Ecologia e Projeção Diamétrica De Três Grupos Arbóreos Em Remanescente De Floresta Ombrófila Mista Em São Francisco De Paula, RS (original) (raw)
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FLORESTA, 2005
Com o objetivo de estudar o incremento das espécies que ocorrem em uma Floresta Ombrófila Mista, localizada na Estação Experimental da UFPR (São João do Triunfo/PR), nove parcelas, totalizando nove hectares, avaliados inicialmente em 1979, foram recuperadas e medidas em 2000. Em 1979, todos os indivíduos arbóreos com DAP igual ou superior a 20 cm foram identificados, numerados e tiveram seus diâmetros medidos. Em 2000, usando os mesmos critérios de inclusão, os indivíduos que não haviam sido computados em 1979 foram considerados como ingressos e os não encontrados como mortos. Em 1979, nos nove hectares estudados, foram encontrados 2133 indivíduos e 51 espécies; em 2000, 2202 indivíduos e 55 espécies. A distribuição dos incrementos diamétricos da floresta é bimodal e em área basal individual é unimodal, entretanto, ambos apresentaram assimetria à direita (positiva). Os indivíduos arbóreos cresceram em 21 anos, em termos de mediana, 5,30 cm (0,25 cm/ano) em diâmetro e 0,0288 m2 (0,00...
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 2010
O estudo da alometria é importante para a compreensão de aspectos ecológicos e evolutivos em espécies de plantas, além de auxiliar no entendimento da estrutura e dinâmica das florestas. O objetivo deste estudo foi analisar as relações alométricas da comunidade arbórea de duas áreas em diferentes estádios sucessionais (mais avançado -área 1, e menos avançado -área 2) da Floresta Ombrófila Mista do Parque Ecológico da Klabin, Telêmaco Borba/PR/Brasil (24º17´S 50º35´W). A comunidade arbórea da borda do fragmento em estádio sucessional mais avançado também foi incluída nas análises. Foi estabelecida uma transecção de 4 m de largura em cada área, onde foram amostrados 150 indivíduos arbóreos com altura igual ou maior que 1,5 m. Os indivíduos tiveram o diâmetro à altura do peito (DAP), a altura total e a altura do fuste mensurados. Foram realizadas as seguintes relações alométricas: altura total x DAP, altura total x altura de fuste e altura de fuste x DAP. Foi utilizada a análise de covariância para testar a diferença entre as retas, e teste a posteriori de Scheffé. As plantas das áreas 1 e 2 investiram mais em crescimento em diâmetro em relação à altura do que as plantas da borda, além disso, aquelas plantas da área em estádio sucessional mais avançado, em relação à altura do fuste, também investiram mais em diâmetro. A colonização da borda e da área de estádio sucessional menos avançado preferencialmente por espécies pioneiras, e as espécies de estádios mais avançados da sucessão que colonizam o subosque da área 1 podem ser as principais causas das diferenças na arquitetura dos indivíduos da comunidade arbórea das áreas estudadas. Palavras-chave: Alometria. Floresta ombrófila mista. Comunidade arbórea.
Análise de agrupamento em remanescente de Floresta Ombrófila Mista
Ciência Florestal, 2010
Este estudo teve como objetivo analisar a fitossociologia de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista. Para isso, foram utilizados seis conglomerados, cada um com 16 parcelas, onde os indivíduos arbóreos e arbustivos com circunferência à altura do peito (CAP) igual ou maior de 30 cm foram identificadas e medidas. As espécies foram classificadas em grupos ecológicos e, com base nos dados de densidade, foi realizada uma análise de agrupamento utilizando o método TWINSPAN (Two-way Indicator Species Analysis). Os agrupamentos foram caracterizados em relação a sua estrutura horizontal. Na área, foram identificadas 86 espécies, sendo 18 pioneiras, 25 secundárias iniciais, 16 secundárias tardias, 14 clímax e 13 foram classificadas em mais de um grupo. Foram identificados três agrupamentos (Grupos 1, 2 e 3), onde se destacaram as espécies Siphoneugena reitzii, Araucaria angustifolia e Sebastiania commersoniana respectivamente, em ambientes de encosta, de árvores emergentes e úmido. Const...
