AS TEORIAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: UM BALANÇO DO DEBATE*pesquisadora do Cebrap Referências bibliográficas (original) (raw)
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AS TEORIAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: UM BALANÇO DO DEBATE
As lágrimas de Jesse Jackson no anúncio da eleição de Barack Obama parecem encerrar o ciclo das grandes mobilizações urbanas da segunda metade do século XX. Movimentos sociais, como o pelos direitos civis, de que Jackson foi parte, o feminista e o ambientalista lograram inscrever demandas suas na agenda contemporânea; suas organizações civis se profissionalizaram e muitos de seus ativistas se converteram em autoridades políticas. Essa rotinização do ativismo anda em par, nesse começo de século, com novidades. As mobilizações coletivas ganharam escala global, caráter violento e se concentraram em bandeiras identitárias, compelindo os teóricos a rever suas interpretações.
HORIZONTES TEÓRICOS PARA DEBATER A CONSTITUIÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIOCOMUNICACIONAIS
Tropos: Comunicação e Cultura, 2020
O trabalho tem como objetivo apresentar e debater ideias de natureza teórica, fruto de observações e de reflexões de três pesquisas que investigam fenômenos da comunicação comunitária em imbricação com o desenvolvimento da cidadania comunicativa. No cerne do trabalho, encontram-se propostas para repensar teoricamente o arranjo e a organização dos ditos movimentos sociais, entendendo-os a partir de uma renovada configuração, de natureza sociocomunicacional. Como aporte metodológico, além de contar com um relato das pesquisas que embasam este artigo, apresenta-se, também, os resultados obtidos através da movimentação de pesquisa da pesquisa, que delineiam a escassez de trabalhos que problematizem os movimentos sociocomunicacionais e suas relações com a conquista da cidadania comunicativa. Como resultado principal, o artigo apresenta ideias e argumentações para a ampliação do entendimento dos movimentos sociocomunicacionais contemporâneos e das ações comunicacionais dos sujeitos partícipes dos mesmos.
ESTRATÉGIAS DE MOVIMENTOS SOCIAIS: PARA ALÉM DE INTERPRETAÇÕES DUAIS
Seminário Internacional Fazendo Gênero 12, 2021, 2021
Certas interpretações sobre os movimentos sociais consideram que o estímulo para que militantes ocupem cargos públicos leva à sua desmobilização. Outro tipo de interpretação aposta que a atuação por dentro do Estado é uma das estratégias dos movimentos, definidas a partir dos diferentes contextos. Todavia, a busca por padrões para explicar suas estratégias acaba reduzindo as diversas possibilidades. Para problematizar tais interpretações, o texto retoma e analisa as pautas da Marcha Mundial de Mulheres no Brasil e sua relação com o Estado por meio do exame de documentos produzidos pelo movimento e entrevistas com algumas de suas militantes, que ocuparam ou ocupam cargos públicos. Teoricamente, o texto retoma a literatura sobre o confronto político, destacando a relação entre as conjunturas e as estratégias de movimentos sociais, sem, contudo, limitá-las. Os resultados demonstram que a construção de estratégias políticas pelos movimentos sociais se dá com base nos contextos locais e nacionais, considerando objetivos mais amplos, que dialogam com o cenário internacional. Ademais, a institucionalização não se contrapõe ao trabalho de base. Por fim, demonstra-se que a despeito da procura por padrões nas estratégias dos movimentos, elas são diversas e coexistem em um mesmo contexto político. O trabalho contribui com os estudos sobre a interrelação entre movimentos sociais e Estado ao desmistificar certas interpretações duais sobre esta relação.
teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate
As lágrimas de Jesse Jackson no anúncio da eleição de Barack Obama parecem encerrar o ciclo das grandes mobilizações urbanas da segunda metade do século XX. Movimentos sociais, como o pelos direitos civis, de que Jackson foi parte, o feminista e o ambientalista lograram inscrever demandas suas na agenda contemporânea; suas organizações civis se profissionalizaram e muitos de seus ativistas se converteram em autoridades políticas. Essa rotinização do ativismo anda em par, nesse começo de século, com novidades. As mobilizações coletivas ganharam escala global, caráter violento e se concentraram em bandeiras identitárias, compelindo os teóricos a rever suas interpretações.
