CRIATIVIDADE NAS REALIDADES EDUCATIVAS: CONSIDERAÇÕES TEORÉTICAS CRISTINA COSTA-LOBO ANA CAMPINA (original) (raw)
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CRIATIVIDADE E EDUCAÇÃO: possibilidades de um campo de pesquisa
Cadernos de Pesquisa, 2018
O presente artigo tem por objetivo apresentar o estado da arte da temática criatividade e educação. De metodologia documental, este parte de levantamento das pesquisas acadêmicas desenvolvidas no Brasil, nos últimos seis anos. Os dados apresentados foram sistematizados a partir do Diretório de Grupos de Pesquisa da Capes, no Scielo, de maneira a constatar os artigos que tratam da temática, do Banco de teses e dissertações em âmbito nacional (Capes e BDTD-Biblioteca Digital de Teses e Dissertações) e demais sites e documentos que surgiram no decorrer dessa etapa, de maneira a garantir o rigor do referido estudo. Desta forma foram definidas como lacunas do conhecimento ainda pouco exploradas por pesquisas nacionais: o desenvolvimento de mapeamento em larga escala sobre a pesquisa em criatividade no país, o investimento na relação entre criatividade e formação docente e na formação continuada aplicada à criatividade.Palavras-chave: Criatividade e Educação. Estado da Arte. Pesquisa.CREA...
1994
1998 (Texto não publicado) A educação tem respondido, ao longo da História, pelo processo de formação do ser humano. Em uma análise de sua evolução, percebe-se que a educação não abriu mão de seu aspecto "formador e estruturador" do sujeito humano. A escola, como convém ao ideário educacional, tomou para si a função de organizadora e executora deste processo. No que diz respeito ao ensino formal, estruturado em currículos, não há dúvidas de que a escola venha cumprindo sua função adequadamente. Mas, e quanto aos outros aspectos constituintes do "ser integral" que ela almeja despertar? Como a escola tem tratado a afetividade, as emoções, a imaginação e a criatividade de seus alunos? Do ponto de vista da criatividade, o tratamento não tem sido favorável. O que se nota é uma atuação da escola no sentido de bloquear e desestimular o processo criativo em seus alunos. Suas características estruturais refletem uma postura educacional voltada para o passado, cuja principal preocupação se refere ao acúmulo de conhecimentos. Permanece a conduta conservadora que não reconhece a necessidade de olhar o futuro e seus desafios e preparar os alunos para lidarem com um mundo em rápida mutação, dando-lhes instrumentos para solucionar problemas diferenciados e criar modelos novos. Dentro deste quadro de aspecto refratário e de resistência a modificações, vem a escola se posicionando como não estimuladora do pensamento criativo. O ensino tem-se pautado na ênfase à reprodução e memorização dos conhecimentos, com pouco estímulo à pesquisa e solução de problemas. Quase todo o tempo gasto na escola destina-se à aquisição de conhecimentos. A metodologia usual reforça o conservadorismo e estimula a obediência. A criança perde a oportunidade, dentro da
CRIATIVIDADE E DESENHO: QUE CONCEITOS, QUE CONTEXTOS PARA ARTISTAS E ARTE/EDUCADORES
Anais da ANPAP, 2021
Vasconcelos (UFSM) 1 RESUMO Este trabalho busca discutir conceitos e contextos a partir de um estudo desenvolvido em pesquisa doutoral e ampliado no Laboratório de Criatividade e Inovação em Artes Visuais-LACRIA, da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM. Considerando que pressupostos teóricos que influenciam tanto artistas quanto arte/educadores sobre a criatividade são discutidos nos cursos de formação de professores de Artes Visuais a partir de visões específicas sobre a constituição do saber desenhar, conforme indicado em Vasconcelos (2015), os analisamos em analogia com as narrativas históricas do ensino de Artes Visuais no Brasil. Por fim, indagamos sobre as potencialidades de reflexão crítica dos currículos dos cursos de licenciatura na área a partir dessas análises, em consonância com pesquisas em