Projeção da Estrutura Diamétrica de Grupos Ecológicos em uma Floresta Ombrófila Mista
O presente estudo teve como objetivo avaliar os aspectos ecológicos e sucessionais de um fragmento de floresta subtropical via projeção da estrutura diamétrica de diferentes grupos ecológicos com uso da Matriz de Transição. Com base em medições de 2009 e 2012 de todas as árvores acima de 10 cm de DAP, foram realizadas projeções da distribuição diamétrica, bem como análise da dinâmica de três agrupamentos de espécies: Pioneiras; Não Pioneiras; e Floresta como um todo. Simulações da dinâmica dos agrupamentos foram feitas até 2027 após validação do método. O método de projeção se mostrou aderente em todos os casos, apresentando maior precisão quando utilizado o intervalo de classe de 5 cm. As análises indicaram tendência de substituição gradual das espécies pioneiras, sugerindo avanço sucessional no fragmento florestal estudado, bem como eficiência do método para análise da dinâmica dos grupos ecológicos estudados.
Dinâmica de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista no sul do Paraná sob influência de taquaras
AMBIÊNCIA, 2009
A ocorrência das taquaras é comum na Floresta Ombrófi la Mista, principalmente em áreas que foram alvo da interferência humana. A presença dessas plantas interfere na estrutura e na dinâmica das populações arbóreas, afetando sua regeneração, crescimento e sobrevivência. Com o objetivo de avaliar a dinâmica de um fragmento fl o restal infl uenciado pela presença da taquara comum (Merostachys multiramea), foi instalado um experimento no município de General Carneiro, extremo sul do Paraná, com área de 1,00 hectare. Todos as árvores com dap (diâmetro a altura do peito) acima de 10 cm foram medidas, etiquetadas, identifi cadas e mapeadas em 2002 e reavaliadas em 2004. Foram observadas as mudanças ocorridas no período de 2002 a 2004, analisando-se as variáveis fi tossociológicas (abundância, dominância e índice de valor de importância), variáveis dendrométricas (dap médio, volume total, incremento corrente anual em diâmetro e volume) e a dinâmica das populações (mortalidade, crescimento e recrutamento). A Ilex paraguariensis revelou-se como a espécie mais abundante, enquanto Araucaria angustifolia foi de maior dominância. Os maiores diâmetros médios foram observados para Araucaria angustifolia e Ocotea porosa, sendo estas, responsáveis por 73% do volume total da fl o resta. Durante o período estudado, ocorreu mortalidade de 19 árvores,
Distribuição Diamétrica de Uma Comunidade Arbórea na Floresta Estadual do Amapá, Brasil
Biota Amazônia, 2016
RESUMO. A distribuição dos diâmetros é uma das análises mais empregadas para retratar o comportamento estrutural de um povoamento. Assim, este estudo objetivou avaliar a estrutura diamétrica da comunidade e das principais espécies lenhosas por meio das funções de densidade probabilísticas em uma floresta de terra firme no módulo IV da Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP) no município de Calçoene/AP. Os dados de diâmetro à altura do peito (DAP) foram obtidos de um inventário realizado em uma área de 1 hectare (100 x 100 m). A estrutura diamétrica foi analisada para toda a comunidade e para as quatro principais espécies ranqueadas segundo seus índices de valor de importância. Para avaliação dos ajustes das funções: Normal, Log-normal, Gamma e Weibull 3P foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov (a = 0,05). A maioria das espécies apresentaram assimetria positiva e curtose do tipo platicúrtica, o que demonstra o padrão típico de floresta nativa em forma de "J" invertido. A função Weibull 3P e Gamma foram aderentes no teste K-S aos dados das quatro espécies analisadas, sendo a primeira a mais indicada para descrever a distribuição diamétrica de três das quatro espécies de maior IVI, e também da referida floresta de terra firme. Conclui-se, ainda, que estudos como este devem ser realizados constantemente visando introduzir e avaliar a eficiência de outras funções densidade de probabilidade para a descrição da distribuição diamétrica de povoamentos em florestas inequiâneas.
