Os Limites da Linguagem Conforme Determinados pela Lógica em Wittgenstein (original) (raw)
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OS LIMITES DA LÓGICA NA OBRA TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS DE WITTGENSTEIN
ARTEFACTUM - Revista de estudos em Linguagens e Tecnologia, 2022
O presente trabalho de caráter qualitativo-bibliográfico apresenta uma proposta de interpretação de alguns pontos do Tractatus Logico-Philosophicus. A obra de Wittgenstein apresenta os limites da lógica para a investigação científica que precisam ser respeitados, pois a tentativa de ultrapassar os limites gera proposições sem sentido nenhum. Delimitar o campo das proposições lógicas, bem como o limite da compreensão racional humana é uma das tarefas revolucionárias do Tractatus. A existência determina a descrição e não o oposto, por isso, a impossibilidade de descrever não significa a inexistência. A linguagem lógica é uma das formas de linguagem, mas não é a linguagem por excelência. A própria existência é uma forma de linguagem. Portanto o limite da capacidade racional humana não interfere no sentido da existência. A tarefa de reconhecer os limites racionais é uma parte muito importante na compreensão do sentido da existência. A experiência do sujeito com as existências do mundo permite a compreensão do sentido, mas não a explicação. Wittgenstein consegue propor uma forma de compreensão da linguagem desafiadora, que encanta, mas ao mesmo tempo desafia na sua aplicação.
Wittgenstein e o uso da linguagem como um cálculo
DoisPontos, 2010
Este artigo examina o papel da analogia do cálculo na filosofia da linguagem deWittgenstein, desde seu período intermediário até o assim chamado último período. Essepapel se transformou porque Wittgenstein se afastou de uma interpretação estrita emdireção a uma interpretação frouxa dessa analogia. A analogia se torna frouxa assim quese admite que o uso da linguagem e o cálculo podem ser comparados de diferentesmaneiras e por diferentes razões. O alvo comum das duas interpretações é a erradicação deum mentalismo que toma equivocadamente pensamento e compreensão como processos eestados ocorrendo na mente do falante, mas Wittgenstein foi progressivamente descobrindoque uma leitura estrita da analogia sugere uma imagem falsa da posição que asregras ocupam na linguagem.
Lógica, Linguagem e Ciência no Tractatus de L. Wittgenstein
The purpose of this article is to present, in a very panoramic, the relationship between logic, language and science in Tractatus Ludwig Wittgenstein. More specifically, our intention is to present science as explained in the work: as your inspiration is hertzian character and how it had a direct impact on the understanding of Wittgenstein on representation, causality and induction. Like all topics of the Tractatus, his philosophy of science can’t be understood outside of a broader context that is proper context of the critique of language. Thus, what is present here do not want to be divorced from the relationship between logic, language and science, since these are the three pillars of the Tractatus Logico-Philosophicus.
Wittgenstein e a questão em torno do tratamento da linguagem
MULINARI, F., 2018
O pensamento de Wittgenstein exerceu uma influência decisiva na filosofia da linguagem do século XX. Enquanto o Tractatus Logico-Philosophicus foi de peculiar importância para o chamado positivismo lógico, a obra Investigações Filosóficas, publicada postumamente em 1953, foi fundamental para boa parte da filosofia analítica posterior.
Explorando Convergências Entre a Perspectiva Wittgensteiniana De Linguagem Ea Prática Exploratória
Anais do SETA-ISSN 1981- …, 2008
Este trabalho explora convergências entre os discursos da filosofia do segundo Wittgenstein e da Prática Exploratória (Allwright, 1999, 2006), buscando evidenciar a relevância dessas relações para a prática pedagógica a partir de uma perspectiva de linguagem não-representacionista, dando especial destaque ao conceito de entendimento. Segundo os princípios gerais da Prática Exploratória, o pesquisador-participante defronta-se com o desafio de (re)construir o entendimento de uma dada situação em sala de aula. Assim, apostamos na convergência entre essa premissa fundamental da Prática Exploratória e a noção wittgensteiniana de entendimento, concebido como capacidade: mostrar que se compreendeu algo na esfera de um determinado jogo de linguagem implica em saber dar o lance seguinte nesse jogo. A abordagem de um fenômeno tão complexo e multifacetado como a aprendizagem requer uma multiplicidade de enfoques, o que torna o diálogo entre a PE e a visada wittgensteiniana um caminho promissor nesse sentido.
Linguagem e mente na Filosofia de Wittgenstein
Argumentos, ano 7, n. 13-Fortaleza, jan./jun. 2015 195 RESUMO Este artigo pretende analisar de que modo é possível falar, em Wittgenstein, da existência de um estado interior quando adotamos os recursos expressivos da linguagem. Neste sentido, os argumentos de Wittgenstein, especialmente em Investigações Filosóficas e Últimos Escritos sobre a Filosofia da Psicologia, permitem libertar a filosofia da mente de uma compreensão que insiste em separar o físico e o mental, enquanto distintos e independentes em substân-cias e qualidades. Em linhas gerais, a primeira objeção à filosofia da mente consistiria em alegar que os modelos artificiais da cognição humana são ca-pazes de replicar características específicas da vida mental humana como, por exemplo, é o caso das qualia. Uma segunda objeção, sustentada no decorrer no artigo é clarear, por um lado, a confusão gramatical e os pseudoproblemas que são associados à expressividade das vivências interiores e, por outro, esta-belecer uma crítica ao modelo funcionalista de mente. Por fim, apontamos que a ambiguidade na expressão do conteúdo mental [ou significação do conteúdo mental] passa a residir nas sutilezas epistemológicas, e não ontológicas, da relação entre linguagem, mente e sociedade. ABSTRACT This article aims to analyze how it is possible to approach, in Wittgenstein, the existence of an inner state when we adopt the expressive resources of language. In this sense, the arguments of Wittgenstein, particularly in Philosophical Investigations and Last Writings on the Philosophy of Psychology, enable the detachment of the philosophy of mind from an understanding that insists to
Intuição e Linguagem: Bergson, Wittgenstein e os limites do dizível
2019
Trata-se aqui de pensar o estatuto filosofico da introspeccao na Filosofia contemporânea. Para tanto, pretende-se contrapor duas tendencias antagonicas acerca do papel da introspeccao quanto ao nosso conhecimento do mundo e, mais precisamente, quanto a possibilidade de um conhecimento supralinguistico. A primeira delas e denominada de “paradigma da linguagem” e tem como caso exemplar as Investigacoes Filosoficas de Ludwig Wittgenstein. A segunda orientacao, o “paradigma da intuicao”, remete a filosofia de Henri Bergson. A comparacao entre estas filosofias se da por um estudo do “argumento da linguagem privada” elaborado nas Investigacoes de Wittgenstein, o qual e comumente interpretado como uma contraposicao tanto a introspeccao quanto a um conhecimento supralinguistico. Em seguida, mostra-se que as criticas bergsonianas acerca da linguagem enquanto uma fonte de mal-entendidos filosoficos possui inegaveis semelhancas de familia com a do Wittgenstein das Investigacoes. Apesar disso, ...
A consciencia do limite por Wittgenstein22
A consciência do limite por Wittgenstein. The Consciousness of the Limit by Wittgenstein. Resumo: A Ética e a Lógica são transcendentais. O aspecto transcendental significa que tanto a ética como a lógica possuem papel fundamental com a "visão correta" do mundo, ao serem condição da existência humana. Sempre estiveram presente no pensamento do filósofo, temas que fazem parte da chamada esfera mística: ética, estética e religião. O sentido ético da vida encontra-se na esfera, no que chamou de limite do mundo.