O Centro Urbano como Núcleo histórico-mercantil (original) (raw)
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Anais do XL Encontro e XXV Congresso de Escolas e Faculdades Públicas de Arquitetura da América do Sul, 2022
O presente artigo tem como objetivo analisar o processo de comercialização da imagem das áreas urbanas centrais que carregam identidade e memória como atrativos turísticos voltados para a promoção da cidade enquanto produto. A utilização insistente dos bens culturais em sua forma mercadológica, orientada para o turismo e marketing urbano dispõem as edificações protegidas como uma vitrine de produtos culturais engarrafados e a área central histórica como um parque de diversões, resultando na expulsão de habitantes locais e grupos minoritários que se relacionam com a cidade. Esta observação é feita a partir de estudos de especialistas em Direito à Cidade e Patrimônio Cultural. A fundamentação crítica a respeito desses conceitos relacionados procura entender as estratégias de promoção e uso do patrimônio cultural em áreas centrais históricas na atualidade e como estes se relacionam com a conservação da identidade e memória sociocultural da cidade frente às necessidades e dinâmicas locais atuais.
Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana
Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana., 2021
Fix, Mariana; Ventura Neto, Raul . Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana. In: Santos, Adroaldo Quintela; Galvão, Antonio Carlos; Bolaño, César Ricardo, Patrício, Cid Olival; Macedo, Mariano; Oliveira, Nelson Victor. (Org.). Wilson Cano. A questão regional e urbana no Brasil.. 1ed.São Paulo: Associação Brasileira dos Economistas pela Democracia; Fundação Perseu Abramo; Expressão Popular, 2021, v. 1, p. 120-145.
Marketing Urbano no Centro Histórico de Natal: O Caso Ribeira, Cidade Alta e Rocas
Esta pesquisa objetiva investigar as características do marketing como aspecto da comunicação urbana no Centro Histórico de Natal/RN que estimulem o consumo do espaço urbano, além de mapear as áreas símbolos que são trabalhadas midiaticamente pelas ferramentas do marketing e identificar as estratégias comunicativas utilizadas para o consumo dessas áreas. Para tanto, tomamos como recorte da investigação os bairros Cidade Alta, Ribeira e Rocas, por se tratarem dos primeiros bairros da cidade e preservarem os resquícios da memória histórica e cultural. Para a análise, usamos os conceitos de marketing urbano, ou city marketing e na investigação das paisagens simbólicas, utilizamos a etnografia e a fotografia para fazer os registros do ambiente, além da hermenêutica para a interpretação dos símbolos que compõe a comunicação urbana nos centros históricos natalenses, percebendo as regularidades, os padrões e os desvios que compõe os seus fluxos culturais e se agregam aos modos de viver a cidade. Quanto aos resultados preliminares, constatamos durante o período da pesquisa certa promoção dos eventos culturais voltados para atrair o público para os bairros de Cidade Alta e Ribeira, e em contrapartida houve certa falta de atenção pela mídia em relação ao bairro Rocas, este sendo pouco comunicado.
Cidades e Mercados: Etnografia de uma Praça de Comércio no Centro do Rio de Janeiro
2007
Investigating the forms of human feeding we can decipher cultural codes that give tools to us to enter a little more in the complexity of the people in general and the case of this one investigation in individual, of the present cities. Through an ethnography in the city of Santiago, specifically in the historical center, the different forms to feed on the passer-by tastes and practices, show the corners of the city, the meals, the scents and the flavors to us chosen at different moments from the urban dailylife.
Caminhos de Geografia
A análise desenvolvida promove uma crítica aos projetos e políticas públicas operantes na transformação do espaço urbano que, geralmente, aproximam-se dos interesses privados e, inevitavelmente, afastam-se dos ideais sociais. Procurou-se analisar os interesses envolvidos na forma de planejar a cidade de Santos (SP), sobretudo, as tendências de produção do espaço e suas relações com os aspectos culturais após a criação do programa Alegra Centro em 2003. Assim, tornou-se essencial compreender as mudanças nos modelos de ordenamento das cidades, sua gênese e consequências para a estrutura urbana e seus habitantes. A intenção é revelar como os mecanismos de produção do espaço, advindos do planejamento estratégico, direcionam-se cada vez mais para os interesses do capital, normatizando as particularidades culturais em elementos mercadológicos que fomentam a atratividade por novos investimentos para a cidade. A análise teve o respaldo de levantamentos bibliográficos, documentais e estatísticos do tema, além da execução de trabalhos de campo, permitindo maior aproximação com os principais agentes de produção do espaço em Santos. Verificou-se que a nova governança urbana gerou um novo dinamismo no espaço por meio da implantação de novas estratégias, como os projetos de refuncionalização, que valorizam o patrimônio cultural pelo viés mercadológico, conferindo-lhe novas funções e significados.