Uma teoria tropológica da linguagem (Conferências As Teses da Teoria, Faculdade de Letras de Lisboa, Junho de 2017) (original) (raw)

Fenomenologia e linguagem: Cabral, Merleau-Ponty, Cézanne DOI - 10.5752/P.2358-3428.2013v17n33p101

Scripta, 2013

Este artigo propõe o exame de algumas características da índole estética de João Cabral de Melo Neto, a partir das reflexões de Merleau-Ponty sobre a arte pictórica, em especial sobre Cézanne. O estudo contempla as relações intertextuais envolvidas pela ductilidade da linguagem artística da modernidade e, problematizando limites e fronteiras entre literatura, pintura e filosofia, discute a contribuição da leitura fenomenológica num regime de crítica literária.

Uma breve análise das teorias linguísticas

A SHORT ANALYSIS OF LINGUISTIC THEORIES Language studies, especially structuralism and generative theory, presented language understood as system. We propose a succinct study of Structuralism and Generative Grammar Theory, and an exploration of Functionalism, according to which structure does not exist pure and simply as structure. We examine Saussure and Chomsky, as well a theoretical model proposed by Halliday, Dik and Thompson, which emphasizes the existence of different types of functionalism. Our findings suggest that the functionalist theory perceives language as a social phenomenon, whose structure adapts to pressures from different communication situations in which it is utilized. Key-words: Structuralism, Generativism, and Functionalism [The whole paper is available just in Portuguese.]

A linguagem e a visão de linguagem na formação em Letras

Filologia e Linguística Portuguesa, 2014

Resumo: O estudo defende que a formação de profissionais de Letras se conduza por reflexão analítica, visão crítica e percepção dos contextos interculturais, sempre com forte investidura na humanidade. Para isso invoca a necessidade de uma discussão que coloque ciência na base e história no condicionamento, bem como arte e técnica na atuação docente. Defende, também, que da universidade seja cobrada a articulação dos conceitos teóricos e dos condicionamentos em política educacional, assim como o atendimento das necessidades existentes no universo sociocultural dos níveis de base de ensino. A discussão vai a questões como: a visão escolar de linguagem e de língua; os ingredientes do trabalho escolar com a linguagem e a língua materna (metas, formação docente, grades, metodologias); a responsabilidade da condução do trabalho escolar no verdadeiro sentido da promoção da educação. Nesse último campo se oferece uma ilustração da questão. Conclui-se que é na compreensão dessa realidade que está a sustentação para formar profissionais em tal área escolar, que exige uma clara visão de linguagem e de uso linguístico.

O paradigma ecológico para as ciências da linguagem

2016

O paradigma ecológico para as ciências da linguagem: ensaios ecolinguísticos clássicos e contemporâneos consiste em coletânea de ensaios escritos por especialistas renomados na área da Ecolinguística. Pioneiros no assunto, são autores de vários países que habilmente nos apresentam conceitos e questões importantes no campo e em áreas conexas, como Edward Sapir, Einar Haugen, Alwin Fill, entre outros pesquisadores recentes. O livro constitui a primeira obra que traduz textos de autoria de expoentes internacionais, ao lado de pesquisadores brasileiros não menos importantes, como Hildo Honório do Couto. É possível, já nos primeiros capítulos do livro, compreender a trajetória da Ecolinguística e as tentativas de conceituar o tema. Há, inicialmente, uma preocupação em contextualizar o leitor no que se refere a conceitos como os de língua e linguagem e à relação entre língua e meio ambiente. Abrindo a coletânea, Sapir (1888-1939), acompanhado de Romam Jakobson, C. F. Voegelin, F. M. Voegelin e N. W. Schutz, aprofundam questões atinentes ao campo de investigação. Através de vários exemplos, Sapir demonstra como o léxico das línguas, além do sistema fonético, da morfologia e da sintaxe concorre para a constituição de objeto de interesse de linguistas e cientistas sociais na busca da compreensão da interação das línguas e de seus usuários. Traços como status e intimidade, formalidade e autonomia são importantes para estimar a relevância dos sistemas e das comunidades de fala. O termo Ecolinguística foi sugerido em 1972 por Einar Haugen. À medida que o tema se torna mais frequente, pesquisadores de vulto passam a se ocupar em reafirmar a área. O

Notas sobre a teoria aristotélica da linguagem

2009

Neste artigo falarei sobre os conceitos principais da teoria aristotélica da linguagem, tais como “símbolo” e “signo”, bem como sobre as conseqüências das reflexões aristotélicas sobre a linguagem humana quanto ao jogo dialético e quanto à fundamentação do princípio de não-contradição. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: In this paper I will talk about the main concepts of the aristotelic theory of language, as “symbol” and “sign”, and also about the consequences of Aristotle’s reflections on human language concerning the dialectic game and the foundation of non-contradiction principle

Por uma fenomenologia da linguagem

Entendendo que o ato primeiro da consciência é propriamente significar e que compreender o homem como ser significante – isto é, que atribui sentido às próprias vivências – implica em inscrevê-lo como ser de linguagem, o presente artigo visa inserir o problema da linguagem como questão fundamental da discussão fenomenológica. Consciente da impossibilidade de abordar o problema da linguagem em toda a tradição fenomenológica, realizo dois recortes: um temático e outro de autores. Procuro pensar o estatuto da linguagem na fenomenologia circunscrevendo o problema nas noções de expressividade, verdade e comunicação a partir do resgate da fenomenologia de Husserl e Heidegger, mas com vistas a centrar o estudo no debate entre JeanPaul Sartre e Maurice Merleau-Ponty.