PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM REDE: EM BUSCA DE UMA CIÊNCIA COLABORATIVA, ABERTA E COMUM 1 (original) (raw)

ANÁLISE DE DOMÍNIO NA SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO EM PLATAFORMA COLABORATIVA PÚBLICA: PROPOSTA PARA A BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE

A Análise de Domínio é uma abordagem da organização do conhecimento por meio de comunidades de prática, discursivas ou virtuais, tendência em sociedades que se caracterizam pela complexidade e fragmentação do conhecimento. Em sintonia com as demandas contemporâneas de organização e gestão do conhecimento surge o projeto Biblioteca Virtual de Saúde da America Latina e Caribe, resultante do trabalho para ampliar e fortalecer o fluxo de informação técnico-científico em saúde em conformidade ao paradigma colaborativo, que apresenta uma grande variedade de ferramentas e recursos, mas ainda enfrenta o problema da recuperação da informação. Para operacionalizar estas questões, o referencial empírico foi o Modelo de Cooperação Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que integra as ações de uma rede de espaços cooperativos de produtores, intermediários e usuários de informação, por meio da gestão descentralizada de produtos e serviços informacionais na internet. O artigo relata a aplicação da Análise de Domínio para sistematização dos conceitos de uma comunidade especifica da área de saúde, a da Prevenção e Controle do Câncer, a partir da elaboração de uma terminologia e uma estrutura pautada na análise de conceitos e seus significados, possibilitando a representação do domínio escolhido de forma a apoiar a construção de um sistema de organização do conhecimento que seja uma ferramenta útil aos ambientes cooperativos de produção do conhecimento.

Produção de conhecimento em rede: em busca de uma ciência colaborativa, aberta e comum

CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES

O texto faz um breve relato histórico sobre o surgimento de movimentos socioculturais, conhecidos como “open” (Villarroya, 2009), no decorrer do século XX. Esses movimentos influenciaram e modificaram práticas e ações científicas seculares, ao mesmo tempo em que surfaram na onda das inovações tecnológicas e na utilização de tecnologias interativas emergentes (Santos, 2018). Os autores apresentam reflexões conceituais sobre Ciência Aberta (Albagli), Ciência Cidadã (Irwin, 1995) e Ciência comum (Lafuente & Estalella, 2015), aliadas a pesquisas, práticas e metodologias de Educação em rede e Educação não formal. O objetivo é mostrar como tais movimentos abertos e públicos, ao darem espaço a saberes diversos e à produção de um bem comum, ampliaram os campos das práticas e espaços de produção de conhecimento científico e da experiência democrática. Conclui-se que a nova ciência do século XXI apresenta, portanto, novos desafios epistemológicos e políticos de grande complexidade.

TECNOLOGIAS DE REDES E PRODUÇÃO COLABORATIVA: O NOVO PARADIGMA DO DESIGN ABERTO

Anais do 12º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Resumo: Durante o século XX, o campo do design esteve pautado por ideias de racionalidade, padronização e eficiência industrial, associadas ao desenvolvimento de industrias e corporações privadas estimuladas pelo mercado de consumo. À medida em que entram em pauta questões relacionadas a mudanças climáticas, esgotamento de recursos naturais ou crescentes crises sociais, passamos a notar um debate cada vez mais crítico sobre o modelo de desenvolvimento industrial vigente. Com o início do século XXI e a difusão das tecnologias de redes, observamos a emergência de um vigoroso debate sobre a possibilidade de um novo paradigma de produção, mais colaborativo, aberto e socialmente justo. Neste trabalho, vamos apresentar um panorama crítico da produção industrial nas sociedades moderna e pós-moderna, destacando autores do campo do design como Bonsiepe, Frascara, Manzini e Cardoso e autores do campo da filosofia e sociologia, como Lyotard, Lipovetsky e Ricouer. Vamos analisar a emergência da produção colaborativa baseada em redes, comparando o discurso de autores contemporâneos, que defendem o potencial libertário e empoderador das novas tecnologias, como Benkler, Shirky e Tapscott, com o discurso da pedagogia crítica de Freire e Illich. Para concluir vamos analisar algumas características das formas contemporâneas de produção colaborativa, como licenças abertas, bibliotecas compartilhadas, autoria coletiva e obra aberta, à luz de filósofos da linguagem, como Iser, Goulemot, Bakhtin, Eco e Barthes. Palavras-chave: tecnologias de redes, produção colaborativa, design aberto. Abstract: During the twentieth century, the field of design was guided by ideas of rationality, standardization and industrial efficiency, associated

