Gêneros, sexualidades e mídias contemporâneas: do pessoal ao político (original) (raw)
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Gênero e sexualidade na atualidade
Gênero e sexualidade na atualidade, 2018
Livro didático produzido para o Curso de Especialização em Gênero e Sexualidade na Educação, oferecido pelo NuCuS, UFBA e UAB, que explica alguns conceitos e categorias do campo da diversidade sexual e de gênero da atualidade
Gêneros (digitais) em foco: por uma discussão sóciohistórica
ALFA: Revista de Linguística, 2010
• O objetivo deste artigo é realizar uma discussão de caráter sócio-histórico que aponte o que, a nosso ver, seriam as três grandes fases na história da constituição dos gêneros discursivos, a saber: suas origens na Retórica aristotélica, ainda como um gênero oral; sua redefi nição a partir da invenção da escrita tipográfi ca no século XV; e sua "transformação" em gêneros digitais com o advento da Internet. Como base teórica, adotamos uma perspectiva sócio-histórica de linguagem, cuja formação se estende desde a retórica aristotélica, perpassa a visão bakhtiniana dos gêneros discursivos e é ressignifi cada em teorias mais recentes que lidam com a questão dos gêneros digitais ). Consideramos que tal discussão de cunho sócio-histórico pode nos permitir construir um referencial teórico ainda pouco explorado no meio acadêmico que traga contribuições que contemplem tanto questões de cunho sócio-ideológico (mais amplas) quanto questões de cunho linguístico-discursivo (mais específi cas) a partir de uma relação dialética entre teoria e prática na constituição de gêneros digitais.
Gênero, notícia e transformação social
Gênero, notícia e transformação social, 2019
A construção do conhecimento ocorre quando este circula, chega aos olhos dos outros. Mas, para que isso aconteça, é preciso ajustar-se às realidades presentes no ecossistema midiático e aos comportamentos presentes nesse ecossistema. Com esse olhar, Neil Postman publicou, em 1996, a obra O Fim da Educação. Na ocasião, considerou as mudanças comportamentais das crianças daquele momento. Essas crianças são os adultos de hoje, e resultam daquele cenário midiático, com uma liberdade de conhecimento até então desconhecida pela sociedade. Mas, de que sociedade estamos falando? Falamos sobre uma sociedade conectada, aterrissado em um cenário onde a territorialidade se desmaterializa, transformando a matéria em bases binárias. Como nos propõe, há pouco mais de uma década, o antropólogo Marc Augé, vivemos em um não-lugar repleto de potenciais fluxos de conhecimento. Uma territorialidade experimentada por outra mudança social: a mobilidade. Esse espaço não-lugar, somado à mobilidade e à filosofia de conhecimento livre, oferece uma perspectiva em prol de uma sociedade melhor. Por essa razão, o GENEM - Grupo de Estudos sobre a Nova Ecologia dos Meios criou o MEISTUDIES, que conta com a Ria Editorial como parceira responsável pelas publicações dos textos apresentados em seus dois eventos - o Congresso Internacional Media Ecology and Image Studies e o Congresso Ibero-americano sobre Ecologia dos Meios. Os eventos, realizados 100% na modalidade virtual, possuem conteúdo aberto é gratuito. A Ria Editorial se associou ao projeto e organiza os textos em e-books distribuídos gratuitamente, o que proporciona maior construção do conhecimento coletivo. Diante disso, apresentamos o livro Gênero, notícia e transformação social, que resulta das mesas “Inclusão, Estudos de Gênero e Tecnologia”, “Ecologia dos Meios e Jornalismo” e “Comunicação e Transformação Social”, selecionados para o 1o Congresso Ibero-americano sobre Ecologia dos Meios, e esperamos que os mesmos colaborem para a difusão científica, em especial sobre essas temáticas. Encontramos olhares oriundos de diversos países e áreas do conhecimento. Uma diversidade concretizada pelo não-lugar, que transforma a nossa territorialidade em um espaço binário infinito. Boa leitura.
