Adorno contas e pingen na foz do rio Amazon Estudo de Caso sítio Curiaú Miri (original) (raw)
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Adornos, contas e pingentes na foz do rio Amazonas: Estudo de Caso do sítio Curiaú Mirim I
Amazônica - Revista de Antropologia, 2018
Este artigo tem como objetivo oferecer uma possibilidade explanatória na interpretação de adornos arqueologicamente contextualizados através do conceito de corporalidade ameríndia e noções de pessoa. Neste intuito trago como estudo de caso o sítio Curiaú Mirim I, datado por volta do século X ao XVII AD. Esse sítio contém evidências de áreas de sepultamentos humanos e feições e estruturas possivelmente domésticas. Através da observação de adornos encontrados em contextos funerários das Guianas e foz do rio Amazonas procurou-se, inspirado nas ideias da corporalidade ameríndia da etnologia amazônica, propor interpretações que dessem conta de significados como a construção de sociabilidades e identidades em vida e na morte até a corporalidade pós-morte vistas numa história indígena de longa duração
Adornos, contas e pingentes na Foz do Rio Amazonas: estudo de caso no sítio Curiaú Mirim I / ORNAMENTS, BEADS AND PENDANTS AT THE MOUTH OF THE AMAZON RIVER: CASE STUDY OF CURIAÚ MIRIM I SITE, 2018
Este artigo tem como objetivo oferecer uma possibilidade explanatória na interpretação de adornos arqueologicamente contextualizados através do conceito de corporalidade ameríndia e noções de pessoa. Neste intuito trago como estudo de caso o sítio Curiaú Mirim I, datado por volta do século X ao XVII AD. Esse sítio contém evidências de áreas de sepultamentos humanos e feições e estruturas possivelmente domésticas. Através da observação de adornos encontrados em contextos funerários das Guianas e foz do rio Amazonas procurou-se, inspirado nas ideias da corporalidade ameríndia da etnologia amazônica, propor interpretações que dessem conta de significados como a construção de sociabilidades e identidades em vida e na morte até a corporalidade pós--morte vistas numa história indígena de longa duração. Palavras-Chave: Corporalidade ameríndia, sepultamentos, ornamentos, história de longa duração. Abstract This paper aims to offer an explanatorily possibility in the interpretation of archaeological contextualized ornaments through the concept of Amerindian corporality and notions of personhood. In this regard, I bring as a case study the Curiaú Mirim I site, dating back to the 10th to 17th centuries AD. This site contains evidence of areas of human burial and possibly domestic features and structures. Through the observation of ornaments found in burial contexts in the Guianas and the mouth of the Amazon River, it was sought to propose, inspired by the Amerindian corporality ideas of the Amazonian ethnology, interpretations that account for meanings such as the construction of sociabilities and identities in life and in death until the corporality after death seen in a long indigenous history duration. Keywords: Amerindian corporality, burials, ornaments, long-term history
Adornos, contas e pingentes na Foz do Rio Amazonas: estudo de caso do sítio Curiaú Mirim I - ORNAMENTS, BEADS AND PENDANTS AT THE MOUTH OF THE AMAZON RIVER: CASE STUDY OF CURIAÚ MIRIM I SITE, 2018
Este artigo tem como objetivo oferecer uma possibilidade explanatória na interpretação de adornos arqueologicamente contextualizados através do conceito de corporalidade ameríndia e noções de pessoa. Neste intuito trago como estudo de caso o sítio Curiaú Mirim I, datado por volta do século X ao XVII AD. Esse sítio contém evidências de áreas de sepultamentos humanos e feições e estruturas possivelmente domésticas. Através da observação de adornos encontrados em contextos funerários das Guianas e foz do rio Amazonas procurou-se, inspirado nas ideias da corporalidade ameríndia da etnologia amazônica, propor interpretações que dessem conta de significados como a construção de sociabilidades e identidades em vida e na morte até a corporalidade pós--morte vistas numa história indígena de longa duração. Palavras-Chave: Corporalidade ameríndia, sepultamentos, ornamentos, história de longa duração. Abstract This paper aims to offer an explanatorily possibility in the interpretation of archaeological contextualized ornaments through the concept of Amerindian corporality and notions of person. In this regard, I bring as a case study the Curiaú Mirim I site, dating back to the 10th to 17th centuries AD. This site contains evidence of areas of human burial and possibly domestic features and structures. Through the observation of ornaments found in burial contexts in the Guianas and the mouth of the Amazon River, it was sought to propose, inspired by the Amerindian corporality ideas of the Amazonian ethnology, interpretations that account for meanings such as the construction of sociabilities and identities in life and in death until the corporality after death seen in a long indigenous history duration. Keywords: Amerindian corporality, burials, ornaments, long-term history.
ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DAS ÁGUAS NAS BACIAS DOS RIOS PARAÍBA DO SUL E GUANDU
ADAPTA - ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DAS ÁGUAS NAS BACIAS DOS RIOS PARAÍBA DO SUL E GUANDU, 2019
Governança das águas pode ser compreendida como a formação e sustentação dos arranjos de autoridade e poder, dentro dos quais os participantes envolvidos tomam decisões e modelam políticas que são obrigatórias para atores individuais e coletivos (Castro, 2007). Tais arranjos, acontecem dentro de diferentes limites territoriais – trata-se, portanto, de um processo político que envolve o exercício de poder político por atores políticos, buscando definir os fins e valores que devem informar o desenvolvimento social da sua região (Castro, 2007). Para melhor compreender as peculiaridades da governança das águas nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Guandu, é fundamental estudar como se estruturam estes atores políticos, como as instituições se relacionam e de que modo o poder político é de fato exercido por estes atores, especialmente em relação às esferas de governo envolvidas e aos conflitos decorrentes do relacionamento entre diferentes níveis da federação. Assim, a próximas três seções deste capítulo dedicam-se ao tema. A primeira apresentará a organização político-institucional da bacia do rio Paraíba do Sul, e a caracterização dos atores envolvidos. A segunda parte discutirá a organização político-institucional da bacia do rio Guandu. Em seguida, serão debatidos os conflitos federativos decorrentes das relações entre diferentes níveis de governo na gestão da bacia do rio Paraíba do Sul, com foco nos conflitos federativos. Por fim, serão apresentadas considerações finais sobre os temas apresentados.
v "Moimeichêgo: Que assuntos são esses? O vaqueiro Adino: É dilatado pra se relatar... O vaqueiro Cicica: Mariposices... Assunto de remondiolas. O vaqueiro José Uéua: Imaginamento. Toda qualidade de imaginamento, de alto a alto... Divertir na diferença similhante... O vaqueiro Adino: Disla. Dislas disparates. Imaginamento em nulo-vejo. É vinte-réis de canela-em-pó... O vaqueiro Mainarte: Não senhor. É imaginamentos de sentimento. O que o senhor vê assim: de mansa-mão. Toque de viola sem viola. Exemplo: um boi-o senhor não está enxergando o boi: escuta só o tanger do polaco dependurado no pescoço dele;-depois aquilo deu um silenciozim, dele, dele-: e o que é que o senhor vê? O que é que o senhor ouve? Dentro do coração do senhor tinha uma coisa lá dentrodos enormes... O vaqueiro José Uéua: No coração a gente tem é coisas igual ao que nem nunca em mão não se pode ter pertencente: as nuvens, as estrelas, as pessoas que já morreram, a beleza da cara das mulheres... A gente tem de ir é feito um burrinho que fareja as neblinas?" João Guimarães Rosa, "Cara-de-bronze" vii AGRADECIMENTOS Não há como não reconhecer a legião de dívidas contraídas ao longo de um percurso tão longo e tortuoso. Devo a muitos com gosto e sincera intenção de algum dia retribuir, ao estilo. Impossível, porém, consigná-los aqui por inteiro. Restam-me, então, os essenciais. Em primeiro lugar, todos os homens, mulheres e crianças do povo Cinta-Larga, com os quais aprendi muito além da antropologia, uma maneira mais generosa de viver. O amigo, compadre e orientador Marcio, cuja estima e incentivo conduziram a bom termo uma empreitada assaz arriscada. À amiga Inês, de quem sinto orgulho por sua bravura e dedicação inigualáveis à causa dos povos indígenas, agradeço incontáveis informações e parceria. Em Campinas, a hospitaleira amizade de Emília e Tania. Os colegas de profissão e de fé, com os quais conversei amiúde acerca das idéias que tratei na tese: Edmundo, Gilton, Ivo e Stela. A vizinhança intelectual e cuiabana de Ludmila e de Plácido. E Joana e Edir, colegas de profissão e de instituição, dum tempo que me deixou saudades. As seguintes instituições, que proporcionaram as condições sine qua non: a