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM REDE: UM ESTUDO JUNTO A PROFESSORES DA REDE PÚBLICA

VII Simpósio de Educação e IV Encontro Internacional de Políticas Públicas em Educação, 2019

A pesquisa relata uma experiência de formação de professores em uma escola estadual do estado do Paraná, com o objetivo geral de levar os professores a pesquisar e produzir recursos educacionais abertos, para disponibilizá-los, de forma livre e aberta, analisando suas possibilidades na educação básica; o objetivo específico foi refletir sobre a aprendizagem colaborativa e as contribuições do Recurso Educacional Aberto-REA, verificando seu potencial didático e comunicativo. A competência pedagógica para o uso da tecnologia em sala de aula, envolve mobilizar situações didáticas que possibilitem a construção do conhecimento. Considerando esta proposição, podemos levantar como hipótese o fato de que nem sempre dispomos de um preparo satisfatório que conduza à ação, e, no caso da inserção dos Recursos Educacionais Abertos-REAs em sala de aula, as oportunidades de transformar este conhecimento em ação são reduzidas ao espaço/tempo da utilização do laboratório de informática. A intenção do trabalho era foi possibilitar a produção de REAs pelos professores participantes das oficinais pedagógicas, encorajá-los a publicar e a compartilhar, possibilitando a geração de uma nova cultura, na qual os professores são produtores de conhecimento em rede. Traçando as grandes linhas do estudo, nosso maior desafio era disponibilizar ao professor a oportunidade de mudar a sua prática de um foco individualista para colaborativo, construindo REAs criativos e ricos em conteúdo, adaptados à realidade, rompendo com velhos paradigmas. Com as oficinas pedagógicas foi possível estabelecer relações entre a construção do conhecimento, o uso do Recurso Educacional Aberto-REA e a escola, permitindo aos professores a compreensão da dimensão conceitual e o domínio de programas que permitem a sua criação. Sentimos que seria inevitável confrontar tais recursos com a insegurança de muitos, a sensação de despreparo, mas, conscientes disso, incentivamos os participantes a propor e desenvolver REAs voltados para sua área de atuação. Tal momento foi relevante para os professores, pois estes tiveram a oportunidade de inserir a tecnologia em suas aulas, contar com recursos educacionais inovadores, utilizar as ferramentas da WEB 2.0 em sala de aula e renovar suas práticas pedagógicas. É importante ressaltar que, durante sua realização, percebiam-se múltiplos olhares sobre a tecnologia e, com base no recorte que realizamos, buscamos significados e sentidos sobre os REAs. A oficina foi realizada na

COMUNIDADE CIENTÍFICA E CIENTIFICIDADE DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Aborda alguns aspectos relativos a cientificidade da Ciência da Informação, enfocando sua gênese e conceituação, bem como as diferentes visões de vários autores sobre este campo do conhecimento. Além disso reflete sobre a importância de uma comunidade científica coesa e unânime para o fortalecimento da Ciência da Informação.

