Cinema e Educação: O Que Pode O Cinema? (original) (raw)

Cinema e Educação: Possibilidades, Limites e Contradições

Partiu-se do pressuposto que o cinema tem uma função estratégica e pedagógica na sociedade, podendo contribuir para a politização dos indivíduos. Sendo assim, investigou-se como o professor do Ensino Médio, de uma determinada escola pública da cidade de Curitiba, faz uso do cinema em sala de aula. Para tanto, procurou-se enfocar a função pedagógica do cinema, estabelecendo as relações deste com a indústria cultural, aprofundando a idéia de cinema como fator de politização e sobre o uso da sua linguagem. Refletiu-se também sobre a presença no cinema na escola brasileira e as possibilidades de uso pelo professor tanto sob o ponto de vista técnico quanto pedagógico. Analisou-se o projeto político-pedagógico para se verificar a concepção de cidadão que a escola pretende formar e para que sociedade bem como se contempla o uso do cinema. Utilizou-se também questionários e entrevistas aos professores, direção, coordenação e alunos, além da observação em sala de aula.

Pensando o Cinema e Educação na Escola

Encontros de Cinema de Viana, 2017

Este artigo fala sobre a inserção do cinema na escola e discute as vertentes que vêem o cinema como um recurso didático e a que vê o cinema, entre outras coisas, como uma linguagem. É nesse limiar, entre o uso “escolarizado” que reduz o cinema a mais um recurso didático e o uso do cinema como objeto de experiência estética e expressiva da sensibilidade, do conhecimento e das múltiplas linguagens humanas que iremos analisar. As dimensões do cinema e das pedagogias utilizadas nos processos de trabalho com o cinema e educação dentro da escola são aqui repensadas.

Cinema e Educação: Fundamentos e Perspectivas

Educação em Revista, 2017

RESUMO: Este artigo tem o objetivo de estudar os fundamentos educativos do cinema em uma abordagem hermenêutica a partir dos resultados de pesquisa teórica financiada pela FAPESP entre 2013 e 2015. Dividido em duas partes, este estudo apresenta, na primeira, as principais abordagens contemporâneas sobre cinema e educação: ferramenta didática para ensino em sala de aula; forma de conhecimento; disposição didática; estudos culturais; aspectos sensíveis e criativos; produtor de sentidos. Após análise dessas vertentes, o artigo apresenta sete fundamentos para pensar a relação cinema e educação: cognitivo, filosófico, estético, mítico, existencial, antropológico e poético. Não são dimensões separáveis, mas que operam em relação de complementaridade e contribuem para a compreensão dos diversos modos pelos quais são produzidos, circulados e interpretados os sentidos e as imagens do cinema.

Cinema, educação do olhar e formação docente

Incontáveis imagens atravessam nosso cotidiano e são constantemente tema de debates. É inegável a relevância da discussão sobre a presença da cybercultura e as implicações da multiplicação das imagens a partir dos mecanismos digitais, no campo da educação. Atentas a isso, propomos que o cinema seja efetivamente tomado como possibilidade formativa, diante da complexidade de operações às quais a rede de imagens nos desafia. Pensamos que a experiência com determinadas produções cinematográficas pode aprofundar o olhar do futuro professor em relação às imagens, sendo esta um possível exercício dos processos de formação. O termo formação pode ser compreendido tanto na perspectiva da educação formal quanto num sentido mais amplo. Nesse viés, cabe citar a conceitualização de Marcos Pereira (2008) sobre formação que corrobora a concepção adotada por nós nas pesquisas que impulsionaram as ideias aqui expostas: entendemos que formação inclui os espaços tradicionais de educação, mas certamente vai além deles. O autor define o termo formação como "o processo de transformação em que as relações que o sujeito estabelece com o mundo, com os outros e consigo mesmo são afetadas de modo proposital, ou seja, de maneira que o sujeito em formação não apenas se dá conta de que está em formação, mas, também, interfere, ele mesmo, nessa afecção e nessa reflexão" (PEREIRA, 2008, p.2) As recentes investigações, Educação do Olhar e Formação Ético-Estética: Cinema e Juventude (2008-2011) e a atual, Juventudes e Narrativas Visuais: por uma Ética da Imagem na Educação (iniciada em 2011), que dá continuidade à anterior, fomentam nossa análise e compreendem estudos sobre materiais audiovisuais, juventude e educação. Ao mapear as relações de estudantes de Pedagogia com 1

