Reflexões sobre a abordagem macro e micro na História (original) (raw)
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Micro-história, macro-história: o que as variações de escala ajudam a pensar em um mundo globalizado
Revista Brasileira de Educação, 2010
Os cientistas sociais opõem atualmente a micro e a macro análise em termos de tópicos, desafios e estratégias da pesquisa. Nas décadas passadas, historiadores também debateram e compararam as vantagens da micro-história com versões diferentes da história do macro, a transnacional ou a global. Este ensaio sugere como alternativa colocar a atenção sobre a importância do princípio de variação das escalas da observação, em termos heurísticos e críticos. Esboça um modelo analítico que convida a pensar que é em todos os níveis, desde o mais local até o mais global, que os processos sócio-históricos são gravados. Só podem ser compreendidos, portanto, como resultantes de uma multiplicidade de determinações, projetos, obrigações, estratégias e táticas individuais e coletivas.
História local e micro história: encontros e desencontros
Anderson Romário Pereira Corrêa, 2012
O objetivo deste trabalho é identificar o que há de comum e o que há de diferente entre a História Local e a Micro-História. O termo História Local muitas vezes aparece na historiografia como sinônimo de História Regional. Percebe-se que a única diferença é no “recorte geográfico”, ou seja, na escala (Regional/local). Embora seja possível encontrar uma farta bibliografia sobre o assunto, essas abordagens historiográficas geram uma série de confusões. Este artigo foi elaborado para o encontro que teve por título “II jornada de Estudos Genealógicos; IV Seminário de História e Geografia e Encontro dos IHGs/RS” que aconteceu em Pelotas – RS, entre os dias 26, 27 e 28 de abril de 2012, promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas. Sabe-se que os Institutos Históricos e Geográficos trabalham com História Local/Regional – dessa forma, pretende-se contribuir no debate metodológico das práticas de pesquisa dos membros dos IHGs. Como citar: CORRÊA, Anderson R. Pereira. História Local e Micro-história: encontros e desencontros. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 01, p. 13-29, 2012.
Ofício de historiador: apontamentos sobre Micro-História e Espacialidade
Número 19, Julio-Diciembre, 2024
A Micro-História pode oferecer possibilidades de novas interpretações do mundo a partir da alteração das escalas de observação, discutidas em torno das lutas materiais e simbólicas. Nesse sentido, ela aponta para uma construção que foge de análises dualistas, polarizadas ou simplificadas, possibilitando, através de sua prática, perceber aspectos que em abordagens convencionais poderiam passar despercebidos. Nossa proposta é discutir as bases epistemológicas da escrita da história ancorada na Micro-História, buscando evidenciar alguns temas, tensões, aproximações e distanciamentos neste fazer historiográfico. Dentre os muitos temas, pretendemos enfa tizar a produção dos espaços de fronteiras em uma perspectiva microhistórica, discutindo as relações entre a Micro-História Translocal e a História Global.
Reflexões sobre o conceito de microprática
Revista Apotheke
Este artigo consiste em apresentar levantamento teórico e apontamentos metodológicos sobre o conceito de microprática, considerando o espaço de ensino e aprendizagem nas artes visuais e o estúdio de pintura como um laboratório. Considera-se em aproximação, conceitos sobre o termo microprática em áreas de conhecimento dispares e correlatas, porém, o adensamento teórico estudado destaca a significação do procedimento metodológico em relação a arte e arte educação, a pensar a microprática (pictórica) a partir da introdução de seu estabelecimento conceitual (teórico e prático) no contexto do Estúdio de Pintura Apotheke, que se configura como um Programa de Extensão Permanente vinculado, à Universidade do Estado de Santa Catarina e em crescente perspectiva com ações interdepartamentais, interinstitucionais e internacionais, que compõem redes de melhores práticas e ações. Em todas as aproximações destaca-se, com originalidade, o conceito com base na arte como experiência (Dewey, 1934).
Variações da Micro-história no Brasil: temas, abordagens e desafios
2019
Existiria somente uma maneira de utilizar o método da micro-história? Evidentemente, a micro-história tem uma matriz, uma origem, nascida das preocupações de três historiadores italianos – Giovanni Levi, Carlo Ginzburg e Edoardo Grendi – que se reuniram para organizar e difundir o método com a publicação de textos na revista Quaderni Storici, a partir da década de 1970. Porém, assim como as pessoas, ideias migram, se espalham, são objeto de debates e se adaptam. Desse modo, antes de ser um método “fora de lugar”, a micro-história foi um método “migrante” que serviu e vem servindo de inspiração para interpretar realidades diferentes daquelas de onde partiram as ideias originalmente.
Os micro campos da Didática da História
Resumo: Realizamos um estudo em 24 dissertações e 10 teses (2001 a 2009), na intenção de identificar o impacto da Teoria da História de Jörn Rüsen sobre as pesquisas brasileiras, em especial, as que versam diretamente sobre o ensino da história. Realizamos uma análise interna e externa às obras. Observamos as particularidades no trato da teoria, como também os movimentos externos que envolvem as pessoas em sociedade no processo de construção científica. Acreditamos contribuir no processo de instituição da área da Didática da História ao dar visibilidade aos trabalhos produzidos, grupos existentes, formas de abordagens da teoria rüseniana, estabelecer uma cronologia da produção, uma cartografia geográfica, como também indicar os possíveis micro-campos que estão se formando. Abstract: We studied twenty-four ensays (from 2001 until 2009), in an attempt to identify the impact of the Jörn Rüsen´s History teaching on Brazilian studies, in particular those that deal directly on the teaching of history. We conducted an internal and external analysis of the works. Observed the peculiarities in the treatment of the theory, as well as external movement involving people in society in the scientific construction process.We believe that can contribute to the process of institution in the field of didactics of history to give visibility to the work produced, to the existing groups, to the forms of approaches rüseniana´s theory, making a chronology of production, a geographic´s mapping, but also indicating the possible micro-camp that are forming.
A LITERATURA COMO POSSIBILIDADE PARA PENSAR A MICRO-HISTÓRIA NAS AULAS DE HISTÓRIA
Artigo, 2019
O presente artigo tem o objetivo de apresentar algumas reflexões acerca de uma perspectiva que entende a micro-história como campo de reflexão para professores de história no contexto do processo de ensino aprendizagem. Para tanto, elege-se a literatura como fonte para construção das análises e com objetivo de pontuar algumas questões entendidas como pertinentes para o ensino da História e para os desafios que se colocam para a comunidade escolar e a sociedade em geral. Optando por esse curso metodológico, as reflexões estarão debruçadas sobre a obra O Cortiço, do escritor brasileiro Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo.
Revolução cubana sob olhar macro e micro
Revolução cubana sob olhar macro e micro, 2022
Trabalho acadêmico que busca lançar o olhar no contexto macro e micro sobre a revolução cubana. Com o olhar macro, buscamos mostrar o contexto mundial no qual aconteceu a revolução cubana. No olhar micro, tratamos de forma sintética a revolução cubana dentro do contexto mundial da época.