Reorganização do Controlo Postural do Tronco Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico (original) (raw)
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Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, 2017
O acidente vascular encefálico-AVE pode ocasionar como sequela um quadro de hemiparesia, disfunção que gera dificuldades na realização das atividades rotineiras. O objetivo do estudo foi avaliar a simetria corporal e a transferência de peso em hemiparéticos pós-AVE. Trata-se de uma série de casos com nove indivíduos, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia-UniFil, no município de Londrina-PR. Para a avaliação foram aplicadas a Escala de Comprometimento de Tronco-ECT e a Avaliação da Simetria Postural e Transferência de Peso-ASPTP. A média de idade foi de 71,4 anos (DP=9,4) e a massa corporal foi de 60,6 Kg (DP=7,3). A mediana do tempo de lesão foi de 15 [5-24] meses; o hemicorpo esquerdo foi o afetado para cinco (55,6%) participantes; o hemicorpo dominante foi afetado para seis (66,6%) indivíduos. A ECT total foi de 16 pontos, evidenciando comprometimento no controle do tronco. Na ASTPT, a transferência de peso no membro inferior afetado a frente apresentou uma distribuição de peso pior, mas melhorou nas atividades com adição de feedback auditivo e visual. Conclui-se que é importante reeducar o segmento corporal tronco de hemiparéticos pós-AVE, visto que a simetria corporal e o controle de tronco são fundamentais para a realização das atividades funcionais, e quando adicionados recursos auditivos e visuais estas respostas são melhoradas para essa população.
2017
Introducao: O Acidente Vascular Encefalico (AVE) e uma disfuncao neurologica que produz sequelas fisico-funcionais, principalmente na marcha e no equilibrio, alterando a capacidade do individuo de realizar suas atividades da vida diaria. Objetivo: Analisar atraves da Avaliacao de Tinetti se os pacientes acometidos pelo AVE apresentam melhora do equilibrio e da marcha apos um periodo de 4 meses de tratamento de fisioterapia neurofuncional. Metodo: Tratou-se de um estudo quase-experimental , no qual foram selecionados 17 pacientes diagnosticados com AVE ha mais de 5 meses, de ambos os sexos, atendidos na Clinica Escola de Fisioterapia da UNINORTE – Acre, e aplicada a Escala de Avaliacao de Equilibrio e Marcha de Tinetti no inicio do periodo de tratamento de fisioterapia neurofuncional e apos 4 meses no termino dos atendimentos. As analises pre e pos foram realizadas pelo mesmo avaliador e nas mesmas condicoes de terreno. Resultados: Na avaliacao do equilibrio, 45,5% dos pacientes evol...
CEP, 2008
Objetivo: Verificar a confiabilidade inter e intra-examinador, a validade construtiva e a consistência interna da versão brasileira da Escala de Avaliação Postural para pacientes após Acidente vascular encefálico (EAPA) Método: O instrumento foi traduzido para a Língua Portuguesa, com base na sua versão original em Inglês por um tradutor bilíngüe. Dezenove indivíduos hemiparéticos foram avaliados por três examinadores pelo Escala de Avaliação Postural para Pacientes após AVE (EAPA) e Protocolo de Desempenho Físico de Fugl-Meyer. Resultados: Não foi encontrado efeito teto. Houve correlação entre os instrumentos Fugl-Meyer e EAPA total (r=0.79 e p<0.0001); excelente consistência interna para a EAPA total (0.83) e na sua subescala Mudança de Postura [MUP] (0.84); excelente coeficiente de confiabilidade interexaminador para a EAPA total e suas subescalas Mantendo a Postura e MUP (0.93; 0.95 e 0.87, respectivamente). Conclusão: A EAPA apresentou resultados de validade construtiva, consistência interna e confiabilidade inter e intra-examinador que permitem a sua utilização na prática clínica.
2010
Pretendeu-se verificar a existência de alterações nos timings de activação dos músculos estabilizadores da omoplata em indivíduos pós-acidente vascular encefálico e a sua relação com a velocidade. Metodologia: Amostra (n = 17) dividida nos Grupos 1 (n = 10 indivíduos sem patologia) e 2 (n = 7 indivíduos pós-acidente vascular encefálico). Análise electromiográfica e cinemática no alcance de um copo. Resultados: Nas fibras inferiores do trapézio esquerdo (p = 0,043) e grande dentado bilateralmente (p = 0,028), encontraram-se diferenças entre os Grupos. Não se verificou uma relação com a velocidade. Conclusões: Foram encontrados ajustes posturais antecipatórios em alguns dos músculos.
