Consumo e Consumismo: deslocamentos nas ressonâncias do contemporâneo (original) (raw)

Consumo e felicidade na contemporaneidade

2016

O objetivo deste artigo e discutir a relacao entre consumo e felicidade no contexto da sociedade contemporânea. Para tanto, realiza um estudo das caracteristica do mundo atual - a partir de autores como Z.Bauman e G.Lipovetsky – para em um segundo momento analisar os impactos na producao de subjetividade. Enquanto elemento fundamental para a discussao, destaca-se a ascensao do mercado como parâmetro para a vida e a tomada do consumo como valor maximo na busca por felicidade. Por fim, discute-se de que forma estes pontos se articulam com as relacoes humanas e como estas podem se configurar como alternativa a logica de custo-beneficio propagada pela sociedade de consumo.

Consumismo na era da pós-modernidade

Conimas, 2019

INTRODUÇÃO Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950. Santos (1986) demarca o seu surgimento a partir das transformações implementadas pela arquitetura e pela computação daquela década, que se propagaram com a ascensão da arte pop entre os anos 1960 e 1970. Na contemporaneidade, pode-se dizer que o pós-modernismo se alastrou por diversos âmbitos, como a moda, o cinema, a música e o cotidiano programado pela junção da ciência e da tecnologia, conhecida como a tecnociência. A pós-modernidade fabrica uma nova realidade, denominado de hiper-real, na qual interessa mais o que se originou da realidade do que a própria realidade. Então, de acordo com Santos (1986), "o hiper-real simulado nos fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades". No universo da propaganda, podermos citar o caso do Danone, produto a partir do qual se reproduz na TV a criação de um tamanho, de uma cor e textura específicos para atrair o consumidor, enquanto o real é apenas um iogurte totalmente comum. Entende-se, assim, que a realidade é danificada nos processos de produção de sentidos, perdendo sua essência. Existe uma vulnerabilidade na era da pós-modernidade, pois os signos, tratados como toda palavra, número, imagem ou gesto que representa indiretamente um referente (OKADA; SANTOS, 2012), pedem respostas rápidas de escolhas, sejam estas para comprar algo ou escolher algum serviço, com o intuito de estimular a impulsividade para proporcionar o maior consumo. Acredita-se que a pós-industrialização é uma junção da tecnociência para produzir mais e de modo mais rápido as tendências em todos os setores, e com isso, se presume facilitar a vida

Consumismo na pós-modernidade: uma questão de gênero?

Ciências Sociais Unisinos, 2013

Este texto aborda uma discussão sobre o consumo excessivo na pós-modernidade e seus atravessamentos na subjetividade feminina. Sob uma perspectiva teórica pautada nas ciências sociais e nos estudos de gênero, a conduta consumista e seu viés patológico são pensados principalmente como produtos sintomáticos de transformações socioculturais, que repercutem na vida emocional das mulheres.

Vale Quanto Compra: Consumo, Contemporaneidade E Subjetividade

Revista FSA, 2015

Este artigo objetiva colocar em cena que vivemos em uma sociedade em que ser consumidor se torna prerrogativa para a busca da cidadania e para a construção da identidade das pessoas.Utilizando a metodologia de revisão bibliográfica, este trabalho tem como resultados que, dentro da lógica de uma sociedade de consumidores, o processo de mercantilização não acontece somente em relação a objetos e a serviços, mas se estende a subjetividades e a pessoas. O consumo, como atividade central na vida do homem contemporâneo, se coloca como caminho para o alcance da felicidade, que está sempre projetada em algo ainda não alcançado, ainda não comprado, mas em vias de sê-lo. A não-satisfação movimenta a sociedade de consumo que utiliza técnicas de depreciação de produtos tão logo eles tenham sido adquiridos.Conclui-se que emerge uma lógica de valorização do novo e de vulgarização do anterior, que atinge não somente bens materiais, mas também costumes, hábitos, relacionamentos, valores e a subjetividade das pessoas.

