História, literatura e marxismo(s) - aula II (original) (raw)

As duas almas de um livro: História e Consciência de Classe entre o marxismo tradicional e o marxismo heterodoxo

Verinotio, 2013

A partir do conceito de reificação, gostaria de propor um breve reexame de História e Consciência de Classe tendo em vista dois eixos temáticos, e mostrar, ao mesmo tempo, a fertilidade e os impasses do livro. Por um lado, ao descrever a naturalização das relações sociais capitalistas, Lukács pretendia atacar os limites e as contradições das duas correntes dominantes do marxismo, incorporadas pela social-democracia alemã e pela ortodoxia da III Internacional. Por outro, trata-se de mostrar que a descrição da reificação foi acompanhada por uma leitura particular do período histórico no qual o autor compôs seus textos. Taking the concept of reification as a point of departure, I would like to review History and Class Consciousness in face of two themes, and at the same time show both the fertility and the impasses of the book. On the one hand, describing the naturalization of capitalist social relation, Lukács wanted to attack the limits and contradictions of the two dominant currents of Marxism, incorporated by the German Social-democracy and the III International Orthodoxy. On the other hand, I would like to show how the description of reification was associated with a peculiar reading of the historical time in which the book has been written.

A nova historia politica e o marxismo

Resumo: O objetivo deste texto é refletir sobre a nova história política e o marxismo. Faz-se uma síntese do percurso da história política, dando ênfase a sua fase atual, inaugurada na década de 1970. As relações e conflitos entre as duas correntes emergem ao longo da abordagem para, ao final, serem retomadas com vistas a identificar possíveis pontos de aproximação e diálogo entre as duas propostas historiográficas. Palavras-chave: Nova História Política, marxismo.

A categoria marxista conteúdo e forma na leitura literária

Revista ibero-americana de estudos em educação, 2017

RESUMO: Este estudo analisa a obra Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, em adaptação publicada em 2013. O objetivo da pesquisa foi o de perceber a relação da categoria marxista conteúdo e forma presente na obra. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com abordagem críticodialética. A análise permite afirmar que a relação conteúdo e forma são elementos indissociáveis em uma obra literária e favoráveis para o desenvolvimento da formação de futuros leitores. PALAVRAS-CHAVE: Obra literária. Conteúdo e forma. Leitura literária. Categoria marxista.

História do marxismo v. 1 O marxismo no tempo de Marx

U m a das maiores com provações do valor científico do materialismo histórico, da teoria marxista da sociedade, é sua capacidade de aplicar-se a si mesmo: com o todas as manifes­ tações do pensam ento hum ano, também o marxismo é fruto de constelações históricas concretas. E revela sua vitalidade porque evo­ lui, se enriquece e se m odifica na tentativa in­ cessante de compreender e responder adequa­ damente aos novos problemas colocados pela evolução histórico-social. A inda são poucas, ao que eu saiba, as tenta­ tivas de elaborar uma história global do mar­ xism o à luz do próprio marxismo. A s amplas e im portantes monografias sobre períodos e au­ tores concretos, independentemente do seu eventual valor autônom o, são um material pre­ paratório indispensável, mas não anulam a ne­ cessidade dessa história global; uma história que, por ser marxista, não pode se limitar a re­ produzir a evolução das idéias, mas deve tam­ bém indicar as raízes sociais dessas idéias e sua influência concreta nos m ovim entos políticos e sociais que nelas se inspiram. T ão-som ente uma história desse tipo pode indicar a resposta para uma questão decisiva: o marxismo foi capaz, em suas inúmeras ramifi­ cações e " escolas" , em suas várias etapas e cor­ rentes, de se conservar ao mesmo tem po fiel aos princípios básicos do materialismo históri­ co e à com plexidade de uma realidade dinâmi­ ca e em permanente evolução? Para uma concepção dogm ática do marxis­ m o, uma história assim concebida seria im­ possível. Marx e Engels (e Lênin) já teriam for­ m ulado um corpo doutrinário com pleto e aca­ bado, que caberia aos novos marxistas apenas " aplicar" à realidade; tudo o que aparente­ mente diverge desse pretenso corpo acabado-definido, adem ais, de m odo estreito e dogmáti co-não passaria de " revisionism o", de aban­