OS USOS DA UTOPIA E DA DISTOPIA NO ROMANCE PÓSCOLONIAL: MIA COUTO, JM COETZEE E SONY LABOU TANSI 72 (original) (raw)
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A UTOPIA E A DISTOPIA EM CONFRONTO AO LONGO DA HISTÓRIA
Diante do fracasso do Iluminismo, do Marxismo e da Modernidade na construção da felicidade humana, trata-se de um imenso desafio para os pensadores contemporâneos estabelecer novos paradigmas e novos valores de comportamento racional a serem formulados para a sociedade na era atual. Os pensadores contemporâneos precisam se mobilizar na reinvenção de um novo projeto iluminista de sociedade como fizeram os pensadores do século XVIII visando a construção da utopia de um mundo novo que leve ao fim o calvário da humanidade.
A UTOPIA COMUNITÁRIA DE TOLSTOI 1
Este artigo, sobre a experiência comunitária vivida por Leon Tolstoi, objetiva refletir sobre ela no intuito de contribuir teórica e metodologicamente com os estudos de comunidades. Destaca a complexidade e dinamicidade do fenômeno comunitário, a partir das inúmeras configurações assumidas na atualidade. A utopia comunitária de Tostoi, como afirma, pode ser útil aos estudos e compreensão do fenômeno comunitário atual, se a análise for situada no tempo e no espaço. Considera, por fim, que a utopia de Tostoi, vai além da vida em comunidade e considera o futuro da própria humanidade. Tostoi não foi apenas sonhador, mas um militante da experiência comunitária.
UM PRESENTE PARA O FUTURO: A DISTOPIA CONTEMPORÂNEA E SUAS INTERSEÇÕES COM A EXPERIÊNCIA PÓS-MODERNA
UM PRESENTE PARA O FUTURO A DISTOPIA CONTEMPORÂNEA E SUAS INTERSEÇÕES COM A EXPERIÊNCIA PÓS-MODERNA, 2019
Resumo: O advento da modernidade e o rompimento com a tradição geraram uma série de transformações, além de novas formas de concepção de mundo; a tradição saiu de cena, mas levou toda a sua solidez e as estruturas que, até então, mantinham o mundo em seu curso. Os resultados da modernidade e tudo o que vivemos hoje compõem a inusitada experiência chamada pós-modernidade. Neste percurso de descobertas, a literatura segue como um dos principais meios de exposição da expressão humana e de transformação de sua sociedade. Considerando a importância da compreensão de tais fenômenos, o presente artigo tem como objetivo o estudo da literatura distópica contemporânea como um dos gêneros que privilegiam a experiência pós-moderna através de sua crítica e reflexão das problemáticas deste conturbado tempo, assim buscamos aporte teórico nas obras de
A UTOPIA PÓS-SIONISTA de AMÓS OZ 1
A Utopia Pós-Sionista de Amos Ox, 2010
Este ensaio aborda o romance A caixa preta de Amós Oz. Observa o confronto de dois personagens opostos; o ex-marido e o atual. O anterior é um bem nascido da elite engajada na modernidade. O novo é um excluído que vive à margem das certezas e ideias nacionais ou institucionais, um desengajado e quer ser reconhecido. Espelha a descentralização do sujeito em oposição ao institucionalizado. Ao mesmo tempo, sociólogos e historiadores de então, nos anos 1970, ironizavam a nova tendência da pós-modernidade como mais uma mera utopia. Em Israel o conflito espelhado em A caixa preta, atualmente reconhecido com o impacto dos primórdios da globalização sobre as ideologias nacionais, na época foi traduzido como "Utopia Pós-Sionista".
