação empírica e histórica, o que o leva a compreender a divisão entre governantes e governados como uma realidade imutável, correspondente às divisões do gênero humano. Gramsci, por outro lado, propõe a formulação de uma ciência da política capaz de apreender as ocorrências históricas em sua complexidade compreendendo a “realidade” como fenômeno/aparência dos processos gerados no interior do movimento dialético entre estrutura e superestrutura. Isto o leva a entender o problema das elites por um viés histórico-político. Com isto, Gramsci contribui para um enriquecimento do realismo maquiaveliano. Desta discussão acerca da possibilidade e natureza da ciência política, importantes questões de ordem metodológica e política são trazidas a lume e são importantes, cremos, não apenas para os debates da ciência política da primeira metade do século XX, mas também suscitam problemas contemporâneos e embates no interior da ciência política que permanecem como questões fundamentais para o aperfeiçoamento dos instrumentos teórico-metodológicos da disciplina.

NARRATIVA MISÓGINA EM ANGÚSTIA, DE GRACILIANO RAMOS

RESUMO: O objetivo desse trabalho é analisar no romance Angústia (1936), escrito por Graciliano Ra-mos, como o narrador masculino, preso a um passado que o atormenta e a velhas concepções patriar-cais, traça um retrato misógino das mulheres que o cercam, enxergando nelas meros objetos sexuais, notadamente quando ensaiam os primeiros passos para fora da esfera privada e passam a ocupar o espaço público, subvertendo o papel esperado de submissão à ordem masculina à qual estavam rele-gadas. PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos, figuras femininas, narrador masculino, misoginia Um Inferno sem saída Conhecido como o mais experimental dos romances de Graciliano Ramos, An-gústia (1936) apresenta a problemática de um ciúme excessivamente violento como principal fio condutor da história. Nesse livro em que a ordem patriarcal está forte-mente presente, deparamo-nos com Luís da Silva, um narrador-personagem que se movimenta no terreno movediço da ambigüidade, duplamente deslocado no tempo e no espaço: saudoso de uma época quase mítica, representado pelo mundo rural onde valores patriarcais estariam mais arraigados, e vivendo incompatibilizado com o espaço urbano, enxergando nas mulheres que o cercam apenas seres (ou seriam coisas?) dotados de uma exagerada lubricidade. Nesse ambiente mesquinho em que vive o protagonista, o espaço apresenta-se deprimente, carece de heroicidade, por isso é remodelado pela narrativa sonâmbula de um homem recalcado por encontrar-se totalmente destituído de poder e viver de migalhas das lembranças de um avô respeitado e, a seus olhos, valente. Na narrativa de Luís da Silva abundam as repetições, endossando uma escrita que reflete a mente transtornada do herói, a de um homem levado a cometer por ciúmes um crime, o que revela na realidade uma luta contra os fantasmas da infância que o Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários