NOVAS VULNERABILIDADES NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO: PARADIGMAS DA CIDADE STANDARD 1 (original) (raw)
Related papers
The progressive internationalization of exchanges and changes in structures of production gave, since about twenty years, a bigger importance to functions of decisions and to the new tertiary of accompaniment localized in the biggest cities, especially in the developed countries. These new metropolis of internationalization are often organized in larger spaces besides the city itself and constitute some metropolitan regions. For some it means progress and a march toward tomorrow's «métapolis». For others it is an aggravation, very obvious in countries of the South, of the socio-spatial segregation that opposes the legal city to the irregular urbanization city.
O PERÍODO DA GLOBALIZAÇÃO E SUAS MODERNIZAÇÕES NA REGIÃO DO SERIDÓ (BRASIL): ALGUMAS APROXIMAÇÕES
Revista Geográfica de América Central , 2011
Almejando aclarar a nebulosa realidade empíricavividano período da globalização, objetivamos, a partir da região do Seridó (Brasil),entender dialeticamente como o período da globalização está presente nestaregião, bem como entender a região e sua funcionalização frente às modernidades trazidas pelo período. Visando alcançar os objetivos, utilizamoscomo estratégia metodológica, confrontar variadas referências que tratam do período da globalização com os dados empíricos oriundos da região do Seridó. Além de buscar informações diretamente no campo, optamostambém por realizar pesquisasem outras fontes bibliográficas e banco de dados que tratam especificamente da realidade regional.O estudo empírico da região do Seridó propiciou elencar algumas contribuições geográficas de como melhor entender o período atual e suas manifestações em “regiões letárgicas”, em que temos como realidade territorial, “velhas” formas-conteúdos convivendo com as novas, graças à vasta gama de possibilidades produtivas e, sobretudo, da circulação de insumos, produtos e dinheiro, de idéias e informações, das ordens e dos homens. Com a nova reorganização dada pelo período atual, regiões letárgicas como o Seridó, mesmo que nãoestejamna rota prioritária de investimentos produtivos das grandes firmas globais, inserem-se no período, mesmo que marginalmente, sobretudo via vários tipos de consumo.
OS PROCESSOS DA GLOBALIZAÇÃO: Fenômeno novo ou velho?
Revista Espaco Do Curriculo, 2014
O presente texto se configura em uma síntese-resenha compreensiva do capítulo I-Os processos da globalização (SANTOS, 2002, p. 25-94), capítulo inicial da obra A Globalização e as Ciências Sociais. O livro A Globalização e as Ciências Sociais, organizado pelo professor português Boaventura de Sousa Santos, consiste numa coletânea com 14 capítulos, escritos por diferentes
VULNERABILIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS
Vulnerabilidade e novas tecnologias, 2023
Capítulo: Mercosul e a proteção ao consumidor no comércio eletrônico Resumo: O comércio eletrônico é o meio em que as transações se concretizam com o uso da tecnologia e da internet. Enquanto ferramenta do mundo globalizado e conectado, passou a mudar não só o modo de consumidor, mas também o que é consumido. Com base nesse fenômeno, o presente artigo busca, inicialmente, analisar as normas e as resoluções do Mercado Comum do Sul na temática da proteção ao consumidor hipervulnerável no comércio eletrônico, traçando, por fim, breves considerações sobre a proteção ao consumidor no Mercosul. Palavras-chave: Mercosul; Comércio Eletrônico; Vulnerabilidade;
Globalização e processo de informalidade 1
Introdução O tema da economia informal vem tendo um destaque expressivo na mídia e na literatura especializada neste final de século. Essa denominação, entretanto, pode representar fenômenos muito distintos, como por exemplo: evasão e sonegação fiscais; terceirização; microempresas, comércio de rua ou ambulante; contratação ilegal de trabalhadores assalariados nativos ou migrantes; trabalho temporário; trabalho em domicílio, etc. Essa compreensão díspar, contudo, representa um denominador comum no imaginário e na comunicação entre as pessoas: são atividades, trabalhos e rendas realizadas desconsiderando regras expressas em lei ou em procedimentos usuais. Assim, as recorrentes menções a este tema no momento presente refletem as dificuldades que as organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando para superar, com as regras legais vigentes ou os procedimentos-padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais em andamento. Dessa maneira, as diferentes situações criadas pela economia informal, se por um lado respondem a demandas legítimas e encaminham possíveis soluções no âmbito da nova ordem econômica e social, por outro constituem focos de tensões e de desigualdades sociais, pois o vácuo de regras legais ou consensuais, num ambiente intensivo em competitividade, causa maior grau de incerteza. O termo setor informal, embora sugira maior rigor, desde a sua origem, também como no caso anterior, vem sendo aplicado na literatura especializada, especialmente latino-americana, de uma maneira abrangente. É empregado, freqüentemente, para representar proprietários e trabalhadores que participam da produção em unidades produtivas micro ou pequenas, onde as relações capital-trabalho não se encontram bem estabelecidas, seja no âmbito da organização do trabalho, como no cumprimento das regras legais (Tokman & Souza, 1976, 1978). Essa descrição permite múltiplas abordagens e diferentes objetos de estudos
Anais do IV Simpósio de Geografia do Conhecimento e da Inovação., 2021
