Memórias interioranas: campo e cidade através do rádio numa comunidade ribeirinha amazônica (original) (raw)
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EM MEIO A CIDADE, OS REMANESCENTES DE UMA HISTÓRIA RURAL
O Município de Campinas conta na atualidade com boa parte de seu território rural preservado. Antigas fazendas e bairros rurais permanecem presentes no entorno da malha urbana, guardando testemunhos, práticas e tradições trazidas por populações que, no curso dos séculos XIX e XX, fixaram-se no município e região procedentes das mais variadas partes do mundo. Um passeio pelos distritos de Sousas e Joaquim Egídio (leste), pelos bairros rurais de Carlos Gomes (norte), Friburgo e Fogueteiro (sudoeste), ou ainda, pelo bairro rural de Pedra Branca (sudeste), é capaz de surpreender os viajantes mais exigentes ao revelar a permanência de saberes e fazeres centenários que deram forma a uma rica trajetória de produção, circulação e desenvolvimento cultural e tecnológico importante não apenas para o município, mas para o Estado de São Paulo e para o País.
Do campus ao campo: tecendo a manta da comunicação na memória do programa “momento rural”
Comunicações, 2018
Ramofly Bicalho i Edna chERias ii Resumo Este artigo é fruto das pesquisas realizadas no Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, numa estreita articulação com o desenvolvimento rural, a memória e comunicação, atrelada aos fatores políticos e sociais que influenciam a produção dos saberes. Tem como objetivo central apresentar reflexões acerca dos novos canais de comunicação e suas influências em contextos rurais no Estado de Pernambuco, resgatando a memória do vídeo: Programa Momento Rural. Privilegiamos a metodologia da História Oral e o desenvolvimento dos seguintes tópicos: tecendo a manta da comunicação com os teóricos; entrelaçando os fios da metodologia; fiando com resultados e discussões. Verificamos que nem todo homem do campo é um pequeno produtor, mas se articula de modo diferente com a dinâmica cultural urbana. PalavRas-chave: comunicação; mEmóRia; Educação agRícola.
Comunidades Ribeirinhas Amazônicas
Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science
O artigo analisa a dinâmica recente (2008/2014) do uso de recursos naturais pelas comunidades ribeirinhas localizadas em um vasto território da fronteira aberta ao longo do rio Arapiuns, no oeste do estado do Pará. A pesquisa foi feita por meio da aplicação de questionários semiestruturados com a população dessas localidades. Mapas de uso coletivo dos recursos naturais foram construídos para cada comunidade estudada, a partir dos múltiplos usos sociais dos recursos naturais. Como principais resultados, o estudo evidenciou que as dinâmicas socioambientais e territoriais das comunidades ribeirinhas foram fortemente alteradas desde o início das atividades de concessão florestal na região.
