‘Cinema Nacional, para quem? Associações, Recepção e Transnacionalismo.’ (original) (raw)
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Cinema Brasileiro e Identidade Nacional: análise dos primeiros anos do século XXI
O cinema é uma das formas de arte que mais se expande. Um meio de comunicação bastante influente que pode atuar como uma poderosa ferramenta de disseminação de práticas sociais, culturais e políticas. Atua como espaço de representações, de construção de identidades e, no caso do cinema brasileiro, este tem como proposta exatamente ser um difusor da realidade nacional. Através da análise dos filmes nacionais podemos vislumbrar traços da imagem sócio-cultural brasileira bem como os possíveis estereótipos relacionados à identidade nacional. Nesta pesquisa, foi realizada a análise da imagem brasileira projetada pelos primeiros cinco filmes do século XXI pré- indicados pelo Brasil para concorrer ao Oscar: Abril espedaçado, Cidade de Deus, Carandiru, Olga e 2 Filhos de Francisco. Teve como objetivo, portanto, analisar o conjunto de signos constitutivos da imagem nacional e as representações acerca da identidade brasileira presentes nos filmes nacionais pré-indicados ao Oscar nos cinco primeiros anos deste novo século. Como referencial metodológico foi realizada a análise de conteúdo, passando pela abordagem semiótica dos filmes, a partir de elementos da análise narrativa, com ênfase no espaço, ambiente e personagem para assim identificar qual imagem brasileira foi retratada.
Cinema e a criação da identidade nacional na América Latina
Comunicologia - Revista de Comunicação da Universidade Católica de Brasília, 2017
O objetivo deste trabalho é apresentar uma discussão sobre os meios de comunicação de massa e seu potencial de construir realidades, tendo como caso a formação dos Estados Nacionais na América Latina. Para isso serão apresentadas uma revisão teórica e uma pesquisa bibliográfica acerca da utilização das mídias, como o cinema, como este veículo propagador. Posteriormente serão argumentados alguns princípios teóricos da formação do imaginário, por meio dos veículos de comunicação massivos. A intenção desta pesquisa é apresentar um arcabouço teórico e histórico sobre o tema e agregar em discussões que já existem neste tópico.
Mudar de Perspetiva: A Dimensão Transnacional do Cinema Português Contemporâneo
O cinema português desenvolveu, década após década, uma tradição associada com uma série de constantes temáticas e estéticas que aparecem, como sinais de identidade, nas filmografias de vários de seus principais cineastas, como seriam, por exemplo, Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Fernando Lopes, João César Monteiro, António Reis e Margarida Cordeiro, Pedro Costa ou Teresa Villaverde. A crítica cinematográfica costuma estudar as relações e semelhanças entre os filmes destes e doutros cineastas portugueses para assinalar os elementos que distinguem o cinema português doutros cinemas nacionais. Esta abordagem, no entanto, é incompleta no contexto da globalização e da pós-modernidade, quando o presente e o futuro dos cinemas nacionais depende da sua maior ou menor conexão com as grandes redes estéticas e económicas globais: assim, quanto maior for a conexão, maior será a distribuição desses filmes e, portanto, mais possibilidades terá um país e uma cultura de ocupar um lugar relevante na geopolítica do cinema. A partir desta lógica, o objetivo deste artigo é inverter a abordagem tradicional dos estudos sobre cinemas nacionais para explorar os vínculos transnacionais dos filmes e dos cineastas portugueses, a fim de compreender a sua posição dentro do sistema-mundo do audiovisual contemporâneo.
O Cinema Português como "Cinema Nacional"
O presente artigo propõe discutir o cinema português ao nível mais conceptual possível, através da sua condição enquanto cinema nacional e da forma como a crítica e os estudos fílmicos procederam à sua análise através desse mesmo enquadramento. Serão questionados conceitos e discursos dominantes e reflectir-se-á sobre a importância pragmática do cinema português para as audiências. Com efeito, mais do que tentar responder à questão “o que é o cinema português?”, este estudo pretende explorar o que precede o ser, que é a razão de existir.
