POR UMA ABORDAGEM DA HISTÓRIA CULTURAL DAS PRÁTICAS DE ESCRITA NA EDIÇÃO DE TEXTOS (original) (raw)

PRÁTICAS CULTURAIS DA ESCRITA: EDIÇÃO E LEITURA DO MANUSCRITO ALFABETIZAÇÃO, ETC. E TAL DE EULÁLIO MOTTA

O artigo apresenta uma edição semidiplomática do manuscrito Alfabetização etc. e tal do escritor baiano Eulálio Motta (1907-1988), e um estudo das práticas de alfabeti-zação formal na comunidade Capela do Bom Jesus, no município de Mundo Novo – BA, na década de 1950. O texto editado revela práticas sociais do ensino da escrita e da leitura no sertão baiano e para empreender o estudo e a edição do texto foram conside-radas as relações entre filologia e acervos de escritores (BARREIROS, 2012); os usos sociais da escrita enquanto prática escriturística capaz de “inventar” o cotidiano (CER-TEAU, 2008); a história cultural das práticas de escrita (CASTILLO GÓMEZ, 2002; CHARTIER, 2001); a história da educação no Brasil (COSTA; TAMAROZZI, 2009), a formação de professores e as interfaces entre escrita e memória (BRANDÃO, 2002; NORA, 1993). A pesquisa pretende contribuir para o conhecimento da história cultural das práticas de escrita do sertão da Bahia.

LETRAMENTOS EM PERSPECTIVA HISTÓRICA: DO IMPÉRIO DA ESCRITA AOS SONHOS DO PÓS-PANDEMIA

Dossiê 50 anos das Letras na Ufac, 2022

O caráter plural dos letramentos, embora não seja uma novidade, tem sido reconhecido como um fenômeno contemporâneo. Problematizo essa visão, partindo: a) da definição dos letramentos como práticas sociais; b) da recuperação da oposição entre letramento autônomo e letramento ideológico; e c) de uma indagação sobre o império da escrita tanto no ambiente escolar quanto no funcionamento da sociedade de maneira geral. Comento o fato de que recursos tecnológicos disponíveis antes da pandemia do coronavírus – e de uso desigual na sociedade – passaram a ser definidos como o instrumental apropriado para uma nova concepção de escola no “pós-pandemia”. Busco, por fim, mostrar que os letramentos se caracterizam pela demarcação de espaços para as pessoas e de distâncias entre elas. Proponho, pois, uma crítica sobre o efeito dos letramentos, defendendo que podem ser modos de administrar o espaço e as distâncias dos pontos de vista físico e social.

EM BUSCA DE APROXIMAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA DA CULTURA ESCRITA E A EDUCAÇÃO DE SURDOS

Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2021

Este ensaio tem como objetivo refletir e fazer uma aproximação entre os campos da História da Cultura Escrita e da Educação de Surdos. A fim de se alcançar este propósito, as questões elencadas para discussão foram: algumas considerações acerca do campo da História Cultural da escrita; a educação dos surdos numa perspectiva histórica; a língua de sinaisuma modalidade linguística viso-gestual; a visão da surdez numa perspectiva social e os desafios do letramento na educação bilíngue para surdos. Ventilam-se, pois, possibilidades de investigações num campo ainda desafiador e não desbravado: a história cultural das práticas de escrita de sujeitos surdos.

CULTURA E IDENTIDADE EM PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO PROEJA

Resumo: Ler e escrever na escola vão além do simples treinamento de competências e habilidades, avançam na perspectiva de letramentos múltiplos. A partir da Carijada, produção artesanal de erva-mate, projeto desenvolvido junto aos indígenas da Aldeia Tekoá Pyaú, com a participação da comunidade acadêmica do IF Farroupilha Campus Santo Ângelo, foram organizadas situações de aprendizagem na turma de PROEJA. Dentre elas, a expressão oral e escrita sobre as percepções dos alunos acerca da experiência. Essas escritas foram postadas no blog Divers@, constituído para ser um espaço de interlocução de ideias e publicação de experiências para ampliar as possibilidades de leitura, escrita e, em consequência, de exercício da cidadania A consciência de que estamos ensinando um sujeito histórico-social, o reconhecimento da flexibilidade do currículo como forma de promover a participação dos alunos são pressupostos indispensáveis na educação de jovens e adultos. A experiência da Carijada, que é um patrimônio cultural imaterial, possibilitou a emergência de histórias, de vivências e lembranças que são potencializadoras de falas e escritas. A experiência mostrou que a inserção no mundo escolar de temas reais relacionados com a história e a cultura dos alunos é um dos posicionamentos didático-pedagógicos que favorecem a expressão e a ampliação dos letramentos dos alunos e possibilitam a significação das aprendizagens escolares. Palavras-chave: Letramentos múltiplos, Cultura; Identidade. Introdução O ensino de um componente curricular pode ser conduzido com base em diferentes concepções sobre como aprendemos e ensinamos. A seleção de materiais e metodologias, o que propomos ou produzimos em sala de aula refletem nossas concepções e representações sobre educação. Assim, docentes e alunos somos sujeitos de aprendizagens. Aprendizes ativos que buscam compreender os conceitos e fenômenos com os quais nos deparamos nas nossas interações sociais e interagimos para que a aprendizagem ocorra. Este estudo apresenta um contexto de aprendizagem em uma classe de PROEJA em que se trabalhou a escrita tendo em vista letramentos múltiplos, a partir do resgate de elementos culturais que suscitaram o desejo de socializar experiências.

