O psicanalista: um cosmonauta de uma erótica futura (original) (raw)
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O ofício - quase impossível - do psicanalista
Estudos De Psicanalise, 2010
ABSTRACT The choice of psychoanalysis as a job: sublimation and maniacal reparation. Features of splitting and loss in the therapeutic relationship. Rupture in the ethics: more subtle cases. Incestous climate on the couch. Artful and unfair means disguised as more modern or human techniques. Unalysable remains and the choice of psychoanalysis as a job. Keywords: Reparation, Splitting, Loss, Incestous climate, Non-analyzable remains.
A formação do psicanalista na contemporaneidade
FOLHETIM: Revista de Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano do Rio de Janeiro, 2023
O presente trabalho tem como objetivo pensar o lugar dos discursos na prática psicanalítica, focando nos efeitos da predominância, na contemporaneidade, do discurso universitário e do discurso capitalista, no que diz respeito à formação do analista. Para isso o trajeto escolhido foi de apresentar a Teoria dos Discursos, trazer as elaborações da psicanálise sobre a contemporaneidade e, então, alinhavar os possíveis efeitos da contemporaneidade nos três níveis do tripé da formação analítica: análise pessoal, estudo teórico e supervisão.
O Psicanalista na instituição?
2014
Fazendo uma revisão bibliográfica de textos clássicos e contemporâneos em Psicanálise, o presente artigo pretende apresentar uma resposta consistente e objetiva à possibilidade de atuação do psicanalista no âmbito institucional. Ao explorar os primórdios da teoria Freudiana, colhendo os princípios de uma psicologia social sob seu olhar, enriquecida por tomadas de autores Lacanianos, apresenta os percalços dessa prática no contexto contemporâneo, enumerando desafios e concluindo pela possibilidade de uma atividade com consistência ética psicanalítica. Atividade que se sustente em seu fazer sem desprezar os novos campos de atuação a que o analista possa se encontrar convocado nem os princípios fundamentais dessa abordagem teórica.
Como alguém pode ser psicanalista
Montesquieu, nas Cartas Persas, ilustra a estranheza do homem quando confrontado com uma cultura desconhecida. Assim acontece em relação a psicanalistas: surgiram ocupando lugar inusitado, entre mago e médico, falando da existência de inconsciente, dizendo amenizar dores com conversa?! Mais estranho ainda, precisam experimentar o próprio remédio que preconizam?! Psicanalistas também estão procurando se situar. Citações de vários colegas, desde como ser um analista ideal até o de não haver fórmula para isso, sugerem características necessárias. Porém, é diante do material clínico que se verifica o quanto a prática pode estar longe ou perto do que se prega, submetidos que somos aos nossos ingovernáveis "eus", que insistem em se manifestar no interjogo das forças em ação entre analista e analisando.
O supereu do (jovem) psicanalista
2022
O presente artigo procura dissertar sobre a relação do psicanalista com a doutrina, especificamente no que isso reflete em sua formação e no próprio estatuto da psicanálise e de sua transmissão. Articula-se a ideia do supereu, normalmente atribuída ao caso clínico, agora à posição do analista, constituindo um impasse a ser atravessado que se colocaria, sobretudo, à realidade do jovem praticante. Propõe-se, por fim, a exploração semântica de um termo utilizado por Lacan cuja tradução ampliaria as possibilidades de pensar a prática psicanalítica.
A influência dos autores canônicos na autorização do psicanalista
Artigo publicado na Revista Psicologia USP, em 2013, volume, número 3. Segue o resumo: O artigo aborda a forma como se constroem as “autorias” no discurso psicanalítico – considerando, basicamente, as figuras de autor que organizam a composição de um discurso psicanalítico (Klein, Winnicott, Lacan, por exemplo). A partir de uma apresentação do estatuto da autoria na configuração do discurso psicanalítico, o texto questiona a centralidade da repetição de fórmulas com pretensão canônica e a figura geral do dogmatismo na “autorização” do psicanalista. Sugerem-se desdobramentos e reconfigurações dos fenômenos do dogmatismo e da autoridade no discurso psicanalítico.
Ocupação antirracista e decolonial do espaço psicanalítico
Quaderns de Psicologia
O objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopolítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posição na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma categoria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos artefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamentando uma prática clínica antirracista.