Organização do stiffness passivo do cotovelo em sujeitos com acidente vascular encefálico
2017
Das possíveis alterações decorrentes da lesão por Acidente Vascular Encefálico é de evidenciar as alterações de controlo postural que se podem refletir no aumento do stiffness passivo. A reabilitação neuro-motora visa potenciar a reorganização das redes neurais tendo em conta a capacidade intrínseca do Sistema Nervoso Central de se adaptar face ao input aferente. Posto isto, pretende-se descrever o comportamento do stiffness passivo do cotovelo em sujeitos com Acidente Vascular Encefálico face à intervenção em fisioterapia.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Revista FisiSenectus
Introdução: Em geral, pacientes acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam déficit no equilíbrio, o que traz diversas complicações, como insegurança, risco de quedas aumentado e alterações na marcha, afetando negativamente a funcionalidade do paciente. Assim, é fundamental a recuperação do equilíbrio através da reabilitação motora, o que repercutirá na marcha e funcionalidade do paciente. Objetivo: O objetivo do estudo foi identificar as técnicas fisioterapêuticas realizadas para melhorar o equilíbrio estático e dinâmico em pacientes pós-AVE. Materiais e métodos: foi realizada uma busca de artigos publicados entre 2013 e 2017 em três bases de dados – PubMed, Scielo e Lilacs. Resultados: A busca resultou em 6.771 artigos (6.674 PubMed, 39 Scielo e 58 Lilacs); destes, foram exclusos 6.736 pelo título e 28 pelo resumo. Foram inclusos 5 artigos na revisão. Conclusão: O fortalecimento muscular e o treino de equilíbrio associados à realidade virtual melhoram o equilíbrio...
2015
O controlo postural (CP) do tronco é um pré-requisito para o movimento tendo como objetivo prevenir e minimizar as perturbações. Um CP adequado pressupõe estabilidade e orientação dos segmentos, sendo necessária uma orientação do tronco com componente de extensão linear para as atividades sentado e pé. Num acidente vascular encefálico (AVE), pode existir comprometimento do CP do tronco quer contralesional (CONTRA) como ipsilesional (IPSI). Neurofisiologicamente, parece haver uma projecção predominantemente ipsilateral para garantir um CP do tronco contralateralmente ao movimento, tornando-se importante perceber a correlação entre componentes do CP do tronco e o alinhamento do membro CONTRA. Contudo, atualmente são poucos os estudos direcionados para a o membro inferior (MI). Assim, uma vez que nesta população, assumir a posição de pé e realizar marcha constitui muitas vezes o seu principal objetivo, considerou-se relevante avaliar a correlação entre a extensão linear do tronco e o a...
Análise Da Mobilidade Torácica De Indivíduos Na Fase Aguda e Crônica Do Acidente Vascular Encefálico
Fundamentos e Práticas da Fisioterapia 7, 2019
Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO A fisioterapia é uma ciência relativamente nova, pois foi reconhecida no Brasil como profissão no dia 13 de outubro de 1969. De lá para cá, muitos profissionais tem se destacado na publicação de estudos científicos, o que gera mais conhecimento para um tratamento eficaz. Atualmente a fisioterapia tem tido repercussões significativas, sendo citada frequentemente nas mídias, demonstrando sua importância e relevância. Há diversas especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Fisioterapia Brasil, 2018
Introdução: Acidentes vasculares encefálicos interferem em mecanismos posturais podendo prejudicar a marcha e as atividades dos membros. Frequentemente, alteram o controle de tronco (CT), o equilibrio (EQ) e a capacidade de realizar transferência de peso (CTP), três objetivos fundamentais do treino de tronco. Objetivo: Realizar uma revisão dos instrumentos de avaliação quantitativa disponíveis para acompanhamento do CT, do EQ e da CTP após acidente vascular encefálico. Métodos: Revisão narrativa, baseada nas bases de dados Pubmed/Medline, Lilacs e Scielo. Resultados: As estratégias de treino de tronco contribuem para a estabilização e mobilidade do tronco importantes para as atividades de vida diária. Determinadas ferramentas quantitativas são mais frequentemente utilizadas e foram descritas sucintamente: para o CT propriamente dito – Trunk Impairment Scale, Trunk Control Test; para o EQ – Escala de Equilíbrio de Berg, Índice do Andar Dinâmico, Teste do Alcance Funcional e Lateral, ...