(Tradução) ENTREVISTA COM AXEL HONNETH: DA ANGÚSTIA DE SEPARAÇÃO À LUTA POR RECONHECIMENTO (original) (raw)

Revisão de Tradução: ONIPOTÊNCIA OU FUSÃO? UMA CONVERSA ENTRE AXEL HONNETH E JOEL WHITEBOOK

Dissonancia, 2017

Tradução: Fernando Bee Revisão: Bruna Batalhão, Mariana Teixeira e Olavo Ximenes WHITEBOOK: Esta discussão tem uma longa história. Na verdade, ela agora quase completaria 20 anos. Ela remonta ao ano acadêmico de 1995-1996, quando eu lecionava no departamento de filosofia no programa de estudos psicanalíticos da New School, e Axel era o Professor Theodor Heuss daquele ano. O livro de Axel, Luta por reconhecimento, tinha acabado de ser traduzido para o inglês e estava sendo amplamente discutido. E, na psicanálise, esse foi o auge do movimento relacional. "Relacionalidade" tinha se tornado o assunto da vez. O texto de Stephen Mitchell e de Jay Greenberg tinha se tornado um tipo de texto base da psicanálise que todos estavam usando. Em Luta por reconhecimento, Axel se baseou no material de psicanalistas relacionais, na pesquisa com bebês e em Donald Winnicott, e tentou integrá-los na sua análise do jovem Hegel e de Aristóteles. Mas o uso que ele estava fazendo da análise, Axel HONNETH e Joel WHITEBOOK

A SOLIDARIEDADE NA TEORIA DO RECONHECIMENTO DE AXEL HONNETH

O artigo discute o papel da solidariedade como terceira dimensão do reconhecimento na obra Luta por reconhecimento. A questão central é a de saber como a solidariedade - ou a estima social - pode ser a base substancial para a realização da justiça, do bem-estar e da vida boa, como parece indicar Honneth, em nossas sociedades indiscutivelmente pluralistas. Qual é o conjunto de conceitos capaz de explicar o coletivo social moderno como um todo ético e não meramente como um agregado de indivíduos autointeressados? Uma teoria social que leva a sério a ideia de vida ética resolveria o problema de conciliar as normas excessivamente exclusivas e substantivas de uma comunidade com as normas abstratas universais de um país? Palavras-chave: reconhecimento, solidariedade, pluralismo.

AXEL HONNETH E O RENASCIMENTO DA TEORIA CRÍTICA

RESUMO: A obra de Axel Honneth está entre as mais exigentes da filosofia social contemporânea. Nela, ele busca vincular a filosofia com as ciências empíricas para elaborar uma teoria crítica do reconhecimento. Este artigo oferece uma introdução crítica ao pensamento do autor alemão com todos seus problemas e questões não resolvidos. Apresenta as diferentes etapas de Honneth, desde sua crítica à Escola de Frankfurt, passando pelo desenvolvimento de sua Teoria do Reconhecimento, até a dedicação, na atualidade, a instituições sociais nas quais acredita ter encontrado um ponto de referência de institucionalização do reconhecimento. Mostra-se como Honneth tenta reatualizar a ideia da crítica e da " transcendência intramundana " , ou " crítica imanente " , e superar o déficit sociológico das primeiras duas gerações da Escola de Frankfurt. Não obstante, também se enuncia uma série de problemas vinculados tanto com a imanência quanto com a transcendência da crítica e com a aplicabilidade de sua teoria à investigação empírica. ABSTRACT: Axel Honneth's work is among the most demanding of contemporary social philosophy. In it, he seeks to link philosophy with the empirical sciences to elaborate a critical theory of recognition. This article offers a critical introduction to the thinking of the German author with all his problems and unresolved issues. It presents the different stages of Honneth, from his critique of the Frankfurt School, through the development of his Theory of Recognition, to the dedication at present to social institutions in which he believes he has found a point of reference for the institutionalization of recognition. It is shown how Honneth attempts to re-actualize the idea of criticism and "intramundane transcendence" or "immanent criticism" and overcome the sociological deficit of the first two generations of the Frankfurt School. Nonetheless, a series of problems related both to immanence and transcendence of criticism, as to the applicability of its theory to empirical investigation, are also enunciated.

