Diversidade e classificação da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila Mista da Flona de São Francisco de Paula, RS (original) (raw)
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Ciência Florestal, 2008
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo estudar diferentes grupos ecológicos presentes na Floresta Ombrófila Mista da FLONA de São Francisco de Paula, RS, e descrever sua composição e dinâmica de crescimento nas quatro estações do ano. Na avaliação, foram utilizados dez conglomerados permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), os quais foram divididos em dez faixas de 10 x 100 m (1000 m2) e estas subdivididas em dez subunidades de 10 x 10 m (100 m2). Para a pesquisa, foi sorteada uma faixa de 10 x 100 m em cada conglomerado, totalizando cem unidades amostrais em que foram instaladas, na altura do DAP, bandas dendrométricas em todas as árvores com CAP ≥ 30 cm, para acompanhar o crescimento anual e nas quatro estações do ano. Os dados de densidade por espécie formaram uma matriz (parcela x espécie), que foi utilizada na análise de agrupamento da vegetação pelo do método de TWINSPAN (Two-way Indicador Species Analisys) na qual foi constatada a presença de três grupos ecológicos. O ...
Ciência Florestal, 2008
Na floresta Ombrófila Mista, a regeneração natural é pouco estudada. No Rio Grande do Sul, em conseqüência da ação antrópica, essas florestas se encontram sob diferentes condições de alteração, em alguns casos formando fragmentos. O estudo teve como objetivo analisar a florística da regeneração natural e verificar a ocorrência de grupos florísticos de uma área onde não foram constatadas alterações intensas. A área com 1606,69 ha localiza-se na Floresta Nacional de São Francisco de Paula (entre 29° 23' e 29° 27' S; 50° 23' e 50° 25' W), no município de São Francisco de Paula, RS. No estudo, foram selecionadas seis parcelas permanentes de crescimento do PELD (Projeto Ecológico de Longa Duração) cuja vegetação foi inventariada, utilizando-se dez faixas paralelas entre si e perpendiculares à direção da posição topográfica, as quais apresentaram 10 m de largura e 100 m de comprimento, subdivididas em dez unidades de 100 m² onde foram sorteadas três unidades amostrais por ...
FLORESTA, 2013
A Floresta Ombrófila Mista desempenha importante função social e ecológica na região Sul do Brasil. Embora tenha sofrido um profundo processo exploratório, resultando em sua fragmentação, apresenta elevado potencial para o manejo que, devidamente aplicado, favorece a conservação e recuperação de seus remanescentes. Com o objetivo de avaliar o incremento diamétrico e a dinâmica sucessional dessa fitofisionomia, foram empregados dados oriundos do estrato arbóreo (DAP ≥9,5 cm) de 10 parcelas permanentes de 1 ha cada, remedidas anualmente entre o período de 2000 a 2009, na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS. As observações e projeções indicaram gradual redução da densidade da floresta, com destaque para a espécie Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntz., entretanto, observou-se tendência de aumento na densidade da família Lauraceae. O período de meia vida estimado para a floresta foi de 97 anos e, para Araucaria angustifolia, 332 anos. As estimativas ainda sugerem que, em 71...