Histórias que o rio traz - reflexões sobre o enraizamento em uma comunidade ribeirinha da Amazônia
Agradeço, primeiramente, aos moradores da comunidade de Nazaré! Pela acolhida, sempre muito carinhosa, pelas longas conversas e paciência com as minhas perguntas. Ao meu orientador Bernardo, pelas incríveis orientações! Pela paciência e confiança que sempre demonstrou e por saber, com maestria, a hora de encorajar e a hora de cobrar! À Jaqueline e Betinho, por me receberem em sua casa durante minhas idas a Nazaré, com um amor de família que gosta de cuidar! Pelas comidas deliciosas, rizadas, conversas até tarde e a incrível ajuda na organização das entrevistas deste trabalho! Espero poder recebe-los aqui em casa! Ao Anauá, pela amizade de anos, pela confiança com sua história, pelos momentos preciosos junto de sua família e pelas longas conversas, que foram a minha maior inspiração para começar este trabalho! A você, meu amigo, eu agradeço por me mostrar a magia dessa terra chamada Nazaré! Ao Timaia, por me ensinar os caminhos da luta política! Por me ensinar em conversas o que por anos eu tentei aprender nos bancos da escola! Eu admiro seu trabalho imensamente e agradeço a oportunidade de ter me aproximado dele, de sua música e incrível talento. Ao Seu Zé Ferreira, pelas músicas e poesias, que só de lembrar fazem lágrimas correr em meu rosto! As conversas com o senhor me fazem ter mais e mais saudade de Nazaré. Sua varanda é, sem dúvidas, um dos meus lugares favoritos. Ao Professor Artêmis, Pela paciência com as minhas perguntas na beira do igarapé! Por compartilhar de maneira tão envolvente a história de sua comunidade e por me fazer me sentir acolhida para voltar! À Dona Vêna, Seu Pantoja, Jeferson, Professor Raimundo, Seu Vijico, Seu Manduca, Dona Margô e Seu Getúlio obrigada pelas ricas contribuições durantes as longas conversas! À Vá, Neto, Lucila, Rodrigo, Roda e Cris, por me inspirarem diariamente, por alguns dos momentos mais importantes que eu tive na Amazônia e por me ensinarem muito do que eu sei hoje! Ter vocês por perto, mesmo que tão distantes geograficamente, faz toda a diferença em minha vida! Agradeço, sobretudo, pela preciosa amizade, que também se dá na luta política por uma sociedade mais justa. E mais uma vez ao Neto, pela leitura crítica e detalhada deste trabalho! Não tenho palavras para te agradecer! Ao Catatau, pela necessária e importante ajuda inicial! Espero poder retribuí-la! Ao Zeca, Miriam Rosa, Renato Luz, Tiago Marin e Galeão, pelas riquíssimas contribuições durante todos este trabalho. Nossas conversas sempre fizeram toda a diferença durante o percurso. ! X""! À Solange e ao Pablo, pelas aulas maravilhosas, importantes supervisões, por serem dois dos psicólogos que eu me inspiro diariamente e, principalmente, pela amizade! Ao Christoph, pelas conversas que varam as noites, que me fazem rir e que me mostram que companheirismo é tão importante quanto amor! Aos meus pais, Rosa e Carlos, pelo apoio em minha educação e vida. Sem a ajuda de vocês em muitos dos mais importantes momentos este trabalho não teria sido possível! Agradeço, principalmente, por acreditarem em meus sonhos. À minha irmã, Dani, pela parceria de sempre! Pelos conselhos de irmã mais velha e pela sabedoria que não cabe em palavras. À minha sobrinha, Maria Julia, por me ensinar que amor vem em um sorriso delicado e em um olhar de confiança! Por abrir portas que só você poderia abrir!
Brincadeiras em uma comunidade ribeirinha amazônica
Revista Psicologia Teoria E Pratica, 2012
Resumo: A pesquisa objetivou descrever as brincadeiras em uma comunidade amazônica, relacionando-as ao contexto ribeirinho e ao seu modo de vida. Utilizaram-se como instrumentos o inventário sociodemográfico e o espontâneo de brincadeiras, a observação naturalística e notas de campo. Participaram da pesquisa 22 famílias, sendo 125 moradores, 66 crianças/adolescentes e 59 adultos. Inicialmente, caracterizou-se a comunidade, identificando os espaços físicos utilizados para brincadeiras, vinculados aos contextos sociais mais amplos. Verificou-se que as brincadeiras expressavam uma cultura tipicamente ribeirinha, influenciadas pela fauna e flora, representando temas domésticos e aspectos ligados ao meio de subsistência. Apesar de a barreira imposta pela floresta e pelo rio limitar o contato entre pares e priorizar as interações no contexto familiar, a cultura infantil apresenta-se ativa, criando estratégias de encontros sociais, como no caso do espaço escolar e do campo de futebol. Conclui-se que a cultura ribeirinha, aliada aos contextos tipicamente amazônicos, propicia modos de brincar diferenciados e específicos.