FLORESTA, 2006
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a dinâmica da regeneração natural de indivíduos arbóreos e arborescentes em Floresta Ombrófila Densa Submontana, nos estágios sucessionais inicial, intermediário e avançado, no Parque Natural Nascentes do Garcia, no município de Blumenau, SC. Para isso, foram instaladas, em 2001, 20 unidades amostrais permanentes de 10 x 3 m em cada estágio sucessional, com o propósito de avaliar os indivíduos com circunferência à altura do peito inferior a 15 cm e altura superior a 50 cm. Circunscritas a essas unidades e em igual número, sub-unidades permanentes de 10 x 1 m foram alocadas para avaliar indivíduos com altura entre 10 e 50 cm. Todos os indivíduos amostrados foram identificados e tiveram suas alturas medidas. Em 2003, usando os mesmos critérios de inclusão, foi realizada uma nova mensuração, o que permitiu avaliar mortalidade e ingresso. Como resposta, verificou-se que a mortalidade, o ingresso, bem como a relação ingresso/mortalida...
Composição e Estrutura Do Componente Arbóreo De Um Remanescente De Floresta Ombrófila Mista
Floresta, 2005
São apresentados dados de levantamento florístico-estrutural realizado em remanescente de Floresta Ombrófila Mista (Mata da Fortaleza) no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa-PR (23° 3' S, 50° 15' W). Na aplicação do método de quadrantes (75 pontos) foram registrados 300 indivíduos arbóreos (DAP > 15 cm), sendo 11 arvores mortas em pé. Dentre os indivíduos vivos, catalogaram-se 67 morfo-espécies sendo 37 identificadas em nível de espécie, 15 em nível de gênero, 7 em nível de família e 8 não puderam ser identificadas. Para estes indivíduos detectou-se um valor de diversidade H'=3,538 (var. = 0,00413), densidade total de 658 árvores/hectares e área basal total de 32,97 m 2. Cerca de 59 % dos indivíduos amostrados foram classificados como macrofanerófitos e 41% como mesofanerófitos, não ocorrendo registro de nanofanerófitos. As espécies de maiores valores estruturais foram Ocotea odorifera (VI=40,19), Araucaria angustifolia (VI= 30,39), Ocotea acutifolia (VI=19,0) e Luehea divaricata (VI=18,44).
Ciência Florestal, 2007
Este estudo teve como objetivo descrever a diversidade e classificar a comunidade arbórea da Floresta Ombrófila Mista da FLONA de São Francisco de Paula, RS, utilizando dados florísticos e análise hierárquica por meio do programa TWINSPAN (Two-way Indicator Species Analysis). Foram utilizadas dez parcelas de 1 hectare, distribuídas aleatoriamente pela área da FLONA. Em cada conglomerado de 1 hectare, foram levantados todos os indivíduos com DAP ≥ 30 cm. A diversidade de espécies encontrada está dentro dos limites descritos para a Floresta Ombrófila Mista no Sul do Brasil, com estimativas variando de 75 a 110 espécies arbóreas. O método TWINSPAN determinou três grandes grupos florísticos: Grupo 1 - Associação Araucaria que apresentou como espécie indicadora a Araucaria angustifolia (Betol.) Kuntze; Grupo 2 - Associação Sebastiania que apresentou como espécies indicadoras Sebastiania commersoniania (Baill.) L. B. Sm. et Downs, Sebastiania brasiliensis Spreng. e Cryptocarya aschersonia...