Ferrovias No Brasil 1870-1920 (original) (raw)
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Trabalho e Ferrovia em Sao Paulo - 1890-1922
2010
Resumo: O artigo trata das transformações sociais no final do século XIX provenientes da implantação das ferrovias no oeste paulista. Analisa a relação ferrovia e cidades, o processo de constituição e de valorização do trabalho ferroviário às transformações desencadeadas com implantação e expansão da ferrovia, à reorganização das cidades bem como o entrecruzamento dos interesses entre os poderes locais e os empresários da ferrovia.
As viagens ferroviárias em Portugal (1845-1896)
Between 1852 and 1893 more than two thousand kilometres of railway were built in Portugal, changing the way people travelled across the Kingdom. Before that, travel only took place by river, by sea along the coast or by land where the lack of obstacles allowed it. This new form of transportation shortened distances and thus gave Portuguese travellers more time. Based on contemporary parliamentary debates, the technical opinions of Portuguese engineering (both manuscript in the records of the Ministry of Public Works and published in technical journals) and contemporary fictional literature, this study aims to describe and explain some of the changes to travelling habits in Portugal. We shall see that new habits were brought on by the railway, as well as new concerns and new opportunities, and it quickly became a widely-used public service.
Trabalhadores das ferrovias: A Companhia Paulista de Estrada de Ferro, São Paulo, 1870-1920
Varia Historia, 2016
Resumo Este artigo pretende compreender as relações entre ferrovia e transformações no mundo do trabalho, tomando por base empírica a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A pesquisa realizada organizou a documentação funcional (fés-de-ofício) de 1900 trabalhadores da Paulista para o período 1872/1919. Tratava-se de resgatar histórias de vida funcionais de milhares de trabalhadores. Procura-se compreender dinâmicas deste segmento da classe trabalhadora, identificando os atributos de nacionalidade, cor, origem associando-os às carreiras funcionais. Analisa-se ainda as múltiplas agremiações criadas por este grupo, para compreender as relações estabelecidas com a empresa, marcadas tanto pelo paternalismo e constituição de uma identidade de família ferroviária, que subsumia as diferenças sociais, quanto por fortes organizações de classe que constituíam mecanismos de resistência e negociação pautadas por conflitos sociais de expressivas dimensões urbanas.
Revista de História Regional, 2012
RESUMO O estudo aborda o processo de modernização ferroviária de Minas Gerais. Adota-se enquadramento teórico que combina variáveis externas, em especial a expansão do capital na periferia, com internas, sobretudo a hegemonia de modelo econômico primário-exportador em realidade nacional marcada por pronunciada diversidade regional. Constatou-se que a inadequação do padrão de modernização ferroviária dominante no país em relação à estrutura da economia mineira não impediu que, contraditoriamente, a expansão dos trilhos alcançasse a maior extensão do Brasil no território de Minas Gerais. Fatores políticos e financeiros presidiram a febre ferroviária mineira, conquanto contemporâneos tenham sublinhado o caráter irracional, oneroso e disfuncional que se imprimiu ao sistema de concessão, subsídios públicos e manutenção pelo Estado da rede regional. No plano ideológico, mobilizou-se associação supostamente legitimadora entre ferrovias e modernidade. Substantivamente, contemplam-se elementos da história das companhias de estradas de ferro com atuação em Minas Gerais, bem como se propõe periodização para a era ferroviária mineira, acompanhada da sistematização em bases cartográficas do processo de expansão da malha.
2020
O Programa de Investimento em Logística (PIL) para o setor ferroviário foi lançado durante a primeira gestão (2011-2014) da Presidenta Dilma Rousseff. O “PIL: ferrovias” tinha como objetivo ampliar a infraestrutura e a logística referente à movimentação de cargas no Brasil pelo sistema ferroviário. Entretanto, a produção de conflitivas relações políticas/econômicas/ideológicas no Brasil, entre os anos de 2013 e 2016, influenciou e colocou fim ao que estava previsto. Desta maneira, o objetivo deste artigo é descrever as estratégias, as diretrizes e objetivos do “PIL: ferrovias”, bem como, demonstrar quais foram os resultados obtidos. Para tal, fizemos uso de levantamento bibliográfico, documental e trabalho de campo.  
A Ferrovia Gaúcha e as Diretrizes De “Ordem e Progresso”- 1905-1920
Estudos Ibero-Americanos, 1977
La implantación y el desarollo del transporte ferroviario en los Estados brasileños se realizo en general sin planificación, buscando simplesmente atender al comercio y a las comunicaciones entre la zona rural y la urbana. Rio Grande do Sul no fue excepción y así como el resto de la nación vio casi toda su red ferroviaria en manos de compañías de ferrocariles extranjeras. La Cie. Auxiliaire de Chemins de Feur au Brésil se destaco por dominar prácticamente todas las líneas de ferrocarriles riograndenses de 1905 a 1920. Por su mala administración, esta compañía se indispuso con las clases económicas de Rio Grande do Sul, especialmente con el comercio, ya que no podia atender a la demanda de servicios. La primera Guerra Mundial afectó el desarollo de las compañías de ferrocarriles extranjeras, justo en el momento en que Brasil experimentaba una incipiente industrialización. La Cie. Auxiliaire entró en crisis y los obreros declararonse en huelga general, obligando la intervención del Es...
A rede férrea alentejana revisitada (1845-1889)
Em 1853, o governo regenerador de Saldanha e Fontes deu início à construção ferroviária em Portugal. Embora a preferência fosse para uma linha internacional e a passagem desta pelo Alentejo fosse descartada por excluir Lisboa, esta província seria uma das primeiras a ser dotada do melhoramento. Contudo, a construção seria muito lenta e só no final dos anos 1880 a ferrovia chegaria ao Algarve. O texto seguinte procura explicar as razões que determinaram um começo tão precoce e uma conclusão tão tardia. Através dos debates parlamentares, de relatórios de engenheiros publicados no Boletim do Ministério das Obras Públicas (BMOP) e na Revista de Obras Públicas e Minas (ROPM) e de pareceres dos órgãos consultivos do ministério revisitar-se-á a história da rede alentejana.