DOS ABRAÇOS DA TERRA: O OLHAR DA ONG BEATOS PARA O CARIRI Reportagem apresentada à disciplina de Éca e Comunicação (original) (raw)
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A ORQUESTRA DE CORDAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI COMO UM FATOR DE INTERAÇÃO SOCIAL
RESUMO: Este trabalho propõe um estudo sobre a rotina da Orquestra de cordas da Universidade Federal do Cariri apresentado através da análise de seu repertório e sua inserção na comunidade do cariri, proporcionando aos alunos da Universidade Federal do Cariri, assim como aos cidadãos da região um fator de interação social e troca de conhecimento a partir da prática instrumental.
A região do Cariri cearense é um oásis, o verde coração do semi-árido nordestino. Apesar de ser uma terra de farturas e de portentos, sua história revela a tragédia do processo civilizatório sertanejo no destino de um povo -os Cariri (Kariri ou Quiriri) -que se fundiu na carne e na alma dos seus inimigos: fazendeiros, criadores de gados, agricultores e vaqueiros oriundos de Sergipe, de Pernambuco e da Bahia. Ao Cariri Cearense, centro geográfico com equidistância para as principais capitais do Nordeste, desde meados do século XVII até os dias de hoje, continuam a chegar multidões sertanejas, em um fluxo constante, atraídas pela fertilidade e pela sagração do território como espaço mítico.
OUVIR O CHÃO QUE SE PISA: UMA MIRADA SOBRE OBRA “TERRA FÉRTIL”
Alexandra Martins Costa, 2019
: Este artigo é uma reflexão teórica sobre a obra autoral Terra Fértil, a partir de conceitos apresentados por pensadoras que escrevem desde da noção el sur. Apresento, então, os conceitos e as autoras: “Fronteira” de Gloria Anzaldúa (1987), “Encruzilhada” de Leda Maria Martins (1997), “Ferida” de Karina Bidaseca (2015) e “Cura” de Castiel Vitorino (2019). Se trata de uma dança/performance feita para os mortos onde se evoca memórias e ancestralidade, a partir de uma performance ritual. Palavras-chave: Terra Fértil. Processo de Criação. Estudos em Dança. Estudos Decoloniais.
RESUMO: Os braços do Jari: entre a terra, o latifúndio e os grandes projetos
Durante as décadas de 1970 e 1980, muitos olhos se voltaram para o vale do Rio Jari, um afluente da margem esquerda do Baixo Amazonas, marco natural da divisa dos Estados do Pará e Amapá. A atenção recebida tanto da academia como da imprensa foi motivada pelo empreendimento que ficou conhecido como Projeto Jari, idealizado pelo bilionário norteamericano Daniel Keith Ludwig. Após receber centenas de milhões em incentivos na onda dos grandes projetos para a Amazônia das décadas de 1960 e 1970, e acumular escândalos e prejuízos, em 1982, o Projeto é assumido por um grupo de empresas nacionais e, em 2000, passa para o comando do Grupo Orsa, um conglomerado paulista do setor de papel e celulose. O Grupo Orsa é conhecido hoje como exemplo pioneiro de "empresa verde" e são muitos os prêmios recebidos como reconhecimento de sua responsabilidade social e ambientalembora, na Amazônia, ele opere num dos maiores latifúndios do mundo em meio a conflitos com posseiros e envolto em processos judiciais que comprovam a grilagem de terras e as irregularidades do plano de manejo florestal em atividade. Uma história pouco contada do Vale do Jari é a da população que há séculos habita e migra para aquela região e que nos últimos 100 anos vive nas entranhas do latifúndio, sendo, ainda hoje, expulsa de suas terras. O presente trabalho pretende resgatar das entrelinhas da produção bibliográfica sobre o Jari a história dos trabalhadores que ali nasceram e para lá foram em diferentes épocas e situações com o objetivo de, junto a dados de campo recentes, descrever os conflitos fundiários existentes e contribuir com a formulação do contraponto à história majoritariamente contada a respeito do Vale e a cartografia subjacente a essa história, que sempre pôs a população camponesa na invisibilidade. Os registros mais antigos daquela região datam do século 18 e tratam da formação da cidade de Almeirim, que fica às margens do Amazonas e tem sua origem na Aldeia Paru, fundada, não se sabe exatamente quando, por frades capuchos de Santo Antonio e índios descidos do centro. Foi na região de Almeirim que surgiu, ainda no século 19, o latifúndio sob o julgo de
Análise do Jornalismo Ambiental da TV Verde Vale do Cariri, CE
INTERCOM NACIONAL, 2018