REDES DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, ANTIGAS E “NOVAS” COMUNIDADES

Alguns anos atrás, o debate sobre a "inclusão social" foi travado a partir de uma multiplicidade de perspectivas e abordagens; e que nem pode desconsiderar a temática oposta a respeito de formas de "exclusão". Ao estarem em pauta, neste período, análises críticas com respeito à sociedade brasileira, o tema acabou ganhando atenção também por aqueles que, pouco tempo atrás, acreditaram o mercado ser a principal força de integração e inclusão como foi o caso de alguns órgãos internacionais de fomento como Banco Mundial e outros. Obviamente, num curto ensaio não será nem de longe possível esgotar este assunto na sua abrangência. Elaborar-se-á, aqui, apenas alguns argumentos voltados a questões de inclusão, integração e solidariedade a partir de um foco delimitado a redes computacionais, que pretendem incentivar a reflexão sobre uma aparente potencialidade dessas redes permitirem e apoiarem a formação de novos vínculos e comunalidades sociais. Na segunda metade da década de 1990, existe já uma extensa bibliografia sobre formas de interação social mediada por redes de computadores em diferentes escalas e níveis. Toda bibliografia sobre as "novas redes comunitárias" está voltada para esta questão; o presente texto aproveita este debate e se baseia na obra de um dos pioneiros da criação destas redes, o norte-americano Douglas Schuler (1996).

Produção Do Conhecimento Científico: Um Estudo Das Redes Colaborativas

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, 2018

A comunicação científica é o conjunto de atividades associadas à produção, disseminação e uso da informação, tornando-se uma forma de estabelecer o diálogo como público da comunidade científica. Com os avanços tecnológicos e da própria comunicação científica, houve um aumento no número de publicações, e consequentemente a necessidade de medir, avaliar a produção das áreas do conhecimento. Entre as formas de disseminação do conhecimento destacam-se os periódicos científicos que colaboram para que os estudos ganhem visibilidade. O objeto de estudo foi a Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC), a fim de traçar o perfil das colaborações, com a finalidade de quantificar os artigos quanto a autoria e analisar as redes de colaboração científica. A natureza da pesquisa é quantiqualitativa; quanto ao campo de verificação dos dados, tratou-se de uma pesquisa documental-descritiva. Os resultados mostraram que foram publicados 163 artigos no período entre 2011/2015. Entre...

DINÂMICAS ORGANIZACIONAIS NA SOCIEDADE EM REDE: COOPERAÇÃO INTERORGANIZACIONAL E REDES DE CONHECIMENTO

Resumo: Os cenários empresariais e socioeconômicos atuais estão cada vez mais complexos, de forma que se torna necessário utilizar abordagens sistêmicas que considerem o contexto como um todo, bem como as relações estabelecidas dentro de cada situação. Um exemplo de ação complexa presente no cotidiano das empresas é a atuação em rede por meio das ações de cooperação, de forma que muitas organizações contemporâneas buscam nestes processos novas formas de compartilhar recursos, tanto físicos e financeiros, como informacionais e de conhecimento. Neste sentido, este ensaio aborda as redes de cooperação e as redes de conhecimento formadas por instituições/organizações diferentes. O objetivo geral do trabalho é investigar teoricamente os elementos necessários e constituintes das redes de conhecimento. A metodologia utilizada é a investigação bibliográfica, de caráter qualitativo. Os principais resultados encontrados indicam que a atuação em rede precisa da interação efetiva entre os atores, uma vez que é por meio das ações de interação que se conseguem compartilhar recursos diversos, tanto físicos e estruturais, como de informação e conhecimento.

PRODUZIR CONTEÚDOS PARA A INTERNET OU A RE-INVENÇÃO DA DIDÁCTICA NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

O texto que se apresenta, resulta de duas intervenções orais feitas, a convite, em dois eventos: o primeiro em 8 de Junho de 2004, em Aveiro, no Centro de Congressos -Seminário PORMAT, O Desafio Digital, intervenção intitulada "A re-invenção da didáctica na sociedade do conhecimento" -; o segundo, em 29 de abril de 2005, em Matosinhos, na Exponor -Conferência Exponor-conteúdos para e-Learning, intervenção intitulada "A scormização do conhecimento ou a re-invenção da didáctica…?" (tema proposto pela organização, "econteúdos para e-Learning").