FILMEDUCAÇÃO: UM CINEMA POSSÍVEL NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Tese de Doutorado, 2019

A presente tese propõe uma metodologia que se desenvolve por meio de três apostas de oficinas. Partindo de valores como comunicação, colaboração, criatividade e criticidade, propomos projetos de aulas que têm como norte a aplicação prática em sala de aula, independente da área do currículo. Temos conhecimento da longa trajetória da relação entre cinema e educação no Brasil e, neste sentido, não nos detemos em embasamentos unicamente teóricos. A tese parte da hipótese de que, a partir das oficinas aqui propostas e dos relatos de vivências enquanto formadora de escolas públicas em Campinas, SP, é possível uma reflexão sobre como o cinema pode ser inserido em sala de aula enquanto encontro com a produção fílmica. Considerando-se a problemática de uma aplicação plausível em escolas, tendo em vista os obstáculos relativos aos equipamentos tecnológicos e à necessidade de uma formação para o conhecimento da linguagem cinematográfica, construímos oficinas que avaliam essas lacunas e se propõem a sanar essas dificuldades. Nosso objetivo se deteve na formulação de aulas que pudessem ser replicadas pelos respectivos participantes da formação, de maneira que se tornassem replicadores dessa metodologia junto aos alunos. A prática envolve não somente uma sala de aula isolada, como também a reação em cadeia e a transformação da rotina escolar como um todo. A tese apresenta os resultados vividos a partir da metodologia proposta nas apostas de oficinas, elucidando como o currículo vivido se transforma no encontro com um cinema que não se define como fruição de um produto audiovisual pronto em uma sala escura, mas pelo desenrolar das relações humanas construídas ao longo da trajetória, ou seja, no encontro entre professor e alunos que realizam produções fílmicas a partir dessas oficinas. Um cinema possível, que chamamos como sendo o encontro de escola e produção fílmica, bem como as relações construídas nesse encontro pelos envolvidos e que tem a escola contemporânea como local de atravessamento.

Fazer Cinema Na Educação -- Uma Utopia Em Construção

2010

This article aims to present the project of research, extension and teaching Language and Cinematographic Art in Education - technology, imagination and memory, and demonstrate how work and work of Alain Bergala contaminated construction by being against the wishes of the background to this project. The proposition of theoretical and methodological hypothesis-lit cinema Bergala our desires to hold film in education and became an important theoretical framework for its idealization of the hypothesis-In cinema, there is mainly to propose a pedagogy of creation The narrative form is chosen to report referenced theory, which follows a journey of remembrance – a present that reminds us of the past that explain this present

A Prática do Cinema na Educação

Apresentar a cinematografia no contexto das aulas de artes na educação formal brasileira consiste na compreensão de como esta linguagem artística pode contribuir, podendo ser usado em sala de aula. Visando o cinema como uma linguagem, que merece seu espaço para aprendizagem em escolas - não apenas como um meio, como por exemplo, a conteúdos de história através do cinema, matemática e cinema, sociologia e cinema, mas sim o estudo da arte do cinema em si. Pensando nas qualidades que o estudo e prática da cinematografia podem trazer ao aluno, ao estar apto a ter um olhar crítico quanto as imagens em movimento que o cerca, buscando isto através da análise de cenas de filmes e através da prática da filmagem. Palavras-chaves: cinema, arte, linguagem cinematográfica, educação.