A pirataria fluvial no Rio Solimões no Amazonas
Revista Caribeña de Ciencias Sociales
Esse artigo visa discutir a vulnerabilidade do território a partir das ações dos piratas do rio Solimões no Amazonas no trecho entre Tefé e Coari, os dois maiores centros urbanos da região do Solimões no estado. A hipótese que orienta esse estudo alega que a pouca presença, a ineficiência ou mesmo a ausência de elementos espaciais na região, tais como: infraestruturas, instituições, empresas e pessoas, provocam a vulnerabilidade do território. Dessa maneira, repercussões sociais provocam impactos na circulação fluvial e no desenvolvimento regional via as ações dos piratas do rio Solimões. A metodologia utilizada se amparou no levantamento bibliográfico e no trabalho de campo com dados obtidos em instituições de segurança pública e gestão do território em Manaus, Tefé e Coari no Amazonas. Esse artigo permite o entendimento do uso marginal do território e de seus impactos ao desenvolvimento regional e à integração territorial em espaços periféricos brasileiros.
Foram analisadas amostras de solos provenientes de manchas de ‘terra-preta’ de dois sítios arqueológicos Guarani, o Sítio Arqueológico Escola Isolada Lagoa do Esteves (UTM 22s: 666.257E e 6.808.470S) e o Sítio Arqueológico Olho D’Água I (UTM 22s: 675.798E e 6.813.801S), ambos localizados na planície costeira do extremo sul do estado de Santa Catarina, Brasil. O objetivo foi estabelecer indicadores que possam ser utilizados na detecção de novos sítios arqueológicos, assim como auxiliar no entendimento do ambiente que os cerca. Foram consideradas como variáveis, o local e o material de origem das amostras. Foi aplicada análise de variância (ANOVA) em duas vias, seguida do teste Tukey, P<0,05. Os valores médios de P, K, Mg, soma de bases e, capacidade de troca catiônica, evidenciaram diferenças significativas para a variável local. Os teores médios do P, no Sítio Arqueológico Olho D’Água I, se mostraram mais elevados do que aqueles que se observa em solos agricultáveis, na ordem de nove vezes, o que sugere a possibilidade de utilização como indicador da ocorrência de solos antropogênicos.
Estudos Amazonicos Geraldo Andrello
Resumo: Este artigo trata da colonização do rio Negro, desde as primeiras notícias sobre a região e os povos indígenas que ali habitavam até as primeiras décadas do século XX. A leitura das fontes e da historiografia utilizada focaliza os efeitos das ações da Coroa portuguesa a partir do século XVIII, bem como da Província do Amazonas no século XIX, sobre as populações nativas. Conquistar ou consolidar fronteiras ao longo desse processo envolveu o estabelecimento de aldeamentos e criação de Diretorias de Índios, iniciativas que visavam a fixação da população e o controle de sua mão-deobra. Mas a inconstância da ação oficial e seus fracassos parecem ter favorecido a emergência do endividamento, como forma eficaz de engajamento da mão-de-obra indígena na economia extrativista da região e ao longo do ciclo da borracha, que perdura até as primeiras décadas do século XX. Ao final, são examinados os impactos desses processos na formação do mosaico de identidades indígenas que se verifica atualmente no médio e alto rio Negro.