AXEL HONNETH E O LEGADO DA TEORIA CRÍTICA

Introdução O texto aqui apresentado pretende discorrer sobre alguns aspectos da teoria do reconhecimento de Axel Honneth, mostrando suas contribuições para a elaboração de uma teoria crítica no presente contexto histórico das sociedades ocidentais, mas igualmente algumas limitações que entendemos nela se manifestar, considerando o horizonte dos próprios problemas teóricos e históricos que foram levantados pela Teoria Crítica desde os anos 1930. Tais limitações não se centralizam, entretanto, no conjunto de questões já levantados por Nancy Fraser acerca das relações entre redistribuição e reconhecimento, mas pretendemos inserir uma outra ordem de problematização teórica que toma como parâmetro conceitos e categorias que nos parecem insuficientemente tratados por ambos os autores, mas que dizem respeito ao legado iniciado pela primeira geração da Teoria Crítica. Inicialmente, tentaremos apresentar brevemente algumas das características da Teoria Crítica ao longo de seu desenvolvimento histórico, destacando os aspectos mais relevantes para nossa argumentação, e para que possamos entender de que modo o pensamento de Honneth aparece no desenvolvimento histórico dos que se reivindicam herdeiros de uma teoria crítica. Cuidando para não sermos demasiado repetitivos acerca de questões já debatidas por diversos autores 1 , tentaremos nos ater ao mais fundamental para a argumentação aqui proposta. Aliás, a reconstrução do pensamento frankfurtiano é objeto de uma obra seminal do próprio Honneth (1991), embora uma das sugestões aqui presentes é de que parece haver um hiato teórico entre esta e sua obra posterior sobre o reconhecimento (Honneth, 2003). Num segundo momento, tentamos expor as teses de Honneth sobre uma " luta por reconhecimento " sempre no âmbito das questões históricas que ocuparam a Teoria Crítica desde o seu início, considerando principalmente os pensamentos de Adorno e Habermas. Pretendemos expor tanto alguns aspectos

RECONHECIMENTO E DIFERENÇA NA TEORIA ÉTICA DE AXEL HONNETH: UMA QUESTÃO EM FORMA DE ENSAIO

Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, 2019

Este ensaio propõe uma via para a crítica da ética do reconhecimento de Axel Honneth no que diz respeito ao lugar que atribui à diferença. Embora não discuta a importância do reconhecimento na vida ética e, principalmente, nas lutas políticas, o ensaio questiona a centralidade a que o reconhecimento é alçado na teoria de Honneth. Na base da crítica, está o papel do negativo (como contradição constitutiva), aparentemente superestimado por Honneth na vida ética. Este ensaio postula um lugar necessário para a positividade (como afirmação de si, afirmação positiva das relações e singularidade em si mesma) na vida ética. Palavras-chave: Reconhecimento; Diferença; Negativo; Positivo.

A RECONHECIBILIDADE PRECEDE O RECONHECIMENTO? ACERCA DAS CRÍTICAS DE JUDITH BUTLER A AXEL HONNETH

Mariana Pimentel Fischer, 2018

Resumo: Buscaremos, neste artigo, investigar o debate entre Axel Honneth e Judith Butler, que, cada vez mais, ganha importância para a filosofia política contemporânea. A filósofa e o filósofo discutem a ligação entre reconhecimento e lutas sociais, especialmente, o papel de identidades nestes conflitos. O fundamento da polêmica reside nas divergentes leituras de Hegel: Honneth enfatiza o papel da intersubjetividade e do amor e, a partir daí, escreve sobre a afirmação de identidades em lutas por reconhecimento; já Butler lê Hegel com os franceses e, nesse tom, insiste na relevância de um desejo de reconhecimento e interessa-se por conflitos sociais que não mais se apoiam em identidades. Palavras-chave: reconhecimento, lutas sociais, identidades, abjeção. Abstract: this essay examines the debate between Axel Honneth and Judith Butler which is increasingly gaining relevance for the contemporary political philosophy. Both philosophers investigate the connection between recognition and social struggles. Their divergent interpretations of Hegel are in the core of their disagreements: Honneth emphasizes de role of love and intersubjectivity and defends the affirmation of identities in social struggles; in the other hand, Butler´s point of departure is the French interpretation of Hegel, therefore she insists on a desire of recognition and on the importance of struggles that are no longer based on identities.