Inventário florístico florestal de Santa Catarina: espécies da Floresta Ombrófila Mista
Rodriguésia, 2013
Este estudo é resultado da amostragem sistemática da flora da floresta ombrófila mista em Santa Catarina, realizada em 155 pontos amostrais em toda a sua extensão e permite atualizar o conhecimento sobre a ocorrência de espécies. Foram registradas 925 espécies de espermatófitas, distribuídas em 439 gêneros e 116 famílias botânicas. A família com a maior riqueza específica foi Asteraceae (119 espécies), seguida por Myrtaceae (88), Fabaceae (58) e Solanaceae (52). Dentre as famílias restantes, 34 apresentaram somente uma e outras 27 tiveram duas espécies registradas. Os gêneros com maior número de espécies foram Solanum (31 espécies), Baccharis (27), Eugenia (23), Ocotea (21) e Myrcia (19). Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc., Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer e O. porosa (Nees & Mart.) Barroso são as espécies ameaçadas de extinção registradas. Entre todas as espécies do componente arbóreo ou arbustivo/subarbóreo, 56,5% são comuns a ambos os componentes e dentre as 194 espécies arbóreas citadas para o planalto catarinense, 157 foram amostradas pelo IFFSC. O levantamento florístico extra registrou 474 espécies de angiospermas a mais do que o levantamento nas unidades amostrais do IFFSC. O IFFSC amostrou um conjunto significativo das espécies do Domínio Floresta Atlântica. Estas coletas georreferenciadas e realizadas com uma amostragem sistemática e consistente, representam um importante avanço e atualização do conhecimento da flora de Santa Catarina. Inventários sistemáticos desta natureza são necessários às demais regiões no Sul do Brasil, para que se possa compor um banco de dados consistente e atualizado e possibilitar a implantação de políticas de conservação e manejo.
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 2010
O estudo da alometria é importante para a compreensão de aspectos ecológicos e evolutivos em espécies de plantas, além de auxiliar no entendimento da estrutura e dinâmica das florestas. O objetivo deste estudo foi analisar as relações alométricas da comunidade arbórea de duas áreas em diferentes estádios sucessionais (mais avançado -área 1, e menos avançado -área 2) da Floresta Ombrófila Mista do Parque Ecológico da Klabin, Telêmaco Borba/PR/Brasil (24º17´S 50º35´W). A comunidade arbórea da borda do fragmento em estádio sucessional mais avançado também foi incluída nas análises. Foi estabelecida uma transecção de 4 m de largura em cada área, onde foram amostrados 150 indivíduos arbóreos com altura igual ou maior que 1,5 m. Os indivíduos tiveram o diâmetro à altura do peito (DAP), a altura total e a altura do fuste mensurados. Foram realizadas as seguintes relações alométricas: altura total x DAP, altura total x altura de fuste e altura de fuste x DAP. Foi utilizada a análise de covariância para testar a diferença entre as retas, e teste a posteriori de Scheffé. As plantas das áreas 1 e 2 investiram mais em crescimento em diâmetro em relação à altura do que as plantas da borda, além disso, aquelas plantas da área em estádio sucessional mais avançado, em relação à altura do fuste, também investiram mais em diâmetro. A colonização da borda e da área de estádio sucessional menos avançado preferencialmente por espécies pioneiras, e as espécies de estádios mais avançados da sucessão que colonizam o subosque da área 1 podem ser as principais causas das diferenças na arquitetura dos indivíduos da comunidade arbórea das áreas estudadas. Palavras-chave: Alometria. Floresta ombrófila mista. Comunidade arbórea.
