Glauber Rocha e a autonomia relativa do campo artístico: o caso do documentário “Amazonas, Amazonas” (1966) (original) (raw)

Amazônia em transe: tensões políticas e estéticas do documentário Amazonas, Amazonas de Glauber Rocha

REVISTAMARACANAN Resumo: O projeto de pesquisa intitulado " Amazônya de Glauber Rocha " pretende investigar o impacto da breve estadia no Amazonas em 1965 na obra e na trajetória do cineasta baiano. Tanto essa passagem quanto seu resultado imediato, o filme Amazonas, Amazonas (1966), carecem de maiores estudos. Por meio de um leque variado de documentos, tentamos apresentar neste texto o principal foco da pesquisa até o momento: as tensões políticas e estéticas que cercaram a produção do documentário. Abstract: In our research project " Amazônya de Glauber Rocha " , we investigate the impact of a brief stay of Rocha in the Amazon in 1965. Both his visit and its immediate result, the film 'Amazonas, Amazonas' (1966), require further studies. Through a wide range of sources, we present our main research interest: the political and aesthetic tensions surrounding the production of the documentary.

Glauber Rocha descobre a Amazônia: discurso e representações sociais no documentário "Amazonas, Amazonas"

Arteriais - Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará, 2020

O artigo faz uma análise do discurso fílmico do documentário de curta-metragem Amazonas, Amazonas, dirigido pelo cineasta baiano Glauber Rocha entre os anos de 1965 e 1966. Para isso, recorremos a fontes documentais e bibliográficas no intuito de reconstituir a experiência do diretor na região e as condições sociais de produção do filme, buscando identificar que representações ele faz do Amazonas - e da região amazônica, em sentido mais amplo.

Amazonas, Amazonas de Glauber Rocha e a música de Villa-Lobos: representações entre passado, presente e futuro

Revista Intercom, 2021

Glauber Rocha realizou o documentário de encomenda Amazonas, Amazonas (1966) após Deus e o diabo na terra do sol (1964), lançando mão novamente de músicas de Villa-Lobos: a peça Uirapuru e Estudos para violão, alguns deles já utilizados em Arraial do Cabo (Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro, 1959). Destacamos as escolhas musicais e como elas, em conjunção com as imagens e outros elementos sonoros, atuam em Amazonas, Amazonas, tendo em vista as representações da região amazônica, entre mitos, sua desconstrução e evocações do subdesenvolvimento e do progresso, em uma estética entre filme institucional e Cinema Novo. Observamos que, na distribuição dos dois conjuntos de peças (Uirapuru e peças para violão) ao longo do filme, para além de uma relação temporal com um passado mítico ou com o presente da região, há uma lógica geográfica. Destacamos também reutilizações da peça Uirapuru em outros filmes. Palavras-chave: Cinema Novo. Glauber Rocha. Villa-Lobos. Cinema e Música. Representações.

América Nuestra: Glauber Rocha e o cinema cubano

Nos anos sessenta, cineastas argentinos, chilenos, cubanos e brasileiros, tais como Fernando Solanas, Fernando Birri, Miguel Littín, Julio García Espinosa, Tomás Gutiérrez Alea, Glauber Rocha, compartilharam um desafio comum: a criação de um novo cinema latino-americano, que fosse esteticamente original, consolidasse uma identidade própria no panorama internacional, e que tivesse como projeto subjacente a reflexão sobre os problemas peculiares à América Latina como o subdesenvolvimento, o abuso do poder, as gran-

Artista, intelectual: Glauber Rocha e a utopia do cinema novo. (1955-1971)

2006

Glauber Rocha teve uma existencia marcada pela pesquisa constante deoriginalidade para sua criacao artistica e sua producao intelectual. Desde jovem, ele seesforcou para produzir uma obra e um discurso consistente de significado, distante dosenso comum e do pensamento formatado. A melhor maneira, segundo o cineasta, paraser original em arte era procurar toda uma simbologia que remetesse a obra a sua culturade origem.

Cinema e Subjetividade. Arte, indústria, política e o dispositivo revolucinário de Glauber Rocha

Cinema e Subjetividade. Arte, indústria, política e o dispositivo revolucinário de Glauber Rocha, 2019

Eis porque é tão necessário fazermos uma análise global da natureza dos fenômenos audiovisuais. Nossa primeira pergunta é: onde devemos procurar uma base segura de experiência para nossa análise? Como sempre, a mais rica fonte de experiência é o próprio homem. O estudo de seu comportamento, e particularmente neste caso, de seus métodos de perceber a realidade e de formar imagens da realidade, será nosso determinante. Serguei Eisenstein. Kynema, espelho Kózmyco das pulsões físicas e metafísicas, transe Extazyskuz do Rytu, Estétyk Poét além da Filozofya Cyentyfyk, ou da KiêciaFylozófyka.

Patrimônio Da América: Glauber Rocha, Tomás Gutiérrez Alea e as Memórias Em Imagem e Som

Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, 2010

Os arquivos audiovisuais são "lugares de memória" que conservam acervos pouco explorados pelos estudos históricos. O texto apresenta algumas possibilidades de pesquisas com acervos multimeios. Muitas vezes preservadas em cinematecas, outras vezes em arquivos pessoais, essa documentação variada foi geralmente acumulada, ao longo de anos, por personalidades ligadas à cultura de um país. Nosso texto parte da valorização desses acervos como patrimônio histórico, propondo uma análise prática de documentos em suportes variados. Nosso objetivo é cruzar os estudos da história cultural com estudos de história do cinema, considerando o patrimônio audiovisual como um objeto comum aos dois campos de pesquisa.

A estética da fome: Glauber Rocha e a abertura de novos horizontes

Confluenze Rivista Di Studi Iberoamericani, 2009

In 1965, Glauber Rocha presents, in Genova, his Estética da fome, a thesis mining the European point of view on South American Art, by denouncing its longing for Primitivism. Lighting this crucial document about Cinema theory, in this article we try to understand in which way Rocha's gaze goes over the lines that, in the international scene, distinguish us from European culture. That's why, we tried to sketch out the expectation horizon with which critics receive the thesis, that adfirms new interpretation paradigms of Cinema Novo, over national borderlines.