e-Book - SEPARAÇÃO: O ESTRANHO ENIGMA DO NÓ ENTRE AMOR, ANGÚSTIA E LUTO SEGUNDO A PSICANÁLISE

SEPARAÇÃO: O ESTRANHO ENIGMA DO NÓ ENTRE AMOR, ANGÚSTIA E LUTO SEGUNDO A PSICANÁLISE

A temática abordada em Separação: o estranho enigma do nó entre amor, angústia e luto segundo a psicanálise ressalta possibilidades para se desvendar o nó entre esses três afetos: amor, angústia e luto. Ressaltaremos o trabalho do luto, consequentemente a angústia pelo amor perdido e do ideal como via possível do encaminhamento de um processo de análise. É uma reflexão que busca realizar como se processa essa tarefa e qual o objeto que a ela recai. Será avaliado como a solução melancólica retrata a dificuldade do sujeito diante do objeto e se valorar das contribuições desde Freud a Lacan sobre tudo o que fala a respeito de suas formulações sobre o tema. Sobre a autora: Christianne Marie Nahuz de Miranda Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais, na Argentina. Mestre em Psicanálise pela Universidade John Kennedy. Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Gestão Empresarial e Gestão de Pessoas; Psicopedagogia e Terapia de Família e de Casal. Graduada em Psicologia e em Pedagogia. Professora Universitária, com experiência nos cursos de Psicologia, Pedagogia e Administração. › marienahuz@gmail.com

AXEL HONNETH E A SUA TEORIA PLURAL DA JUSTIÇA

VERITAS, 2019

Axel Honneth desenvolve o conceito de reconhecimento, encarado como uma necessidade fundamental do ser-humano, de forma a constituir-se no núcleo de uma teoria da justiça que procura especificar as condições intersubjetivas de autorrealização individual. Apresenta-se uma teoria da justiça assente na reconstrução das práticas e condições de reconhecimento já institucionalizadas, analisando as instituições Sociais em um sentido amplo. Pretende-se aproximar a concepção normativa da justiça da análise sociológica das sociedades modernas, através da reconstrução normativa e ao colocar a ênfase na liberdade social, baseada na dimensão intersubjetiva das instituições de reconhecimento. A liberdade social prevê o acesso às instituições de reconhecimento. Um dos objetivos é esboçar os problemas desse avanço interpretativo da teoria crítica do reconhecimento, pelo que iremos convocar a teoria da luta pelo reconhecimento de Honneth, incluir a sua reactualização mais recente do Direito de Hegel e explorar a sua proposta normativa para as condições de uma vida ética.

AXEL HONNETH E A TEORIA CRITICA CONTEMPORANEA

2020

The purpose of this article is to examine the concept of recognition in thought from contemporary philosopher Axel Honneth. Therefore, this study uses as a work the main book “The struggle for recognition: the moral grammar of social conflicts”. In it, the author presents recognition as an essential factor for the construction of social conflicts. Originally, Honneth identifies that the impetus for conflict stems from experiences of disrespect. Moreover, presents a struggle for recognition constituted from continuous actions, that is, the search for rights is a process that is not constituted immediately, but from the historical process.

A DIMENSÃO POLÍTICA DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA DE HANNAH ARENDT

Identificando que o discurso é um atributo essencialmente humano, fundamental para a convivência dos indivíduos e para a constituição de um espaço no qual falamos e somos ouvidos, Hannah Arendt assinalou a importância da palavra para a edificação do mundo, enquanto construção plural. Diante disso, o presente artigo pretende investigar a dimensão política da linguagem na perspectiva arendtiana. Considerando que esta temática nos fornece uma chave de leitura abrangente pela teoria política da autora, assinalaremos a intrínseca relação entre ação e discurso, em referência à pluralidade ontológica que compõe a coexistência dos homens, bem como ao nexo essencial entre o logos e o pensamento. Além disso, guiados pela hipótese de que a palavra funda a esfera pública, arrazoaremos sobre o uso antipolítico da linguagem, destacando a ideologia e a mentira na política. Nesse mesmo fio condutor, por fim, dissertaremos acerca da relevância da língua materna para o compartilhar-o-mundo, corroborando com a perspectiva da autora que este espaço plural somente é possível quando possa ser tomado como objeto de discurso.