O pós-humano na midiatização da saúde (original) (raw)

A midiatização da Saúde Digital na era do Pós-humano

A partir da abordagem da midiatização e do contexto conceitual do Pós-humanismo, inicia-se um estudo das narrativas jornalísticas digitais sobre o tema Saúde Digital (convergência das revoluções genética e tecnológica aplicadas à saúde) para responder à pergunta: Quais são as pautas sobre incorporação das novas tecnologias na Saúde divulgadas em veículos de comunicação tradicionais e especializados? As análises foram feitas a partir do levantamento de títulos sobre o tema Saúde Digital. É perceptível que os títulos jornalísticos representam o limiar entre o que é humano e o que é tecnologia, fortalecendo em alguns destaques o segundo em detrimento do primeiro, enfatizando a aplicação das novas tecnologias na área da saúde, alimentando um futuro ideal e ao mesmo tempo fantástico.

A saúde na pós-modernidade

Revista De Direito Sanitario, 2002

Este artigo pretende demonstrar a influência da pós-modemidade na saúde e suas conseqüências na proteção do direito à saúde.

Pós-humanismo na Máquina Anímica

Semiótica: desordem e incertezas.1 ed.São Paulo : Kazuá, 2018, v.1, p. 257-280. (http://www.editorakazua.net/academico/semiotica-desordem-e-incertezas-vol-1-de-alexandre-rocha-da-silva-regiane-m-de-o-nakagawa-lisete-dias-de-oliveira-orgs), 2018

O reposicionamento pós-humanista busca demonstrar como a co-presença evolucionária de outros seres — técnicos e animais — potencializa outras compreensões sobre o humano. Esse é o posicionamento base para a compreensão do anime japonês como uma máquina, tal qual se apresenta na teoria de Thomas Lamarre (2009) em conjunto às teorizações de Gilbert Simondon, Félix Guattari e Gilles Deleuze. Nesse artigo, iremos analisar três aspectos constitutivos da animação — intervalo, perspectiva e composição — na segunda animação Evangerion Shin Gekijōban: Ha da tetralogia Evangerion Shin Gekijōban (Rebuild of Evangelion). Nossa hipótese é demonstrar como a máquina anímica poderia permitir uma heterogênese pós-humana através da dobra comunicacional do intervalo anímico.

Midiatização das sociedades pós-industriais

Comunicação & Informação, 2021

Resumo: O objetivo deste trabalho é tecer uma reflexão teórica que contemple a compreensão da midiatização como um processo histórico resultante das transformações pós-industriais (VERÓN, 1997) e culturais (MATA, 1999) nas sociedades modernas. É intenção desta pesquisa suscitar uma discussão que permita compreender este fenômeno que envolve a mídia, a sociedade e os processos sociais como um agente transformador (HEPP, 2014) das interações, das relações com a mídia, do fazer midiático e instaurador de novas práticas e de uma lógica não-linear da produção de sentido em um contexto de multiplataformas, a partir da passagem da sociedade dos meios para a sociedade em midiatização (FAUSTO NETO, 2008).

O pós-humano interessa ao direito?

Revista de Direito Social, 2008

Getúlio Vargas (DIREITO GV). 1 Na seqüência, são listadas algumas características da pré-modernidade, da modernidade e da pósmodernidade. As características grifadas são as mais representativas na discussão sobre a póshumanidade e o direito para o presente ensaio. Características geralmente associadas à prémodernidade: irracional, arbítrio no uso do poder, metafísica, instintiva, mítica, confiança local, ameaça da natureza, feudalizante, desordem, amoral, sujeito passivo, homem oprimido pelas entidades metafísicas, disforme, grupal. Características geralmente associadas à modernidade: racional, limites à fruição da plena liberdade e plena propriedade, humana, explicativa, desmistificadora, confiança universal, sem ameaças, civilizador, ordem moral, sujeito otimista, emancipação humana com base na tecnologia, na ciência e na razão, homogêneo, individual. Características geralmente associadas à pós-modernidade: ruptura com a razão abstrata, desregulada ou tendente à contestação, (meta) humana, desconstrutiva, (trans) mítica, desconfiança, ameaça da ciência, caótico, desordem complexa, imoral, sujeito pessimista, aversão ao projeto da emancipação humana com base na tecnologia, na ciência e na razão, heterogêneo, plural.