A produção do espaço urbano nas cidades da América Latina e Caribe - ALC, com destaque para as cidades brasileiras, tem obedecido, atualmente, a padrões e estratégias globais de reestruturação territorial e reescalonamento das ações de desenvolvimento urbano e metropolitano ligadas a um padrão de urbanização neoliberal (BRENNER, 2018; BRENNER, PECK & THEODORE, 2015). Esse padrão faz parte da produção de uma série de dispositivos (AGAMBEN, 2005) como soluções ilusórias – chamadas de “boas práticas”, vinculadas a discursos/conceitos como os de sustentabilidade urbana, cidades inteligentes, inclusivas, sustentáveis, emergentes (BID, 2016x) e resilientes (BOUSKELA, 2016; ONU, 2015; ONU-HABITAT, 2016; ONU, 2020; SÖDERSTRÖM, PAASCHE & KLAUSER, 2014; MENDES, 2020), entre outros, que são lançados como única via para resolução dos problemas urbanos e ao pretenso desenvolvimento sustentável das cidades (ONU-HABITAT, 2020). O objetivo desse texto é analisar a Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis - ICES criada e executada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e seu papel na inserção e difusão de narrativas e dispositivos (AGAMBEN, 2005; BRANCO, 2019) ligados a “boas práticas” da governança urbana neoliberal, assim como seu papel na abertura de mercado nas cidades brasileiras para empresas multinacionais ligadas aos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação-TIC e suas soluções para os grandes problemas históricos de nossas cidades do Sul Global assim como abertura de mercado para consultorias e think tanks internacionais (BRANDÃO; FERNÁNDEZ; RIBEIRO, 2018). Quanto a metodologia a presente pesquisa é do tipo qualitativa, exploratória, e se fez com análise documental dos Planos de Ação implementados pelo BID nas cidades receptoras da ICES, com destaque para a cidade de João Pessoa, além de outros documentos, relatórios e estudos elaborados pelo banco, e outras instituições multilaterais ligados ao tema, assim como com a pesquisa bibliográfica dos temas, teorias e conceitos relacionados. No processo de urbanização planetária (BRENNER, 2018) tem-se a construção de agendas globais que assumem a forma de programas, políticas e projetos hegemônicos defendidos por organizações multilaterais, ONGs, think tanks, consultores urbanos ligados ao planejamento e gestão urbana da atualidade. (BRANDÃO; FERNÁNDEZ; RIBEIRO, 2018). Destaca-se que em nossa pesquisa acreditamos ter encontrado tal padrão discursivo nas políticas e planos ligados a ICES, criada pelo BID em 2010. Nesse quadro, aponta-se, que a Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis – ICES do BID representa uma dessas agendas e a conformação de um campo de forças ou dispositivo de governança neoliberal que direciona suas ações para espaços subnacionais, representados no Brasil pelas cidades de Goiânia, João Pessoa, Vitória, Florianópolis, Palmas e Três Lagoas. Essas passam a tecer relações glocais SWYNGEDOUW, 2018) com agentes públicos e privados, nacionais e internacionais, atuantes em outras escalas, a exemplo da Caixa Econômica Federal, do Banco Interamericano – BID, consultorias e think tanks ligados a produção e gestão de cidades, além de algumas multinacionais presentes na construção dos Planos de Ação (PA) em cada cidade, algo bem próximo da “Cidade por Projetos” (BOLTANSKI & CHIAPELLO 2009). Questiona-se como essas ideias e discursos chegam a cidades tão diferentes, com governos de diferentes matizes políticos (progressistas, neoliberais, desenvolvimentistas)? Cidades que possuem contextos e formações socioespaciais diferentes, resultado de desenvolvimentos geográficos desiguais (HARVEY, 2016; 2018). Que agentes estão vinculados a elas, e quais as suas origens, escalas e formas de atuação?
A GLOBALIZAÇÃO DO PARADIGMA TECNOCRÁTICO
Texto publicado na revista "Por Trás da Palavra" do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), 2019
Ao falarmos em globalização e paradigma tecnocrático, estamos nos referindo às relações de consumo e os efeitos que a mídia e a tecnologia causam em nossa sociedade, impulsionando o consumismo e a expansão do neoliberalismo em nosso planeta. A globalização afeta diversas áreas da nossa sociedade, principalmente as telecomunicações, as relações comerciais e sociais, impactando diretamente na relação dos indivíduos com o consumo exacerbado e descontrolado. A globalização surge com o advento da modernidade, caracterizando mudanças tão profundas e generalizadas que evidenciam uma verdadeira mudança de época. O conhecimento tecnológico tornou-se o principal poder de produção. As novas formas de fazer implicam novas formas de ser, de sentir, de pensar, de se relacionar. A velocidade de processamento dos computadores insinua o novo ritmo de velocidade da vida. A rede de comunicações facilitada pela tecnologia revela ao mesmo tempo as proximidades e distâncias, as semelhanças e diferenças. As próprias crises que hoje agudizam acenam para mudanças radicais no modo de se relacionar, assim como de nos incluir nos processos da vida, garantindo a qualidade do nosso existir e de como nos relacionamos com as relações de consumo.
Movimentos, trânsitos & memórias: novas perspectivas (século XX), 2019
Este trabalho parte das diferentes representações de cidade que dão origem a diferentes sentidos da sustentabilidade urbana para refletir sobre o planejamento urbano atual, apontando a identidade do lugar e o sentido de pertencimento como pontos importantes na construção de cidades social, cultural e ambientalmente sustentáveis através de pesquisa bibliográfica qualitativa. Percebe-se que cidades dispersas, que ancoram seus sistemas de transporte no uso de automóveis, especialmente aquelas localizadas na franja das metrópoles e que se caracterizam por intensos movimentos migratórios vem apresentando uma perda da memória coletiva, fazendo-se necessárias intervenções que incorporem as múltiplas e heterogêneas camadas de ocupação no tempo a partir do conceito de paisagem. Palavras-chave: Sustentabilidade urbana; urbanização dispersa; paisagem e identidade do lugar.