Ajustes posturais antecipatórios no movimento de alcançar em indivíduos pós-acidente vascular encefálico (original) (raw)

Caracterização biomecânica do gesto de alcançar em individuos pós Acidente Vascular Encefálico

Avaliação biomecânica, movimento de alcançar, Acidente Vascular Encefálico RESUMO: É objectivo deste trabalho caracterizar biomecanicamente o gesto de alcançar em indivíduos pós Acidente Vascular Encefálico. A amostra é constituída por 4 indivíduos sem patologia do foro neuro-músculo-esquelético e 4 indivíduos com confirmação imagiológica do diagnóstico de AVE único e unilateral no território da artéria cerebral média, há pelo menos 3 meses; ausência de neglet; ausência de alterações visuais, perceptivas ou cognitivas e capacidade de realizar movimento activo no membro superior predominantemente afectado de pelo menos 15º no ombro e cotovelo. A partir de uma posição de sentado pré-definida, cada indivíduo foi instruído a executar a tarefa funcional de alcançar um alvo (copo com sumo), colocado sobre uma mesa, no limite anatómico da distância de alcance funcional da mão. Para a análise cinemática foram usadas 4 câmaras dispostas duas a duas para avaliação do movimento de cada um dos membros superiores. Foram colocados marcadores reflectores nas seguintes estruturas ósseas: esterno; acrómio (bilateralmente); epicôndilo lateral; processo estilóide do cúbito, 3º metacarpo e grande trocânter. Foi também colocado um marcador no objecto-alvo. Recorreu-se ao software APAS para análise das seguintes variáveis cinemáticas: tempo de execução do movimento, velocidade máxima da mão, unidades de movimento, trajectória (através do índex de curvatura) e extensão do cotovelo. Verificou-se que no grupo de indivíduos com AVE comparativamente ao grupo de indivíduos sem patologia, o tempo de

Análise das variáveis de distância da marcha de pacientes com acidente vascular encefálico

ConScientiae Saúde, 2008

Neste estudo, o objetivo foi analisar, do ponto de vista quantitativo, as possíveis alterações da marcha de 11 pacientes (oito do sexo masculino e três do sexo feminino), idade média de 61,7±16,4 anos, com diagnóstico clínico de AVE. Foram investigadas as seguintes variáveis: base de suporte, comprimento do passo e comprimento da passada, por meio do método de impressão plantar, em uma distância de 5 metros. Houve ausência de significância entre idade e base de suporte, idade e comprimento do passo e base de suporte e comprimento do passo. Os resultados da análise comparativa entre o comprimento da passada do pé esquerdo e pé direito não evidenciou diferença significante (p = 0,338), e a base de suporte encontrou-se aumentada na maioria dos sujeitos, havendo redução do comprimento do passo e da passada.

Força muscular e habilidade de locomoção em indivíduos pós-acidente vascular encefálico crônico

Fisioterapia e Pesquisa, 2019

RESUMO O objetivo do estudo foi verificar se existem diferenças na força muscular dos membros inferiores (MMII) e na habilidade de locomoção de indivíduos pós-acidente vascular encefálico (AVE) crônico, classificados como deambuladores comunitários ou não comunitários. Foi realizado um estudo transversal em 60 indivíduos pós-AVE crônico, divididos em deambuladores comunitários (n=33) e não comunitários (n=27) pela velocidade de marcha. A força muscular de sete grupos musculares bilaterais de MMII foi avaliada por meio do teste do esfigmomanômetro modificado e habilidade de locomoção pelo ABILOCO. Estatísticas descritivas foram utilizadas para caracterizar a amostra, e o teste t de Student para amostras independentes, a fim de comparar os dois grupos de indivíduos pós-AVE. Observou-se que os deambuladores comunitários apresentaram maiores valores de força muscular para a maioria dos grupos musculares de MMII (−0,973≥t≥−3,189; p≤0,04), e na habilidade de locomoção (t=−2,841; p=0,006)....

