Paulo Drumond Braga, Isabel Drumond Braga, "Denunciar abusos e criticar erros: os animais na parenética de Vieira”, Revisitar Vieira no século XXI: o poder da palavra: escrita, artes e ensino de Vieira, vol. 2, Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020, pp. 339-374. (original) (raw)

O ensino da escrita argumentativa a partir de sermões do Padre António Vieira

2013

The present internship report served as a registration tool of observation and analysis of the proposed academic school activities for the execution of the intervention plan. The implementation of this project occurred during the Portuguese class and the Latin workshop on Escola Secundária de Alberto Sampaio.

Isabel Drumond Braga, Recensão crítica de Maria Marta Lobo de Araújo, Os usos da riqueza e do poder: Pedro de Aguiar e Maria Vieira na Misericórdia e na cidade de Braga (século XVII), Vila Nova de Famalicão: Húmus, 2021, 360p. Lusitania Sacra, n.º 45, Lisboa, 2022, pp. 147-150.

Lusitania Sacra, 2022

A metáfora nos sermões de Antonio Vieira: do argumentativo ao sacro-literário

Revista Letras

Seggundo a Retórica Clássica, as figuras de estilo, tais como a antítese, a hipérbole e a metáfora, dentre outras, na medida em que contribuem para o movere - ao suscitar uma emoção, o docere - ao transmitir um conhecimento, e o delectare - ao proporcionar prazer, são também retóricas, por exprimirem argumentos, condensando-os e tornando-os mais expressivos. Desse modo, o presente artigo incursiona pela utilização da metáfora nos sermões de Antonio Vieira, como criadora de sentido, com o objetivo de identificar sua natureza e função. Desse modo, visualiza a metáfora não apenas como elemento estético, mas também discursivo, se bem que a análise dessa figura se subordine a uma análise prévia dos argumentos. Pressupõe, portanto, a utilização de tal recurso como, inicialmente, argumentativa, de acordo com o que preceitua a Retórica Antiga, mas estende sua percepção para sua possível autonomização, por conta das derivações em que incorre ao integrar campos semânticos diferenciados. Para ...

Lopes, Maria Antónia, “Escritores e animais: vivências, representações e sentimentos (do Barroco ao Naturalismo)” em Animais e companhia na História de Portugal, coordenado por Isabel Drumond Braga e Paulo Drumond Braga, Lisboa, Círculo de Leitores, 2015, pp. 437-483.

Não pretendo fazer uma análise da literatura com personagens ou referências a animais (zooliteratura ou zoopoética, como se tende cada vez mais a dizer) porque o meu olhar é o do historiador e não o do crítico ou ensaísta literário. O que me interessa é trabalhar a literatura enquanto fonte histórica, com o objetivo de detetar alterações de hábitos e vivências, nomeadamente a presença dos animais nos interesses e na vida de homens e mulheres revelada pelos textos, e de compreender como foram vividas e sentidas as relações entre as pessoas e os bichos. O que proponho nas páginas que se seguem é, portanto, uma viagem pelas relações de bichos humanos e não humanos, pelas suas práticas, perceções e representações, através dos escritores portugueses dos séculos XVIII e XIX.

Vilas Boas, Susana. "Quando o silêncio se torna palavra" in Ana Paula Pinto et al., eds., Verba volant? Oralidade, escrita e memória (Braga: Axioma - Publicações da Faculdade de Filosofia, 2018): 1021-1032.

Verba volant? Oralidade, escrita e memória (e-Book), 2018

This article aims at analysing silence as language or manifestation of the unutterable, taking L. Wittgenstein's Tractatus Logicus-Philosophicus and the Holly Scriptures as a starting point. This article defends that silence is not an 'omission' or 'mute' , being, many times, the only way of expressing what, in wittgensteinian terms, cannot be said but shown. Some examples can be found in biblical texts, where silence emerges as a challenger and creator. The importance of the word in biblical tradition is undeniable. It is, simultaneously, a means of communication and person-particularly, the person of Jesus Christ. The idea defended in this article is that word and silence are biblically equitable, because both transmit, reveal and contain a performative character. I will exemplify the idea through the AKA culture of the pygmies in the Central African Republic, where silence has a similar role to the word in the Portuguese culture. If in Portugal you have to be a 'man of your word' in the AKA culture you have do be a 'man of silence' .

“Freire e Vieira: a questão da auctoritas nas Reflexões sobre a Lingua Portugueza, de Francisco José Freire”

Resumo: No presente artigo, aborda-se a questão da auctoritas nas Reflexões (1768), de Freire, que tomam como ponto de partida os modelos de pureza linguística e literária a seguir. Estes são, essencialmente, os quinhentistas, funcionando como terminus ad quem o Padre António Vieira, que, apesar de cronologicamente seiscentista, é reconhecido como o modelo clássico por excelência da pureza do idioma. Assim, analisa-se aqui, através das Reflexões de Freire, o papel de Vieira no estabelecimento da doutrina linguística e literária de setecentos. Abstract: The present paper focuses on the issue of auctoritas in Reflexões (1768), by Freire, who follows, as a starting point, the models of linguistic and literary purity. These are, essentially the sixteenth century authors, up to Father António Vieira, who, altough being from the seventeenth century, is recognized as the major classic model of language purity. Therefore, we analyze, through Freire’s Reflexões, Vieira’s role in establishing the linguistic and literary doctrine of settecento.