Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana (original) (raw)

Segurança e mercado imobiliário urbano

2017

Esse capitulo comeca revelando o efeito da (in)seguranca no mercado imobiliario usando como base estudos com modelos de precos hedonicos na literatura internacional e na Brasileira. Ele tambem disc ...

O Centro Urbano como Núcleo histórico-mercantil

VII Colóquio Internacional sobre Comércio e Cidade, 2020

Vinculado ao espaço urbano, os negócios do comércio se expandem e retraem ao sabor do lucro. A estruturação do centro tradicional de Juazeiro do Norte-CE tomou proporções não planejadas, e sem medidas protetivas vigentes, edifícios históricos foram transformados ao longo dos anos para incorporarem a necessidade do comércio em constante crescimento. Dessarte, a problemática que fomentou este trabalho visa a discursão do elo entre as edificações antigas da cidade e a necessidade de expansão da atividade mercantil. Diante disto, essa pesquisa possui como cerne, a análise da atuação do centro comercial como centro histórico na cidade de Juazeiro do Norte, por meio do discurso dialético, sob a ótica do urbanismo contemporâneo segundo Lynch (1985). Através da análise investigativa, concluiu-se que o processo de descaracterização do centro histórico representa mais que a adequação da arquitetura da cidade, às condições motivadas para adaptação ao comércio.

Urbanidade e crise

Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2016

Dinâmica espacial e mercado imobiliário no centro histórico de Campina Grande [PB]

Labor e Engenho, 2020

A partir da década de 1970, os centros históricos das cidades brasileiras vêm enfrentando seguidos processos de desvalorização e valorização, tendo sido objeto de intervenções urbanísticas e de estudos acadêmicos. Nesse sentido, a pesquisa que vem sendo desenvolvida pela Rede Mercado Imobiliário em Centros Históricos (MICH) visa preencher uma lacuna identificada nesses estudos, ao procurar desvendar os mecanismos de funcionamento do mercado imobiliário nessas áreas, tendo como estudos de caso os centros das cidades de Recife [PE], Belém [PA], São Luís [MA] (Lacerda et al., 2018), com a posterior inclusão de João Pessoa [PB] e Campina Grande [PB]. No caso de Campina Grande, a pesquisa iniciada em 2017 apontou que, diferentemente dos processos ocorridos nas grandes cidades, seu Centro Histórico ainda se mantem como a principal centralidade urbana do município, além de apresentar um acervo arquitetônico significativo no estilo Art Déco (Sousa & Anjos, 2018). Sendo assim, a partir da ad...

Capital mercantil, transportes fluviais e a rede urbana sub-regional de Parintins-AM

Revista Geografia e Pesquisa, 2019

O texto tem como objetivo analisar as atividades do Capital Mercantil em Parintins (AM), cujas práticas espaciais atingem diversas áreas circunvizinhas, formando a rede urbana a partir de transportes fluviais. A coleta de dados é relativa às sete maiores empresas comerciais locais que atuam na economia em múltiplas frentes, estruturando sistemas territoriais. Tais empresas realizam intensas redes de trocas de mercadorias com: 1) Manaus enquanto centro primaz; 2) a rede urbana do estado do Pará; 3) o entorno sub-regional cuja distribuição é feita por embarcações pertencentes à economia popular. Produzem alterações no espaço intraurbano de Parintins se apropriando de espaços públicos (beiras de rio) para construção de portos, além de novos investimentos nas periferias em expansão. Constata-se que as atividades desse Sistema Territorial dominante é uma das principais forças propulsoras de influência na formação da rede urbana sub-regional de Parintins, o que a torna um importante nódulo da região. Palavras-chave: capital mercantil, sistemas territoriais, rede urbana, transporte fluvial. This paper aims at analyzing the activities of the Mercantile Capital in Parintins, state of Amazonas, Brazil, whose spatial practices reach several surrounding areas, forming an urban network based on fluvial transportation. Data collection is related to the seven largest local commercial companies that operate in the economy on multiple fronts, structuring Territorial Systems. Such companies conduct intense product exchange networks with: 1) Manaus as a prime center; 2) an urban network in the state of Pará; 3) the sub-regional environment, whose distribution is made by vessels belonging to the popular economy. They produce changes in Parintins' intraurban space by appropriating public spaces (river borders) for the construction of ports and by investing in the expansion of peripheries. The activities of this dominant Territorial System are one of the main driving forces that influence the formation of the sub-regional urban network of Parintins, making it an important nodule of the region.