Revista Brasileira De Biociencias, 2010
Brazilian Journal of Biosciences I n stit u t o d e B io c i ê ncias U FRGS Riqueza e composição de filicíneas e licófitas em um hectare de Floresta Ombrófila Mista no Rio Grande do Sul, Brasil RESUMO: (Riqueza e composição de filicíneas e licófitas em um hectare de Floresta Ombrófila Mista no Rio Grande do Sul, Brasil). Na região sul do Brasil, a Floresta Ombrófila Mista (FOM) abriga grande riqueza de filicíneas e licófitas. Foi realizado um inventário florístico das espécies de filicíneas e licófitas ocorrentes em 1 ha de FOM, no Parque Natural Municipal da Ronda (PNMR), em São Francisco de Paula (29º26'50.5"S e 50º32´54.2"W; altitude média de 870m), Rio Grande do Sul (RS), enfatizando a forma de vida e de crescimento, bem como o substrato preferencial das plantas. Foram registradas 42 espécies, pertencentes a 28 gêneros e 15 famílias, sendo 40 delas filicíneas. A forma de vida hemicriptófita apresentou a maior riqueza específica (20), sendo 12 espécies de crescimento reptante e oito de rosulado. A maioria das espécies foi encontrada em substrato terrícola (23). A riqueza específica registrada em apenas um hectare de floresta representa 12% do total de espécies de filicíneas e licófitas listadas para o RS e demonstra a importância do Parque para a conservação da biodiversidade em fragmentos de FOM. Palavras-chave: samambaias, Lycophyta, inventário florístico, Floresta com Araucária, Sul do Brasil. ABSTRACT: (Richness and composition of ferns and licophytes in a hectare of Mixed Humid Forest in Rio Grande do Sul, Brazil). In Southern Brazil, the Mixed Humid Forest (MHF) presents a large richness of ferns and licophytes. A floristic survey of the fern and licophyte species occurring in one hectare of MHF was accomplished at the "Parque Natural Municipal da Ronda" (PNMR), in the municipality of São Francisco de Paula (29º26'50.5"S and 50º32´54.2"W; mean altitude 870m), Rio Grande do Sul (RS), emphasizing the life and growth forms, as well as the preferential substrate of the plants. A total of 42 species was recorded, belonging to 28 genera and 15 families, 40 of them being ferns. The hemicryptophyte life form presented the highest specific richness (n=20), being 12 of the species of reptant growth and eight of rosulate growth. The majority of species was terrestrial (n=23). The specific richness found in just one hectare of forest corresponds to 12% of the total fern and licophyte species listed for RS and shows the importance of the Park for the conservation of biodiversity in MHF fragments.
Ciência Florestal, 2006
O presente trabalho integra o conjunto de estudos e pesquisas previstas no Projeto Ecológico de Longa Duração - PELD/CNPq, instalado FLONA de São Francisco de Paula, RS. Teve como objetivo identificar e caracterizar os diferentes estágios sucessionais de remanescentes de Floresta Ombrófila Mista. O trabalho foi realizado em dez conglomerados permanentes de 100m x 100m (10.000m2), os quais foram divididos em dez faixas de 10m x 100m (1.000m2) e estas subdivididas em dez subunidades de 10m x 10m (100m2). Para a presente pesquisa, foi sorteada uma faixa de 10m x 100m para cada conglomerado, totalizando cem subunidades amostrais (parcelas) onde foram instaladas, na altura do DAP, bandas (cintas) dendrométricas em todas as árvores com CAP > 30cm, para medição anual dos diâmetros. A análise de agrupamento foi realizada por meio do programa Twinspan, utilizando uma matriz de dados com 99 parcelas (uma foi desconsiderada por não apresentar indivíduos com CAP > 30cm) tendo como variáve...
Grupos florísticos em remanescente de Floresta Ombrófila Aberta Submontana
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA AMAZÔNIA, 2015
RESUMO O presente estudo teve por objetivo analisar a formação grupos florísticos em um trecho de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. O trabalho foi realizado no Parque municipal de Pimenta Bueno, RO, onde foram instaladas sete parcelas permanentes de 50x 50 m, subdivididas em subunidades de 10x10m, totalizando 175 subunidades. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com DAP (Diâmetro Altura do Peito) ≥ 10 cm. A análise de agrupamentos foi feita pelo método Twispan (Two-Way Indicator Species Anaysis), calculado no programa Fitopac 2. Na área de estudo foram amostrados um total de 730 indivíduos, representando uma densidade de 417 ind.ha-1. A análise de agrupamentos indicou que no remanescente existem dois grupos distintos, caracterizados pelo seu estágio sucessional. O Grupo I foi composto pelas espécies indicadoras Protium sp. e Pseudolmedia multinervis, e o Grupo II, pelas espécies indicadoras Simarouba amara, Xylopia sp., Protium spruceanum, Ocotea canaliculata e Pseudolmedia laevis. O Grupo I representou o trecho mais conservado da floresta, com maior incidência de espécies esciófilas, já no Grupo II, o conjunto florestal ainda se encontra em uma fase de reestruturação.