ABORDAGENS SOCIOLÓGICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
VIANA, Nildo. As Abordagens Sociológicas dos Movimentos Sociais. Movimentos Sociais, Goiânia, v.1, n. 2, 2017. , 2017
O artigo analisa três das principais abordagens sociológicas dos movimentos sociais: a abordagem institucionalista, a abordagem neoinstitucionalista, a abordagem culturalista, mais conhecidas como "teoria da mobilização de recursos", "teoria do processo político", "teoria dos novos movimentos sociais". A partir de uma breve exposição do contexto histórico e das principais teses apresentadas por estas três abordagens, há uma breve análise crítica e das contribuições de cada uma. Os movimentos sociais emergiram como tema de pesquisa e reflexões acadêmicas de forma mais desenvolvida a partir dos anos 1950. Antes disso, era um tema pouco abordado e raramente aparecia como questão central. A produção nascente sobre movimentos sociais, bem como a posterior, é predominantemente ideológica, no sentido marxista do termo. Assim, temos a constituição de ideologias que abordam os movimentos sociais e busca explicá-los, mas, no fundo, invertem a realidade e geram mais confusão do que esclarecimento. Essa é uma das formas de relação dos movimentos sociais e as ideologias, que é quando estas se debruçam sobre esse fenômeno social. Outra forma é a influência das ideologias sobre os movimentos sociais. Uma terceira forma é a criação de ideologias pelos próprios movimentos sociais. O nosso objetivo será tratar apenas das interpretações ideológicas dos movimentos sociais, deixando a questão da influência das ideologias sobre eles e a produção de ideologias por intelectuais autóctones ou alóctones, para outra oportunidade.
16Alonso - As teorias dos movimentos sociais
As lágrimas de Jesse Jackson no anúncio da eleição de Barack Obama parecem encerrar o ciclo das grandes mobilizações urbanas da segunda metade do século XX. Movimentos sociais, como o pelos direitos civis, de que Jackson foi parte, o feminista e o ambientalista lograram inscrever demandas suas na agenda contemporânea; suas organizações civis se profissionalizaram e muitos de seus ativistas se converteram em autoridades políticas. Essa rotinização do ativismo anda em par, nesse começo de século, com novidades. As mobilizações coletivas ganharam escala global, caráter violento e se concentraram em bandeiras identitárias, compelindo os teóricos a rever suas interpretações.
This paper aims to debate about some of the leading exponents of contemporary social theory that, towards opposite directions, offer solutions to the equation between democracy and social pluralism. Proposing the social movements as a privileged link between social theory and democracy, this paper will be presented around two movements. On the one hand, we will examine the theoretical contributions and normative limits defended by the theorists who proposed the deliberation as support for the establishment of the democratic consensus. On the other hand, this study will analyze the connection between democracy and social movements through a theoretical field that defends the conflict as the most reasonable way for the participation of social movements in the composition of democratic horizons.
MOVIMENTOS SOCIAIS À LUZ DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Jus, 2016
Jus.com.br Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br/artigos/49836 Movimentos sociais à luz dos princípios fundamentais Paloma Braga Araújo de Souza Publicado em 06/2016. Elaborado em 12/2014. Os movimentos sociais contemporâneos são expressão da pluralidade. As suas novas formas de organização e articulação tendem a ser cada vez menos rígidas e hierarquizadas e favorecidas pelas redes de comunicação digital.
CAPÍTULO 2 A SOCIOPOLÍTICA DOS MOVIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS 1
Movimentos Socioambientais, 2019
Destaques O contexto sociopolítico dos movimentos socioambientais requer uma compreensão compartida sobre um conjunto de conceitos e termos interrelacionados. São eles: valores sociais, identidade cultural e cultura política; conflitos socioambientais; movimentos sociais e o papel do estado; fatores de alavancagem de movimentos, enquadramento, estruturas de mobilização e estruturas de oportunidades políticas; campos e habitus são conceitos de Bourdieu relevantes aos fa-tores de alavancagem; justiça ambiental e socioambientalismo (movimentos a favor da equidade social e ambiental); governabilidade e governança; ambientalistas e desenvolvimentistas; desenvolvimento sustentável e economia verde. Introdução Após conceituar as políticas macroeconômicas relevantes para os movimentos socioambientais no primeiro capítulo, propomos a caracterização, de forma simultânea, das dimensões estruturais culturais, sociológicas e políticas que condicionam os conflitos socioambientais, ou seja, apresentamos uma sociopolítica dos conflitos socioambientais 1 Combinação de textos conceituais anteriores contidos em Weiss e Nascimento (2012 e Weiss (2016).
CAPÍTULO 2 A SOCIOPOLÍTICA DOS MOVIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS
MOVIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS: lutas - conquistas - avanços - retrocessos - esperanças, 2019
O contexto sociopolítico dos movimentos socioambientais requer uma compreensão compartida sobre um conjunto de conceitos e termos interrelacionados. São eles: valores sociais, identidade cultural e cultura política; conflitos socioambientais; movimentos sociais e o papel do estado; fatores de alavancagem de movimentos, enquadramento, estruturas de mobilização e estruturas de oportunidades políticas; campos e habitus são conceitos de Bourdieu relevantes aos fatores de alavancagem; justiça ambiental e socioambientalismo (movimentos a favor da equidade social e ambiental); governabilidade e governança; ambientalistas e desenvolvimentistas; desenvolvimento sustentável e economia verde.