Mercado imobiliário, neoliberalismo e Covid-19: a crise vista pelos olhos da "oportunidade"

Cientistas sociais e Coronavírus. Boletim n. 64 , 2020

O tema do boletim n.64 gira em torno da habitação. João Paulo Castro (UniRio) e Roberta Guimarães (UERJ) tratam da forma como o mercado imobiliário e a construção civil operam no sistema neoliberal, apontando para as atualizações e adaptações destes setores frente a crise sanitária, expressas pela exploração dos trabalhadores, incentivo à competitividade e intensificação de modelos habitacionais segregados.

Novas perspectivas para gestão das cidades: Estatuto da Cidade e mercado imobiliário

Desenvolvimento e Meio Ambiente, 2005

A ausência de controle quanto ao uso da propriedade urbana para benefício individual torna o mercado imobiliário o grande agente estruturador da cidade e, nesse contexto, a população com menores recursos é excluída dos benefícios da urbanização, passando a ocupar de forma irregular o território da cidade. Diante desse quadro, o texto apresenta uma análise da cidade de Curitiba, Paraná, sob o ponto de vista da relação entre mercado imobiliário e estruturação da cidade, procurando demonstrar como a cidade capitalista segrega e exclui aquela parcela da população cuja renda não permite o acesso ao mercado formal de terras. O trabalho analisa as possibilidades de a Lei Federal nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade – interferir sobre a lógica de funcionamento do mercado imobiliário urbano, recuperando com isso as discussões sobre reforma urbana e criando perspectivas para o cumprimento da função social da cidade. Enfim, o texto busca identificar possibilidades e limites para a atuação das pol...

Os espaços residenciais fechados do setor sul de Ribeirão Preto e o domínio do capital mercantil no processo de expansão urbana no município nos anos 2000

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

Resumo Este trabalho aborda o estudo de caso realizado no município de Ribeirão Preto/SP sobre a produção imobiliária no Setor Sul da cidade, região de maior expansão dos últimos anos e que concentra famílias e serviços de alta renda em espaços residenciais fechados e seu entorno. Tem como objetivo identificar e analisar o processo de produção e expansão urbana e em que medida a atuação dos agentes envolvidos responde à dinâmica de valorização dos capitais e das propriedades locais ou de capitais externos ligados a processos gerais, atualmente debatidos no âmbito dos estudos sobre a financeirização do espaço urbano. Para análise, são utilizadas três perspectivas, construídas a partir de pesquisa bibliográfica, coleta de dados empíricos e entrevistas. A primeira, trabalha a importância dos capitais mercantis locais na explicação dos processos de apropriação do território; a segunda, influenciada pela economia política regulacionista, analisa a legislação sobre o parcelamento do solo ...

A financeirização do circuito imobiliário como rearranjo escalar do processo de urbanização

Confins, 2013

Nos últimos cinco a dez anos, o setor imobiliário residencial no Brasil registrou uma expansão extraordinária em termos de lançamentos e vendas. Essa expansão, que vem transformando rapidamente as metrópoles brasileiras, foi impelida por um entrelaçamento sem precedentes do sistema financeiro com o circuito de produção e consumo do ambiente construído urbano no país. Na esteira desse fenômeno, muitos autores vêm tentando interpretar essas transformações à luz do movimento de financeirização da economia, como uma expressão do poder redobrado dos investidores financeiros em obter rendimentos com a transformação do espaço urbano. Esse trabalho pretende contribuir para esse debate em curso argumentando que o processo de financeirização, que nos últimos anos atingiu os negócios imobiliários no Brasil, produziu um reordenamento dos vínculos entre as escalas geográficas. A primeira parte do trabalho dedica-se, assim, a proporcionar uma visão panorâmica das transformações ocorridas nos negócios imobiliários como fruto da articulação com o sistema financeiro. Na segunda parte, apoiando-nos em uma gama de entrevistas realizadas entre 2011 e 2012 e em levantamentos de dados sobre o setor em questão, procuramos colocar em destaque as formas de articulação entre agentes situados em diferentes escalas socioespaciais. Nesse movimento, a articulação entre a escala global e a escala nacional é ilustrada pela necessidade das incorporadoras de tornarem suas atividades mais “transparentes” a fim de que seus papéis possam ser agregados ao portfólio de grandes investidores institucionais estrangeiros. Os vínculos entre a escala nacional e a local, por sua vez, são examinados como fruto do estabelecimento de parcerias entre as grandes incorporadoras financeirizadas e construtoras/incorporadoras pequenas e médias regionais. Em ambos os casos, procuramos colocar em evidência os desencontros e as tensões que resultam da aproximação de agentes expressivos de lógicas espaço-temporais díspares, demonstrando que a escala geográfica, longe de ser uma dimensão estanque do processo social, é produzida e transformada socialmente e, enquanto tal, internaliza tensões e contradições sociais. O trabalho realça, em sua conclusão, a importância da construção de nexos escalares para a reprodução do poder das finanças na atualidade.