Mídia, gênero e conservadorismo
Teoria & Pesquisa Revista de Ciência Política
O objetivo deste artigo é analisar como as prefeitas eleitas em municípios do circuito histórico da Estrada Real, em Minas Gerais, Brasil, construíram suas representações políticas na esfera pública conectada das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2020 e como elas as mantiveram no primeiro ano de mandato, considerando a crescente utilização da estratégia de campanha permanente, caracterizada pela intensificação do processo de midiatização. Para elaborar essa pesquisa, foi realizada uma breve revisão teórica sobre a relação dialética entre o feminismo como movimento de massa (FRASER, 2019) e o surgimento do neoconservadorismo (BIROLI; MACHADO, VAGGIONE, 2020), estabelecendo as noções conceituais de esfera pública conectada (BENKLER, 2020), midiatização (HJARVARD, 2012), campanha permanente (LILLEKER, 2006) e os arquétipos das mulheres candidatas (PANKE, 2016). A metodologia utilizada foi híbrida, combinando pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e análise de conteúdo....
Gênero e sexualidades em tempos instáveis: mídias digitais, identificações e conflitos
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, 2018
Neste texto busco versar sobre o modo como as mídias digitais – com foco nas páginas da internet, blogs e redes sociais - e o cenário político nacional se articulam, embasam e desembocam em polarizações e questionamentos sobre as normas sociais, os preconceitos e as exclusões. Proponho-me a pensar, a partir das redes sociais, na ampliação do debate sobre “liberdade de expressão x discurso de ódio”, para além da emergência de novos sujeitos políticos que reivindicam outras identificações para além das já estabelecidas (em especial quanto às identidades fixas relativas ao gênero e às sexualidades).Palavras-chave: Liberdade de expressão. Discurso de ódio. Conflito. Mídias digitais. Gênero. Sexualidades.Link: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8646384/16866
Gênero em dispusta: conflitos políticos, identitários e sociais
Dossiê Gênero em dispusta: conflitos políticos, identitários e sociais, 2023
Ao longo da história, o pensamento científico, incluindo as ciências sociais foi construído sob a égide de uma objetividade dominante que ainda se reflete nas produções acadêmicas contemporâneas. Esse viés objetivista está intimamente ligado à colonialidade do saber, que desvaloriza o conhecimento produzido fora do norte global, como nos Estados Unidos e países europeus, e também leva em consideração fatores como raça e gênero. É importante destacar que a ciência moderna foi moldada por uma subjetividade muito específica: a do homem hétero e cisgênero branco do norte global. Essa perspectiva limitada negligenciou todo um vasto grupo de pessoas que não tinham acesso ao papel de pesquisador, perpetuando assim desigualdades e exclusões no conhecimento científico.
Gênero e política no jornalismo brasileiro
Revista FAMECOS, 2008
A partir de uma ampla amostra do noticiário de telejornais e de revistas semanais de informação, o paper analisa a representação da mulher na política brasileira. Parte-se da compreensão que, além dos desafios de concorrer e se eleger, as mulheres enfrentam dificuldades específicas para ascender às posições centrais do campo político. A sobrevivência de estereótipos de gênero constrange sua ação política e a visibilidade desta ação no noticiário jornalístico, num processo que se realimenta. Isto é, o âmbito considerado “próprio” para a política feminina é também aquele que menos impulsiona as carreiras políticas e que possui menor visibilidade na cobertura jornalística da política.
Gênero:uma falácia contemporânea?
2020
Neste artigo,fruto de minha Dissertação de Mestrado -, pretendo trabalhar a ideia de gênero com um olhar voltado para o seu uso na História. Para tal, usarei como base argumentativa a historiadora norte-americana Joan Scott, além de outros/as autores/as que possam ser complementares ao meu ponto expositivo. Historicamente, a ideia de "gênero" desenvolveuse com o intuito de "agregar", "juntar" os dois sexos (masculino e feminino) em um único espaço de discussão, indo além de debates que cerceiam, única e exclusivamente, à mulher. O objetivo principal deste trabalho é demonstrar como tal ideia vem sendo utilizada fora de sua "intenção original" e pode irradiar outras concepções. É preciso responder a algumas perguntas: será que o "gênero" (utilizado como um conceito contemporâneo) responde às demandas sociais vigentes atualmente? Ou é necessário revisar a utilização de tal palavra?
Transformações Discursivas Das Identidades De Gênero Na Mídia
Cadernos de Linguagem e Sociedade, 2017
- to researches that suggest situations of transformation in gender to. We conducted an investigation about how media discourse is related to this process of gender identity transformation. Thus, it is our aim to investigate how the discourse of the magazine L'