Creatividade (original) (raw)
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PragMATIZES - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura
Este artigo parte do pressuposto de que a criação é um processo cognitivo, o qual sofre influências de fatores internos e externos. Portanto, a criação lida com a realidade percebida, com os elementos disponíveis para a sua elaboração, sendo afetada por agentes sociais, geográficos, culturais e temporais. Defende-se que a história, a memória e a apropriação do patrimônio material e imaterial estimulam a imaginação e o pensamento crítico. O objetivo do trabalho é demonstrar – com base em recursos bibliográficos, pesquisa documental e análise de projetos criativos específicos – que história, memória e patrimônio são formadores identitários – seu conhecimento e vivência nutrem a identidade individual e ajudam a construir a identidade coletiva – e de repertórios estéticos.
Criatividade: o estado da arte
2003
A questão da criatividade vem sendo discutida há muito tempo. Há varias definições, algumas levando em consideração os aspectos sociais, outras, os psicológicos, e, recentemente, algumas tentativas para conceituar a criação têm surgido das ciências cognitivas. Para Ghiselin (1952), criatividade é "o processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução, na organização da vida subjetiva" 2. Fliegler (1959) apud Kneller (1978) declara que "manipulamos símbolos ou objetos externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio". várias definições, respectivamente 3 : "o termo pensamento criativo tem duas características fundamentais, a saber: é autônomo e é dirigido para a produção de uma nova forma." "criatividade é o processo que resulta em um produto novo, que é aceito como útil, e/ou satisfatório por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo." "criatividade representa a emergência de algo único e original." "criatividade é o processo de tornarse sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados." "um produto ou resposta serão julgados como criativos na extensão em que a) são novos e apropriados, úteis ou de valor para uma tarefa e b) a tarefa é heurística e não algorística." Cave (1999) vê a criatividade como a tradução dos talentos humanos para uma realidade exterior que seja nova e útil, dentro de um contexto individual, social e cultural 4. Essa tradução podese fazer, basicamente, de duas formas. A primeira é a habilidade de recombinar objetos já existentes em maneiras diferentes para novos propósitos. A segunda, "brincar" com a forma com que as coisas estão interrelacionadas. Em ambos os casos, considera a criatividade como uma habilidade para gerar novidade e, com isso, idéias e soluções úteis para resolver os problemas e desafios do diaadia. Kneller (1978) identifica quatro dimensões da criatividade: "As definições corretas de criatividade pertencem a quatro categorias, ao que parece. Ela pode ser considerada do ponto de vista da pessoa que cria, isto é, em termos de fisiologia e temperamento, inclusive atitudes pessoais, hábitos e valores. Pode também ser 1 Esse artigo faz parte da dissertação de mestrado Criatividade: uma arquitetura cognitiva, apresentada pelo autor como parte dos requisitos para obtenção do título
2021
A criatividade constitui-se como uma das funções basilares do funcionamento humano, sendo que dela dependerá a ampliação do leque de experiências e conhecimento a que o sujeito psicológico humano tem acesso durante o seu processo de «fazer mundo». Assim se compreende a relação entre criatividade e educação, uma vez que, durante os períodos mais críticos do seu desenvolvimento, esta se encontra plenamente comprometida com o sistema educativo. Partindo das influências de Vygotsky (1917/1998, 1930/2004), Piaget (1945/1975), Kegan (1982), Housen (1983), Parsons (1987), Goodman (1968/2006, 1978/1995), Gardner (1996), Amabile (1983), Sternberg e Lubart (1991) e Csikszentmihalyi (1999), a discussão teórica apresentada explora criticamente o potencial da educação artística no desenvolvimento da criatividade, considerando a sua inclusão nos curricula educativos como fundamental, uma vez que a arte introduz uma diferenciação qualitativa única, que promove o acesso a uma visão singular da real...
Criatividade, Timidez e Empregabilidade
Revista Alcance
Objetivo: analisar a relação entre a autopercepção da criatividade, a timidez e a empregabilidade do indivíduo. Procedimentos metodológicos: foi realizada uma pesquisa quantitativa com 152 respondentes, por meio de análise fatorial exploratória, a fim de desenvolver uma escala unificada de criatividade individual percebida e uma análise de regressão para avaliar os efeitos da criatividade individual percebida e da timidez sobre a empregabilidade. Resultados: a timidez está negativamente relacionada à criatividade individual percebida pelos indivíduos. Embora indivíduos mais criativos tenham menos medo de ficar desempregados e tenham mais esperança de se reposicionarem profissionalmente, não há evidências da relação entre empregabilidade, criatividade e timidez, no que diz respeito à experiência anterior de desemprego. Limitações: a pesquisa considerou apenas indivíduos residentes em algumas regiões do Brasil, com grau de escolaridade acima ou igual ao ensino superior. Não foi contro...