A INFLUÊNCIA DA AL-QAEDA NO ESTADO ISLÂMICO NO CENÁRIO DA GUERRA NA SÍRIA (original) (raw)
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DE TERRORISMO CONVENCIONAL AO CIBERTERRORISMO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O PAPEL DA AL-QAEDA
Resumo O escopo deste artigo é analisar a questão de terrorismo internacional, sua estrutura interna e externa, no concreto, a crescente transformação de terrorismo convencional em ciberterrorismo, onde o uso da ciência e das tecnologias modernas definem-se como as principais armas do terror. Assim, nesta perspectiva, tomámos por base de trabalho o papel da Al-Qaeda, um dos mais " famigerados " grupos terroristas fundado pelo activista suadita Osama bin Laden. Abstract: The main objective of this article is to analyse the international terrorism, his internal and external structure, this mutations from a conventional terrorist group to a cyber terrorism, where the modern and new technologies will be used in terror weapons. In this observation we use for our working paper, the Al-Qaeda targets and activities, one of the most dangerous terrorist group, created by Osama bin Laden. A presente reflexão está dividida em quatro componentes centrais, cada uma delas tratando de um assunto específico, todas intrinsecamente ligadas ao terrorismo. Na primeira componente discute-se a problemática do conceito de terrorismo, que abrange desde os seus primórdios com relatos bíblicos, até os dias de hoje, com o surgimento de ciberterrorismo; na segunda aborda os diferentes tipos de terrorismo (são examinadas separadamente as categorias e os grupos de terrorismo); na terceira componente abarca o papel da Al-Qaeda (sua génese, organização e prováveis causas que estão por detrás da sua existência, são elencados alguns ataques terroristas perpetrados pelo grupo) e, por último, o ciberterrorismo ou ciberguerra (o uso das novas tecnologias de informação e comunicação como meios de terror). Os principais objectivos sobre este tema a que nos propomos responder serão a pergunta: O que é terrorismo? Qual o papel da
A INFLUÊNCIA DO LOBBY DE ISRAEL NO PROCESSO DECISÓRIO ESTADUNIDENSE E O PROGRAMA NUCLEAR IRANIANO
O presente artigo pretende discutir a influência do chamado lobby israelense dentro das instituições estadunidenses, particularmente o Congresso, e sua importância na construção da política externa dos Estados Unidos, avaliando particularmente o caso específico do acordo nuclear que tem sido negociado entre 2013 e 2015 pelo P-5+1 e pelo governo do Irã. Pretende-se testar a hipótese de que o lobby israelense tem tido papel importante na constituição da posição tomada pelos Estados Unidos na questão iraniana, uma vez que encontra amparo sobretudo no Congresso daquele país. Dessa forma, faz-se, primeiramente, uma breve descrição de como se dá o lobby israelense frente às instituições norte-americanas, a forma de atuação do mesmo e um resumo histórico exemplificando sua importância em assuntos de segurança internacional relacionadas ao Oriente Médio. Em seguida, realiza-se um mapeamento da açãoo do lobby especificamente no caso do referido acordo nuclear. Esse artigo se baseia em uma pesquisa classificada como qualitativa e é orientado por fontes primárias e secundárias. A pesquisa também possui caráter exploratório, pois pretende demonstrar por meio de ferramentas metodológicas específicas, como a influência do lobby israelense pode mobilizar as instâncias formais do processo decisório a fim de balizar ações da política externa norte-americana de acordo com o seu interesse de grupo.
ESTADO ISLÂMICO E A ESPETACULARIZAÇÃO DO TERRORISMO
Este artigo analisa o uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) pelo Estado Islâmico (EI) como elementos da espetacularização do terrorismo. Parte-se do pressuposto que problemas ocasionados por um governo sem governança no Iraque e na Síria proporcionaram condições ideais para o fortalecimento do EI. Os resultados apontam para dois aspectos relativos a um novo paradigma no uso dos meios de comunicação: o primeiro é a amálgama entre a beligerância e uso das TICs para consolidar a governança do EI, o segundo se refere à existência de uma arena virtual como espaço de confrontos ideológicos e de poder entre grupos terroristas e governos. This article analyses the use of information and communication technologies (ICT) by the Islamic State (IE) as features of the spectacularisation of the terrorism. It is assumed that problems resulting from a government without governance in Iraq and Syria provided optimum conditions for IE's strengthening. The results indicate two aspects of a new paradigm for the use of media; the first is an amalgam between belligerency and the use of ICT to consolidate IE governance, the second refers to the use of a virtual arena as a setting for ideological and power struggles between terrorist groups and nation-States.