Nova Redenção: uma ruralidade amazônica
Novos Cadernos NAEA, 2011
No decorrer das últimas três décadas o crescimento do setor agrário brasileiro trouxe consigo variações para o modo de vida rural do país. Na Amazônia, esse movimento de transformação encontra-se em processo acelerado e vem produzindo impactos e modificando o cotidiano das populações rurais da região. Compreendendo a ruralidade como um valor social, este artigo descreve Nova Redenção, localidade típica do nordeste paraense, e parte do cotidiano agrícola de seus moradores, caracterizando ainda o objeto de estudo a partir do debate sobre a produção agrícola familiar e seu futuro nas sociedades industriais.
A comunicação ignorada: o mundo do rádio numa cidade do norte do Paraná
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2007
O artigo busca traçar um quadro geral da presente situação do rádio na cidade de Maringá, enfatizando as características do veículo e seu maior ou menor aproveitamento dentro dos modelos utilizados. Nesse sentido, tenta-se demonstrar que, não obstante sua enorme presença, popularidade e do fato de ser um dos únicos e mais eficazes meios de acesso ao mundo exterior por grande parte da população, o veiculo permanece sendo, tanto em função das políticas que regulam o setor quanto da forma como são administradas as emissoras, um meio praticamente desconhecido e sub-utilizado na imensa maioria dos casos. Palavras-chave: Rádio. Comunicação de massa. Sociabilidade.
Porque o rádio tem história: reflexões históricas sobre o rádio no antigo Norte Goiano (1940 -1970)
Revista de História da UEG (ISSN 2316-4379), 2019
Os estudos voltados para a história da radiofonia brasileira consideram que o aparelho de rádio era um companheiro diário da população para todas as horas em inúmeras situações. Os diferentes usos desse veículo de comunicação geraram desde projetos de integração nacional até novos tipos de contatos com gostos, práticas e costumes advindos do exterior. Nesse artigo, pretendemos enveredar em parte dessa história do rádio através dos rastros deixados pela região norte goiana de outrora, estado do Tocantins de agora. Nesse sentido, refletimos também sobre os procedimentos teórico-metodológicos em torno dos desafios de narrar e construir uma história radiofônica, dada as dificuldades, limitações e escassez de fontes inerentes a tal experiência. A proposta visa tecer reflexões a respeito do rádio como instrumento da, na e para a sociedade, com linguagem e estética inseridas num contexto histórico favorável ao uso pelos nortenses. O norte de Goiás de então, apresentado muitas vezes como um lugar de atraso, aparece nessa trama, a partir do rádio, noutro tipo de relação pautada, sobretudo, na sintonia com outros espaços ditos modernos.
Narrativas e Memórias de uma Área Rural
Revista Territórios e Fronteiras, 2011
Este artigo apresenta algumas abordagens sobre memória e patrimônio a partir do cotidiano e da gastronomia da Estrada Bonita, distrito de Pirabeiraba, em Joinville/SC. Cabe mencionar que as entrevistas analisadas foram aplicadas com o Grupo deDesenvolvimento da Mulher Rural, coordenado pela Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho, e com as produtoras que fazem parte do roteiro turístico da Estrada Bonita.
Reprodução Social Camponesa Em Uma Comunidade Amazônica
Revista Mutirõ. Folhetim de Geografias Agrárias do Sul
A reprodução social camponesa se constitui no universo da subordinação da terra ao capital, representando um paradoxo que é próprio do capitalismo. Inúmeras são as estratégias dessa reprodução, entre elas, a família, o trabalho e a religiosidade, características que, no decorrer deste trabalho, foram identificadas na comunidade do Cravo, localizada no Nordeste paraense, uma região marcada por conflitos em função do avanço do agronegócio do dendê. Assim, a partir deste recorte espacial, buscamos discutir como o campesinato se reproduz na Amazônia, frisando a importância da terra e do território e, quais as especificidades que carrega consigo.