Efeitos de um programa fisioterapêutico com terapia por tarefas orientadas e treino de marcha para trás na locomoção de pacientes após acidente vascular encefálico: série de casos

Fisioterapia Brasil

Introdução: Pacientes após Acidente Vascular Encefálico (AVE) costumam ter alteração da marcha, apresentando velocidade lenta, baixa resistência a longas distâncias, e limitação da locomoção independente nas ruas. A recuperação dessa marcha comunitária é para esses indivíduos, um dos principais objetivos para a manutenção de uma vida ativa. Objetivo: Investigar a eficácia de uma intervenção fisioterapêutica com o método de tarefas orientadas e com o treino de marcha para trás sobre a locomoção de pacientes hemiparéticos após AVE. Métodos: Trata-se de um estudo de análise de efeito terapêutico do tipo série de casos, no qual o sujeito é seu próprio controle, e são realizadas avaliações múltiplas para cada sujeito nas fases A1- B - A2. Na fase A1 são feitas duas avaliações antes do tratamento, gerando uma linha de base (baseline) que por ter duas medidas inclui a variação normal do sujeito, na fase B também são feitas duas avaliações, mas, durante e imediatamente após o tratamento, pa...

Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular encefálico

Arquivos De Neuro-psiquiatria, 2005

RESUMO -Objetivo: Buscar parâmetros da marcha de pacientes após ter sofrido acidente vascular encefálico ( AVE) com hemipare s i a . Método: Comparados 15 voluntários pós-AVE e 15 voluntários saudáveis com a m e sma idade, gênero e peso. A comparação foi feita por eletromiografia utilizando cinco pares de eletrodos de superfície do lado comprometido (espástico) e um eletrogoniômetro sobre o eixo articular de rotação da articulação do tornozelo em estudo. Resultados: O início da atividade eletromiográfica, a partir da f a s e de apoio, para os músculos glúteo medial, reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente ativados anteriormente durante o ciclo da marcha nos voluntários pós-AVE. O final da atividade eletromiográfica para os músculos reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente prolongado nos voluntários pós-AVE. Voluntários pós-AVE demonstraram também mais co-ativação dos músculos agonistas e antagonistas da articulação do tornozelo e joelho durante a fase de balanceio. Conclusão: Essas alterações e co-contrações musculares da marcha permitem que os voluntários pós-AVE adotem um padrão de marcha mais seguro e mais estável para compensar a diminuição da informação sensorial da articulação do tornozelo.

Ajustes posturais a um distúrbio controlado em idosos com e sem histórico de quedas

2012

o mais sincero obrigada por todas as horas frente ao SPSS, pelo suporte incondicional. Muito obrigada. Ao meu orientador Prof. Dr. André Luiz Félix Rodacki, por todo conhecimento que nunca hesitou em dividir, apoio e incentivo. A Prof. Dra. Anete C. Ferraz, pelas aulas inspiradoras e atenção ao longo dessa jornada. Também pelas contribuições a esse trabalho. A Prof. Dra. Elisângela F. Manfra, pelo aceite na participação como banca e pelas relevantes contribuições nesse estudo. Aos colegas do Mestrado em Fisiologia, por compartilharem todos os momentos com alegria na busca de aprofundar nosso conhecimento e valorização da educação. A todos os idosos que participaram do experimento, especialmente pela disponibilidade e pela confiança em mim e nos demais colegas que auxiliaram. Sem o comprometimento deles esse estudo não seria possível. Ao REUNI pelo apoio financeiro.

Reorganização do Controlo Postural do Tronco Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico

2015

Introdução: O controlo postural (CP) tem sido apontado como indicador de prognóstico funcional e constitui um dos requisitos para a execução de tarefas funcionais. Tem sido demonstrado que após um acidente vascular encefálico (AVE) este esteja severamente alterado. Os mecanismos de neuroplasticidade evidenciam capacidade de mudança no CP através de uma intervenção em Fisioterapia. Objetivos: Descrever as modificações em participantes com AVE face à intervenção em fisioterapia no: 1) componente flexor/extensor do tronco superior/inferior; 2) alinhamento das escápulas; 3) variação do Centro de Pressão (Cop) nos seus componentes medio-lateral e antero-posterior. Pretendeu-se também perceber as mudanças na de distribuição da carga entre membros através do comportamento da força vertical (Fz). Métodos: Estudo de série de casos de participantes com alterações neuromotoras decorrentes de AVE. A avaliação privilegiou a análise do potencial do participante com um objetivo de funcionalidade, tendo ocorrido em 2 momentos: M0 (inicial) e M1 (após 3 meses). Foi avaliado o alinhamento do tronco e da escápula, através do Software de Avaliação Postural (SAPO). Foi também avaliado o deslocamento antero-posterior e medio-lateral do CoP e comportamento da força vertical do solo em Plataforma de Forças. Resultados: Nos participantes A, B, C e D ocorreram modificações nas variáveis cinemáticas, observando-se uma diminuição do componente flexor do tronco e uma tendência para simetria entre as escápulas. O participante E contrariou esta tendência. Nas variáveis em Plataforma de Forças, não é possível encontrar uma tendência homogénea a todos os participantes. Conclusão: Conseguiu-se demonstrar que é possível influenciar positivamente o componente flexor/extensor do tronco superior/inferior, assim como o alinhamento das escápulas. As modificações nas variáveis enunciadas parecem indicar um melhor controlo postural do tronco.