Ibn Khaldun desempenhou, na segunda metade do século XIV, um papel importante e variado na História. Sua família -originária do Magreb -viveu em Sevilha após a Espanha ter sido conquistada pelos árabes. Com a expansão dos reinos cristãos para o Sul da Espanha, retornou para Túnis com sua família. Recebeu educação esmerada referente à sua época, com sábios que ensinavam nas mesquitas, nas escolas de Túnis e com aqueles que visitavam a cidade, continuando seus estudos durante toda sua vida adulta, falecendo no Cairo, em 1406. Seu conhecimento de jurisprudência fez com que prestasse serviço para os governantes de Túnis e outros soberanos do Magreb. Sendo Ibn Khaldun, portanto, filho de um legado Al-Andalus forte e intenso. A História muçulmana era gênero literário e motivo de críticas para Ibn Khaldun. O Islã é, portanto, a base na qual se funda a civilização árabe ordenando-se ao redor de tal "fenômeno" que dita a conduta das pessoas e da comunidade. As preocupações religiosas ocupavam grande espaço no pensamento histórico-árabe até o período em que ele viveu. Era, portanto, parte das "ciências do Alcorão" baseadas e fundadas na Revelação e na Tradição, como, por exemplo, o fiqh (jurisprudência religiosa), a gramática, a retórica, etc. Sendo o fiqh a linha de conduta e pensamento de nosso autor, a qual se baseia nos princípiosleis e preceitos morais -e processos de interpretação do Alcorão. "O Islã é uma religião e um modo de vida. A civilização muçulmana foi fruto da forma muito particular como os árabes e, posteriormente, os povos por eles conquistados e islamizados, elaboraram e moldaram, a partir de seus próprios valores, a herança greco-romana e o legado de outras culturas" (BISSIO, 2008, p. 14). A fé em um Deus único -Allahe em suas Revelações é o que une a Ummah (sociedade muçulmana), fundada por Maomé. O muçulmano no Medievo percebia os domínios do Islã como uma unidade, via-se como a civilização. A característica da Ummah baseia-se na noção de pertencimento e transcende o plano religioso fazendo ser impossível a dissociação do poder religioso do poder temporal diante dos olhos dos muçulmanos.
Resumo: O autoproclamado Estado Islâmico recentemente ganhou especial atenção da comunidade internacional, tanto por conta da extrema violência empregada em suas práticas de conquista, quanto por seu rápido avanço sobre territórios do Iraque e da Síria. O Estado islâmico, diferente de outros grupos rebeldes da Síria, não tem como objetivo a derrubada do governo sírio, ou a expulsão de ocidentais de seus territórios, mas a reconstrução do califado original, com uma roupagem moderna. Utilizando as redes sociais como principal ferramenta de alistamento, o grupo recebeu mais de 12 mil combatentes de 80 países. A propaganda do grupo consiste em demonstrar força, poder e organização, principalmente por vídeos mostrando ações violentas e bárbaras. Mas o grupo também entende não ser possível a criação do Califado moderno somente com atos de violência, e então passou a buscar a aceitação da população dominada. Apesar de a terminologia adotada pelo grupo sugerir soberania, o autodeclarado Estado Islâmico não é reconhecido como soberano por nenhum integrante da comunidade internacional. Pelo contrário: o grupo é uma ameaça constante tanto aos países ocidentais, como Estados Unidos e grupo de coalizão, quanto à Rússia. A partir de 2014, por ocupar enclaves territoriais em dois países, diversos chefes de Estado passaram a mencionar " guerra " ao grupo armado. A palavra " guerra " remete a conflitos internacionais, e a Convenção de Genebra define os conflitos internacionais como conflitos armados entre dois Estados soberanos. Por se caracterizar como um ator não estatal, o conflito envolvendo o Estado Islâmico se trata de um conflito não internacional, e, portanto, são aplicáveis específicas normas de Direito Internacional Humanitário, em detrimento de outras. Por exemplo, membros do Estado Islâmico perdem a proteção garantida aos civis, mas estes não possuem o privilégio garantido a combatentes legítimos. Portanto, considerando a crescente ameaça que os atores não estatais estão representando ao mundo ocidental secularizado, este artigo tem como objetivo debater a ascensão do autoproclamado Estado Islâmico, bem como as normas aplicáveis ao conflito em que se encontra envolvido. Ainda, busca fomentar o desenvolvimento da pesquisa acadêmica em relação ao dilema da legitimidade do uso de força por Estados ameaçados contra atores não estatais, sob o argumento de autodefesa extraterritorial, assunto controvertido e, até então, sem resposta definitiva. Palavras-chave: Estado Islâmico, Direito Internacional Humanitário, Conflitos Armados Não Internacionais, Conflitos no Oriente Médio.