O Pós-Humano É Agora: Uma Apresentação

Trabalhos em Linguística Aplicada

A chamada que trouxe a este dossiê os doze trabalhos aqui reunidos-vindos do Brasil, de Portugal, da Austrália e da Índia e oriundos não só dos estudos literários e da linguagem, mas também das áreas de comunicação social, educação, ciência política e antropologia-partia da constatação de que vivemos um ponto de inflexão nas ciências humanas e sociais: a falência da crença na excepcionalidade da espécie humana, que acarreta a fé do humanismo liberal na racionalidade e autodeterminação humanas como fundamento ético, estético e político da relação do homo sapiens com os seus outros "naturais" e "artificiais". A face mais evidente da relação entre pós-humanismo e Linguística Aplicada talvez seja, justamente, a ameaça à ideia de que a língua(gem) seja o fiel da balança do autojuízo que fazemos acerca do que somos, tema abordado nesta coletânea. Mas também interessa ao linguista aplicado interpretar, a seu modo, os sinais crescentes de esgotamento de todas as dicotomias sobre as quais fundamentamos, e pelas quais justificamos, a arrogância que nos tornou reféns de nossa própria insensatez, "cientificamente comprovada" pela nossa inscrição na historicidade do planeta, decretada como Antropoceno, e constantemente renovada pelo negacionismo de nossas faltas com uma natureza que nos cobra, materialmente, um compromisso ético que não somos capazes de estabelecer e talvez já não adiante intentar (LATOUR, 2015). Tudo isso pretendemos abarcar com o conceito de "pós-humano", sem que saibamos, assim como no caso dos outros "pós-" (moderno, social, colonial etc.), o que está por vir exatamente, se é que o que há agora já é, de fato, o pós do que aí estava e ainda não havíamos admitido. De um lado, uma biopolítica (FOUCAULT, 1978) que se ocupa não mais apenas da normalização, do controle, do ajustamento e da gestão da sexualidade, saúde, higiene, natalidade e alimentação, mas também dos potenciais biológicos, afetivos e comportamentais humanos registrados em textos que não podemos ler a olho nu, tais como sequências genômicas extraídas por amadores que se pretendem coautores de sua própria biologia, ou árvores probabilísticas que permitem às máquinas aprender a fazer, tão bem como nós, coisas que nós mesmos

O (não-)lugar do sujeito pós humano

Revista Linguasagem, 2022

O presente trabalho objetiva analisar a noção de subjetividade da linguagem tal como discutida na terceira aula do curso “Análise do Discurso Digital” disponibilizado pela plataforma da AbralinEAD em 2021. A comunicação cobriu questões sempre presentes sobre a suposta divisão entre off-line e on-line, indagando a noção de sujeito na Análise do Discurso e usando as discussões feitas para analisar novas formas de ciberativismo, destacando uma pesquisa sobre multibreagem no espaço virtual. Nesta resenha, focarei o debate na concepção de sujeito discutida pela ministrante, buscando, quando pertinente e possível, tecer argumentos sobre os conteúdos trabalhados. A fala conclui que o sujeito pós-humano existe no entremeio da enunciação e do enunciado, em um contexto multibreado em que o dualismo digital é uma crença que gera uma falsa separação entre sujeito e objeto.

Saúde digital: interseções entre a pesquisa científica e sua midiatização

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 2019

Este ensaio apresenta a relação entre as divulgações científicas e as jornalísticas sobre saúde digital, utilizando como base metodológica a midiatização e as textualidades midiáticas. Foi possível demonstrar a similaridade entre os produtos e serviços estudados/divulgados. Os temas em voga foram Internet das coisas, aplicativos, dispositivos vestíveis, Inteligência Artificial, Big Data e robótica. Enquanto nos artigos científicos são apontadas vantagens e desvantagens das aplicações tecnológicas, sendo mais críticos, na mídia especializada valorizam-se as vantagens.

O pós-humanismo

O outrora insuspeito antropocentrismo que embasou quase toda concepção humanista do último século não resistiu ao tempo intacto.