Colonialismo como violência: a " missão civilizadora " de Portugal em Moçambique / Colonialism as violence (original) (raw)

À sombra da colonialidade: a violência em "The welcome table", de Alice Walker, e "Duzu-Querença", de Conceição Evaristo

Ilha do desterro, 2022

Este artigo objetiva analisar dois contos, “The welcome table”, da escritora afro-americana Alice Walker, e “Duzu-Querença”, da escritora afro-bra-sileira Conceição Evaristo. O ponto principal da análise é entender como as duas narrativas literárias encenam violências perpetuadas ao longo da história por uma matriz colonial de poder. Partindo desse ponto, observa-mos as violências de raça e gênero pela lente da decolonialidade a partir do desenvolvimento dos enredos e das dinâmicas de figuração das perso-nagens. Para tanto, na primeira seção apresentamos algumas teorizações sobre a (de)colonialidade e os seus desdobramentos a partir da violência e a sua relação com a literatura. Na sequência, analisamos os textos literários a partir das questões levantadas na discussão teórica, observando como é construída a semantização das opressões sustentadas pela colonialidade.

Identidades, Colonizadores e Colonizadores: Portugal e Moçambique

2006

2 A categorização dos sujeitos coloniais e as questões que esta classificação levanta têm estado na base de vários estudos sobre a realidade moçambicana. Sem pretendermos ser exaustivos, gostaríamos de apontar, a título de exemplo, algumas das referência utilizadas nesta pesquisa: Hafkin

Brasil e Moçambique: Colonização e Imposição Cultural

Pensar Acadêmico

O presente trabalho propõe um estudo de perspectiva qualitativa sobre as culturas brasileira e moçambicana antes do processo de colonização, cujos povos nativos já possuíam suas línguas e tradições e, também, sobre o processo de imposição dos padrões de ser e de viver europeus. Esse trabalho aborda algumas considerações sobre os aspectos culturais dos nativos e sua relação com seus colonizadores, bem como a imposição de uma língua e de uma escrita sobre tais povos que não tinham nenhuma forma de representação gráfica, cujos meios de comunicação eram orais e, assim, considerados povos ágrafos. O objetivo é evidenciar as culturas dos primeiros habitantes e o processo de imposição cultural sobre tais povos, considerando a influência das tradições indígenas, portuguesa e africana para a formação da identidade cultural do Brasil e de Moçambique. Para autenticar esse trabalho, serão feitas pesquisas de cunho bibliográfico, a fim de fundamentar e justificar esta pesquisa.

Violência Colonial e Criminologia: Um confronto a partir do documentário Concerning Violence

Revista Direito e Práxis, 2018

Resumo O documentário Concerning Violence: Nine Scenes of Anti-Imperialistic Self-Defense (2014) trabalha a obra Os Condenados da Terra, de Frantz Fanon, a partir de imagens das lutas por descolonização da África. Diante do caráter atual e pedagógico da película, este artigo propõe um debate epistemológico acerca da violência colonial e a Criminologia. Ao final, discute-se a noção de necropolítica para análise do genocídio da população negra no Brasil.

Xiconhoca, o inimigo: Narrativas de violência sobre a construção da nação em Moçambique

2015

Este artigo analisa de forma ampla a transição política e as formas como a Frelimo tem lidado com a construção do projeto nacional, a partir de uma abordagem multidisciplinar e multissituada. O artigo discute a tentativa da criação do ‘homem novo’ no Moçambique independente, avaliando a continuidade da presença da figura do inimigo interno, representado pelo Xiconhoca. Analisa‑se, finalmente, o tema das reuniões de busca de verdade e de reconciliação realizadas em 1975 e 1982 para redimir os considerados traidores ou atores antissociais –, discutindo em maior detalhe o contexto político‑ideológico em que estas reuniões aconteceram, assim como as suas implicações no contexto da construção da cidadania e da história oficial de Moçambique. Esta análise procura contribuir para repensar a violência comunitária e estatal em Moçambique e o papel de encontros de busca da verdade e de reconciliação nos processos de descolonização política.

O trabalho forçado na legislação colonial portuguesa: o caso de Moçambique: 1899-1926

2008

Primeiramente, e por direito, o agradecimento é para a Professora Isabel Castro Henriques por aceitar a orientação desta dissertação. Em seguida, agradeço a duas mulheres portuguesas, que me receberam e me incentivaram: Manuela Guerreiro e minha amiga-irmã, Vera Correia, esta última abrindo-me as portas do lar e do coração. Agradeço, também, a todos os funcionários dos diversos arquivos e bibliotecas por onde passei, em particular, as duas funcionárias da Sociedade de Geografia de Lisboa e os funcionários do Arquivo Histórico do Ultramar, que, a exemplo do Fernando, do Jorge e do Dr. Sintra tiveram a paciência dos que estão acostumados a lidar com os "neófitos"; através deles, descobri que essa "virtude" é uma grande aliada do pesquisador. A Sra. Arlete, agradeço a atenção e pronto atendimento às minhas solicitações. Do outro lado do Atlântico ficaram os meus amigos e familiares: a eles agradeço por se conformarem com a "ausência", tão prolongada, de uma "mãe", "filha", "irmã", "tia", "sobrinha", "cunhada"', "avó", "companheira", "amiga". Ao meu "fiel" escudeiro Carlos, pelo apoio no "Ultramar" (americano); sem ele nos bastidores brasileiros tudo ficaria mais difícil. A todos aqueles que, de uma forma ou de outra, me ajudaram e apoiaram, a minha gratidão.