A RECEÇÃO DE LUDOVICO ARIOSTO E TORQUATO TASSO NA ÉPICA FEMININA PORTUGUESA: AS EPOPEIAS DE SOROR
Revista de Escritoras Ibéricas, 2021
O presente artigo tem como objetivo avaliar a dívida que a poesia épica conventual feminina portuguesa contrai em relação a poesia épica produzida em Itália, nomeadamente com os poemas de Ludovico Ariosto e de Torquato Tasso. Nesse sentido, pretende-se demonstrar como os poemas épico-bíblicos de Soror Maria de Mesquita Pimentel, isto é, o Memorial da Infância de Cristo (1639), o Memorial dos Milagres de Cristo (editado em 2014) e o Memorial da Paixão de Cristo (inédito), reflete e dialoga com o Orlando Furioso e a Gerusalemme Liberata. Conclui-se que os poemas de Soror Mesquita Pimentel estabelecem com estes poemas italianos relações intertextuais que corroboram o quão fecunda foi a fortuna de Ariosto e Tasso em Portugal, a ponto de serem conhecidos entre os muros da clausura feminina.
REALISMO E MITOPOESIA NOS CONTOS DE MIA COUTO
This essay presents a bibliographic revision of the concepts of myth and poetry in order to understand the concept of mythopoetics. Its main objective is to demonstrate the way in what the mythopoetic elements construct the realism in Mia Couto’s short stories. It also comprehends, based on Ernst Cassirer (2011), Gérard Bouchard (2005), Mircea Eliade (1994), and Véronique Gely (2013), that the myth in Mia Couto is a way to apprehend things that are not reachable for the common language besides its function of molding the soul and the behavior of people. This essay also demonstrates that the metaphorical language in Mia Couto’s writings, as well as the descriptions, create a mythopoetic space capable of promoting a mythopoetic realism.
Artigo Científico, 2021
O artigo é resultado de uma análise comparativa entre as obras da Literatura de Língua Portuguesa “Os cus de Judas”, de António Lobo Antunes, e “Terra Sonâmbula”, de Mia Couto. Operas que ocasionam uma abordagem genérica sobre as guerras ocorridas em Luanda e Moçambique, países que constituem o continente africano, falantes do português de Portugal e colonizados pelos lusitanos. O presente estudo é de natureza bibliográfica e a análise dialogada é pautada sob os pressupostos de Bardin (2009), e tem por objetivo fazer uma análise das duas obras, abordando as condições humanas, a pobreza e como é exposta a guerra sob a ótica dos dois autores.
OS SIGNIFICADOS CULTURAIS NO CONSUMO DA CÓPIA NA MODA
Resumo O consumo é algo em movimento constante, estrutura valores e conecta o individual e o coletivo, o aumento do consumo entre as classes menos favorecidas financeiramente desde final do século XIX implicou uma democratização da moda, que se deu não pela difusão social dos bens, mas por sua cópia. Consumo; Cópia; Moda; Abstract Consumption trends are in constant motion, structuring values and connecting the individual and the collective. The increase consumption of goods among low-income people since the late nineteenth century has led to a democratization of fashion, which has been diffused not due to the social distribution of goods, but due to its copy. Consumption; Copy; Fashion; O breve entendimento de moda que propomos aqui não visa encontrar conceitos para moda, mas destacar o que ela representa estando ligada ao indivíduo e sua relação com a sociedade. A moda de forma paradoxal se mostra na evanescência daquilo que só existe para dar lugar a um outra forma de exibição.
TEMPOS DE MULHERES: UTOPIAS E DISTOPIAS FEMINISTAS NA LITERATURA E HISTÓRIA
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Com base nas leituras de Virginia Woolf, Rita Schmidt, Zahidé Muzart e Ildney Cavalcanti, este artigo tem como objetivo explorar aspectos referentes à escrita e publicação de obras de autoria feminina entre os séculos XIX e XX. Assim como compreender as nuances que envolvem o estigma do gênero literário romance e a presença e ausência de mulheres no cânone literário. A partir destas leituras, buscamos situar no tempo as obras de escritoras como Emília de Freitas, Charlotte Perkins Gilman, Margaret Atwood e Octavia Butler, analisando suas visões de futuro e deslugares possíveis ou impossíveis, a partir do fio condutor entre literatura, história do feminismo e teoria da história.