RESUMO Na atualidade percebemos a urgência das pautas ambientais e sua pouca representação na mídia. A região do Cariri, localizada no sul do Ceará, é um exemplo de potencial amplo, seja por fazer parte do programa internacional da UNESCO de geoparques, o Geopark Araripe, ou seja pela presença da Chapada do Araripe. A partir disso, apresentamos a análise das notícias da televisão local, a TV Verde Vale, sobre o meio ambiente, entre os períodos de março de 2006 e junho de 2018. Esse recorte foi escolhido a partir da fundação do Geopark Araripe e a fundação da TV. A partir dessa pesquisa, buscou-se analisar a frequência, abordagem de temas e principalmente a temática do Geopark Araripe. Concluiu-se a partir dos dados, que a divulgação e a informação sobre o território do Geopark não existe de forma aprofundada ou fixa na programação televisiva. PALAVRAS-CHAVE: Geopark Araripe; jornalismo ambiental; pesquisa; comunicação. INTRODUÇÃO O presente trabalho surgiu da inquietação em relação à forma como as questões ambientais e termos relativos ao meio ambiente são abordados no jornalismo, notadamente parte-se de uma impressão de que os veículos de comunicação quando fazem pautas ambientais não têm profundidade temática, deixando de lado os termos científicos e a educação ambiental, e na maioria das vezes o meio ambiente é pautado apenas nas datas comemorativas. Além disso, parte-se também do jornalismo não possuir
A TERRA TREME NO HAITI: A NARRAÇÃO SEQUENCIADA NA COBERTURA PELO JORNAL NACIONAL
Extraprensa (USP), 2011
A narração sequenciada consiste na atuação mais enfática do repórter de televisão no cenário onde se desdobram as cenas de um acontecimento. Tal técnica de relato jornalístico foi amplamente utilizada na cobertura do terremoto que atingiu o Haiti em janeiro de 2010. O presente artigo analisa matérias produzidas nesses moldes para o Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência no Brasil, pelos enviados especiais da Rede Globo ao país Lília Teles e o cinegrafista Luiz Cláudio Azevedo. Nosso objetivo é traçar um panorama contendo as possibilidades e limites da narração sequenciada enquanto técnica de relato telejornalístico.
As zonas costeiras e marinhas são recursos importantes em todo o mundo, abrigando ecossistemas sensíveis, com uma enorme biodiversidade e com diversos interesses conflituantes, entre eles o turismo. Neste cenário, o presente trabalho analisa a atuação das Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) relacionada com a gestão do turismo em zonas costeiras e marinhas na ilha de Santa Maria, no arquipélago dos Açores, Portugal. O objetivo é identificar, por um lado, o modo como estas organizações atuam com o turismo, procurando analisar os seus limites, relevância e potencialidades e por outro lado, as estratégias de gestão utilizadas que culminam numa gestão integrada e participativa. Para o alcance do objetivo referenciado, foram realizadas entrevistas com os responsáveis legais das ONGA, do Turismo e do Ambiente, como também realizadas observações in loco. De entre os resultados alcançados, observa-se que um dos pilares do processo participativo de gestão integrada do turismo é a criação destas ONGA, onde a sociedade civil se faz representar. Para além disso, as ONGA participaram na elaboração do POOC e são parceiras do Parque Natural, validando a participação pública no planeamento e gestão destas áreas. Embora o objetivo principal das ONGA seja o ambiente, todas desenvolvem ações ligadas ao turismo, onde são identificadas vantagens e limitações. Assim, pode-se concluir que as ONGA contribuem para uma gestão participativa e integrada do turismo costeiro e marinho na ilha, através de: infraestruturas; serviços; leis, planos e programas; sensibilização e educação ambiental; gestão e monitorização do turismo; etc. Desta forma, os resultados possibilitaram conhecer experiências de gestão sustentável do turismo, em contexto insular e ressaltam a importância do planeamento e da gestão integrados, tendo em atenção o desenvolvimento de políticas e estratégias que integrem o uso sustentável dos recursos, de modo a fomentar um turismo justo e responsável com o envolvimento de toda a comunidade.
O COMÉRCIO INTERNACIONAL DO CEARÁ (1997-2012) – UMA ANÁLISE A PARTIR DE HECKSCHER-OHLIN
2015
O objetivo deste trabalho é avaliar se a mudança no uso dos recursos produtivos, expressa no fluxo internacional de bens do Ceará com o mundo, de 1997 a 2012, encontra-se de acordo com a Teoria da Dotação Relativa de Fatores, desenvolvida por Heckscher e Ohlin. Realizouse um teste empírico sob a ótica do modelo de Heckscher-Ohlin utilizando a técnica do insumo-produto e considerando três fatores de produção: trabalho, capital e recursos naturais, conforme a versão do modelo empregada por Hidalgo e Feistel (2006). Foram calculados os requisitos diretos e indiretos dos fatores de produção em cada setor e a classificação dos produtos segundo as intensidades de fatores com base no método dos Triângulos de Dotações. Os resultados revelaram que o Ceará apresenta grande parte das exportações intensivas em trabalho e as importações intensivas em capital, na maioria dos anos, corroborando as ideias de vantagens comparativas do modelo de Heckscher-Ohlin.