Alcácer do Sal durante o período muçulmano (IX-XIII)
Debates de Arqueología Medieval, nº 6, 2016
LEITÃO, Marta Isabel Caetano (2016) – “Alcácer do Sal durante o período muçulmano (IX-XIII)”. Debates de Arqueología Medieval, nº 6. Granada, pp. 209-234. I.S.S.N.: 2174-8934.
O ESTUPRO DAS MULHERES YAZIDIS COMO ARMA DE GUERRA DO ESTADO ISLÂMICO
Este artigo buscou entender a utilização do estupro como arma de guerra, mais especificamente no contexto da guerra travada pelo Estado Islâmico do Iraque a da Síria, no período de 2014 a 2017. Várias formas de violências, sobretudo aquela praticada por meio da conjunção carnal com mulheres, sem o seu consentimento, foram e continuam sendo praticadas contra as mulheres e meninas da minoria étnico-religiosa Yazidi. A pesquisa procurou desenvolver as análises a partir da teoria da violência de gênero, uma vez que se trata de um trabalho que busca entender os significados que constituem a dominação do homem sobre o corpo feminino e a multiplicação deste em contexto de guerra. Foram utilizadas como fontes notícias online dos jornais The Independent e The Guardian e os relatórios das ONGs Amnesty International, Human Rights Watch e a Global Justice Center. Entendemos que o estupro neste caso, é utilizado como estratégia de extermínio e, ao mesmo tempo, funciona como uma forma de propaganda para atrair combatentes e seguidores.
2016
Este artigo aborda a perseguição aos cristãos no Iraque durante a intervenção militar estadunidense entre 2003 e 2011 e a responsabilidade internacional dos EUA, expondo as causas do aumento da perseguição aos cristãos iraquianos em virtude da intervenção e a responsabilidade do governo estadunidense por esta situação. Como referencial teórico, usa os conceitos de ordem e justiça na sociedade internacional da Escola Inglesa, sugerindo aos EUA, por fim, algumas medidas a serem tomadas por eles para reparar o dano causado aos cristãos do Iraque.
Relação da Al Qaeda com o Estado Islâmico
Objetivos estratégicos da Al Qaeda, traçados em plano denominado "Plano-Mestre", a serem implementados em duas décadas, e o aproveitamento desse plano pelo Estado Islâmico.
“ESTADO ISLÂMICO”: PERCURSO E ALCANCE UM ANO DEPOIS DA AUTO-PROCLAMAÇÃO DO “CALIFADO”
Em 29 de Junho de 2014, o ISIS/ISIL ou Daesh anunciou a alteração da sua designação para somente “Estado Islâmico” (IS), proclamou-se “Califado” e nomeou o seu líder Abu Bakr al-Baghdadi como “Califa Ibrahim”. Cerca de um ano depois, este artigo pretender avaliar o percurso e o alcance desta entidade jihadista territorial. Começaremos por contextualizar aquela auto-proclamação em termos de ideologia e objectivos para, depois, descrevermos como o IS se tem procurado consolidar enquanto “Estado” de facto e os efeitos trágicos da sua política de terror. A última parte é essencialmente dedicada à expansão internacional do IS, analisando o alcance na atracção de “combatentes estrangeiros”, os novos wilayats criados fora da Síria e do Iraque, os grupos locais entretanto afiliados ou as actividades do IS no ciberespaço.