A angústia da banalidade, notas sobre Roland Barthes (original) (raw)
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As ambivalências textuais de Roland Barthes
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 2003
Por meio da leitura crítica de A Morte do Autor e Da Obra ao Texto, ambos de Roland Barthes, pretende-se desenvolver um estudo da construção das noções de autor, leitor e texto. Tal construção, baseada em dicotomias, atribui importantes funções sociais e políticas ao leitor, ao texto e ao autor. A própria noção de texto de Barthes coloca, contudo, em xeque essas dicotomias e suas implicações, revelando as ambivalências de sua argumentação.
Roland Barthes e o combate do bem e do mal
O presente artigo parte da releitura de Barthes de Guerra e paz, de Tolstoi, para entender alguns movimentos de escritura presentes nos manuscritos de seu romance “Vita Nova”. Para isso, procuramos encontrar um ele- mento no livro de Tolstoi que ele pretendia desenvolver em seu romance: o combate do Bem e do Mal, questão desenvolvida no último texto escrito por Barthes antes de morrer.
Roland Barthes e seus primeiros toques de delicadeza minimalista: sobre O grau zero da escritura
Alea : Estudos Neolatinos, 2010
A mais de meio século da publicação de O grau zero da escritura e a trinta anos do desaparecimento de Roland Barthes, ensaia-se aqui um exame da obra princeps, uma das mais radicais da crítica contemporânea e, bem por isso, uma das mais intrigantes. O presente artigo constitui-se de notas para um acercamento das principais influências ativas sobre o primeiro Barthes e das principais literaturas no horizonte desta nova crítica, quando ela principia, em 1953. Trata-se também de uma tentativa de pequena gênese do conceito de "grau zero", estranho ao corte saussuriano da escola das estruturas. Destas notas, espera-se que encaminhem um argumento em defesa da ideia de que, antes que erráticos, os escritos barthesianos são percorridos por uma linha de força representada pelo "grau zero", que nada mais é que o "neutro". A esse conceito sui generis - em sua última versão grafado com maiúscula - seria inteiramente dedicado o penúltimo curso no Collège de France. ...
A concepção de vazio em Roland Barthes
ALEA: Estudos Neolatinos - PPGLEN, UFRJ, 2018
Resumo Este ensaio busca reler O Império dos signos, em que Barthes elabora, à sua maneira, uma espécie de etnografia da cultura oriental, especialmente a arte de vida japonesa, que será para ele como a revelação de uma estética muito pessoal, que ele parece ter intuído desde O Grau zero da escritura: a estética do vazio. Essa estética encontra, por hipótese, conclusão sob o nome de Neutro, essa utopia da linguagem que suspende toda a significação. A meio caminho entre O Grau zero da escritura e O Neutro, O Império dos signos será o pivô desta pesquisa. Abstract This essay aims to reread The Empire of Signs, in which Barthes develops, in his own way, a kind of ethnography of Eastern culture, especially the art of Japanese life. This which, for him, was a revelation of a highly personal aesthetics , which he seems to have intuited since Writing Degree Zero: the aesthetics of emptiness. This aesthetics presumably found a conclusion in The Neutral, that utopia of language that suspends all signification. Halfway between Writing Degree Zero and The Neutral, The Empire of Signs will be the focus of this research.
Em Tese - FALE UFMG
Entrevista com Angela Senra, Eneida Maria de Souza e Vera Casa Nova, professoras da Univerdade Federal de Minas Gerais (UFMG) que foram alunas de Roland Barthes, precedida por um esboço para uma fotobiografia do autor.
Vida e obra. Roland Barthes e a escrita do Diário
outra travessia, 2017
http://dx.doi.org/10.5007/2176-8552.2016n21p145GIORDANO, Alberto. “Vida y obra. Roland Barthes y la escritura del Diario”. In: ______. La contraseña de los solitarios. Diarios de escritores. Rosario: Beatriz Viterbo Editora, 2011, p. 91-108. Tradução de Carlos Eduardo Schmidt Capela. Alberto Giordano, crítico e ensaísta, é professor da Universidad Nacional de Rosario (UNR), na Argentina. Todas as passagens citadas pelo autor, ao longo do ensaio, foram aqui traduzidas diretamente da versão espanhola. As traduções de Barthes ao português encontram-se, ao lado das suas versões castelhanas, nas Referências bibliográficas (N. T.).
Roland Barthes, adorável: disseminações de uma voz de autor
Revista Criação & Crítica
Em seus cursos e textos, Roland Barthes descortinava a “cena da escritura”: a partir de uma seleção de textos apresentava a forma como determinadas figuras, palavras e vocabulários se atualizavam a cada texto, a cada contexto. Conhecido como o crítico que matou o Autor, Barthes também se inscreve como personagem de uma narrativa intelectual fascinante: nos últimos anos de vida, seu luto público pela morte da mãe e a disseminação de elementos de si em textos e aulas reverberaram como a escrita de um romance real, um romance perdido ou escondido que se confunde com seu pensamento crítico da literatura.
Discursos Fotograficos, 2010
Resumo: O presente artigo constitui-se numa resenha e numa pequena exegese de alguns dos mais notáveis textos de comentadores internacionais, notadamente aqueles ainda não traduzidos em língua portuguesa, a se consagrar ao derradeiro livro de Roland Barthes publicado em vida do autor: A câmara clara. O que aqui se propõe é oferecer subsídios para uma melhor elucidação dessa importante obra, que, a trinta anos de seu surgimento, continua pouco estudada, sendo assim desperdiçada sua enorme contribuição às ciências da comunicação e, sobretudo, às reflexões em torno do papel da imagem fotográfica no mundo contemporâneo. Sustentamos a hipótese de que, sendo um semioclasta, mais que um iconoclasta, Barthes estava em melhor posição para ler e entender imagens.
Roland Barthes: Um Semiólogo Nômade
Revista de Filosofia Aurora, 2003
O presente artigo tem por encargo descrever, de maneira panorâmica, o percurso intelectual trilhado por Roland Barthes no que diz respeito às suas pesquisas na área de fundamentação e de análises semiológicas empreendidas sobre fatos culturais. Veremos, e por isso o chamamos nômade, como, tendo partido de uma adesão ao estruturalismo científico de cunho saussuriano percorreu-o aos seus limites até desembocar em sua renúncia, assumindo a análise hermenêutica como alternativa de compreensão da cultura. Para efeito de análise e ilustração, serão enfocadas algumas obras pontuais consideradas de relevância apresentadas em ordem cronológica, iniciando com Mitologias e encerrando com Aula, dando destaque para e intermediária Sistema da moda, entre outras. Esperamos com isso dar conta da construção de um roteiro confiável de sua produção intelectual.