Fisioterapia no equilíbrio de pacientes pós Acidente Vascular Encefálico com enfoque na melhora da marcha: revisão sistemática

Revista FisiSenectus

Introdução: Em geral, pacientes acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam déficit no equilíbrio, o que traz diversas complicações, como insegurança, risco de quedas aumentado e alterações na marcha, afetando negativamente a funcionalidade do paciente. Assim, é fundamental a recuperação do equilíbrio através da reabilitação motora, o que repercutirá na marcha e funcionalidade do paciente. Objetivo: O objetivo do estudo foi identificar as técnicas fisioterapêuticas realizadas para melhorar o equilíbrio estático e dinâmico em pacientes pós-AVE. Materiais e métodos: foi realizada uma busca de artigos publicados entre 2013 e 2017 em três bases de dados – PubMed, Scielo e Lilacs. Resultados: A busca resultou em 6.771 artigos (6.674 PubMed, 39 Scielo e 58 Lilacs); destes, foram exclusos 6.736 pelo título e 28 pelo resumo. Foram inclusos 5 artigos na revisão. Conclusão: O fortalecimento muscular e o treino de equilíbrio associados à realidade virtual melhoram o equilíbrio...

Atividade muscular durante a marcha ap�s acidente vascular encef�lico

Arq Neuro Psiquiat, 2005

Buscar parâmetros da marcha de pacientes após ter sofrido acidente vascular encefálico (AVE) com hemipare s i a. Método: Comparados 15 voluntários pós-AVE e 15 voluntários saudáveis com a m e sma idade, gênero e peso. A comparação foi feita por eletromiografia utilizando cinco pares de eletrodos de superfície do lado comprometido (espástico) e um eletrogoniômetro sobre o eixo articular de rotação da articulação do tornozelo em estudo. Resultados: O início da atividade eletromiográfica, a partir da f a s e de apoio, para os músculos glúteo medial, reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente ativados anteriormente durante o ciclo da marcha nos voluntários pós-AVE. O final da atividade eletromiográfica para os músculos reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente prolongado nos voluntários pós-AVE. Voluntários pós-AVE demonstraram também mais co-ativação dos músculos agonistas e antagonistas da articulação do tornozelo e joelho durante a fase de balanceio. Conclusão: Essas alterações e co-contrações musculares da marcha permitem que os voluntários pós-AVE adotem um padrão de marcha mais seguro e mais estável para compensar a diminuição da informação sensorial da articulação do tornozelo. PALAVRAS-CHAVE: acidente vascular encefálico, eletromiografia, espasticidade. Muscle activity during gait following stroke ABSTRACT-Objective: To compare muscle activity and joint moments in the lower extremities during walking between subjects with stroke and control subjects. Method: We compared fifteen healthy volunteers and fifteen stroke patients, with the same age gender and weight data had been compared by elect ro m y o g r a p h y. The system of signals acquisition used consisted of five pairs of electrodes of surface, beyond one electrogoniometer on the axis articulate of rotation of the joint of the ankle in study. Results: O n s e t times with respect to heel-strike for the medial gluteus, tibialis anterior, soleus, rectus femoris and medial hamstring muscles were significantly earlier during the gait cycle in subjects with stroke than in contro l subjects. The cessation times of soleus, tibialis anterior, rectus femoris, and medial hamstring muscles were significantly prolonged in subjects with stro k e. Conclusion: Subjects with stroke showed more co-contractions of agonist and antagonist muscles at the ankle and knee joints during stance phase. These gait changes and co-contractions may allow subjects with stroke to adopt a safer, more stable gait pattern to compensate for diminished sensory information from the ankle.