"Serynade" e o mundo sonoro de Helmut Lachenmann. (original) (raw)

Platão e o mundo sonoro

Revista Hypnos

Resumo: O texto visa estabelecer algumas relações entre os conceitos de música e filosofia em Platão. Para tal, o conto Dans un monde sonore, de Victor Segalen será utilizado como metáfora desses conceitos. Pretendemos analisar que , para o filósofo, tanto a música como a filosofia envolvem necessariamente os atos de ouvir e pensar, de modo que a escuta exercita-se em meio a discursos de toda sorte havendo seleção de palavras que incitam mais ao pensamento do que propriamente à fala. Palavras-chave: Platão, música, filosofia, Victor Segalen.

Lucinde, o “sinfilosofar” da literatura

2019

Este trabalho pretende estudar a expressão poética e filosófica existente no romance Lucinde(1799), de Friedrich Schlegel (1772-1829). Crítico e pensador deste período, Schlegel concretizanesta obra, através da linguagem e da forma, os ideais do Primeiro Romantismo (Frühromantik).Tendo como base o idealismo subjetivo da filosofia de Johann Gottlieb Fichte, ele desenvolve umconceito que chama de "poesia progressiva universal". A produção dos pensadores do Frühromantikgirou em torno principalmente de ensaios filosóficos, da história da literatura e da crítica literária e oromance de Schlegel compreende a infinitude dessas questões. Lucinde está muito distante de ser umromance de entretenimento: trata-se de um projeto romântico. Filosofia, crítica literária e história daliteratura em forma de arte

A Música, O Som e O Silêncio Na Corporeidade

2019

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Música Concreta Instrumental e Colonialidade do Saber: Helmut Lachenmann, FlausIno Valle e o Viés Euronormativo das Genealogias da Nova Música

Anais da II Conferência Nacional do Encontro de Cordas Flausino Valle: ensino coletivo, pedagogia e performance, 05 a 12 de setembro, 2020

Neste trabalho, pretendemos expor o eurocentrismo implícito incorporado em narrativas de experimentação artística e música de vanguarda. Mais especificamente, questionamos o ineditismo da formulação da Música Concreta Instrumental proposta por Helmut Lachenmann no final da década de 1960: fazemos isso servindo-nos de materiais heterogêneos coletados no decorrer dos nossos estudos sobre o trabalho de Flausino Valle. Ativo no interior de Minas Gerais e na capital Belo Horizonte na primeira metade do século XX, Valle realizou pesquisas sobre técnicas estendidas para instrumentos de cordas que podem ser descritas como antecessoras das descobertas de Lachenmann. Longe de alegar que Lachenmann “plagiou” Valle, focamos no impressionante contraste entre a alta visibilidade da revolução estética de Lachenmann e a baixa visibilidade do trabalho inovador de Valle. Com base em alguns autores do giro decolonial (Mignolo, Quijano, Dussel, Grosfoguel), situamos nossa discussão sobre as assimetrias entre os legados dos dois compositores na denúncia geral do eurocentrismo como legado fundamental da colonialidade. Nesse contexto, o desequilíbrio entre os respectivos lugares de fala dos dois compositores, a saber, a Europa ocidental e a periferia do Brasil, determina a lacuna notável entre os impactos de suas respectivas obras. Concluímos desmascarando a suposta universalidade na qual se baseiam as narrativas sobre “Nova Música” (no sentido mais darmstadtiano da expressão): de fato, essa universalidade é apenas a imposição em escala global de uma subjetividade eurocêntrica entrincheirada e pretensiosa.

O Uso das Técnicas Estendidas e o Conceito de Instrumento Musical em Helmut Lachenmann

2018

A obra do compositor alemao Helmut Lachenmann caracteriza-se pelo uso consistente e especulativo das tecnicas instrumentais estendidas. Sua poetica musical se desenvolve assim em um discurso que, negando os principios organizacionais baseados na altura definida, propoe procedimentos de organizacao fundamentados nas caracteristicas das sonoridades e seus aspectos tecnico instrumentais. Em paralelo a sua producao composicional, Lachenmann propoe um corpo teorico no qual discute questoes esteticas, tecnicas e praticas que norteiam seus processos de composicao. Neste artigo abordamos alguns conceitos propostos pelo compositor que estao diretamente relacionados a criacao e formalizacao de novos metodos e procedimentos de organizacao composicional. O objetivo e assim identificar ferramentas e tecnicas de manipulacao e organizacao de material sonoro que possam ser utilizadas tanto em analises de obras do compositor quanto em processos composicionais autorais. A metodologia utilizada consis...

Sonata para pulsões (sobre "A máquina lírica", de Herberto Helder)

Revista Literatura em Debate – Narrativa Portuguesa do Século XXI. v. 11, nº 20, jan/jun 2017, p.100-114. ISSN 1982-5625 (Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Letras URI, Frederico Westphalen/RS – Brasil), 2017

O artigo propõe uma análise do momento fundador da trajetória poética do eu lírico em A máquina lírica, do poeta português Herberto Helder. A abertura da sequência de poemas propõe a morte da mãe como o corte tético fundador da sensibilidade poética. A partir da concepção de Julia Kristeva para o poético, percebe-se o ressurgimento do semiótico no simbólico e a economia de pulsões na obra de Helder.

Compreensão do Calçadão de Londrina, Paraná, a partir de experiências sonoras

Os outros, nós somos... NEEER 2006-2016, 2017

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Surdo - O Mundo que Ninguém Ouve

2017

a.Faculdades Integradas Campos Salles-FICS. b.Faculdade ENIAC. c.FATEC São Caetano do Sul. d.Instituto Mauá de Tecnologia. e.Faculdade Anchieta. Resumo A proposta da pesquisa sobre o surdo, consiste em compreender o luto e a superação do problema no processo de adaptação tanto da família ao fato, quanto da criança ao sistema de comunicação de sinais-LIBRAS. Os surdos são indivíduos que não escutam os sons, utilizam uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala. Este grupo desenvolveu uma cultura característica composta por sinais, criaram um mundo especial utilizando uma comunicação por meio de gestos-LIBRAS, diferente da tradicional oral/auditiva. É um mundo cercado de luz, cores, movimento, expressões de tristeza e alegria e utilizam tudo que se pode captar com os olhos. O impacto de uma imagem para aquele que não ouve é muito maior e causa maior impacto do que no ouvinte. A comunicação com a pessoa surda deve ser cuidadosa e atenta, em função da sua grande capacidade de captação de sinais, seja criança ou adulto. Para os ouvintes ser surdo é apenas não ouvir, pois não alcançam a extensão do que significa não ouvir. Entre todos os tipos de deficiência, na infância, a surdez é a que causa mais situações confusas e controversas.