Guia de Cinema e Migraes Transnacionais (1)
UFRR, 2018
Dado que a migração é uma temática premente, não solucionada e global, o Guia de Cinema e Migrações Transnacionais, como produto cultural, precisa ser amplamente difundido, lido, debatido – assim como os filmes e cineastas aqui citados. O Cinema, a sétima arte, em sua vertente hollywoodiana – a indústria da franquia de séries cinematográficas –, tem sido, via de regra, uma ferramenta de exclusão cultural e, portanto, de exclusão política e socioeconômica. Sendo assim, tal cinema tem privilegiado os cenários, temáticas, costumes e pautas construídos pelo olhar colonial, o qual, ainda no século XXI, adestra sentimentos, laços, escolhas, afetos, e cria um mundo de fantasias no qual todos as atenções devem voltar-se para o modelo cultural estadunidense/ eurocentrado. Para tal cinema, o Sul (quer dizer, tudo que não seja estadunidense/eurocentrado) é o lugar dos menos favorecidos – as pessoas que não circulam na Fifth Avenue tão alentada nesse cinema de franquias. É o não lugar das pessoas do continente africano, de nós, latino-americanos, dos povos do mundo árabe, do leste europeu e outras periferias geopolíticas. De todos sem lugar: crianças de regiões pobres, mulheres negras, indígenas, povos ciganos e toda sorte de povos em migração.
Os Cinemas Que Falam Português: O Conceito De Cinema Nacional, Identidade e Resistência
Novos Olhares, 2015
O presente artigo apresenta questões em torno do conceito de cinema nacional e suas formas de existência/resistência. Articula a dimensão espacial como limitante para consumo dos objetos culturais pois estes não têm livre circulação comercial. As identidades nacionais continuam a exercer pressão sobre o cinema e participam da produção da representação que opera mecanismos de inclusão ou exclusão dentro de um espaço geográfico. Reflete sobre a produção cultural e as artes pois parte da observação dos dados imediatos da realidade pensada parte de constrangimentos limitações a capacidade real de produzir filmes. As limitações são, por exemplo, capacidade técnica e treinamento diferenciados e uma desigual capacidade de financiamento e circulação. Estes elementos redundam em produtos estéticos marcadamente diferentes.
Linguística, letras e artes: cânones, ideias e lugares 2, 2020
O objetivo deste trabalho é apresentar algumas questões sobre as relações entre cinema e identidade, tendo em vista referenciais de pertencimento construídos a partir de atividades no âmbito da arte e da cultura. Para tanto, serão consideradas três projetos desenvolvidos em Goiânia/GO: Mostra Internacional de Cinema Fantástico; Escola Goiana de Desenho Aniimado; MMarte Produções. O relato desses campos de atuação montará o cenário para tais reflexões.
CINEMA EXPRESSIONISTA ALEMÃO: UM PRELÚDIO AO NACIONAL- SOCIALISMO
ENG: It will be made a study about the german expressionist cinema which propose to be an exploitation of the film-makers preocupations by figures of authority, which in turn, predict what would happen to Germany in the subsequent years with the rise of Hitler, utilising primordially the book From Caligari to Hitler: a psychological history of german film writted by Siegfried Kracauer and having as principal corpus of analysis the movies The Cabinet of Dr. Caligari (Robert Wiene, 1920), The Golem (Paul Wegener, 1920) and The City Without Jews (H.K. Breslauer, 1924). I will do as well contextualization of the origin of the National Socialist German Workers' Party (NSDAP), of the anti-semitic and nacionalist thought that already existed in the periody of pre and post Great War, and how the cinema was thinked in the period pre-expressionist. PT-BR: Será feito um estudo do cinema expressionista alemão tendo como proposta a explicitação das preocupações dos cineastas por figuras de autoridade, que por sua vez, preveem o que viria acontecer à Alemanha nos anos subsequentes com a ascensão de Hitler, utilizando como primazia o livro From Caligari to Hitler: a psychological history of german film escrito por Siegfried Kracauer e tendo como principal corpus de análise os filmes O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene, 1920), O Golem (Paul Wegener, 1920) e A Cidade sem Judeus (H.K.Breslauer, 1924). Farei também contextualizações da origem do Partido Nacional Socialista (NSDAP), do pensamento antissemita e nacionalista que já existiam durante o período pré-Grande Guerra e pós-Grande Guerra, e como o cinema era pensado no período pré-expressionista.