POR UMA EDUCAÇÃO CRIATIVA: A ESCOLA COMO AMBIENTE FAVORÁVEL À CRIATIVIDADE
A educação enquanto fenômeno social: política, economia, ciência e cultura 4, 2020
O presente artigo pretende demonstrar que os estudos acerca da criatividade no contexto educacional têm focalizado o aprimoramento de habilidades cognitivas e afetivas. Para tanto, a adoção de um currículo escolar que desperte o interesse e o prazer do aluno pelo ato de aprender por meio de uma educação criativa e a adoção de práticas educacionais que levem em consideração características dos alunos e o acesso às tecnologias digiatais de informação e comunicação, constituem elementos de um ambiente escolar favorável à realização escolar e produção criativa. Metodologicamente, a pesquisa é descritiva tendo como procedimento a pesquisa bibliográfica e, ainda, a apresentação e análise qualitativa de relatos de práticas pedagógicas desenvolvidas em uma escola pública do Distrito Federal. Por fim, buscou-se destacar, nos estudos apresentados, a estreita relação entre criatividade e autonomia intelectual, enfatizando a sua importância e necessidade para o desenvolvimento humano, uma vez que o ato de criar configura-se como condição para pensar. Pensar com liberdade, pensar por si mesmo, propiciando desta forma que o sujeito tenha a oportunidade de expressar suas ideias.
Criatividade nas realidades educativas: considerações teoréticas
2017
Este trabalho aborda a implementacao de estrategias especificas e promotoras de um ambiente educativo conveniente ao desenvolvimento da criatividade. Discute-se o construto de criatividade e sinaliza-se a importância do constructo ser incrementado nas praticas psicoeducativas, em ambientes desafiadores e multifacetados. Assume-se que a estimulacao e experienciacao precoce do pensamento criativo em contexto educativo, sao condicoes promotoras do desenvolvimento de capacidades de resolucao de problemas e desafios futuros. Sao sinalizadas praticas de promocao de harmonia entre a investigacao educativa e a intervencao psicologica, no que respeita ao desenvolvimento de capacidades e atitudes que estimulem o pensamento e o potencial criativo.
Esta pesquisa tem como problema investigativo saber como o Colégio X de Goiânia, escola considerada criativa, segundo os critérios estabelecidos do projeto ERAIEC da Rede Internacional de Ecologia dos Saberes -RIES, per cebe e transporta para o processo de ensino-aprendizagem o olhar da complexidade, da transdisciplinaridade e da ecoformação. Como objetivos principais apresentam-se: 1-i dentificar como o Colégio X de Goiânia transporta, desenvolve, vivencia o processo de ensino-aprendizagem de forma criativa e inovadora e 2-verificar as mudanças e impactos gerados pelas inovações criativas na qualidade do ensino e da aprendizagem, bem como na qualidade de vida das pessoas dessa escola. A presente pesquisa intenciona investigar o Colégio X de Goiânia, escola criativa da região centro-oeste do Brasil e ser uma pesquisa parceira da Rede Internacional De Ecologia Dos Saberes -RIES e de seu Projeto Escolas Criativas (Projetos cenários e redes de aprendizagem integrados para um ensino de qualidade: investigar e inovar sob um olhar transdisciplinar -ERAIEC). Por ser esta uma pesquisa qualitativa assume-se o método, como o diálogo entre o caminho e o caminhante, e a definição do método se deu por esse ser adequado ao problema investigativo deste projeto de pesquisa. Nesse sentido optou-se pelo método da complexidade e da transdisciplinaridade. A fundamentação teórica do presente estudo se valerá das contribuições científicas de Morin , dentre outros. Espera-se, com este estudo, contribuir com a investigação dos temas complexidade, transdisciplinaridade, ecoformação e criatividade, aplicados à educação e levantar as estratégias necessárias, contribuidoras na construção e reconhecimento de um cidadão com pensamento e responsabilidades planetárias.