O PROCESSO HISTÓRICO DA ESCRITA E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO

Podemos dizer que uma das grandes "invenções" da humanidade até hoje foi a escrita, que surge a partir da necessidade do homem de criar registros, armazenar dados, enfim, de preservar sua história. Os vestígios mais antigos da escrita são originários da região baixa da antiga Mesopotâmia e datam de mais 5500 anos.Primeiramente a escrita era formada por ideogramas que representavam uma palavra, assim sendo, eram necessários diversos signos pictóricos para representar tantos quantos objetos ou idéias fossem necessários.

LUZIA LEITORA: A NARRATIVA JORNALÍSTICA NA ESCRITA DA HISTÓRIA

Brasil/Brazil, 2020

This article analyzes the behavior of the character Luzia Cambará as a newspaper and almanac reader in O Continente. It is understood that Luzia's reading practice not only indicates an intention to upset her interlocutors, in a context that denies women the right to express an opinion on certain subjects, but also leads to new interpretations about the writing of history in Erico Verissimo's trilogy, often legitimized by the journalistic narrative.

LER E ESCREVER NAS AULAS DE HISTÓRIA: DA PRISÃO DA PALAVRA AO LABIRINTO DO EXTERIOR

Revista de História e Estudos Culturais, 2018

Este artigo busca dar atenção a dois conjuntos de questões relativos às praticas de leitura e escrita nas salas de aula de História. De um lado, apresenta dados de uma investigação sobre as diferentes práticas de leitura e escrita geralmente usadas nesse contexto; de outro lado, aborda as práticas ainda não possíveis de catalogar. Trata-se, portanto, de uma reflexão sobre a potência que transita, por vezes, fora das salas de aula e que pode permitir a produção de novas práticas de leitura e escrita e, sobretudo, provocar os jovens para que produzam narrativas históricas através da criação e da imaginação. Nesse sentido, o artigo apresenta o pensamento do exterior (Fora) de Michel Foucault como elemento teórico que permite pensar nossa relação com a linguagem e com as práticas de leitura e de escrita.

INTRODUÇÃO - Apontamentos para a História das CULTURAS DE ESCRITA: DA IDADE DO FERRO À ERA DIGITAL HISTÓRIA DO ALGARVE 03

Agradecimentos: Muitos foram os que tornaram possível a concretização deste projecto que já vai no número 3. A alguns deles, que não vêm referidos no corpo da obra, é necessário deixar aqui o nosso agradecimento: a Lúcia Costa (luciacosta80@gmail.com), a designer que mais uma vez concebeu e deu rosto a esta publicação, e um especial obrigado a Emanuel Sancho, director do Museu do Trajo de São Brás de Alportel, uma presença constante e dedicada. Nota: O uso do Acordo Ortográfico de 1990 foi opção de cada autor. Com o Alto Patrocínio da Direcção Regional de Cultura do Algarve Com o apoio de:

A PRODUÇÃO DE TEXTO NA PERSPECTIVA DA ESCRITA CRIATIVA

Diálogo das Letras, 2015

A Escrita Criativa (Creative Writing), desde o século XIX, tem sido usada como escola para escritores, mas pouco conhecida e explorada no Brasil. A base desta metodologia está na análise e discussão de textos literários, seguida da produção, discussão e revisão textual. São necessários suportes da teoria e crítica literária e conhecimento textual. A maioria das referências está em inglês, mas o que talvez seja empecilho maior para a aceitação da sua metodologia no Brasil no âmbito acadêmico é que os manuais são apresentados em uma linguagem formal, porém, não acadêmica, o que pode dar a impressão de caráter pouco científico. Mesmo assim, julgamos que a proposta pode auxiliar no trabalho do ensino de textos.