Reflexões sobre identidade e consumismo no contexto da pós-modernidade

Entheoria: Cadernos de Letras e Humanas, 2022

O presente estudo objetiva refletir sobre como o consumismo impacta na formação da identidade dos sujeitos no contexto da contemporaneidade, propondo-se a definir os conceitos fundamentais à discussão da problemática por meio de uma revisão de literatura e relacionar as perspectivas de diferentes estudiosos da área, realizando inferências nesse processo, a fim de construir reflexões e apontar direções para a problemática exposta, seja no aprofundamento da questão, seja na busca de soluções. Ao fim da pesquisa, foi possível verificar a relação entre consumismo e identidade, uma vez que o consumo atua identificando os sujeitos e comunicando, principalmente em um contexto de deslocamento da sociedade sólido-moderna de produtores para a sociedade líquido-moderna de consumidores.

Consumo: um convite para desbravar esse vasto campo de estudo

Comunicação & Informação, 2012

Através de leitura inicial de obras sobre o consumo, busco nesse artigo fazer uma breve revisão de obras seminais sobre o tema. São analisadas de maneira introdutória as obras de Mary Douglas, Colin Campbell, Daniel Miller e Everardo Rocha, teóricos renomados do consumo.

Fluidez Dos Signos Do Sagrado e Do Profano No Consumo Contemporâneo

Revista de Estudos Universitários - REU

O presente artigo objetiva apresentar a discussão sobre a porosidade das fronteiras entre os signos do sagrado e do profano na contemporaneidade, materializada nos diferentes rituais de consumo. Trata-se de uma abordagem teórica, com foco nas articulações dos estudos do consumo com a semiótica e a antropologia. Concluímos que a fluidez desses territórios, no passado bem demarcados, provocam movimentações e reconfigurações dos conceitos de identidade, espaço e tempo.

Midiatização, cultura do consumo e contemporaneidade

ALCEU, 2017

As transformações ocorridas após a segunda metade do seculo XX que marcam o advento da contemporaneidade (ou transição da modernidade para a pós modernidade, para Slater, 2002, ou modernidade tardia para Hall, 2003), tem por um dos fatores principais a aceleração do fluxo de informações, compressão espaço tempo, pós-fordismo, consolidação da cultura de consumo e mediação dos meios de comunicação. Este último fenômeno é chamado de midiatização por Sodré, sendo fator que impulsiona a fragmentação da identidade e a fluidez das relações sociais. O presente trabalho tem por objetivo analisar a contribuição da midiatização para a difusão da cultura do consumo e fragmentação da identidade, sobretudo no ambiente da televisão. Esses fenômenos serão analisados e depois confrontados com as vertentes mediadoras da TV. Será feito um estudo de caso com o programa televisivo Esquadrão da Moda, exibido pelo SBT.

2. Sociedade de Consumo 2.1 Cultura e Consumo na contemporaneidade

  1. é um autor extremamente importante para a finalidade desta pesquisa, por apresentar, em sua obra "A Sociedade de Consumo", uma análise detalhada das características da sociedade atual. Embora ele tenha um tom profundamente pessimista e moralizante a respeito do tema, utilizaremos, nesta seção algumas outras contribuições do seu pensamento. Numa visão macro, este autor explica características importantes sobre a sociedade contemporânea. Baudrillard e diversos outros estudiosos, como Zygmund Bauman (1999), Mike Featherstone (1995) e Gilles Lipovetsky (1989) afirmam que a sociedade pós-moderna é um sociedade de consumo. Nela, o indivíduo é visto como consumidor, em conseqüência da automatização do sistema de produção. De acordo com eles, atualmente, nossa sociedade cria novos espaços para os consumidores, tornando o exercício do consumo algo padronizado que molda as relações dos indivíduos. Investigar as características da sociedade contemporânea, contudo, não parece uma tarefa simples, principalmente se considerarmos que os diversos teóricos que pesquisam o consumo têm focos bem distintos. Como foi dito anteriormente, esta seção se propõe a explorar as contribuições do estudioso Jean Baudrillard a respeito dos aspectos subjetivos e objetivos do consumo. Ele explica que o consumo está presente no dia-a-dia. Sendo assim, é importante estudar as relações entre as pessoas para compreender a sociedade em que se vive. Ele salienta a importância do significado que as mercadorias podem ter para o sujeito no seu quotidiano. De acordo com Baudrillard "já não consumimos coisas, mas somente signos". Ele diz que, o signo e a mercadoria juntaram-se para produzir o que é chamado de PUC-Rio -Certificação Digital Nº 0610334/CA