CRIATIVIDADE, EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E LABORATÓRIOS DE ENSINO
A partir da obra de Douglas R. Hofstadter intitulada Gödel, Escher e Bach apresentamos uma reflexão por meio do entrelaçamento de considerações sobre a criatividade no ambiente escolar, o ensino da matemática, a aprendizagem significativa e, ainda, a coragem de criar, como vista pelo psicólogo Rollo May. Para tanto, focalizamos o que entendemos ser a atuação do professor educador matemático por meio de ações que podem ser realizadas em sala de aula e em um laboratório de ensino visando à aprendizagem significativa e criativa dos conceitos e relações matemáticas. Terminamos apresentando exemplos de dois recursos educacionais para a escola básica desenvolvidos em projetos do Instituto de Matemática e Estatística da UFF, com o principal objetivo de desenvolver a visualização geométrica do aluno. O primeiro é um experimento educacional interdisciplinar sobre polígonos equivalentes e está relacionado à obra do artista gráfico holandês Maurits Escher. Esse experimento envolve recursos manipulativos concretos e jogos virtuais interativos, cujos materiais podem também ser adaptados para a educação inclusiva do aluno deficiente visual. O outro recurso foi idealizado a partir do desenho de Hofstadter para a capa do seu livro original. È um software educacional interativo que visa a auxiliar o ensino de permutações, a observar simetrias e projeções ortogonais no espaço.
AFETIVIDADE E CRIATIVIDADE EM FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
Resumo A prática filosófica com crianças permite que elas construam e cumulativamente reconstruam significados enquanto formam a consciência de si, mobilizando simultaneamente elementos dos domínios afetivo, cognitivo e recreativo, presentes na esfera da sua experiência. Nesta dinâmica, habilidades de diálogo e de pensamento consolidam-se sobre competências crítico-reflexivas, sensíveis a critérios razoáveis de afirmação das competências intencionais de interpretação desta sensibilidade em ambientes educativos profícuos privados e públicos, tais como a família e a escola. Sendo a vida infantil um processo de mútuo crescimento entre a consciência individual e o meio social um caminho regulado pelo seu valor e autenticidade de ser que já-é, seja como «projeção extensiva» ou «corporalizando o desejo», Lipman busca um pensar mais atento, mais criterioso, mais significante, mais criativo e mais cativante: um pensar investigando. Estas múltiplas dimensões do pensamento proporcionam à criança três exercícios fundamentais na conclusão da sua singularidade, carácter e personalidade: num primeiro momento, a descoberta da sua potencialidade ontológica manifestada segundo um desejo de diálogo interior na intenção de conhecimento de si mesmo, enquanto ser-sujeito-criança que pretende conhecer o Outro que há em si; num segundo momento, a tomada de consciência da importância da " relação de encontro e de reconhecimento " com Outro que já não é uma mesmidade, mas que funciona como uma necessidade de «caminhar junto com…brincando» na condição de tomar a reciprocidade como imperativo da construção de um sujeito que se quer também ser-pessoa; e num terceiro momento, um retorno a si, como forma de re-nascimento face à aprendizagem que o contexto lhe proporcionou. É no dinamismo deste contexto que a criança aprende a pensar. Assim, pensar melhor é exercitar, mais que um pensamento complexo, um pensamento de ordem superior. Inevitavelmente surgem-nos questões que nos inquietam face a estas ideias: como potenciar o exercício reflexivo e crítico rumo a esta práxis sapiente? Que modelo de discussão devemos adoptar para que se tomem como objetos sentimentos ou pulsões éticas, emoções ou pulsões estéticas para que a descoberta do íntimo de seu ser e da sua socialização e civilidade seja efetiva? Que relação se pode firmar entre o desejo, a arte de ser e a forma de viver? Palavras-Chave: Filosofia para Crianças; Afeto; Criatividade; Pensamento; Diálogo Affectivity and creativity in philosophy for children Abstract: Philosophical practice with children allows them to build and (cumulatively) rebuild meanings while they form self-awareness, mobilizing simultaneously elements of affective, cognitive and recreational areas that are present in the sphere of their experience. Within this dynamic, dialogue and thinking skills consolidate upon critical-reflective competences, susceptible to reasonable criteria in the affirmation of intentional interpretative competences of this sensitivity in rich educational private and public environments, such as family and school. Understanding child's life as a mutual growth process between individual consciousness and the social environment-a way regulated