Maria João Neto, Marize Malta (Coords.) Coleções de Arte em Portugal e Brasil Nos Séculos XIX e XX - Coleções em Exílio (original) (raw)

Maria João Neto, Marize Malta (Coords.) Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX E XX - Perfis e Trânsitos

2014

As obras de arte e os artefactos são coisas que transitam, navegam, compõem coleções, domesticam-se, acomodam-se e, com frequência, retomam movimentos e empreendem novas rotas. Essa natureza tanto errante quanto seden-tária das coisas promoveu, ao longo da era moderna e contemporânea, um importante cruzamento de fronteiras, convivências com a alteridade e relevante promoção de transculturações por meio da prática colecionística, apre-sentando este livro um conjunto de exemplos relevantes de reconhecidos elos e intercâmbios artísticos entre Portugal e o Brasil no domínio das coleções de arte.

Clara Moura Soares (2016), "A Coleção de arte do Conde do Ameal: o leilão de 1921 e as aquisições do Estado Português para os Museus Nacionais" in Coleções de Arte em Portugal e no Brasil nos séculos XIX e XX. Modos de ver e exibir em Brasil e Portugal, Rio de Janeiro, Rio Books, pp. 89-105

Histórias da Arte em Coleções: Modos de ver e exibir em Brasil e Portugal : Rio Book's -1a. Edição 2016 222p. Formato 16 x 23 cm ISBN 978-85-94970-07-7 ORGANIZADORES MARIZE MALTA | MARIA JOÃO NETO | ANA CAVALCANTI EMERSON DIONISIO DE OLIVEIRA | MARIA DE FÁTIMA MORETHY COUTO Resumo: O político conimbricense João Maria Correia Aires de Campos (1847-1920), que viria a ser o 1º Conde do Ameal (1901), foi detentor de uma das mais importantes coleções privadas de arte do país, sobretudo de pinturas, porcelanas e faianças, nacionais e estrangeiras. Boa parte das obras que reuniu ao longo da vida foi leiloada em 1921, um ano após a sua morte. Esse evento deu lugar à dispersão da coleção, mas, também, criou oportunidades para que alguns museus portugueses pudessem ver enriquecidos os seus acervos. Quem foi Aires de Campos? Como constituiu a sua coleção? Quais os seus gostos artísticos? Que relações estabeleceu com os mercados de arte nacional e internacional? Em que circunstâncias e de que modo se processou o leilão Ameal? São questões para as quais procuraremos dar resposta ao longo do trabalho que a seguir apresentamos.

João Abel Manta: A obra gráfica feita em exílio. Uma Coleção Revisitada

COLEÇÕES DE ARTE EM PORTUGAL E BRASIL NOS SÉCULOS XIX E XX COLEÇÕES EM EXÍLIO , 2018

Após o 25 de Abril, João Abel Manta consegue finalmente autorização para se estabelecer temporariamente em Londres, a fim de produzir e mostrar o seu trabalho. Expõe trabalhos inéditos e inicia as Caricaturas Portuguesas (…), renovando a sua obra em ‘exílio’.

IV Colóquio Internacional Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX: arte e seus lugares - coleções em espaços reais

Entre o vestígio, o rastro e a cicatriz: a construção da imagem das obras sobreviventes, 2017

No acervo iconográfico do MAM-RJ, identificamos algumas fotografias que representam um dos momentos pós-incêndio: uma sala do Bloco Escola reservada ao recolhimento das obras sobreviventes ao incêndio. Aritgo apresentado no VIII Seminário do Museu D. João VI IV Colóquio Internacional Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX - organizado pelo Grupo de pesquisa ENTRESSÉCULOS: Programa de Pós Graduação em Artes Visuais/ Escola de Belas Artes/ Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Artes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e ARTIS - Instituto de História da Arte/ Faculdade de Letras/ Universidade Lisboa.

Histórias da arte em coleções. Modos de ver exibir em Brasil e Portugal

Histórias da arte em coleções. Modos de ver e exibir em Brasil e Portugal, 2016

Resumo: O conjunto de pintura da Idade Moderna que procede de antigas coleções oitocentistas europeias, desde o acervo régio de D. João VI, aos fundos das coleções Figié e Ferreira das Neves, é muito significativo em número de espécimes e assaz destacado em importância artística. Além de um impressionante Rosto de Cristo ainda do século XV e da autoria de Fernando Gallego, famoso pintor de Salamanca, avultam algumas pinturas do século XVI português, que são de qualidade primeiríssima e que aqui se analisam. Apesar de já referenciado, em parte, pelos estudos de Marize Malta e Sónia Gomes Pereira, esse conjunto de peças justifica um olhar demorado e uma série de acertos em termos de filiação estilística e autoral. Cumpre destacar e agradecer toda a informação e facilidades de estudo recebida da parte das referidas colegas, historiadoras de arte e professoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a propósito dessas coleções de arte guardadas no Museu D. João VI da Escola de Belas Artes da UFRJ.

Coletivos de arte no Brasil

Seminário América Latina, 2015

A redescoberta do situacionismo no mundo e em particular no Brasil deu-se com os episódios das manifestações contra a economia neoliberal e a marcha funesta da globalização no final dos anos da década de 1990. Em meio a esse processo perverso de exclusão social no capitalismo tardio, jovens do mundo inteiro passaram a organizar formas de combate e de resistência às contradições criadas pelas políticas de Estado policial e de perdas de direitos civis. Em termos táticos, esses jovens criaram veículos alternativos para informação e se beneficiaram da internet como ferramenta de debate e de mobilização. Tratava-se de recorrer a novos instrumentos de combate e nas artes isso significou o surgimento de coletivos artísticos. Esses coletivos, além de fazer a crítica da produção de arte como produção exclusivamente individualizada, iam para além disso e negavam o estatuto de definição tradicional das artes visuais para se assumirem como agentes combativos no plano político e cultural.

Clara Moura Soares (2016), "Desafios e problemas à salvaguarda do património artístico no contexto da Lei da Separação de 1911: da musealização à destruição", in PATRIMA , Congresso Ibero-Americano “Património, suas matérias e imatérias”, Lisboa, LNEC - Coleção: Reuniões Nacionais e Internacionais.

A promulgação da Lei da Separação constituiu um marco incontornável da história da República, com efeitos decisivos nos destinos do Património da Nação. Depois da extinção das Ordens Religiosas, que tinha determinado a passagem para a tutela do Estado de milhares de bens pertencentes ao clero regular, a lei republicana, decretada por Afonso Costa, representava um novo golpe no património eclesiástico, desta vez abrangendo o clero secular que havia ficado de fora dos efeitos do decreto liberal de 30 de maio de 1834. Neste estudo, alguns casos selecionados permitem-nos documentar as consequências que a Lei da Separação teve sobre o património religioso, que oscilaram entre a musealização e a salvaguarda, passando pela venda, extravio e até pela destruição. O cabal entendimento dos diversos mecanismos de gestão patrimonial desenvolvidos e das opções tomadas, depende, porém, do seu devido enquadramento nos projetos de reorganização dos serviços artísticos e das políticas patrimoniais e museológicas fomentadas durante a I República Palavras-chave: I República; Património Histórico-Artístico; Igreja Católica; Salvaguarda; Alienações.